E outra vez entrou na sinagoga, e estava ali um homem que tinha uma das mãos mirrada. E estavam observando-o se curaria no sábado, para o acusarem. E disse ao homem que tinha a mão mirrada: Levanta-te e vem para o meio. E perguntou-lhes: É lícito no sábado fazer bem ou fazer mal? Salvar a vida ou matar? E eles calaram-se. E, olhando para eles em redor com indignação, condoendo-se da dureza do seu coração, disse ao homem: Estende a mão. E ele a estendeu, e foi-lhe restituída a mão, sã como o outra. E, tendo saído os fariseus, tomaram logo conselho com os herodianos contra ele, procurando ver como o matariam (Marcos, 3.1-6).
Este episódio está registrado nos três evangelhos sinóticos, que são: Mateus, Marcos e Lucas. Marcos nos informa que Jesus entrou outra vez na sinagoga. Dando a entender que Jesus havia entrado outras vezes, porque Ele tinha o costume de ensinar e pregar nas sinagogas dos judeus. As sinagogas serviam de escolas durante a semana, e no sábado eram utilizadas como local de culto para os judeus, onde era lida a Lei de Moisés. É bem provável que a sinagoga estava lotada, e pela ordem dos assentos, o homem da mão mirrada estava sentado nos últimos bancos, lá no cantinho.
INFORMAÇÕES SOBRE A SINAGOGA:
Champlim nos informa que no tempo de Jesus havia sinagogas em qualquer vila. Em Jerusalém, existiam, aproximadamente, 480. Jesus frequentava e pregava nas sinagogas (Mt 4.23; 9.35; Lc 4.16-30; 13.10; Jo 6.59; 18.20, entre outros). Majoritariamente, a sinagoga era reservada às discussões voltadas ao judaísmo e, eventualmente, ainda que correndo alguns riscos, eram conferidas oportunidades para homilias livres: “E, depois da lição da lei e dos profetas, mandaram-lhes dizer os principais da sinagoga: Homens irmãos, se tendes alguma palavra de consolação para o povo, falai” (At 13.15). Além de servir de escola durante a semana para os filhos dos judeus aprenderem sobre a Torá (Lei de Moisés).
O termo “sinagoga”, do grego sunagoge, tecnicamente, significa “casa” ou “lugar de reunião”, do hebraico bêt knesset. Alguns estudiosos creditam a Esdras a responsabilidade da criação da sinagoga no contexto judaico, durante o exílio babilônico.
Por volta de 750 a.C., o reino foi dividido em dois: Israel, na região Norte, e Judá, na região Sul. Em 722 a.C., o reino do Norte foi devastado pelos assírios. Séculos depois, mais precisamente em 587 a.C., o reino do Sul foi conquistado pelos babilônios. Em 539 a.C., aqueles que regressaram à sua terra natal passaram, então, a ser chamados de judeus, por serem provenientes de Judá e da Judéia.
Foi depois do regresso do exílio na Babilônia que a religião que hoje conhecemos como judaísmo começou a se desenvolver. O culto era realizado na sinagoga, um hábito adquirido na Babilônia, devido à inexistência de um templo. A sinagoga durante a semana servia como escola para os filhos dos judeus aprenderem a Torá, e na sábado era o ponto de encontro dos judeus para orações e leitura das Escrituras.
A SINAGOGA POR DENTRO.
A respeito desse aspecto interior, há três fatores essenciais que devem ser rigorosamente observados no que se refere às mobílias de uma sinagoga:
ARCA (uma espécie de caixa).
Esse componente é tido como o “sacrário da Torá”, ou seja, uma espécie de caixa onde nela é guardado os rolos da Torá, os cinco primeiros livros de Moisés, onde se baseiam as leituras aos sábados.
BIMÁ (uma espécie de púlpito).
É uma espécie de tribuna onde o ministrante faz a leitura da Tora e dos Profetas e profere bênçãos (da Torá) sobre os presentes. Esdras, ao ensinar a Palavra de Deus ao povo de Israel, ministrou sobre um estrado, o que equivaleria a uma tribuna das sinagogas atuais: “E Esdras, o escriba, estava sobre um púlpito de madeira, que fizeram para aquele fim; e estava em pé junto a ele...” (Ne 8.4).
