quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

BENONI AGORA É BENJAMIM.

Partiram de Betel, e, havendo ainda um pequeno espaço de terra para chegar a Efrata, teve um filho Raquel e teve trabalho em seu parto. E aconteceu que, tendo ela trabalho em seu parto, lhe disse a parteira: Não temas, porque também este filho terás. E aconteceu que, saindo-lhe a alma (porque morreu), chamou o seu nome Benoni; mas seu pai o chamou Benjamim. Assim, morreu Raquel e foi sepultada no caminho de Efrata; esta é Belém (Gênesis, 35.16-19). 

Benjamim foi o filho mais novo do patriarca Jacó, o seu nascimento foi marcado por um triste acontecimento. A sua mãe Raquel, sentindo dores de parto, teve complicações em seu parto, e, dizendo-lhe a parteira que ela teria um filho, e indo ela já morrendo, chamou o nome do menino Benoni; mas o seu pai Jacó, o chamou Benjamim.
Enquanto Raquel chamou o nome do seu segundo filho de Benoni, que significa filho da minha dor. O patriarca Jacó preferiu mudar o nome do menino para Benjamim, que significa filho da destra. 
Os nomes bíblicos geralmente traziam significados que identificavam o caráter ou o oficio  de uma pessoa, bem como um significado de bênção ou maldição que acompanharia durante a sua vida. Há casos, em que o próprio Deus mudou o nome de alguns dos seus servos, ou reverteu a maldição em bênção.

* BENONI significa:

Dor.
Aflição.
Tristeza.
Sofrimento.
Angústia.
Desonra. 
Morte.

* BENJAMIM significa:

Bênção.
Estabilidade.
Prosperidade.
Riquezas.
Alegria.
Honra.
Vida.

DEUS MUDA NOMES E MUDA A HISTÓRIA:

Abrão - Pai exaltado - Para Abraão - Pai de multidões (Gn.17.5). 
Sarai - Contenciosa - Para Sara - Princesa (Gn.17.15).
Jacó - Enganador - Para Israel - Aquele que luta com Deus (Gn.32.28).
Simão - Ouvinte - Para Cefas - Rocha (Jo.1.42).

CONCLUSÃO:
Deus mudou o seu nome e a sua história. Ontem era Benoni, hoje é Benjamim. Deus nos tirou das trevas para sua maravilhosa luz. Todas as maldições foram quebradas e desfeitas, agora você estar debaixo das bênçãos de Deus. Deus não nos chamou para vivermos uma vida de miséria, dores e sofrimentos; Ele nos chamou e nos abençoou com toda sorte de bênçãos, espirituais e materiais. Portanto, não lamente a dor, a aflição e o sofrimento de Benoni; mas seja um Benjamim de Deus e desfrute das bênçãos Deus na sua vida. 

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

BENJAMIM, O LOBO QUE DESPEDAÇA.

Benjamim é o lobo que despedaça; pela manhã, comerá a presa e, à tarde, repartirá o despojo  (Gênesis, 49.27).

Benjamim foi o filho mais novo do patriarca Jacó, o seu nascimento foi marcado por um triste acontecimento. A sua mãe Raquel, sentindo dores de parto, teve complicações em seu parto, e, dizendo-lhe a parteira que ela teria um filho, e indo ela já morrendo, chamou o nome do menino Benoni; mas o seu pai Jacó, o chamou Benjamim (Gênesis, 35.16-18).
Passados muitos anos, estando Jacó prestes a morrer, ele reuni seus filhos e os abençoou com pronunciamentos de bênçãos sobre os seus doze filhos. Benjamim, por ser o mais novo, foi o último a receber a bênção do seu pai Jacó. Jacó abençoa Benjamim dizendo: Benjamim é o lobo que despedaça; pela manhã, comerá a presa e, à tarde, repartirá o despojo (Gênesis, 49.27).
Esta profecia de Jacó sobre Benjamim, tem o seu cumprimento no decorrer da história, quando a tribo de Benjamim vem a ser uma tribo guerreira, temida por todos. Nos capítulos finais do livro de Juízes, do 19 ao 21, há uma ocorrência de um fato intrigante que envolve a tribo de Benjamim, que vai lhe identificar como o lobo solitário, ao se isolar das tribos de Israel e lhes declarar guerra. Benjamim como lobo é valente, guerreiro e solitário.
Depois do reinado de Salomão, as doze tribos de Israel se dividiram, dez formaram o reino de Israel, cuja capital era Samaria; e as tribos de Judá e Benjamim, uniram-se e formaram o reino de Judá, e a sua capital foi Jerusalém. O leão e o lobo uniram-se e prevalecem até hoje. Quem escapar do leão, será despedaçado pelo lobo. Benjamim é o lobo que despedaça.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

AS PROMESSAS DE DEUS.

Porque todas quantas promessas há de Deus são em Cristo sim, e por ele o Amém, para glória de Deus por nós (II Coríntios, 1.20).
Porque a palavra da promessa é esta: Por este tempo virei, e Sara terá um filho (Rm.9.9).

Deus é um Deus de promessas, há registros no texto sagrado de mais de oito mil promessas. Paulo nos dá a entender, que todas as promessas de Deus são confirmadas e autenticadas em Cristo, através do sim e do Amém, para glória de Deus por nós (II Co.1.20). Observamos que, todas as promessas de Deus estão condicionadas a obediência. Geralmente, entre a promessa e o seu real cumprimento, há um espaço de tempo e um caminho a ser percorrido. Toda promessa passa por um teste ou por um período probatório. O problema é que muitos crentes não conseguem ter paciência ou perseverança para alcançar a promessa. O escritor aos hebreus diz: Porque necessitais de paciência, para que, depois de haverdes feito a vontade de Deus, possais alcançar a promessa (Hebreus, 10.36). Para alcançarmos as promessas de Deus precisamos ter fé e sermos obedientes a sua palavra. Deus é fiel para cumprir aquilo que prometeu, agora, só depende de nós. Retenhamos firmes a confissão da nossa esperança, porque fiel é o que prometeu (Hebreus, 10.23). Deus fez promessas a Abraão, porém ele teria que crer, obedecer e esperar. Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia (Hebreus, 11.8). O nosso pai na fé teve suas fraquezas, mas ele obedeceu e alcançou a promessa.

