domingo, 27 de setembro de 2020

O RECONHECIMENTO DA UTILIDADE DE UM OBREIRO.

Só Lucas está comigo. Toma Marcos e traze-o contigo, porque me é muito útil para o ministério (II Tm.4.11).

O ministério de Paulo estava chegando ao fim, ele estava preso em Roma aguardando o seu julgamento, e seus cooperadores o abandonaram no pior momento de sua vida. Contudo, exceto Lucas, a quem Paulo chama "o médico amado" (4.11;Cl.4.14), estava junto a ele, os outros não estavam próximos. Demas abandonou a fé e foi para Tessalônica; Crescente fora para a Galácia, Tito estava pregando na Dalmácia (4.10). Paulo estava se sentindo solitário e precisava de obreiros para lhe auxiliar no ministério, por essa razão ele pede a Timóteo: Toma Marcos e traze-o contigo, porque me é muito útil para o ministério (4.11). Percebe-se claramente que o conflito ocorrido anos atrás entre Paulo e Marcos foi totalmente resolvido (At.15.36-40). Paulo demonstra ser um líder que tem maturidade, pelo fato de não guardar ressentimentos negativo para com o obreiro João Marcos, mas reconhece a sua utilidade, mesmo tendo falhado em abandonar a obra em sua primeira viagem missionária (At.13.13). Aqui nós aprendemos que, não existe obreiro perfeito, estamos sujeitos a falhas, mas sempre seremos útil na obra de Deus. O problema quem cria muitas vezes é o líder imaturo, que pensa que todos tem que concordar em tudo com ele, e até mesmo lhe bajular para terem reconhecimento no ministério. Todavia, Deus não aprova este tipo de atitude por parte de alguns lideres, que impõe a sua regra e quem não ler na sua cartilha está reprovado. Se Paulo fosse um líder imaturo, ele não aceitaria nunca mais a Marcos no ministério, porém a visão de Paulo não foi carnal, a ponto de ser vingativo e desprezar o obreiro. Tempos depois, Paulo faz referência a Marcos e o recomenda à igreja de Colosso dizendo: ... Marcos, o sobrinho de Barnabé, acerca do qual já recebestes mandamentos; se ele for ter convosco, recebei-o (Cl.4.10). A inconstância de Marcos não o levou ao fracasso ministerial, mas ele foi reconhecido e se destacou como obreiro do Senhor, sendo o primeiro evangelista a escrever acerca da vida de Jesus Cristo, no evangelho que tem o seu nome.

Infelizmente, na época atual, há lideres vingativos que não admitem falhas do obreiro, e dizem: Enquanto eu estiver como pastor desta região ou convenção, ele não tem minha aprovação em nada. Mas quando Deus tem um chamado na vida do obreiro, não há líder que impeça. Portanto, não se reprove quando o homem não reconhece a sua utilidade no ministério, continue fazendo a obra, porque é Deus quem te reconhece e aprova. Deus falará a teu favor, e o teu líder vai reconhecer a tua utilidade no ministério, como Paulo reconheceu a Marcos. Amém! 

sábado, 26 de setembro de 2020

UMA GERAÇÃO DECADENTE.

 


De que se queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados (Lm.3.39).

A partir do pecado da desobediência de Adão e Eva, a humanidade entrou em uma decadência espiritual, moral e social sem precedentes. O pecado afastou o homem de Deus e o deixou vulnerável a todos os tipos de males. Desde os tempos antigos a humanidade vem lutando em busca de um mundo melhor. A verdade é que, o mundo mudou e ficou melhor no que se refere ao desenvolvimento científico e tecnológico, a modernidade trouxe grandes benefícios para humanidade, mas não conseguiu mudar o comportamento das pessoas no nível moral, espiritual e social. A falta de amor pelo próximo, a discriminação racial, religiosa e social vem aumentando ao longo dos anos, e os educadores, os governantes, os intelectuais e lideres religiosos já não sabem mais o que fazer para minimizar esta situação. Infelizmente, estamos vivendo em uma sociedade decadente, entregue ao hedonismo em busca de prazeres e bens materiais, prestes a entrar em um caos moral, social e espiritual. O pecado se alastra como um câncer, e os pecadores não cansam de pecar; com a multiplicação da iniquidade a maldade tende a aumentar e se estabelecer no meio familiar e social de modo geral. E agora, o que fazer? A resposta está na Bíblia, na palavra de Deus, na qual muitos não acreditam mais, ou nunca acreditaram. A falta de Deus na vida, a falta de temor a Deus, de amor ao próximo e respeito as coisas sagradas tem sido a causa de grandes desgraças na sociedade. Todavia, em meio a uma sociedade corrompida e decadente, há um número expressivo de pessoas que buscam a Deus e procuram viver de forma ordeira, como a palavra de Deus recomenda.

