sábado, 1 de julho de 2017

INSPIRAÇÃO E AUTORIDADE DA BÍBLIA.

Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo (II Pedro, 1.21).

A Bíblia é a revelação de Deus para a humanidade. Ela é a fonte espiritual exclusiva que desedenta a sede da humanidade. Sua inspiração e autoridade Divina lhe confere a soberania como única regra de fé e pratica para a nossa vida.
A Bíblia está traduzida atualmente para 2.935 línguas, segundo dados da Sociedade Bíblica do Brasil. Todas as versões transmitem a mesma mensagem dos antigos escritores bíblicos. Os oráculos Divinos entregues a eles foram preservados e estão disponíveis para toda a humanidade. Sua inspiração e autoridade Divina fazem dela um livro ímpar.

A BÍBLIA ESTÁ FUNDAMENTADA SOBRE TRÊS BASES:

REVELAÇÃO.

Certamente o Senhor JEOVÁ não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas (Amós, 3.7).

A palavra revelação, no grego é apocalipsis, que significa o ato ou efeito de tirar o véu que encobre o desconhecido. Nas Escrituras essa palavra é muitas vezes usada em relação a Deus. A bíblia é a revelação de Deus para toda a humanidade.

Deus se revelou de forma tríplice:
Através da natureza. 
Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anunciam a obra das suas mãos (Salmos, 19.1).
Através da bíblia, a palavra escrita.
Então disse: Eis que venho; no rolo do livro está escrito de mim (Salmos, 40.7).
Através do próprio Jesus.
Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho. O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa ... (Hebreus, 1.1,3).

A revelação de Deus, das suas obras e da sua vontade, teve inicio no livro de Gênesis e terminou em apocalipse. Portanto, toda revelação extra-bíblica que não tenha respaldo bíblico é uma heresia.
As inúmeras profecias são exclusivas das Escrituras Sagradas e provas visíveis de sua inspiração e autenticidade. A Bíblia declara a si mesma como a infalível palavra de Deus: "A palavra de nosso Deus subsiste eternamente" (Isaías, 40.8). É o único livro que se apresenta como a revelação escrita do verdadeiro Deus e com um propósito definido: A redenção da humanidade.

INSPIRAÇÃO.

Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra (II Timóteo, 3.16,17).

Toda Escritura divinamente inspirada se refere à Bíblia completa, aos 66 livros, 39 do A.T. e 27 do N.T.
A palavra grega, aqui traduzida por "inspirada por Deus" ou "divinamente inspirada", é theopneustos. Este termo só aparece uma única vez na bíblia, vinda de duas palavras grega: Theos, "Deus", e pneo, "respirar, soprar". Isso significa que o texto sagrado foi "soprado por Deus". A palavra teopneustia significa " inspiração divina da bíblia".

Cânon e Inspiração.

As palavras "cânon" e "inspiração", às vezes, significam a mesma coisa. O termo kanõn se origina do vocábulo hebraico qaneh, e significa "cana". Era usada como instrumento de medir (Ez.40.3,5; 41.8), e originalmente quer dizer "vara de medir". É também traduzido por medida, regra, norma, padrão.
Nos três primeiros séculos do cristianismo, o termo se referia ao conteúdo normativo, doutrinário e ético da fé cristã. A partir do quarto século, aplicaram as palavras "cânon" e "canônico" aos livros sagrados, para reconhecer sua autoridade como livros inspirados por Deus e instrumentos normativos para a vida e a conduta dos cristãos. Estes livros eram separados das outras literaturas, eles constituíram a partir de então uma lista de livros com autoridade Divina. O cânon é, assim, a lista de livros já definidos e reconhecidos com inspiração Divina para a vida do cristão, como regra de fé e pratica.

A FIXAÇÃO DO CÂNON.