PROMESSAS FEITAS POR DEUS E O TESTE DO TEMPO ATRAVÉS DAS PROVAÇÕES.

ABRAÃO.

Deus chamou a Abraão e lhe fez promessas quando ele tinha 75 anos de idade (Gn.12.1-4).
Passados 25 longos anos, depois de muitas provações, acertos e desacertos na vida do patriarca, Deus cumpriu uma das promessas, dando-lhe um filho saído do ventre de Sara, na época do cumprimento da promessa, Abraão já estava com 100 anos de idade. Diz a Escritura: E era Abraão da idade de cem anos, quando lhe nasceu Isaque, seu filho (Gênesis, 21.5). Pela fé, também a mesma Sara recebeu a virtude de conceber e deu à luz já fora da idade; porquanto teve por fiel aquele que lhe tinha prometido (Hebreus, 11.11).
Abraão enfrentou muitos desafios, passou por muitas provações até se cumprir a promessa, mas ele creu e foi aprovado por Deus. Está escrito: Então, o levou fora e disse: Olha, agora, para os céus e conta as estrelas, se as podes contar. E disse-lhe: Assim será a tua semente. E creu Abraão no SENHOR, e foi-lhe imputado isto por justiça (Gn.15.5,6). O qual, em esperança, creu contra a esperança que seria feito pai de muitas nações, conforme o que lhe fora dito: Assim será a tua descendência. E não enfraqueceu na fé, nem atentou para o seu próprio corpo já amortecido (pois era já de quase cem anos), nem tampouco para o amortecimento do ventre de Sara. E não duvidou da promessa de Deus por incredulidade, mas foi fortificado na fé, dando glória a Deus; e estando certíssimo de que o que ele tinha prometido também era poderoso para o fazer. Pelo que isso lhe foi também imputado como justiça (Romanos, 4.18-22).

JOSÉ.

Deus revelou-se em sonhos a José e lhe fez promessas, quando ele tinha 17 anos de idade (Gênesis, 37.1-11). Passados 13 longos anos de muitas provações na vida de José, Deus cumpriu com a sua promessa. José assume o trono como governador do Egito com 30 anos de idade (Gênesis, 41.38-46).
José foi invejado pelos seus irmãos, rejeitado, desprezado, vendido, caluniado, preso e tido como morto. Rasgaram a túnica de José, mas não puderam anular as promessas de Deus na sua vida. Depois da luta vem a vitória. José fica debaixo da promessa de Deus, obedecendo e perseverando em ser fiel; até que chega o tempo de Deus lhe exaltar e cumprir com as suas promessas. Com você não será diferente, seja fiel e esteja debaixo da promessa de Deus, Ele vai cumprir.

DAVI.

Davi foi escolhido por Deus e ungido pelo profeta Samuel, como resultado de uma promessa feita por Deus, com a idade de 16 anos (I Samuel, 16.1-23). Passados 14 longos anos de lutas e provações na vida de Davi, Deus cumpriu a promessa. Então, todas as tribos de Israel vieram a Davi, a Hebrom, e falaram, dizendo: Eis-nos aqui, teus ossos e tua carne somos. E, também dantes, sendo Saul ainda rei sobre nós, eras tu o que saías e entravas com Israel; e também o SENHOR te disse: Tu apascentarás o meu povo de Israel e tu serás chefe sobre Israel. Assim, pois, todos os anciãos de Israel vieram ao rei, a Hebrom; e o rei Davi fez com eles aliança em Hebrom, perante o SENHOR; e ungiram Davi rei sobre Israel. Da idade de trinta anos era Davi quando começou a reinar; quarenta anos reinou (II Samuel, 5.1-4).
Davi foi humilhado, rejeitado, desprezado, perseguido, invejado, ameaçado de morte, sendo caçado por Saul e suas tropas; corria como um fugitivo pelos desertos para não ser morto. Mas, depois de haver passado pelo teste e atravessado o vale da provação, Deus cumpriu a sua promessa e lhe exaltou como rei de Israel.

CONCLUSÃO:
Portanto, creia, promessa de Deus se cumpri, é só esperar o tempo de Deus. Precisamos entender que, entre a promessa até o seu real cumprimento, existe um tempo de Deus e um caminho a ser percorrido. Não desanime, Deus proverá, fique debaixo da promessa, porque no tempo certo, Deus vai cumprir com as suas promessas em sua vida. Humilha-te perante o SENHOR, porque vai chegar o tempo da tua exaltação. Amém!

sábado, 19 de janeiro de 2019

A RESSURREIÇÃO DO FILHO DA VIÚVA DE NAIM.

Logo depois, Jesus foi a uma cidade chamada Naim, e com ele iam os seus discípulos e uma grande multidão. Ao se aproximar da porta da cidade, estava saindo o enterro do filho único de uma viúva; e uma grande multidão da cidade estava com ela. Ao vê-la, o Senhor se compadeceu dela e disse: "Não chore". Depois, aproximou-se e tocou no caixão, e os que carregavam pararam. Jesus disse: "Jovem, eu te digo: Levanta-te! O jovem assentou-se e começou a falar, e Jesus o entregou à sua mãe.
Todos ficaram cheios de temor e louvavam a Deus, dizendo: "Um grande profeta se levantou entre nós, e Deus visitou o seu povo." Essas notícias sobre Jesus espalharam-se por toda a Judeia e regiões circunvizinhas (Lucas, 7.11-17). 