QUATRO CARACTERÍSTICAS DE UMA GERAÇÃO DECADENTE.

1- NÃO HONRAM PAI E MÃE.

Há uma geração que amaldiçoa a seu pai e que não bendiz a sua mãe (Pv.30.11).

2- REJEITAM A GRAÇA DE DEUS.

Há uma geração que é pura aos seus olhos e que nunca foi purificada da sua imundícia (Pv.30.12).

3- SÃO EXALTADOS E ORGULHOSOS.

Há uma geração cujos olhos são altivos e cujas pálpebras são levantadas para cima (Pv.30.13).

4- SÃO VIOLENTOS E SEM TEMOR A DEUS.

Há uma geração cujos dentes são espadas e cujos queixais são facas, para consumirem na terra os aflitos e os necessitados entre os homens (Pv.30.14).

Nunca na história da humanidade se viu tantas catástrofes, atrocidades, epidemias, violências e misérias entre o povo. Que esta geração se volte para Deus e o busque de todo o coração, para que seja alcançada pela sua graça e possa desfrutar de dias melhores, debaixo da bênção de DEUS. Apesar da inegável decadência em que o mundo se encontra, a Bíblia apresenta a saída para o estancamento da decadência global. Deus tem interesse em salvar pecadores, perdoá-los e transformá-los em agentes do bem e propagadores do genuíno Evangelho. Amém!  

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

DESFRUTANDO OS RESULTADOS DA BOA SEMEADURA.

Lança o teu pão sobre as águas, porque, depois de muitos dias, o acharás. Reparte com sete e ainda até com oito, porque não sabes que mal haverá sobre a terra (Ec.11.1,2).

Lança o teu pão sobre as águas ... O que significa isso? Alguns comentaristas concordam que uma semeadura de fé esteja envolvida nesta expressão do sábio Salomão, todavia, não há um significado exato. Alguns dizem que a frase se refere a filantropia ou às boas ações; outros pensam que se refere a uma atividade comercial. 

Há duas maneiras de se interpretar esta expressão: Uma delas é que a ordem de lançar o pão sobre as águas está simbolicamente relacionada ao comércio por via marítima nos dias do autor do Eclesiastes. Negociantes tomavam o barco, o carregavam com os bens que haviam produzido e zarpavam para comercializar em outras terras. Depois de alguns dias em viagem e envolvidos na comercialização no destino escolhido, voltavam com os resultados do trabalho.

Há também a interpretação que remonta à prática agrícola na Palestina. O trigo e a cevada, ingredientes básicos do pão, tinham suas sementes lançadas sobre as águas na época das enchentes dos rios. Depois que as águas baixassem, as sementes germinavam e floresciam, possibilitando uma grande colheita. Evidentemente, havia no processo um componente de fé, considerando que, mesmo sem saberem quantas semente germinariam, os agricultores mantinham a confiança de que a colheita seria abundante.

A partir dessas interpretações, há o tradicional entendimento de que a prática da bondade será recompensada. A lei da semeadura é certa, tudo que semeamos volta para nós, seja boa ou má. A lei da semeadura e colheita é infalível em todas as áreas da vida, razão pela qual devemos sempre procurar fazer o bem. Falando sobre este tema, Paulo diz: "E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido"(Gl.6.9). Há um ditado que diz: "Quem semeia vento, colhe tempestade". A semeadura é como jogar bumerangue, ela sempre volta. 

