quinta-feira, 25 de abril de 2013

OS BENEFÍCIOS DA MORTE E RESSURREIÇÃO DE JESUS.

Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne, e tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé; tendo o coração purificado da má consciência e o corpo lavado com água limpa, retenhamos firmes a confissão da nossa esperança, porque fiel é o que prometeu (Hb.10.19-23).

Benefício é uma palavra que soa bem aos nossos ouvidos; segundo o dicionário, a palavra benefício significa: Ato ou efeito de beneficiar, ter ou atribuir vantagem; favor; mercê. A morte e ressurreição de Jesus, trouxe muitos benefícios para a humanidade, principalmente para a igreja. Na antiga aliança, só os judeus tinham direito de desfrutar do culto, da adoração, dos concertos e das promessas de Deus; os gentios estavam separados, distantes, e eram estranhos aos concertos e a promessa, não tendo esperança e viviam sem Deus. Na nova aliança Jesus derrubou a parede de separação e de ambos os povos fez um, e estendeu os benefícios para todos. Benefício é algo que não se compra, é um direito legal que favorece a uma classe de pessoas, uma instituição ou toda uma nação. Dos muitos benefícios que Jesus trouxe para nós, mediante a sua morte e ressurreição, quero destacar apenas cinco, que por sinal é o número graça.

PERDÃO.

Em que temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados (Cl.1.14).
Éramos escravos do pecado, o pecado dominava a nossa vida e não tínhamos como nos livrar dele.
A nossa lista de pecados era grande, quase sem fim; mas Jesus veio pagou a nossa dívida, apagou os nossos pecados, os lançou nas profundezas do mar (Mq.7.19), e nos beneficiou com o seu perdão. Agora podemos nos alegrar e festejar a vitória do perdão.

JUSTIFICAÇÃO.

Sendo pois justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo (Rm.5.1). Estávamos sentados no banco do réu, sentenciados à morte, e não tinhamos nenhum advogado para nos defender; o profeta Isaías nos diz: Mas todos nós somos como imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; e todos nós caímos como a folha, e as nossas culpas, como um vento, nos arrebatam (Is.64.6). Mas Jesus chegou como nosso advogado, assumiu a nossa culpa e nos declarou inocentes. O profeta escrevendo diz: O trabalho da sua alma ele verá e ficará satisfeito; com o seu conhecimento, o meu servo, o justo, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si (Is.53.11). O apóstolo João nos diz: Filhinhos, não pequeis; mas, se pecar, temos um advogado junto ao pai, Jesus Cristo, o justo (1Jo.2.1).

REGENERAÇÃO.

O homem velho do pecado morreu, agora mediante a morte e ressurreição de Jesus, fomos por ele regenerados, nascemos de novo, para vivermos em novidade de vida para Deus. O apóstolo Paulo nos diz: Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo (2Co.5.17). O apóstolo Pedro também nos afirma dizendo: Sendo de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva e que permanece para sempre (1Pe.1.23). Esse grande benefício nos dá o direito de entrarmos no reino de Deus. Jesus disse a Nicodemos: Aquele que não nascer de novo não pode entrar no reino de Deus (Jo.3.3-4).

SALVAÇÃO.

Estávamos condenados, o nosso destino era ir para o inferno; a perdição batia na nossa porta todos os dias e não havia como nos livrar. Mas Jesus, o Emanuel, veio para nos trazer salvação e vida eterna, mediante a sua morte e ressurreição. O texto áureo da bíblia nos diz: Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo.3.16). Jesus disse: As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará das minhas mãos (Jo.10.27,28). Somos salvos pela graça, por meio da fé, não vem das obras para que ninguém se glorie (Ef.2.8,9).

ACESSO AO TRONO DA GRAÇA.

Na antiga aliança o cerimonial do culto bem como a liturgia e adoração, estavam restritas aos sacerdotes e ao sumo sacerdote. No tabernáculo, que era uma tenda móvel consagrada para adoração, havia dois compartimentos e uma cortina (véu), que separava o lugar santo do lugar santíssimo ou santo dos santos; no lugar santo havia o candeeiro, e a mesa, e os pães da proposição; no lugar santíssimo estava o incensário de ouro e a arca do concerto, coberta de ouro toda em redor, e dentro dela estava um vaso de ouro, que continha o maná, e a vara de Arão, que tinha florescido, e as tábuas do concerto (lei); e na tampa da arca, os querubins da glória, que representavam a presença de Deus. Os sacerdotes ofereciam diariamente sacrifícios a Deus pelo povo e o sumo sacerdote entrava uma vez por ano no lugar santíssimo para oferecer sacrifícios por ele e por toda a nação de Israel, que era o dia da expiação. Os filhos de Israel ficavam na parte externa, de fora do pátio, esperando o sacrifício ser aceito por Deus, só ouvindo o barulho das campainhas que estavam nas vestes do sumo sacerdote, se as campainhas parassem de tocar era sinal que Deus não havia recebido o sacrifício e o sumo sacerdote estaria morto, fulminado por Deus, por estar em pecado. Quando o sacrifício era aceito o povo se alegrava e fazia festa. Jesus o nosso sumo sacerdote eterno, ofereceu um único sacrifício à Deus e nos abriu um novo e vivo caminho, nos dando acesso direto a Deus. Mediante a sua morte o véu do templo foi rasgado de alto a baixo (Mt.27.50,51), dando a entender que o acesso ao lugar santo e santíssimo estava aberto pra todos, e que uma nova aliança no seu sangue, estava sendo estabelecida. O escritor aos hebreus nos diz: Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne (Hb.10.19,20). Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno (Hb.4.16). Jesus, pela a sua morte e ressurreição, mediante o seu sangue, nos deu esse grande benefício de entrarmos no santuário e falar diretamente com Deus, sendo ele mesmo o nosso mediador (1Tm.2.5). Louvado seja Deus por isso. Aleluia!