De acordo com F. F. Bruce:
“Os primeiros passos no sentido da formação de um cânon de livros cristãos havidos como dotados de autoridade, dignos de figurar ao lado do cânon do Velho Testamento, a Bíblia do Senhor Jesus e Seus apóstolos, parecem haver sido tomados por volta do começo do segundo século, época em que há evidência da circulação de duas coleções de escritos cristãos na Igreja.” (Merece Confiança o Novo Testamento? p. 31).

O quarto século viu a fixação definitiva do cânon dentro dos limites a que estamos acostumados, tanto no setor Ocidental como no Oriental da cristandade. Apenas no quarto século é que o termo cânon passou a designar os escritos sagrados.

Numa carta de Atanásio, a trigésima nona, do ano 367, dirigida a seus bispos, está uma lista dos livros da Bíblia, a primeira a conter os 27 livros do Novo Testamento como os temos hoje. Destes ninguém deveria tirar, nem a eles acrescentar coisa alguma. Esta carta foi muito importante para as igrejas gregas no Oriente, quanto à aceitação do cânon, e sua influência logo se fez sentir na Igreja Latina, pois sabemos que as Igrejas do Oriente e do Ocidente divergiam quanto aos livros canônicos. Assim o Apocalipse de João era aceito no Ocidente, mas não no Oriente, Hebreus e Tiago eram aceitos no Oriente, mas não no Ocidente. Jerônimo e Agostinho acataram a orientação dada por Atanásio.

O cânon apresentado por Atanásio prevaleceu sobre o de Euzébio de 26 livros e obteve a vitória final daí por diante.
Os Concílios de Hipona (393) ao norte da África e o de Cartago (397), ratificaram este cânon, proibindo o uso de outros livros pelas igrejas, como Didaquê, Pastoral de Hermas e Epístola de Barnabé.
Foi a Igreja, que guiada por Deus, formou o cânon, determinando depois de longos debates que livros deveriam ser rejeitados e que livros deveriam ser recebidos.

A VERSÃO DOS SETENTA.

Durante o século II a.C., em Alexandria, onde se falava o idioma grego, vivia o reinado do rei egípcio Ptolomeu Filadelfo II (285-247 a.C.), que se orgulhava de possuir em sua rica biblioteca todos os 'livros do mundo'. Havia também em Alexandria uma importante colônia judaica. Informado o soberano por seu bibliotecário, Demétrio Falário de que não existia uma versão da Bíblia em grego, prontamente estabeleceu um projeto para tal.

Pediu às autoridades religiosas do templo de Jerusalém que fizessem uma tradução em grego do Pentateuco para a recém criada biblioteca de Alexandria. O sumo sacerdote Eleazário nomeou 72 eruditos judeus, 6 escribas por tribo de Israel (outra tradição diz que eram 70), que foram até o Egito e na Ilha de Faros realizaram a tradução em 72 dias, cada um fazendo a própria tradução dos 5 primeiros livros da Bíblia em salas separadas. No final dos trabalhos se reuniram e, comparando o trabalho feito, viram que todas as traduções eram idênticas. 
Somente o Pentateuco - Torá, foi traduzido nesta etapa, os demais livros, completando a Bíblia, foram traduzidos posteriormente, até o final do século II a.C. A bíblia em hebraico é composta somente do Velho Testamento. Primeira Aliança. O Novo Testamento, também em grego, não é acoplado à Septuaginta, somente existindo em separado.

A VERSÃO JERÔNIMO. 