Que possamos lançar o nosso pão, aquilo que temos de melhor, para ajudar, socorrer e beneficiar a muitos, sem nenhum interesse de troca. Não desista, nem canse de fazer o bem, porque do SENHOR vem a recompensa. Amém! 

domingo, 20 de setembro de 2020

EL-SHADDAY, Deus Todo-Poderoso.

Sendo, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o SENHOR a Abrão, e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso, anda em minha presença e sê perfeito (Gn.17.1).

Falou mais Deus a Moisés, e disse: Eu sou o SENHOR. Eu apareci a Abraão, a Isaque, e a Jacó, como o Deus Todo-Poderoso; mas pelo meu nome, o SENHOR, não lhes fui perfeitamente conhecido (Ex.6.2,3).

EL-SHADAI, é um dos nomes de Deus que significa o Onipotente, o Todo-poderoso. A primeira menção deste nome ocorre em Gênesis 17.1 e vai se repetir mais cinco vezes no livro de Gênesis (28.3; 35.11; 43.14; 48.3; 49.25). Este nome "El-Shaddai" vem a ser conhecido pelos patriarcas, e Deus faz questão de se revelar com este nome para diferenciar dos deuses pagãs que eram considerados poderosos. El-Shaddai é uma junção de dois nomes, El no hebraico é Deus e Shaddai se origina da palavra "Shad" que significa seio que amamenta. Este nome faz lembrar a atitude de uma mãe alimentando seu filho recém-nascido. Isto fala da provisão, do cuidado e do carinho que Deus dispensa aos seus filhos. El-Shaddai é o Deus que supre as necessidades de seu povo e lhe proporciona meios para sua sobrevivência e proliferação (Gn.28.3,4; Jó 5.17-25). 
EL-SHADDAI aparece cerca de 50 vezes no texto sagrado.
6 vezes no livro de Gênesis (17.1; 28.3; 35.11; 43.14; 48.3; 49.25). 
1 vez em Êxodo, 6.3. 
2 vezes em números 24.4,16. 
2 vezes em Rute 1.20,21. 
31 vezes no livro de Jó (Jó 5.17; 6.4,14; 8.3,5; 11.7; 13.3; 15.25; 21.15,20; 22.3,17,23,25,26; 23.16; 24.1; 27.2,10,11,13; 29.5; 31.2,35; 32.8; 33.4; 34.10,12; 35.13; 37.23; 40.2). 
2 vezes no livro dos Salmos (91.1; 68.14).
1 vez em Isaías 13.6. 
1 vez em Ezequiel 10.5. 
1 vez em Joel 1,15.

No Novo Testamento a expressão "Todo-Poderoso" do grego é "Pantodýnamos". Aparece 10 vezes:

1 vez em II Co.6.18.
9 vezes em Apocalipse (Ap.1.8; 4.8; 11.17; 15.3; 16.7,14; 19.6,15; 21.22). 

ETIMOLOGIA DO TERMO "SHADDAI".

Embora a tradução comum de "El Shaddai” seja “Deus Todo-Poderoso”, alguns linguistas contestam tal fato alegando que, conforme o arcádico, o correto seria “Deus da Estepe” (ver Bíblia de Jerusalém – p. 52). Há os que afirmam que “Shaddai” vem do hebraico “shad”, que significa, ao pé da letra, “seio, mama”. Neste caso, “El Shaddai” seria “o Deus que sustenta”, “o Deus que nutre”, “o Deus que satisfaz”. Há também aqueles que o façam derivar de uma raiz cujo sentido é “acumular benefícios ou vantagens”, remetendo à noção de um Deus que beneficia os patriarcas e pastores”. Existem ainda alguns que vêem em “Shaddai” o significado de “o Deus das Montanhas” (ver Bíblia Vida Nova – p. 20). Já o Dicionário Hebraico-Português, de Rifka Berezin, publicado pela Universidade de São Paulo, corrobora a ideia de que “Shaddai” significa realmente “Todo-Poderoso (Deus)”. Tal termo, no hebraico, é escrito com três letras: “shin” (transliterada por “sh”), “dalet” (transliterada por “d”) e “iud” ou “iod” (transliterada por “y” ou “i”). Ou seja: “Shadai” ou “Shaddai”.