OS ASSENTOS.
O assento mais importante da sinagoga, é o que a Bíblia chama de “cadeira de Moisés”. “Então falou Jesus à multidão e aos seus discípulos, dizendo: Na cadeira de Moisés estão assentados os escribas e fariseus” (Mt 23.1,2). E era justamente nessa cadeira que se sentava o presidente da sinagoga, que eram escribas ou fariseus. Segundo alguns, a distribuição dos assentos seguia uma ordem, uma organização. Por exemplo, os anciãos se sentavam próximo à Arca, de frente à plateia, os membros mais distintos à frente, os mais jovens atrás, e por último ficavam as mulheres.
AUTORIDADES DA SINAGOGA.
Em uma sinagoga, há os oficiais que colaboram para o andamento satisfatório do agrupamento, e essa organização é de competência de pelo menos três representantes.
O PRÍNCIPE DA SINAGOGA.
E, tomando a palavra o príncipe da sinagoga ... (Lucas 13.14).
O príncipe da sinagoga ou chefe, era o superintendente responsável pela liturgia do culto. A ordem na sinagoga ficava sempre sob a responsabilidade do líder maior, o qual podemos designar de superintendente. A oração e a leitura da Torá ficavam sob a direção do chefe, que, caso quisesse, poderia escolher alguém para a explanação e para orar (Atos 13.15).
A bênção, era impetrada pelo superintendente da sinagoga.
O ASSISTENTE.
Ao assistente ou ministro era delegado o trabalho de retirar os rolos escriturísticos da arca e colocá-los em seus devidos lugares, além de outras atividades simples.
Quando Jesus concluiu a leitura de Isaías na sinagoga, devolveu o rolo das Escrituras ao assistente: “E [Jesus], cerrando o livro, e tornando-o a dar ao ministro [assistente], assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele. Então começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos” (Lc 4.20,21).
O MINISTRO DA PALAVRA.
O ministrante era responsável pela explanação da Torá, geralmente eram os rabinos, escribas e fariseus que ministravam o ensino da Lei para o povo. Jesus como era considerado mestre, tinha sempre a oportunidade de ministrar quando ia a sinagoga. E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga e levantou-se para ler. E foi lhe dado o livro do profeta Isaías ... (Lucas, 4.16,17).
Referências bibliográficas sobre a sinagoga, fontes:
COLEMAN, William L. Manual dos tempos e costumes bíblicos. Minas Gerais: Editora Betânia, 1991.
KOLATCH, Alfred Jr. Livro judaico dos porquês. São Paulo: Editora e Livraria Sêfer, 2001.
CHAMPLIN, R.N & BENTES, J.M. Enciclopédia de Bíblia, teologia e filosofia. São Paulo: Editora Candeia, 1997.
DUAS CLASSES DE PESSOAS QUE VEM À CASA DE DEUS:
- Os que vem para observar.
São os curiosos que vem assistir o culto.
- Os que vem para cultuar.
São os adoradores que vem para adorar.
DOIS PROBLEMAS O HOMEM TEVE QUE ENFRENTAR:
- O problema do preconceito, por ter uma deficiência física.
- O problema da religiosidade dos fariseus, por ser um dia de sábado.
TRÊS ORDENS DE JESUS PARA O HOMEM:
- Levanta-te.
Significa disposição, se dispor, sair do comodismo, da zona de conforto.
- Vem para o meio.
O meio é lugar de destaque, significa está visível a todos. Deus vai te exaltar no meio ...
- Estende a mão.
Mão estendida é para receber algo.
Quem mandou estender a mão foi Jesus, só Ele pode dá o que precisamos.
TRÊS LIÇÕES EXTRAÍDAS DA CURA DO HOMEM DA MÃO MIRRADA.
- O homem estava no lugar certo, na sinagoga (na Casa de Deus).
Na Casa de Deus é o lugar da bênção, é onde acontece o milagre, não saia do lugar da bênção.
- O homem enfrentou e venceu os preconceituosos.
Nunca desista diante dos obstáculos, mas persista e avance, você vai vencer.
- O homem obedeceu as ordens de Jesus.