Havia uma confusão em entender as Escrituras na sua linguagem original. Diante disso, Dâmaso, bispo de Roma, em 382 da era cristã, pediu a Jerônimo que fizesse uma revisão do texto dos Evangelho em latim, e Jerônimo terminou esse trabalho em apenas alguns anos. Depois, ele começou a revisar a tradução em latim de outros livros da Bíblia, o que resultou em todos os livros do cânon judaico, inclusive os apócrifos.
A tradução de Jerônimo, que mais tarde veio a ser chamada de Vulgata, era um texto com base em várias fontes. Jerônimo baseou sua tradução dos Salmos na Septuaginta, uma tradução grega das Escrituras Hebraicas terminada no segundo século AEC. Ele revisou os Evangelhos e também traduziu boa parte das Escrituras Hebraicas diretamente da língua original, o hebraico. É provável que o restante das Escrituras tenha sido revisado por outros. Algumas partes da Vetus Latina acabaram sendo incluídas na Vulgata de Jerônimo.
No início, o trabalho de Jerônimo não foi muito bem recebido. Até Agostinho criticou a obra. No entanto, ela foi se estabelecendo aos poucos como o padrão para Bíblias de um só volume. No oitavo e nono séculos, eruditos como Alcuíno e Theodulf começaram a corrigir erros lingüísticos e textuais que haviam sido introduzidos na versão de Jerônimo de tanto ser copiada. Outros dividiram o texto em capítulos, facilitando a consulta de textos bíblicos. Quando a impressão tipográfica foi inventada, a versão de Jerônimo foi a primeira Bíblia a ser impressa.

Foi no Concílio de Trento, em 1546, que pela primeira vez a Igreja Católica chamou a versão de Jerônimo de Vulgata. O concílio declarou essa Bíblia “autêntica”, fazendo dela uma obra de referência para o catolicismo. Ao mesmo tempo, o concílio ordenou que ela passasse por uma revisão. O trabalho seria supervisionado por comissões especiais, mas o Papa Sisto V, ansioso para ver o serviço terminado e pelo visto confiante demais na sua capacidade, decidiu ele mesmo finalizar a revisão. O papa morreu em 1590, quando a impressão da sua versão revisada mal tinha começado a sair. Os cardeais logo a rejeitaram, considerando-a uma obra cheia de erros, e a tiraram de circulação.
Uma nova versão publicada em 1592 na época do Papa Clemente VIII ficou mais tarde conhecida como edição Sixto-Clementina. Permaneceu como a versão oficial da Igreja Católica por um bom tempo. A Vulgata Sixto-Clementina também se tornou a base para traduções católicas para o vernáculo, como a tradução de Antonio Martini para o italiano, terminada em 1781.

A critica textual da vulgata. 

A crítica textual no século 20 revelou que a Vulgata, assim como outras traduções, precisava de revisão. Para isso, em 1965, a Igreja Católica formou uma Comissão para a Nova Vulgata, dando a ela a responsabilidade de revisar a tradução em latim com base em informações mais atualizadas. O novo texto seria usado nas liturgias católicas em latim.

A primeira parte da nova tradução ficou pronta em 1969, e, em 1979, o Papa João Paulo II aprovou a Nova Vulgata. A primeira edição continha o nome divino, Iahveh, em vários versículos, incluindo Êxodo 3:15 e 6:3. Depois, como disse um membro da comissão, a segunda edição oficial, publicada em 1986, “se arrependeu”, e “Dominus [‘Senhor’] foi colocado de volta no lugar de Iahveh”.
Assim como a Vulgata foi criticada séculos antes, a Nova Vulgata também foi alvo de críticas, até mesmo por eruditos católicos. Apesar de ser inicialmente apresentada como uma tradução com um forte caráter ecumênico, muitos a encaravam como obstáculo ao diálogo religioso, em especial porque foi proposta como o modelo que obrigatoriamente serviria de base para traduções nas línguas modernas. Na Alemanha, a Nova Vulgata foi centro de controvérsia entre protestantes e católicos por causa da revisão de uma tradução que servisse a ambos. Os protestantes acusaram os católicos de insistir que essa nova tradução seguisse de perto a Nova Vulgata.
 
Livros apócrifos.  

Os apócrifos é uma literatura extra-bíblica que não foi inserida como inspirados. Estes livros passaram pelo crivo e não foram reconhecidos como inspirados por Deus.