Fonte: http://www.etimologista.com/2011/06/qual-o-verdadeiro-sentido-de-shaddai.html

sábado, 19 de setembro de 2020

QUEBRANDO AS PONTES DO PASSADO.

Não vos lembreis das coisas passadas, nem considereis as antigas. Eis que farei uma coisa nova, e, agora, sairá à luz; porventura, não a sabereis? Eis que porei um caminho no deserto e rios, no ermo (Is.43.18,19). Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo (II Co.5.17).

Um dos maiores problemas das pessoas, é quando ficam presas ao passado. Trazer à memória coisas do passado que nos causam sentimentos negativos, não vale a pena, e não é isso que Deus quer para os seus servos. Jeremias em suas lamentações diz: "Todavia, lembro-me também do que pode me dar esperança" (Lm.3.21-NVI). Em outra tradução diz: "Quero trazer à memória o que me pode dar esperança". Não devemos ser saudosistas, mas lembrar de algo bom do passado, faz bem a nossa alma. Porém, a vida pregressa de delitos e pecados que antes vivíamos, não vale a pena lembrar, nem comentar sobre tal. Deus é especialista em fazer coisas novas, Ele não nos quer presos ao passado. Todas as pontes que nos levam a fazer ligação com o passado, devem ser quebradas. Há um ditado que diz: "Quem vive de passado é museu". Esqueça o passado, viva o hoje, o agora, e amanhã Deus proverá todas as coisas. 

DESTRUA TODAS AS PONTES QUE FAZEM CONEXÃO COM O PASSADO.

ABRAÃO.

Abraão quando recebeu o chamado de Deus, saiu da sua terra e do meio da sua parentela, para nunca mais voltar (Gn.12.1). Pela fé, Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia (Hb.11.8).

MOISÉS.

Moisés, o príncipe do Egito, herdeiro ao trono de Faraó, deixou tudo para trás para torna-se servo de Deus e herdeiro celestial. Pela fé, Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, escolhendo, antes, ser maltratado com o povo de Deus do que por, um pouco de tempo, ter o gozo do pecado; tendo, por maiores riquezas, o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa. Pela fé, deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível (Hb.11.24-27).

ELISEU.

Eliseu, ao receber o chamado para servir ao profeta Elias e em seguida ser levantado por Deus como sucessor de Elias, ele destruiu e queimou os seus instrumentos de trabalho, matou os bois que com eles arava a terra e fez uma festa com seus parentes e amigos. Diz o texto sagrado: Então Elias saiu de lá e encontrou Eliseu, filho de Safate, Ele estava arando com doze parelhas de bois, e estava conduzindo a décima segunda parelha. Elias o alcançou e lançou sua capa sobre ele. Eliseu deixou os bois e correu atrás de Elias. "Deixa-me dar um beijo de despedida em meu pai e minha mãe", disse, "e então irei contigo". "Vá e volte", respondeu Elias; "lembre-se do que lhe fiz". E Eliseu voltou, apanhou a sua parelha de bois e os matou. Queimou o equipamento de arar para cozinhar a carne e a deu ao povo, e eles comeram. Depois partiu com Elias, tornando-se seu auxiliar (I Rs.19.19-21 NVI).  

PAULO.

Paulo, era cidadão romano, discípulo do rabi Gamaliel, fariseu por excelência, poliglota, e um grande conhecedor da Lei de Moisés. Mas ele desfez o vínculo com seus títulos e status, quebrando a ponte que fazia ligação com o seu passado, com sua vida de perseguidor dos cristãos. Paulo declarou: Porque já ouvistes qual foi antigamente a minha conduta no judaísmo, como sobremaneira perseguia a igreja de Deus e a assolava. E, na minha nação, excedia em judaísmo a muitos da minha idade, sendo extremamente zeloso das tradições de meus pais. Mas, quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me separou e me chamou pela sua graça, revelar seu Filho em mim, para que o pregasse entre os gentios ... (Gl.1.13-16). Circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; segundo a lei, fui fariseu, segundo o zelo, perseguidor da igreja; segundo a justiça que há na lei, irrepreensível. Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas e as considero como esterco, para que possa ganhar a Cristo (Fp.3.5-8). Com estas declarações, em outras palavras, Paulo está dizendo que, o seu chamado é mais importante de tudo o que ele era e tinha antes, e o seu vínculo com o passado foi desfeito.