O segredo é obedecer, o milagre da cura só aconteceu porque o homem obedeceu. Deus mandou, obedeça. Porque quem obedece tem vitória. Amém!
Este episódio está registrado nos três evangelhos sinóticos, que são: Mateus, Marcos e Lucas. Marcos nos informa que Jesus entrou outra vez na sinagoga. Dando a entender que Jesus havia entrado outras vezes, porque Ele tinha o costume de ensinar e pregar nas sinagogas dos judeus. As sinagogas serviam de escolas durante a semana, e no sábado eram utilizadas como local de culto para os judeus, onde era lida a Lei de Moisés. É bem provável que a sinagoga estava lotada, e pela ordem dos assentos, o homem da mão mirrada estava sentado nos últimos bancos, lá no cantinho.
INFORMAÇÕES SOBRE A SINAGOGA:
Champlim nos informa que no tempo de Jesus havia sinagogas em qualquer vila. Em Jerusalém, existiam, aproximadamente, 480. Jesus frequentava e pregava nas sinagogas (Mt 4.23; 9.35; Lc 4.16-30; 13.10; Jo 6.59; 18.20, entre outros). Majoritariamente, a sinagoga era reservada às discussões voltadas ao judaísmo e, eventualmente, ainda que correndo alguns riscos, eram conferidas oportunidades para homilias livres: “E, depois da lição da lei e dos profetas, mandaram-lhes dizer os principais da sinagoga: Homens irmãos, se tendes alguma palavra de consolação para o povo, falai” (At 13.15). Além de servir de escola durante a semana para os filhos dos judeus aprenderem sobre a Torá (Lei de Moisés).
O termo “sinagoga”, do grego sunagoge, tecnicamente, significa “casa” ou “lugar de reunião”, do hebraico bêt knesset. Alguns estudiosos creditam a Esdras a responsabilidade da criação da sinagoga no contexto judaico, durante o exílio babilônico.
Por volta de 750 a.C., o reino foi dividido em dois: Israel, na região Norte, e Judá, na região Sul. Em 722 a.C., o reino do Norte foi devastado pelos assírios. Séculos depois, mais precisamente em 587 a.C., o reino do Sul foi conquistado pelos babilônios. Em 539 a.C., aqueles que regressaram à sua terra natal passaram, então, a ser chamados de judeus, por serem provenientes de Judá e da Judéia.
Foi depois do regresso do exílio na Babilônia que a religião que hoje conhecemos como judaísmo começou a se desenvolver. O culto era realizado na sinagoga, um hábito adquirido na Babilônia, devido à inexistência de um templo. A sinagoga durante a semana servia como escola para os filhos dos judeus aprenderem a Torá, e na sábado era o ponto de encontro dos judeus para orações e leitura das Escrituras.
A SINAGOGA POR DENTRO.
A respeito desse aspecto interior, há três fatores essenciais que devem ser rigorosamente observados no que se refere às mobílias de uma sinagoga:
ARCA (uma espécie de caixa).
Esse componente é tido como o “sacrário da Torá”, ou seja, uma espécie de caixa onde nela é guardado os rolos da Torá, os cinco primeiros livros de Moisés, onde se baseiam as leituras aos sábados.
BIMÁ (uma espécie de púlpito).
É uma espécie de tribuna onde o ministrante faz a leitura da Tora e dos Profetas e profere bênçãos (da Torá) sobre os presentes. Esdras, ao ensinar a Palavra de Deus ao povo de Israel, ministrou sobre um estrado, o que equivaleria a uma tribuna das sinagogas atuais: “E Esdras, o escriba, estava sobre um púlpito de madeira, que fizeram para aquele fim; e estava em pé junto a ele...” (Ne 8.4).
OS ASSENTOS.
O assento mais importante da sinagoga, é o que a Bíblia chama de “cadeira de Moisés”. “Então falou Jesus à multidão e aos seus discípulos, dizendo: Na cadeira de Moisés estão assentados os escribas e fariseus” (Mt 23.1,2). E era justamente nessa cadeira que se sentava o presidente da sinagoga, que eram escribas ou fariseus. Segundo alguns, a distribuição dos assentos seguia uma ordem, uma organização. Por exemplo, os anciãos se sentavam próximo à Arca, de frente à plateia, os membros mais distintos à frente, os mais jovens atrás, e por último ficavam as mulheres.