Etimologicamente, o termo “apócrifo” significa: “oculto”, “escondido”. É usado para designar os 14 ou 15 livros, ou partes de livros que, em algum tempo, foram colocados entre os livros do Velho e do Novo Testamento. Eles aparecem anexados nas versões Septuaginta e Vulgata Latina. O vocábulo tem sido empregado de forma diferente por católicos e protestantes.

Para os protestantes “apócrifo” designa o conjunto de livros ou porções de livros que não fazia parte do cânon (lista de livros inspirados) hebraico.
Para os católicos “Apócrifo” se refere aos livros que os estudiosos protestantes chamam de pseudo-epígrafos. Os livros que os protestantes chamam de “apócrifos”, os católicos chamam de “Deuterocanônicos”.

Para os protestantes, os livros apócrifos não foram inspirados por Deus. São importantes fontes documentais para o conhecimento da história, cultura e religião dos Judeus. Também muito úteis para nossa compreensão dos acontecimentos intertestamentários (entre o Velho e o Novo Testamento). Mas não para estarem lado a lado com a literatura canônica (inspirada por Deus), pois ao compararmos uma literatura com a outra, logo percebemos profunda e radical diferença no estilo, na autoridade e até nos ensinamentos.

A igreja Católica incluiu os apócrifos no Cânon (lista de livros inspirados por Deus) em 15 de abril de 1546, no Concílio de Trento, impondo-os aos seus fiéis como livros inspirados. Quem não aceitasse a decisão da igreja, seria por ela amaldiçoado.
Por que rejeitamos os apócrifos? Se a mente divina inspirou a cada escritor, o produto destes diferentes autores deve estar em harmonia entre si. Portanto, os primeiros livros se constituem o critério para todos os demais livros que se consideram ou são chamados de inspirados. Mas os livros conhecidos como apócrifos, não se harmonizam em ensino e doutrina com Moisés e outros profetas canônicos; nem Jesus, nem os apóstolos citaram os livros apócrifos como fonte de autoridade.

Por que então, a Igreja Católica continua apegada aos livros apócrifos? Porque as doutrinas fictícias dos apócrifos confirmam falsos ensinos da igreja, como por exemplo: oração pelos santos, falsas curas, dar esmolas para libertar da morte e do pecado, e salvação pelas obras.

Eis alguns ensinos dos apócrifos:

1. Ensino da Arte Mágica – Tobias 6:5-8.
    Refutação bíblica: Marcos 16:17; Atos 16:18;

2. Dar Esmolas Purifica do Pecado – Tobias 12: 8 e 9; Eclesiático 3:33.
    Refutação bíblica: 1 Pedro 1:18 e 19; Judas 24;

3. Pecados Perdoados pela Oração – Eclesiástico 3:4.
    Refutação bíblica: Prov. 28:1; 1 João 1:9; 2:1 e 2;

4. Orações pelos Mortos – 2 Macabeus 12: 42-46.
    Refutação bíblica: Atos 2:34; Isaías 38:18; Lucas 16:26; Isaías 8:20;

5. Ensino do Purgatório – Sabedoria 3:1-4 (imortalidade da alma).
    Refutação bíblica: 1 João 1:7;

6. O Anjo Relata uma Falsidade – Tobias 5: 1-19.
    Refutação bíblica: Lucas 1:19;

7. Uma Mulher Jejuando toda Sua Vida – Judith 8: 5 e 6. Esta é uma história parecida com outras lendas católicas com respeito a seus santos canonizados. Uma mulher dificilmente jejuaria por toda sua vida. Jesus, mesmo sendo divino-humano, jejuou 40 dias, não pela vida toda.

8. Simeão e Levi mataram os habitantes de Siqueia por ordem de Deus – Judite 9:2. Refutação bíblica: Deus não tinha nada a ver com isto: Gênesis 34:30; 49: 5-7; Romanos 12: 19, 17

9. A Imaculada Conceição – Sabedoria 8:19 e 20. Este texto é usado pelos católicos para sustentar a doutrina de que Maria nascera sem pecados. Refutação bíblica: Lucas 1:30-35; Salmo 51:5; Romanos 3:23.