CONCLUSÃO:

O seu chamado é mais importante e maior que todas as coisas. Nunca devemos deixar um plano B, quando somos chamados e vocacionados por Deus para cumprirmos o seu propósito em nossa vida. Quem tem convicção do seu chamado, não fica com o coração dividido, nem preso ao passado; mas desfaz as pontes do passado para nunca mais tornar ao que era antes. Esqueça o passado, o alvo está na frente, a missão é árdua, mas vale a pena. Deus é contigo! Amém! 

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

POLÍTICA E POLITICAGEM.

 

Estamos chegando as vésperas de mais um pleito eleitoral, onde teremos candidatos a prefeitos e vereadores concorrendo a um mandato de quatro anos de administração publica na política municipal. A política quando é praticada de forma honesta, trás grandes benefícios para uma comunidade e para sociedade em geral. Infelizmente, em nosso país a política está muito desgastada e desacreditada pela população. Boa parte dos políticos tem causado escândalos com suas roubalheiras e envolvimento em corrupções. A verdade é que, a política é uma ciência nobre, boa e salutar, mas infelizmente os nossos políticos querem transforma a política em sinônimo de corrupção. Muitos dizem: "Todo político é ladrão". Mas, isto não é verdade, ainda há homens e mulheres sérios na política que cumprem o seu papel com seriedade e verdade. 

* Texto de Geraldo Barbosa.

QUAL A DIFERENÇA ENTRE POLÍTICA E POLITICAGEM?

POLÍTICA - É a arte ou ciência de governar, organizar e administrar nações, estados e municípios; ou de uma forma bem simples, uma casa. Enfim, a política tem como objetivo principal, promover o bem comum para o povo.

POLITICAGEM - Política reles e mesquinha, que tem como objetivo satisfazer os interesses pessoais, definida pela troca de favores e benefícios particulares. 

O DESCREDITO DA POLÍTICA BRASILEIRA.

Na tradição política brasileira carregada de vícios, chamar alguém de político virou uma questão pejorativa, devido ao fato de se relacionarem a um contínuo espetáculo de corrupção, resultado e causa do que estamos considerando aqui politicagem. É por isso também que o Brasil real vive estes momentos de clara falta de rumo e de credibilidade do governo federal, que não consegue ocultar os pecados cometidos, em alguns casos até com desfaçatez no uso da mentira perante toda a nação.

Então, como estamos cada vez mais perto das eleições municipais, precisamos fazer um esforço para distinguir a diferença entre política e politicagem, entre politiqueiros e políticos. Mesmo porque nas eleições municipais a baixaria da politicagem se intensifica. Em vez de propostas e ideias de governar e legislar claras, objetivas e responsáveis, há toda sorte de ataques pessoais, muitas vezes sem fundamento algum; numa palavra, jogo sujo, politiquice.

É importante é que surjam pessoas [candidatos] conscientes de que devem trabalhar e se dedicar ao bem comum – ainda que a sociedade real também apresente muitos problemas de natureza cultural, de hábitos teimosos, de comportamentos às vezes pouco civilizados – e não querer acumular riqueza pessoal à custa do bolso do povo, uma das características marcantes dos politiqueiros.

É preciso dar um salto sobre esse desafio que é parte da realidade da politicagem que se nutre de egoísmo, mesquinharia e do desejo de levar vantagens em todas as transações que implicam dinheiro e outras formas de benesses e dos poderes que, como tudo, terão seu próprio fim, antes de serem substituídos por novos personagens, numa roda viva que ninguém é capaz de deter.

Texto de Carlos Rossini. Extraído do site revistavitrineibiuna.com.br 

Concluindo: Os políticos verdadeiros tem ideias em benefícios do bem comum, as suas atitudes são voltadas para promover o bem estar social do povo. Estes são poucos.

domingo, 13 de setembro de 2020

OS DEGRAUS QUE NOS CONDUZ À MATURIDADE.

Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino (I Co.13.11). 
E eu, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como meninos em Cristo (I Co.3.1). 