NAIM, UMA CIDADE DESCONHECIDA QUE TORNOU-SE CELEBRE.

A cidade de Naim não era uma cidade que se destacava por sua beleza, ou por sua riqueza. Naim era uma cidade simples, humilde, mas Deus procura as coisas humildes e pequenas para fazer coisas grandes. Em nenhuma outra parte da bíblia essa cidade é mencionada. A geografia bíblica nos informa que a cidade de Naim ficava no extremo da região da Galileia, próximo ao monte Tabor e a dez quilômetros de distância ao sul de Nazaré. De Cafarnaum, onde Jesus estava, ficava cerca de 40 quilômetros de distância da cidade de Naim. Jesus caminhou caminho de um dia, entre 9 a 10 horas até chegar em Naim, com um único objetivo, ressuscitar o filho uma pobre viúva, aflita pela morte do seu único filho.

TRÊS ENCONTROS EM NAIM:

1- O Encontro Das Duas Multidões.

Logo depois, Jesus foi a uma cidade chamada Naim, e com ele iam os seus discípulos e uma grande multidão.
Ao se aproximar da porta da cidade, estava saindo o enterro do filho único de uma viúva; e uma grande multidão da cidade estava com ela (Lc.7.11,12). 

Jesus seguia para cidade de Naim, acompanhado com os seus discípulos e uma grande multidão. Enquanto Jesus entrava na cidade acompanhado por uma grande multidão, estava saindo um enterro do filho único de uma viúva; e uma grande multidão seguia o enterro. Aqui nós vemos um encontro da multidão da vida e a multidão da morte. A multidão da vida seguia a Jesus, e a multidão da morte seguia o funeral do filho da viúva.
Na multidão da morte todos estão tristes e desesperançados; na multidão da vida, todos estão felizes e cheios de esperança.
Quando a morte se encontra com a vida, ela não resiste, porque a vida é mais forte, a vida que é JESUS, entra em ação e vence a morte.

2- O Encontro De Uma Mulher Aflita Com o Consolador.

Ao vê-la, o Senhor se compadeceu dela e disse: "Não chore" (Lc.7.13).
Esta viúva que a bíblia não revela o seu nome, estava muito aflita por ter perdido o seu único filho que seria a grande esperança dos seus sonhos. O seu marido que era o provedor do sustento da família, havia morrido e agora a única esperança que lhe restava era seu filho, e este também veio a falecer. O desespero tomou conta do seu coração e ela chorava muito; mas ela teve a felicidade de encontra-se com Jesus, que é especialista em consolar os corações. Ele teve compaixão e disse: "Não chore!". Esta expressão é uma ordem no imperativo, que implica em dizer: Pare de chorar! Seja consolada para sempre.
Dizer não chore, para quem estar com o único filho morto, dentro de um caixão, a caminho do cemitério, não é normal. Mas, quando é Jesus que diz: "Não chore", é diferente, porque Ele contradiz a lógica e a razão humana. A lógica humana diz que não tem jeito, mas quando Jesus chega tem jeito. Porque além de Ele ser o consolador dos corações aflitos, Ele também tem a solução para tudo. Então, não chore, Jesus vai dá um jeito. Ele é o Deus que te consola e diz: Eu sou a solução.

3- O Encontro Da Vida Com a Morte. 

Depois, aproximou-se e tocou no caixão, e os que o carregavam pararam. Jesus disse: "Jovem, eu digo, levante-se!"
O jovem sentou-se e começou a conversar, e Jesus o entregou à sua mãe.
Todos ficaram cheios de temor e louvavam a Deus, dizendo: "Um grande profeta se levantou entre nós, e Deus visitou o seu povo."
Essas notícias sobre Jesus espalharam-se por toda a Judeia e regiões circunvizinhas (Lc.7.14-17). 

Uma cena triste e deprimente, uma mulher viúva chorava desesperadamente por haver perdido o seu único filho, a única esperança que lhe restava. Se a perda do seu marido foi difícil para aquela mulher, imagine agora com a morte do seu único filho. Todos os seus projetos, planos e sonhos foram frustrados com a morte do seu marido e do seu filho. Com o seu filho em vida, ainda lhe restava uma esperança, o seu único filho era a sua esperança e realização dos seus sonhos; porém, agora estava morto. Mas, ela teve a felicidade de encontra-se com Jesus; e Jesus, que é especialista em ressuscitar, ressuscitou o seu filho, e, com ele vivo, a sua esperança e os seus sonhos também ressuscitaram. Isto nos dá uma lição de que, para Deus nada é impossível; Ele tem a palavra final para ressuscitar todos os nossos sonhos. Aleluia!
Quando a morte se encontra com a vida, ela não resiste, porque a vida é mais forte, a vida que é JESUS, entra em ação e vence a morte. Ele disse: Eu sou a ressurreição e a vida; aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá (João, 11.25).

CONCLUSÃO:
Quando tudo parece perdido, quando não há mais esperanças, quando todos os nossos projetos e sonhos são frustrados; ainda há solução, Jesus chega e com Ele a esperança e a ressurreição dos sonhos. A última palavra é a de Deus, Jesus manda parar o cortejo fúnebre e diz para a morte: Basta! foi só até aqui. Ele disse: Eu sou a ressurreição e a vida; aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá (João, 11.25). 
Descansa em Deus, Ela vai renovar a tua esperança e ressuscitar todos os teus sonhos. Amém! 

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

OS QUATRO PILARES DO CASAMENTO.

