quarta-feira, 25 de setembro de 2019

SAINDO DO CATIVEIRO COM ALEGRIA.

Quando o SENHOR trouxe do cativeiro os que voltavam a Sião, estávamos como os que sonham. Então, a nossa boca se encheu de riso, e a nossa língua, de cânticos; então, se dizia entre as nações: Grandes coisas fez o SENHOR a estes. Grandes coisas fez o SENHOR por nós, e, por isso, estamos alegres. Faze-nos regressar outra vez do cativeiro, SENHOR, como as correntes do sul. Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria. Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvidas, com alegria, trazendo consigo os seus molhos (Salmos, 126.1-6).

O salmo 126 faz parte do grupo dos salmos 120 a 134, conhecidos como cânticos de romagem, ou cântico dos degraus. Esses salmos eram cantados por peregrinos durante a caminhada rumo a Jerusalém, onde eram celebradas as festas.
Este salmo expressa a grande satisfação e alegria do povo de Deus quando retornaram do cativeiro babilônico. Devido a sua desobediência e ingratidão ao SENHOR, foi necessário que a nação de Israel estivesse cativa na Babilônia por um período de 70 anos. Eles ficaram sem pátria, sem Lei, sem templo, sem cidade e quase perderam a identidade. Na Babilônia, os cativos de Israel aprenderam lições nunca antes vistas nem aprendidas em outras épocas.
Jerusalém havia passado por muitas calamidades, qualquer que tenha sido as calamidades que sobreveio a Jerusalém, o povo estava tão sofrido e sem esperança, que chegaram a pensar que sua aflição não teria fim. Quando Deus agiu de forma repentina, eles ficaram atônitos. Pensaram estar sonhando (126.1). Parecia bom demais para ser verdade. Os israelitas não foram os únicos a se surpreenderem com essa reviravolta. Até as nações gentias ficaram pasmadas e diziam: Grandes coisas fez o SENHOR a estes (126.2). Os israelitas concordavam e diziam: Grandes coisas fez o Senhor por nós ... e acrescentavam: Por isso, estamos alegres (126.3).
Os incrédulos notam quando Deus faz algo extraordinário por seu povo. Nós, os cristãos também devemos reconhecer os grandes feitos do SENHOR. Uma das maneiras pelas quais podemos expressar nossa alegria é o cântico. Os israelitas cantavam este novo cântico, e nós também podemos entoar hinos como: "A Deus seja a glória".

AS TORRENTES DO NEGUEBE.

Faze-nos regressar outra vez do cativeiro, SENHOR, como as correntes do sul (126.4).
O tempo jubiloso de restauração e alegria que esse salmo recorda ficou no passado, daí o povo pedir a Deus que continue a agir em favor deles e os restaure novamente. Eles desejam que a bênção ou a sorte de Jerusalém seja como as torrentes do Neguebe. O Neguebe é uma região desértica que fica ao sul de Israel, onde a terra é extremamente árida e o lugar inóspito para sobrevivência. Quando vêm as chuvas, o Neguebe se torna um manancial, as plantas florescem e a terra se cobre de verde; as plantações voltam a produzir alimentos para o povo, e a prosperidade chega. O salmista observou este ciclo da natureza e vê algo semelhante acontecer na vida da nação de Israel. Eles pedem que Deus volte a derramar suas bênçãos sem medida sobre a nação.
Assim como o deserto do Neguebe era transformado em um manancial, quando chegava o tempo da chuva; Deus também vai transformar este teu deserto em um manancial de bênçãos. Amém!

SEMEANDO EM LÁGRIMAS E COLHENDO COM JÚBILO.

Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria. Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvidas, com alegria, trazendo consigo os seus molhos (126.5,6).
A promessa de fartura é precedida por uma labuta de dor sofrimento e lágrimas. Os agricultores precisam limpar o terreno, arar o solo, remover as ervas daninhas, semear e cultivar as plantações. O SENHOR promete que colheremos os frutos de nosso trabalho e nos regozijaremos. Enquanto trabalhamos, somos encorajados pelas lembranças das grandes coisas que Deus fez no passado, certos de que Ele pode realiza-las novamente.
O tempo do cativeiro passou, e o tempo de cantar chegou. As harpas já não estão mais penduradas nos salgueiros (Sl.137.1,2). Agora os altos louvores de Deus estar em nossas gargantas, e a espada de dois fios em nossas mãos (Sl.149.6).
O cativeiro não dura para sempre, chegou o tempo que Deus vai virá o teu cativeiro e mudar a tua sorte. Crê somente!

Boa parte desta postagem foi articulada do Comentário Bíblico Africano, editora Mundo Cristão edição 2010.

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