O caminho da maturidade cristã é um caminho excelente, e nem todo cristão consegue trilhar por ele. Paulo nos mostra que a vida muda de fase, quando nós deixamos de ser menino e passamos a ser homem. Assim deve também acontecer com a nossa vida cristã, devemos deixar de sermos meninos na fé e nos tornarmos homens maduros na fé. A caminhada cristã é como uma escada, e para agradar a Deus devemos subir os degraus que o Espírito Santo nos propõe até alcançarmos a maturidade.  

SUBINDO OS DEGRAUS PARA ALCANÇAR A MATURIDADE (II Pe.1.1-11).

1- FÉ.

Esta fé não é uma fé comum que vem pela emoção, mas uma fé que nasce em nosso espírito, quando aceitamos Jesus como nosso Salvador e nascemos de novo. É esta fé que nos dar condições de vencermos o mundo. Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: A nossa fé (I Jo.5.4). Esta fé faz parte da nossa maturidade cristã e será testada durante a nossa vida.

2- VIRTUDE.

Virtude neste contexto é um poder que complementa a fé. Este poder significa uma excelência moral, um caráter aprovado para obedecer e praticar o bem. Isto também envolve a pratica de boas obras. Porque Tiago diz que a fé sem as obras é morta (Tg.2.14-26).

3- CONHECIMENTO.

O conhecimento faz parte do nosso crescimento e nos leva a maturidade. Não adianta muita fé sem o conhecimento. Estar preparado para responder sobre a razão da sua esperança, a qualquer que perguntar, é o dever de todo cristão (I Pe.3.15). Crescer na graça e no conhecimento do nosso Senhor, deve ser uma preocupação de todo crente (II Pe.3.18). A falta de conhecimento leva a destruição (Os.4.6). O profeta nos aconselha a buscar o conhecimento do SENHOR e prosseguirmos em conhecê-lo (Os.6.3). Muitos fracassaram na fé por falta de conhecimento. É preciso ter conhecimento, para ter conteúdo espiritual.

4- TEMPERANÇA.

Temperança é um dos frutos do Espírito (Gl.5.22), significa domínio próprio, auto-controle. Precisamos dominar nossos impulsos e inclinações da nossa natureza pecaminosa. É matar a natureza carnal e dizer não para si mesmo. A temperança evita grandes males, o sábio Salomão diz: Melhor é o longânimo do que o valente, e o que governa o seu espírito do que o que toma uma cidade (Pv.16.32). "Governar o espírito", significa ter domínio sobre suas atitudes diante das adversidades. 

5- PERSEVERANÇA.

Enquanto a perseverança é sinônimo de paciência, a pressa é o antônimo de paciência. O profeta Isaías diz: "Aquele que crer não se apresse (Is.28.16). Davi diz: "Esperei com paciência no SENHOR, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor (Sl.40.1). Paulo cita uma sequencia a parti da tribulação que produz a paciência; e a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança (Rm.5.1-5). A perseverança nos faz crescer. O tempo de espera é um treinamento para nosso espírito ansioso. Quando exercitarmos a verdadeira perseverança, seremos aprovados por Deus.

6- PIEDADE.

Piedade aqui significa santidade, reverência e temor a Deus em todo tempo e lugar. Neste degrau o Espírito Santo é o nosso supervisor, pois só ele conhece a nossa intimidade diária com Deus. A piedade deve ser uma pratica constante na vida do cristão. Falando sobre a piedade, Paulo diz: "Porque o exercício corporal para pouco aproveita, mas a piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da vida presente e da que há de vir (I Tm.4.8). 

7- AMOR FRATERNAL E AMOR ÁGAPE.

Amor fraternal é amar os irmãos, amar o próximo, é se despir do egoísmo e se importar com alguém. A nossa natureza carnal é egoísta, mas o amor fraternal é altruísta. Falando sobre o amor fraternal, Paulo diz: "O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem. Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros (Rm.12.9,10).

O amor ágape, é o amor incondicional de Deus. Paulo disse, que o amor de Deus foi derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado (Rm.5.5). É um amor que perdoa sem interesse, sem querer nada em troca. É um amor que espera o tempo que for necessário, que nunca falha, nem lança nada em rosto, mas suporta e não espera recompensa. Este amor é o caminho mais excelente que Paulo descreve em I Coríntios 13. Paulo falando sobre o amor, ele chega a conclusão de que o amor é a maior virtude, e este deve permanecer. Quem busca andar neste caminho excelente e subir estes degraus, nunca tropeçará nem ficará estéril. Amém! 