Esposas, cada uma de vós respeitai ao vosso marido, porquanto sois submissas ao Senhor; porque o marido é o cabeça da esposa, assim como Cristo é o cabeça da Igreja, que é o seu Corpo, do qual Ele é o Salvador. Assim como a igreja está sujeita a Cristo, de igual modo as esposas estejam em tudo sujeitas a seus próprios maridos.
Maridos, cada um de vós amai a vossa esposa, assim como Cristo amou a sua Igreja e sacrificou-se por ela, a fim de santificá-la, tendo-a purificado com o lavar da água por meio da Palavra, e para apresentá-la a si mesmo como Igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou qualquer outra imperfeição, mas santa e inculpável. Sendo assim, o marido deve amar sua esposa como ama o seu próprio corpo. Quem ama sua esposa, ama a si mesmo! Pois ninguém jamais odiou o próprio corpo, antes o alimenta e dele cuida, assim como Cristo zela pela Igreja, pois somos membros do seu Corpo. “Por este motivo, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua esposa, e os dois se tornarão uma só carne.” Este é um mistério grandioso; refiro-me, contudo, à união entre Cristo e sua Igreja. Portanto, cada um de vós amai a sua esposa como a si mesmo, e a esposa trate o marido com todo o respeito (Efésios, 5.22-33). 

Paulo usa uma linguagem figurada e faz uma analogia entre o relacionamento de Cristo com a igreja e do marido com a esposa. Compreender e praticar este princípio bíblico, é fundamental para que a união de um casal tenha estabilidade, prosperidade e paz. O casamento é uma união entre marido e mulher, na qual ambos se tornam uma só carne (Gn.2.24). A partir dessa união, o marido e a esposa não são mais duas pessoas, mas apenas uma. Paulo nos apresenta um modelo de amor e união a ser seguido: O amor sacrificial de Cristo pela igreja. A referência de amor, respeito, submissão e lealdade, deve ser Cristo. Um casamento para ser bem sucedido, precisa primeiramente ter Cristo como cabeça deste relacionamento. A base principal para um casamento de sucesso, deve ser Cristo. Em cima desta base que é Cristo, o casamento deve ter pilares que darão sustentação sólidas e permanente na vida a dois.

* AMOR.

O amor é a base principal em um relacionamento de uma vida a dois. É impossível ter um casamento feliz sem que haja amor. Um casamento sem amor é como um barco sem leme, fica sem rumo, e sem direção; não há sentido, nem segurança. Um casamento que não tem como base o amor, mas estar fundamentado em outros sentimentos e interesses mesquinhos; certamente este casamento estar fadado ao fracasso. Quando os cônjuges estão verdadeiramente vivendo em amor, eles podem declarar e viver o que diz esta poesia: "As muitas águas não poderiam apagar esse amor, nem os rios afoga-lo; ainda que alguém desse toda a fazenda de sua casa por este amor, certamente a desprezariam (Cantares, 8.7). Portanto, o amor é a receita para um casamento feliz.


* FIDELIDADE.

... Ninguém seja infiel com a sua esposa, a mulher da sua mocidade. Pois Eu odeio o divórcio ... Por isso, procedeis com sabedoria; não sejais infiéis! (Malaquias, 2.15,16).

Fidelidade é uma palavra que inspira confiança, porém na pratica poucos tem vivido esta realidade. Um dos motivos que tem levado grande número de casais a separação tem sido a traição, ou seja a falta de fidelidade. Ser fiel implica em ser leal ao cônjuge em todas as circunstâncias da vida. O juramento que os casais fazem diante de Deus, diante do ministrante, das testemunhas e dos convidados, é: "Prometo ser fiel na alegria, na tristeza, na saúde e na doença; na abundância e na escassez, prometo ser fiel até a morte". Quando esta declaração se torna uma pratica verdadeira no dia-a-dia de um casal, este casamento se fortalece e solidifica-se cada vez mais. Podemos dizer que, um casamento onde há fidelidade, é um casamento BRINDADO, onde não há brechas para infidelidade ou separação. Portanto, seja fiel no seu relacionamento, seja marido de uma só mulher, ame a família que Deus lhe deu. 

* CUMPLICIDADE.

Ser cúmplice é participar e partilhar da mesma visão. É torcer juntos com um mesmo objetivo de fazer planos e alcançar as metas estabelecidas. A sua esposa ou o seu marido, deve ser seu melhor amigo, isto é cumplicidade. Cumplicidade significa: Ser intimo, conhecer o outro na sua intimidade; apoiar o outro em suas decisões, é compartilhar com suas ideias, sem interferir. É aceitar e respeitar os limites do outro e saber ouvir quando for preciso; para que possa ser ouvido também. É saber dividir o espaço sem romper seus limites, é trocar experiências e não competir entre si.
Finalmente, a cumplicidade no casamento, implica em serem amigos, o marido respeitar a esposa, e a esposa respeitar o marido; compartilhar tudo com o seu cônjuge, sendo transparente e leal a sua companheira (o).

* SUBMISSÃO.

Quando a bíblia recomenda que a mulher deve ser submissa ao marido, isto não significa dizer que a esposa será sua escrava. Isto nos fala do respeito que a esposa deve ter pelo seu marido. Se em um casamento, não houver respeito mútuo, submissão e união, é porque já não existe amor. E, não existindo amor, este casamento está fadado ao fracasso.
É preciso entender, que Deus colocou o homem como cabeça da mulher. Portanto, a mulher deve seguir a direção do marido. Mas isto também não tira a autoridade do homem, quando ele ouve a sua esposa e segue as suas orientações. Todavia, a cabeça é o homem, nunca a mulher. Paulo nos ensina dizendo: Esposas, cada uma de vós respeitai ao vosso marido, porquanto sois submissas ao Senhor; porque o marido é o cabeça da esposa, assim como Cristo é o cabeça da Igreja ... (Ef.5.22,23).
Aqui nós entendemos que, um casamento só será bem sucedido, se houver a devida submissão da esposa para com o marido. Que também por sua vez, o marido deve respeitar a esposa, ama-la e protege-la. 