AUTORIDADES DA SINAGOGA.
Em uma sinagoga, há os oficiais que colaboram para o andamento satisfatório do agrupamento, e essa organização é de competência de pelo menos três representantes.
O PRÍNCIPE DA SINAGOGA.
E, tomando a palavra o príncipe da sinagoga ... (Lucas 13.14).
O príncipe da sinagoga ou chefe, era o superintendente responsável pela liturgia do culto. A ordem na sinagoga ficava sempre sob a responsabilidade do líder maior, o qual podemos designar de superintendente. A oração e a leitura da Torá ficavam sob a direção do chefe, que, caso quisesse, poderia escolher alguém para a explanação e para orar (Atos 13.15).
A bênção, era impetrada pelo superintendente da sinagoga.
O ASSISTENTE.
Ao assistente ou ministro era delegado o trabalho de retirar os rolos escriturísticos da arca e colocá-los em seus devidos lugares, além de outras atividades simples.
Quando Jesus concluiu a leitura de Isaías na sinagoga, devolveu o rolo das Escrituras ao assistente: “E [Jesus], cerrando o livro, e tornando-o a dar ao ministro [assistente], assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele. Então começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos” (Lc 4.20,21).
O MINISTRO DA PALAVRA.
O ministrante era responsável pela explanação da Torá, geralmente eram os rabinos, escribas e fariseus que ministravam o ensino da Lei para o povo. Jesus como era considerado mestre, tinha sempre a oportunidade de ministrar quando ia a sinagoga. E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na sinagoga e levantou-se para ler. E foi lhe dado o livro do profeta Isaías ... (Lucas, 4.16,17).
Referências bibliográficas sobre a sinagoga, fontes:
COLEMAN, William L. Manual dos tempos e costumes bíblicos. Minas Gerais: Editora Betânia, 1991.
KOLATCH, Alfred Jr. Livro judaico dos porquês. São Paulo: Editora e Livraria Sêfer, 2001.
CHAMPLIN, R.N & BENTES, J.M. Enciclopédia de Bíblia, teologia e filosofia. São Paulo: Editora Candeia, 1997.
DUAS CLASSES DE PESSOAS QUE VEM À CASA DE DEUS:
- Os que vem para observar.
São os curiosos que vem assistir o culto.
- Os que vem para cultuar.
São os adoradores que vem para adorar.
DOIS PROBLEMAS O HOMEM TEVE QUE ENFRENTAR:
- O problema do preconceito, por ter uma deficiência física.
- O problema da religiosidade dos fariseus, por ser um dia de sábado.
TRÊS ORDENS DE JESUS PARA O HOMEM:
- Levanta-te.
Significa disposição, se dispor, sair do comodismo, da zona de conforto.
- Vem para o meio.
O meio é lugar de destaque, significa está visível a todos. Deus vai te exaltar no meio ...
- Estende a mão.
Mão estendida é para receber algo.
Quem mandou estender a mão foi Jesus, só Ele pode dá o que precisamos.
TRÊS LIÇÕES EXTRAÍDAS DA CURA DO HOMEM DA MÃO MIRRADA.
- O homem estava no lugar certo, na sinagoga (na Casa de Deus).
Na Casa de Deus é o lugar da bênção, é onde acontece o milagre, não saia do lugar da bênção.
- O homem enfrentou e venceu os preconceituosos.
Nunca desista diante dos obstáculos, mas persista e avance, você vai vencer.
- O homem obedeceu as ordens de Jesus.
O segredo é obedecer, o milagre da cura só aconteceu porque o homem obedeceu. Deus mandou, obedeça. Porque quem obedece tem vitória. Amém!
Muito bom que Deus te abençoe graciosamente..
ResponderExcluirMuito bom,edificante, Deus lhe abençoe grandemente.
ResponderExcluirAmém.
ResponderExcluirObrigado pelos comentários.
Voltem sempre.
Deus seja louvado 🙏🖐️ Gostei muito desse explicação....
ResponderExcluirmuito bom esse estudo da palavra de Deus os comentarios foram muito edificantes.Deus abencoe
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