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

AITOFEL, DE CONSELHEIRO DO REI A REBELDE.

 

Aitofel era conselheiro do rei. Husai, o arquita, era amigo do rei (I Cr.27.33).

Naquela época, tanto Davi como Absalão consideravam os conselhos de Aitofel como se fossem a palavra do próprio Deus (II Sm.16.23 NVI). 

O reinado de Davi foi prospero e bem sucedido, até enquanto ele não cometesse um grande delito diante de Deus e de toda a nação de Israel. Após Davi ter pecado gravemente, cometendo um homicídio, mandando matar seu fiel escudeiro Urias; e um adultério, com Bate-seba mulher de Urias, o seu reinado entrou em decadência. Deus perdoou o pecado de Davi, mas as consequências do seu pecado foram inevitáveis. Uma das tragédias que aconteceu no reinado de Davi, foi a rebelião do seu próprio filho Absalão, juntamente com o seu conselheiro de confiança, Aitofel. O final da história de Davi, poderia ter sido diferente, se ele não tivesse que pagar pelo grave pecado que cometeu. 

A essa altura da história, Davi provavelmente era um homem idoso e as pessoas começaram a se perguntar quem o sucederia. Conforme registrado em 14.25-27, Absalão possuía características que o tornavam um candidato atrativo. Mesmo com Davi reinando, o ambicioso Absalão sonhava usurpar o trono. Absalão começou a comportar-se como rei ao atender as demandas do povo e prometer dias melhores. Quatro anos depois de ter sido recebido pelo rei, e absorvido pelo assassinato Amom,  Absalão viajou discretamente a Hebrom fingindo que precisava cumprir um voto. Ele planeja um golpe de estado, arregimentando um exército de seguidores a seu favor, inclusive Aitofel, conselheiro de Davi (II Sm.15.1-12). Aitofel que já tinha ressentimentos contra Davi, embora nunca houvesse revelado, aproveitou o momento da revolta de Absalão para rebelar-se. Davi quando soube que estava sendo vítima de um golpe por parte do seu filho, juntou seus homens de confiança e fugiu para o deserto. Quando informaram a Davi que Aitofel era um dos conspiradores que apoiavam Absalão, Davi orou: "Ó SENHOR, transforma em loucura os conselhos de Aitofel"(II Sm.15.31).  

OS CONSELHOS DE AITOFEL.

Absalão, era jovem e inexperiente, principalmente em termos de governo e estratégias de guerra. O máximo que Absalão visualizou era ocupar o trono em Jerusalém e tornar-se rei; além disso, não sabia o que deveria fazer, de modo que pediu conselhos a Aitofel (16.20). O primeiro conselho de Aitofel, foi para que Absalão tivesse relações sexuais com as concubinas de seu pai, aquelas que Davi deixou cuidando do palácio (16.21a). O principal objetivo de Aitofel era demonstrar publicamente que Absalão e Davi se haviam separado totalmente, sem chances de reconciliação (16.21b). O conselho de Aitofel tinha um peso de confiança, que era como se fosse a palavra do próprio Deus (16.23). Dias depois de Absalão ter aceito o conselho de Aitofel em coabitar com as concubinas de Davi (16.20,21), ele voltou a consultá-lo para novos conselhos. Neste segundo conselho, Aitofel propôs um plano para acabar com Davi e eliminar totalmente os seus homens, e Absalão assumir o trono de uma vez por todas. Para isso acontecer, recomendou que Absalão escolhesse 12 mil homens, mil de cada tribo, e perseguisse seu pai imediatamente, antes que Davi tivesse tempo de se recuperar da fuga e se abrigar em um lugar seguro (17.1,2). O objetivo principal era eliminar Davi, pois, uma vez morto, suas tropas automaticamente se renderiam e passariam para o lada de Absalão (17.3). Aitofel se dispôs a liderar o exército de Absalão nesse ataque. O conselho de Aitofel pareceu bom e foi aceito por Absalão e pelos anciãos de Israel. Mas, Absalão não estava totalmente convencido, de modo que pediu uma segunda opinião a Husai.