CONCLUSÃO: 
Que os pilares do Amor, da Fidelidade, da Cumplicidade e da Submissão, estejam bem firmados em Cristo; a fim de que, o casamento seja bem sucedido, prospero, vitalício e feliz para sempre. Amém! 

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

O CORDÃO DE TRÊS DOBRAS.

Melhor é serem dois do que um, porque tem melhor paga do seu trabalho. Porque, se um cair, o outro levanta o seu companheiro; mas ai do que estiver só; pois, caindo, não haverá outro que o levante. Também se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só como se aquentará? E, se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três dobras não se quebra tão depressa (Eclesiastes, 4.9-12).

O sábio Salomão em sua análise em relação a vida humana, ele percebe que viver isolado não é bom. Além da solidão ser um problema para quem vive no isolamento, ela traz consigo suas desvantagens; pois quem procura viver só, torna a sua vida mais difícil em todos os sentidos.
O pregador aconselha: "Melhor é serem dois do que um, porque tem melhor paga do seu trabalho. Porquanto, se um cair, o outro levanta; mas ai do que estiver só; caindo, não tem quem o levante. E, se alguém quiser lutar contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três dobras não se arrebenta com facilidade". Observe que, o pregador começa falando sobre a importância de serem dois e termina dizendo que o cordão de três dobras não se quebra facilmente. Esta união de dois nos remete ao casamento de um homem com uma mulher, que por sua vez formam as duas dobras, e o reforço que soma a terceira dobra é Deus. Um casamento para ser feliz, próspero e vitalício, precisa ter Deus no centro como a terceira dobra desta união. Infelizmente, ao longo dos anos, muitos casamentos são desfeitos, simplesmente porque não colocaram Deus no centro, desprezaram a terceira dobra.

AS TRÊS DOBRAS DE UM CASAMENTO FELIZ:

* AMOR.

O amor é a base principal em um relacionamento de uma vida a dois. É impossível ter um casamento feliz sem que haja amor. Um casamento sem amor é como um barco sem leme, fica sem rumo, e sem direção; não há sentido, nem segurança. Um casamento que não tem como base o amor, mas estar fundamentado em outros sentimentos e interesses mesquinhos; certamente este casamento estar fadado ao fracasso. Quando os cônjuges estão verdadeiramente vivendo em amor, eles podem declarar e viver o que diz esta poesia: "As muitas águas não poderiam apagar esse amor, nem os rios afoga-lo; ainda que alguém desse toda a fazenda de sua casa por este amor, certamente a desprezariam (Cantares, 8.7). Portanto, o amor é a receita para um casamento feliz.

* FIDELIDADE.

Fidelidade é uma palavra que inspira confiança, porém na pratica poucos tem vivido esta realidade. Um dos motivos que tem levado grande número de casais a separação tem sido a traição, ou seja a falta de fidelidade. Ser fiel implica em ser leal ao cônjuge em todas as circunstâncias da vida. O juramento que os casais fazem diante de Deus, diante do ministrante, das testemunhas e dos convidados, é: "Prometo ser fiel na alegria, na tristeza, na saúde e na doença; na abundância e na escassez, prometo ser fiel até a morte". Quando esta declaração se torna uma pratica verdadeira no dia-a-dia de um casal, este casamento se fortalece e solidifica-se cada vez mais. Podemos dizer que, um casamento onde há fidelidade, é um casamento BRINDADO, onde não há brecha para infidelidade ou separação. Portanto, seja fiel no seu relacionamento, seja marido de uma só mulher, ame a família que Deus lhe deu. 

* CUMPLICIDADE.

Ser cúmplice é participar e partilhar da mesma visão. É torcer juntos com um mesmo objetivo de fazer planos e alcançar as metas estabelecidas. A sua esposa ou o seu marido, deve ser seu melhor amigo, isto é cumplicidade. Cumplicidade significa: Ser intimo, conhecer o outro na sua intimidade; apoiar o outro em suas decisões, é compartilhar com suas ideias, sem interferir. É aceitar e respeitar os limites do outro e saber ouvir quando for preciso; para que possa ser ouvido também. É saber dividir o espaço sem romper seus limites, é trocar experiências e não competir entre si.
Finalmente, a cumplicidade no casamento, implica em serem amigos, o marido respeitar a esposa, e a esposa respeitar o marido; compartilhar tudo com o seu cônjuge, sendo transparente e leal a sua companheira (o).

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Anjos a Serviço de DEUS.

E, quanto aos anjos, diz: O que de seus anjos faz ventos e de seus ministros, labaredas de fogo. Não são, porventura, todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação? (Hebreus, 1.7,14).
Os anjos são seres espirituais que aparecem em toda a Bíblia. Eles têm suas atividades no céu e também atuam na terra, não agem por conta própria, mas estão submissos as ordens de Deus.
Aparecem glorificados (no seu estado original), mas também aparecem em forma humana, interagindo com os seres humanos. Embora estejam presentes em diversas passagens bíblicas, as informações disponíveis não oferecem tantos detalhes sobre a hierarquia dos anjos. Sabemos que são seres espirituais, assexuados e habitam no céu. Os anjos fazem parte da corte celeste, adorando a Deus; como ministros de Deus, servem para entregar mensagens divinas aos homens e também auxiliam, protegem e agem a favor dos servos do Senhor.