10. Ensinos da Crueldade e do Egoísmo – Eclesiástico 12:6.
   Refutação bíblica: Provérbios 25:21,22; Romanos 12:20; João 6:5; Marcos 6:44-48.

Apócrifos do Antigo Testamento:

1. Tobias.
2. Judite.
3. Adições ao Livro de Ester (10.4 ao 16.22).
4. A Sabedoria de Salomão.
5. A Sabedoria de Jesus o filho de Sisaque, ou Eclesiástico.
6. Baruque.
7. A Carta de Jeremias.
8. A oração de Azarias e o Canto das Três Jovens.
9. Susana (acréscimo ao livro de Daniel, capítulo 13).
10. Bel e o Dragão (acréscimo ao livro de Daniel, capítulo 14).
11. A oração de Manasses.
12. 1º Livro de Macabeus.
13. 2º Livro de Macabeus.
14. 1º Esdras

Os apócrifos do Antigo Testamento podem ser facilmente identificados comparando os livros das Bíblias utilizadas pela maioria das “Sociedades Bíblicas” com uma Bíblia Católica. Na comparação abaixo, os livros em negrito constituem os apócrifos (chamados de Deuterocanônicos pelos Católicos). Aqueles não negritados são aceitos como canônicos por protestantes e Católicos:

♦ Pentateuco: Gênesis, Êxodo, Levíticos, Números e Deuteronômio;
♦ Históricos: Josué, Juízes, Rute, 1 Samuel, 2 Samuel, 1 Reis, 2 Reis, 1 Crônicas, 2 Crônicas, Esdras, Neemias, Tobias, Judite, Ester (com acréscimos), 1 Macabeus, 2 Macabeus.
♦ Sapienciais: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Sabedoria, Eclesiástico.
♦ Proféticos: Isaías, Jeremias, Lamentações, Baruque, Ezequiel, Daniel (com acréscimo), Oséias, Joel, Amós, Abdias (Obadias), Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias.

Total: 46 Livros
39 Canônicos
+7 Deuterocanônicos ( = aqueles sublinhados).

Apócrifos do Novo Testamento

Os apócrifos do Novo Testamento não oferecem problema porque são rejeitados por todas as igrejas cristãs. E não podia ser diferente. 
Observe o ensino, como por exemplo, do evangelho de São Tomé:
“Jesus atravessava uma aldeia e um menino que passava correndo, esbarra-lhe no ombro. Jesus irritado, disse: Não continuarás tua carreira. Imediatamente o menino caiu morto. Seus pais correram a falar com José, este repreende a Jesus que castiga os reclamantes com terrível cegueira”. Tal relato não é compatível com a sublimidade dos ensinos de Cristo e é suficiente para provar que este evangelho é espúrio. “Trouxeram-lhe, então, algumas crianças, para que lhes impusesse as mãos e orasse; mas os discípulos os repreendiam. Jesus, porém, disse: Deixai os pequeninos, não os embaraceis de vir a mim, porque dos tais é o reino dos céus. E, tendo-lhes imposto as mãos, retirou-se dali.” (Mateus 19:13-15).

Lista dos Apócrifos do Novo Testamento

1. Evangelhos: Evangelho Segundo Hebreus, Evangelho dos Egípcios; Evangelhos dos Ebionitas; Evangelho de Pedro; Protoevangelho de Tiago, Evangelho de Tomé; Evangelho de Filipe, Evangelho de Gamaliel; Evangelho da Verdade.

2. Epístolas: Epístola de Clemente; as 7 Epístolas de Inácio; aos Efésios, aos Magnésios, aos Trálios, aos Romanos, aos Filadélfios, aos Esmirnenses e a Policarpo; a Epístola de Policarpo aos Filipenses; Epístola de Barnabé.