O CONSELHO DE HUSAI E A MORTE DE AITOFEL.

Não totalmente satisfeito com o conselho de Aitofel, Absalão disse: Chamai agora também a Husai, o arquita, e ouçamos também o que ele dirá. E, chegando Husai a Absalão, lhe falou Absalão, dizendo:  desta maneira falou Aitofel. Faremos conforme à sua palavra? Se não, fala tu. Então, disse Husai a Absalão: O conselho que Aitofel esta vez aconselhou não é bom (17.5-7). Trabalhando secretamente para Davi (15.32-37), Husai ofereceu um conselho organizado e persuasivo. Husai propôs um plano alternativo, diferente em todos os aspectos do plano de Aitofel. Onde Aitofel propôs ação imediata, Husai sugeriu ajuntar todos os homens desde de Dã até Berseba (17.11). Ao invés de um exército de doze mil homens, como aconselhou Aitofel, Husai sugeriu mobilizar a nação inteira. Neste caso, o próprio Absalão deveria conduzir o exército, cujo objetivo não era eliminar apenas Davi, mas destruir todos os seus homens (17.12,13).  

Husai sabia que Davi e suas tropas estavam cansados e seu conselho tinha a intenção de dar tempo para que Davi encontrasse refúgio e se reorganizasse, enquanto Absalão reunia um exército nacional. Sugerir que Absalão liderasse o exército, implicava na possibilidade de este vir a morrer. A intenção do conselho de Husai, também era eliminar Davi e toda a sua tropa, mas essa batalha seria feroz, tornando a morte de Absalão mais provável. 

Davi orou ao SENHOR para transformar os conselhos de Aitofel em loucura (15.31). A oração de Davi foi atendida quando Absalão considerou o conselho de Husai mais convincente que o de Aitofel. Apesar de os conselhos de Aitofel serem considerados "como resposta de Deus", nessa ocasião o SENHOR agiu contra ele. Diz o texto sagrado: Vendo, pois, Aitofel que se não tinha seguido o seu conselho, albardou o jumento e levantou-se, e foi para sua casa e para a sua cidade, e pôs em ordem os seus negócios em ordem e depois se enforcou; e morreu, e foi sepultado na sepultura de seu pai (II Sm.17.23). Quando Aitofel soube que o seu conselho havia sido rejeitado por Absalão, ele sentiu-se frustrado, talvez porque tenha sido a primeira vez em muitos anos que seus conselhos não foi seguido. Percebendo que Absalão não sairia vitorioso nesta batalha e, consequentemente ele seria executado por traição, ele optou pelo suicídio. Contudo, antes de morrer, Aitofel pôs em ordem os seus negócios, isto é, designou quem teria parte em seus bens e como eles deveriam ser distribuídos. Como conselheiro real, Aitofel provavelmente era um homem rico. 

Concluímos que, esse episódio nos leva a refletir o quanto o homem pode falhar. Aitofel, mesmo sendo considerado um homem sábio, foi traído pelos seus próprios sentimentos. A sua avareza e a busca pelas aparentes vantagens, o levou a rebelar-se contra o rei, a quem o tinha como fiel amigo. O resultado da sua rebelião foi trágico, ele findou tirando a sua própria vida. Geralmente, os traidores se dão mal e caem em muitas contradições. Para se adquirir confiança, muitas vezes leva tempo, mas para perdê-la é rápido, basta um pouco de insensatez. O sábio Salomão diz: "Assim como a mosca morta faz exalar mau cheiro e inutilizar o unguento do perfumador, assim é para o famoso em sabedoria e em honra um pouco de estultícia (Ec.10.1). Aitofel poderia ter deixado um belo exemplo de fidelidade e um legado positivo às futuras gerações, mas infelizmente, ele prevaricou e pôs tudo a perder. Que possamos extrair lições desta história, e não cairmos nas mesmas contradições que Aitofel caiu. Pense nisso! 

* Alguns parágrafos deste texto foi extraído e articulado da obra, COMENTÁRIO BÍBLICO AFRICANO páginas 400-402.