O MINISTÉRIO DOS ANJOS.
Nas 273 referências aos anjos que aparecem no texto Sagrado, a maioria das narrativas apresentam suas várias atividades ou ministérios. Vemos nessas atividades um amplo campo de feitos maravilhosos e notáveis, e isso realça as duas características do ministério dos anjos, o ordinário, que consiste em louvar e servir a Deus; e o extraordinário, que consiste no serviço dos anjos em prol do homem necessitado e caído. Em especial, os anjos são enviados de Deus para servir aqueles que hão de herdar a salvação (Hb.1.14). Eles também se acampam em volta daqueles que temem a Deus para os guardar e livrar do mal (Sl.34.7). Enfim, o ministério dos anjos é muitos extenso, eles tiveram sua participação no começo da história da humanidade, e terá também no final.

* ESTÃO A SERVIÇO DOS FIÉIS.
Não são, porventura, todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação? (Hebreus, 1.14).

* PROTEGEM E LIVRA OS SERVOS DO SENHOR.

O anjo do SENHOR acampa-se ao redor dos o temem, e os livra (Sl.34.7).
O meu Deus enviou o seu anjo e fechou a boca dos leões, para que não me fizessem dano ... (Dn.6.22).
Falou Nabucodonosor e disse: Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que enviou o seu anjo e livrou os seus servos, que confiaram Nele ... (Dn.3.28).

* ALEGRAM-SE COM AS OBRAS DE DEUS.
Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende (Lc.15.10).
Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus? (Jó.38.7).

* EXECUTAM A VONTADE DE DEUS.
Bendizei ao SENHOR, anjos seus, magníficos em poder, que cumpris as suas ordens, obedecendo à voz da sua palavra (Salmos, 103.20).

* PUNEM OS INIMIGOS DE DEUS.
Sucedeu, pois, que naquela mesma noite, saiu o anjo do SENHOR e feriu no arraial dos assírios a cento e oitenta e cinco mil deles; e, levantando-se pela manhã cedo, eis que todos eram corpos mortos (II Reis, 19.35).
* INTERESSAM-SE PELA SALVAÇÃO DOS HOMENS.
Alcançando o fim da vossa fé, a salvação da alma. Da qual salvação inquiriram e trataram diligentemente os profetas que profetizaram da graça que vos foi dada, ... para as quais coisas os anjos desejam bem atentar (I Pedro, 1.9,10,12b).
* REALIZAM AÇÕES FÍSICAS.
E eis que houvera um grande terremoto, porque um anjo do Senhor, descendo do céu, chegou, removendo a pedra, e sentou-se sobre ela (Mateus, 28.2).
* REALIZAM AÇÕES PSICOLÓGICAS.
E apareceu-lhe um anjo do céu, que o confortava (Lucas, 22.43).
* ACOMPANHARÃO A CRISTO NA SUA SEGUNDA VINDA.
E, quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos os santos anjos, com ele, então, se assentará no trono da sua glória (Mateus, 25.31).
* VIRÁ COM CRISTO NO ARREBATAMENTO DA IGREJA.
Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro (I Ts.4.16).
OS ANJOS E A BATALHA ESPIRITUAL.
Num contexto de batalha espiritual, os anjos são apresentados na Bíblia nas guerras celestiais.

E houve batalha no céu: Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão; e batalhavam o dragão e os seus anjos, mas não prevaleceram; nem mais o seu lugar se achou nos céus. E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o diabo e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele (Ap.12.7-9).
Mas o príncipe do reino da Pérsia se pôs defronte de mim vinte e um dias, e eis que Miguel, um dos primeiros príncipes, veio para ajudar-me, e eu fiquei ali com os reis da Pérsia. E disse: Sabes por que eu vim a ti? Eu tornarei a pelejar contra o príncipe dos persas; e, saindo eu, eis que virá a príncipe da Grécia. Mas eu te declararei o que está escrito na Escritura da verdade; e ninguém há que se esforce comigo contra aqueles, a não ser Miguel, vosso príncipe (Daniel, 10.13,20,21).
Mas o Arcanjo Miguel, quando contendia como diabo e disputava a respeito do corpo de Moisés, não ousou pronunciar juízo de maldição contra ele; mas disse: O Senhor te repreenda (Judas, 9).
CONCLUSÃO:
Concluímos este simples relato sobre os anjos na intenção de trazer algumas informações à luz da Bíblia. Na teologia, o estudo dos anjos é chamado Angelologia; este estudo é muito vasto e exaustivo em toda a Bíblia. Que o anjo do SENHOR esteja ao seu lado amado leitor, te guardando e te livrando de todo o mal. Amém!  

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

UM BREVE ESTUDO SOBRE BATALHA ESPIRITUAL.

Concluindo, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder! Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do Diabo; Porquanto, nossa luta não é contra seres humanos, e sim contra principados e potestades, contra os dominadores deste sistema mundial em trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais.
Por esse motivo, vesti toda a armadura de Deus, a fim de que possais resistir firmemente no dia mau e, havendo batalhado até o final, permanecereis inabaláveis, sem retroceder. Estai, portanto, firmes, trazendo em volta da cintura a verdade e vestindo a couraça da justiça, calçando os vossos pés com a proteção do Evangelho da paz; embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todas as setas inflamadas do Maligno. Usai igualmente o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus.
Orai no Espírito em todas as circunstâncias, com toda petição e humilde insistência. Tendo isso em mente, vigiai com toda a perseverança na oração por todos os santos. Orai do mesmo modo por mim para que, quando eu falar, seja-me concedido o poder da mensagem, a fim de que, destemidamente, possa revelar o mistério do Evangelho, pelo qual sou embaixador preso em correntes. Orai para que, permanecendo em Cristo, eu seja ousado para falar, como me cumpre fazê-lo (Efésios, 6.10-20).