3. Atos: Atos de Paulo, Atos de Pedro, Atos de João, Atos de André, Atos de Tomé.

4. Apocalipses: Apocalipse de Pedro, o Pastor de Hermas, Apocalipse de Paulo, Apocalipse de Tomé; Apocalipse de Estêvão.

5. Manuais de Instrução: Didaquê ou Ensino dos 12 Apóstolos, 2 de Clemente. Pregação de Pedro.
Total: 34 livros – são mais do que os Canônicos do Novo Testamento (que somam 27).
Muitos destes livros disputaram um lugar junto ao Cânon Bíblico, mas graças a Deus, foram rejeitados pela Igreja Cristã, assessorada pelo Espírito Santo. Se estes livros pertencessem à lista de livros inspirados por Deus, certamente manchariam a beleza da sã e pura Palavra de Deus.

Devemos, portanto, nos apegar apenas aos 66 livros como dignos de confiança em termos da revelação de Deus ao homem. Nestes livros, 39 no Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento, temos toda a revelação necessária para a salvação do homem. A Sociedade Bíblica do Brasil – com razão – adota estes 66 livros como padrão para as Bíblias que produz. 

Em suma: 

A Bíblia protestante é constituída por 66 livros, 39 dos quais formam o Antigo Testamento e 27 o Novo Testamento. Já a Bíblia católica possui, além desses 66 livros, outros sete livros completos (Tobias, Judite, I Macabeus, II Macabeus, Baruque, Sabedoria e Eclesiástico) e alguns acréscimos ao texto dos livros de Ester (10:4 a 11:1 ou a 16:24) e Daniel (3:24-90; caps. 13 e 14). Esses livros e fragmentos adicionais são chamados de deuterocanônicos, pelos católicos, e de apócrifos, pelos protestantes.
Os apócrifos (ou deuterocanônicos) foram produzidos, em sua maioria, durante os dois últimos séculos a.C. Embora não fizessem parte da Bíblia hebraica dos judeus da Palestina, eles foram incorporados à tradução da Bíblia ao latim (Vulgata Latina), que preservou e popularizou esses acréscimos durante a Idade Media. 
No Concílio de Trento em 8 de abril de 1546, a igreja católica decretou que aqueles que não reconhecessem os apócrifos da Vulgata Latina como genuinamente “sagrados e canônicos” deveriam ser anatematizados. Consequentemente, todas as versões católicas da Bíblia preservam até hoje esses escritos.
Os protestantes, por sua vez, reconhecem o valor histórico dos apócrifos, mas não os consideram como canônicos ou inspirados. Esta posição deriva do fato de tais escritos (1) não fazerem parte do cânon hebraico do Antigo Testamento; (2) não haverem sido citados por Cristo ou pelos apóstolos no Novo Testamento; e (3) apresentarem ensinamentos contraditórios ao restante das Escrituras. Entre esses ensinamentos encontram-se, por exemplo, as falsas teorias da existência do purgatório (Sabedoria 3:1-9; contrastar com Salmo 6:5; Eclesiastes 9:5, 10); das orações pelos mortos (II Macabeus 12:42-46; contrastar com Isaías 38:18 e 19); de que anjos bons mentem (Tobias 5:10-14; contrastar com Mateus 22:30; João 8:44); de que o fundo dos órgãos de um peixe, postos sobre brasas, espantam os demônios (Tobias 6:5-8; contrastar com Marcos 9:17-29); de que as esmolas expiam o pecado (Tobias 12:8 e 9; Eclesiástico 3:30; contrastar com I Pedro 1:18 e 19; I João 1:7-9). Isso nos impede de aceitar a inspiração e a canonicidade dos escritos apócrifos (ou deuterocanônicos).

Fonte: Equipe Bíblia.com.br
Professor Jorge Mário, Apostila de Estudo Teológico.

AUTORIDADE.