Paulo conclui as suas instruções lembrando aos cristãos que eles estão envolvidos numa guerra e precisam de poder e de armaduras para protege-los. A fonte do poder é o Senhor Jesus, cuja força os capacitará para resistir ao inimigo e vencê-lo. 
A armadura é necessária porque a batalha não se dá no âmbito físico, mas, sim, no espiritual. A nossa luta não é contra as pessoas, e sim contra Satanás e seus exércitos de demônios. Os nossos inimigos são invisíveis, numerosos, fortes, perversos e estão por toda a parte. As forças demoníacas estão organizadas numa hierarquia que domina a humanidade e o sistema mundial: Economia, política, religião e cultura de todas as sociedades. O deus desde mundo é Satanás (II Coríntios, 4.4), ele detém o controle de todas as camadas sociais na rebelião mundial contra a autoridade do único e verdadeiro Deus. Somente o supremo poder de Cristo, que venceu Satanás e todas as potestades das trevas na cruz, pode nos dar a vitória plena. 
Para vencer "A Guerra dos Séculos", o cristão verdadeiro precisa de uma estratégia defensiva e ofensiva. O cristão como soldado do exército de Cristo, deve estar preparado e colocar as armaduras antes da batalha começar; pois não sabemos quando e onde se dará o próximo ataque. Uma vez que a batalha é violenta e sem tréguas, precisamos estar alerta, perseverar e não recuar. 
Paulo revela que a base de operação dos nossos inimigos está localizada nas regiões celestes.

ONDE FICA AS "REGIÕES CELESTIAIS" ?

... contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais (Efésios, 6.12).
A expressão "regiões celestiais" ou "lugares celestiais" no presente contexto nos chama atenção, pois parece indicar o céu, onde Cristo habita. Este termo é citado por Paulo três vezes na carta aos efésios: (1.3; 2.6; 6.12), os dois primeiros tem relação com Cristo e os crentes, enquanto efésios, 6.12 faz referencia a um lugar de atividade dos demônios. O sentido da expressão "regiões celestiais" depende do contexto em que aparece. No mundo antigo, as pessoas acreditavam que o céu tinha diferentes níveis, ocupados por uma diversidade de seres espirituais. No nível mais elevado, habitava Deus com os seus anjos. No nível inferior, bem abaixo do céu de Deus habita Satanás e seus anjos caídos. Satanás quando caiu e levou consigo a terça parte dos anjos (Ap.12.4), ele firmou sua morada como base para sua atuação nas regiões celestiais, Paulo também o notificou como o príncipe das potestades do ar (Ef.2.2). Que se trata da esfera supraterrestre. 

O apóstolo vê os cristãos empenhados numa fileira de batalha espiritual contra grande número de inimigos poderosos. Ele cita quatro classes de inimigos, com os quais estamos lutando:

* PRINCIPADOS.

O termo "Principado" no grego "archai" traz a ideia de primazia no poder. Estes poderes das trevas estão em evidências por toda a parte, promovendo tudo que é contrario a verdade de Deus.

* POTESTADES.

As potestades, no grego "exousias" denotam liberdade para agir. O apóstolo Paulo emprega este termo tanto para os anjos (Rm.8.38; Cl.1.16), como para os demônios(I Co.15.24; Cl.2.15) investidos de poder. Desse modo, a expressão se refere a governos ou autoridades, tanto na esfera terrestre quanto na esfera espiritual. Na esfera espiritual, estas potestades são anjos decaídos sob as ordens de Satanás. 

* DOMINADORES (Príncipes) DAS TREVAS.

A expressão "contra os príncipes das trevas deste século" é traduzida em outras versões como: "Dominadores deste mundo tenebroso"; e também podemos traduzir como "contra as potências cósmicas das trevas". Príncipes no mundo monarca são regentes com poderes a serviço do reino. Neste caso, os príncipes que Paulo se refere, são os regentes das trevas a serviço do reino de Satanás.

* HOSTES (Forças) ESPIRITUAIS DO MAL.

As hostes espirituais da maldade (Ef.6.12), é uma expressão que se refere aos "espíritos malignos", um termo presente no pensamento judaico e também no novo testamento. Estas hostes estão a serviço de Satanás operando neste mundo tenebroso; contra quem temos que lutar fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. 

CONHECENDO AS ARMADURAS DE DEUS.

Na sequência das suas instruções, Paulo utiliza uma linguagem militar e compara as armaduras de um soldado romano para descrever as armaduras espirituais que o cristão precisa para resistir e vencer os ataques dos Inimigos. O apóstolo faz uma relação de cinco armas defensivas e uma ofensiva. São elas: 

* O CINTO DA VERDADE.

Os soldados do exército romano, usavam um cinto preso em volta da cintura para dar segurança, afim de que as vestes não atrapalhassem os movimentos. Estar cingido significa estar preparado para agir, pronto para a batalha.
O conhecimento da Verdade, isto é, Jesus Cristo e a Bíblia, é fundamental para estarmos preparados para a batalha. Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade (I Coríntios, 13.8). Devemos conhecer a verdade (Jo.8.32). Andar na verdade (II Jo.4; III Jo.3,4). Falar a verdade (Ef.4.25). 

* A COURAÇA DA JUSTIÇA.

A couraça era uma armadura que servia para proteger o coração e os órgãos vitais do soldado. Cristo é a nossa justiça, que protege nossa integridade e caráter dos ataques do inimigo. Esta expressão "Couraça", também aparece no livro do profeta Isaías: Porque se revestiu de justiça, como de uma couraça, e pôs o elmo da salvação na sua cabeça, e tomou vestes de vingança por vestidura, e cobriu-se de zelo, como de um manto (Is.59.17). Precisamos sempre estar vestidos com essa Couraça, para não sermos surpreendidos pelo inimigo.

* AS SANDÁLIAS DO EVANGELHO DA PAZ.

Isto nos fala de proteção e firmeza.
Os soldados romanos usavam sandálias antiderrapantes que se adequavam o todo tipo de terreno, facilitando o ataque ao exército rival. Precisamos estar calçados com as sandálias do Evangelho da paz para avançar. Também temos de estar preparados para percorrer longas distâncias a fim de propagar as Boas-novas de salvação e paz para o mundo. O profeta Isaías nos diz: Quão formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas-novas, que faz ouvir a paz, que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina! (Isaías, 52.7).

* O ESCUDO DA FÉ.

O escudo era usado para deter os dardos inflamados que o inimigo atirava. Na nossa batalha espiritual, o inimigo lança as suas setas destruidoras para atingir a nossa fé, na intenção de nos enfraquecer e nos fazer desistir de seguir a Cristo. Porém, se a nossa fé estiver firmemente arraigada em Cristo, o inimigo não poderá fazer nada contra nós. A palavra de Deus, além de ser uma arma ofensiva contra o inimigo, ela também é a nossa proteção como escudo: Toda palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam nele (Provérbios, 30.5); ... a sua verdade é escudo e broquel (Salmos, 91.4).

* O CAPACETE DA SALVAÇÃO.

O capacete protegia a cabeça do soldado. A cabeça é parte essencial que comanda todo o nosso corpo, quando atingida o corpo tomba e perde toda a coordenação motora.
O capacete da salvação nos assegura a certeza da nossa salvação, a convicção do perdão dos nossos pecados e a nossa reconciliação com Deus. Satanás tenta colocar dúvidas em relação a nossa salvação, ele luta para nos tirar esta grande dádiva de Deus; mas nós estamos guardados e protegidos com o capacete da nossa salvação. A palavra de Deus nos recomenda: Guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa (Ap.3.11).

* A ESPADA DO ESPÍRITO. 

A espada era uma arma ofensiva nas grandes batalhas na antiguidade. Um soldado sem a espada corria um sério risco, pois a sua morte seria iminente. Um cristão como soldado de Cristo, não deve ficar desprovido da Espada do Espírito, que é a palavra de Deus. Ela é a única arma de ataque que o cristão possui para desmantelar e destruir as fortalezas do inimigo. Paulo nos diz que nós não militamos segundo a carne. Ou seja, não lutamos segundo os padrões deste mundo. Porque as armas da nossa milícia (guerra) não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das fortalezas (II Coríntios, 10.3,4). O escritor aos hebreus nos diz: Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração (Hebreus, 4.12). Portanto, devemos estar munidos com a Espada do Espírito para vencermos. Jesus nosso Mestre e Comandante, venceu Satanás com a palavra de Deus (Mateus, 4.1-10), e nós havemos de vencê-lo com a Espada do Espírito, que é a palavra de DEUS.

* ORAÇÃO E VIGILÂNCIA.

Por fim, o ponto culminante dos preparativos desta guerra é a oração acompanhada de vigilância. Paulo finaliza suas instruções dizendo: Orando em todo o tempo com toda oração e súplica no Espírito e vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos e por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho, pelo qual sou embaixador em cadeias; para que possa falar dele livremente, como me convém falar (Efésios, 6.18-20). 
A oração e a vigilância são uma grande cobertura espiritual no combate da fé. Paulo escrevendo aos romanos, diz: E rogo-vos, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor do Espírito, que combatais comigo nas vossas orações por mim a Deus (Rm.15.30).
Orar no Espírito não significa apenas orar em línguas. É também a oração feita em comunhão como Espírito Santo, ou seja, na presença do Espírito, em total harmonia com Ele.
Paulo pede aos cristãos que orem por todos os santos e também que intercedam por ele. Imagine um grande líder como Paulo pedindo orações por ele, para que Deus lhe dê as palavras certas e intrepidez para anunciar o evangelho de Cristo. O apóstolo tem consciência de que as batalhas espirituais são vencidas por meio da oração. Se até mesmo Paulo, considerado o mestre da igreja, precisava de orações, quanto mais nós. E o que dizer dos líderes de hoje? 

CONCLUSÃO:
Este tema sobre Batalha Espiritual, tem sido muito comentado ao longo dos anos. Muitos escritores cristãos desenvolveram esta temática sobre as mais variadas linhas de interpretações. A verdade é que criaram muitas fantasias, que se transformaram em heresias, levando até para o lado do fanatismo religioso. Entendemos que, a Batalha Espiritual existe, é uma realidade que não deve ser subestimada. Todavia, não devemos ir além do que está escrito nas Sagradas Escrituras. Criaram muitos conceitos em relação a Batalha Espiritual, sem nenhuma base ou respaldo bíblico relacionado. Uma coisa é certa, nós somos soldados do Exército de Cristo, estamos alistados numa guerra e devemos militar legitimamente (II Timóteo, 2.1-5). Paulo manda Timóteo militar a boa milícia da fé (I Timóteo, 1.18); bem como Judas nos exorta que devemos batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos (Judas,3).
É importante que sejamos sábios em perceber a atuação do inimigo, não lhe dando poder demais nem subestimando sua força. Nem sempre um problema existe por causa de uma ação demoníaca; às vezes é a consequência de uma má escolha ou decisão. 
A cegueira espiritual e a falta de discernimento são desafios para os servos de Deus. Devemos ter uma percepção aguçada de tudo que acontece no meio social, seja no mundo da cultura, da política, da economia, ou da religião. Muitas vezes é fácil perceber uma atuação demoníaca na vida de uma pessoa. Difícil, no entanto, é percebermos a atuação do inimigo no sistema, e em geral no campo das ideias e nas estruturas em que estão fundamentadas. Peçamos sabedoria a Deus para ver o mundo espiritual de forma que possamos agir a fim de que o nome do Senhor Jesus Cristo seja glorificado. Amém!