A autoridade da bíblia tem como base a sua inspiração, por ser ela a palavra de Deus. Isto lhe faz um livro ímpar, diferente de todas as obras literárias. A sua autoridade consiste no fato da sua infalibilidade em relação as suas profecias e promessas nela contida. Ela é conhecida como o Livro, o Livro de Deus, onde se encontra a fonte da água da vida para toda a humanidade.
A Bíblia é o único livro que a sua mensagem é infalível, imutável, verdadeira e eterna.

INFALÍVEL.

Ainda veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Que é que vês, Jeremias? E eu disse: Vejo uma vara de amendoeira. E disse-me o SENHOR: Viste bem; porque eu velo sobre a minha palavra para a cumprir (Jeremias, 1.11,12).
Porque, assim como descem a chuva e a neve dos céus e para lá não tornam, mas regam a terra e a fazem produzir, e brotar, e dar semente ao semeador, e pão ao que come, assim será a palavra que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia; antes, fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei (Isaías, 55.10,11).

IMUTÁVEL.

Eu não violarei minha aliança, tampouco modificarei qualquer das promessas dos meus lábios.
De uma vez para toda a eternidade jurei por minha santidade, e não faltarei com a minha palavra a Davi (Salmos, 89.34,35).
Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos (Malaquias, 3.6).

VERDADEIRA.

Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade (João. 17.17).
A tua palavra é a verdade desde o princípio, e cada um dos teus juízos dura para sempre (Sl.119.160).

ETERNA.

Seca-se a erva, e caem as flores, mas a palavra de nosso Deus subsiste eternamente (Isaías, 40.8).
Para sempre, ó SENHOR, a tua palavra permanece no céu (Salmos, 119.89).

O TESTEMUNHO DOS SEUS ESCRITORES.

MOISÉS.

Vindo, pois, Moisés e contando ao povo todas as palavras do SENHOR e todos os estatutos, então, o povo respondeu a uma voz. E disseram: Todas as palavras que o SENHOR tem falado faremos. E Moisés escreveu todas as palavras do SENHOR... E tomou o livro do concerto e o leu aos ouvidos do povo... (Êxodo, 24.3,4,7).

DAVI.

E estas são as últimas palavras de Davi. Diz Davi, filho de Jessé, e diz o homem que foi levantado em altura, o ungido de Deus de Jacó, e o suave em salmos de Israel: O Espírito do SENHOR falou por mim, e a sua palavra esteve em minha boca (II Samuel, 23.1,2).

DANIEL.

No primeiro ano de Dario, filho de Assuero da linhagem dos medos, o qual foi constituído rei sobre todo o povo caldeu babilônio, no primeiro ano do seu governo real, eu, Daniel, compreendi mediante a leitura atenta das Sagradas Escrituras, de acordo com a Palavra do SENHOR, concedida ao profeta Jeremias, que a desolação de Jerusalém iria durar setenta anos (Daniel, 9.1,2).

PAULO.

Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra (II Timóteo, 3.16,17).
 
PEDRO.

Sabendo primeiramente isto; que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação; porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo (II Pedro, 1.20,21).

ESCRITOR ANÔNIMO.

Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração (Hebreus, 4.12).

O TESTEMUNHO DE JESUS.

Então, lhes admoestou Jesus: “Ó tolos de entendimento e lentos de coração para crer em tudo quanto os profetas já declararam a vós! Ora, não era imprescindível que o Cristo padecesse para que entrasse na sua glória?” Então, iniciando por Moisés e discorrendo sobre todos os profetas, explanou-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras (Lucas, 24.25-27).

CONCLUSÃO:
Cremos que a Bíblia é a palavra de Deus, e a única revelação escrita de Deus para toda a humanidade, e que a sua autoridade e inspiração divina é autentica e comprovada. Que todos possam receber a Bíblia sem restrição alguma, pois ela é a palavra de Deus em qualquer língua que vier a ser traduzida.

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