De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai (Fp.2.5-11).
Obviamente, Cristo é o maior exemplo que devemos seguir. Paulo nos estimula a vivermos e agirmos com as mesmas atitudes de Cristo. Em resumo, a forma de pensar do cristão deve ser a mesma de Jesus Cristo. O cristão verdadeiro não tem liberdade para adotar atitudes que diferem ou contradizem as atitudes de Cristo.
Paulo descreve a humilhação, o sofrimento e a exaltação de Cristo citando um hino que talvez ele mesmo tenha escrito em aramaico.
O hino nos mostra que Cristo tem a forma de Deus. Cristo tem a mesma natureza de Deus em termos de essência, dignidade, honra, glória e poder. Jesus era verdadeiramente Deus em sua forma pré-encarnada. Enquanto alguns reis e imperadores se diziam deus, Cristo sendo Deus se fez homem, abrindo mão das suas prerrogativas.
Jesus não fez questão de permanecer igual a Deus, mas abdicou de sua posição a fim de se tornar um servo. Ainda que possuísse a mesma natureza de Deus, ele foi para o extremo oposto e assumiu a forma de servo. O hino nos fala dos detalhes da incomparável mudança que ocorreu na condição de Cristo. Sua humilhação não foi um episódio isolado, mas se estendeu por toda a sua vida, desde o nascimento na manjedoura até o ápice na cruz.
Talvez estejamos dispostos a renunciar alguns privilégios, em troca de outros intermediário. Cristo, porém, foi muito além disso. Não apenas aceitou as limitações de um ser humano, como também de morrer da forma mais cruel, isto é, morte de cruz. O escritor romano Cícero descreveu como a morte mais desprezível que existe. Cícero considerava a crucificação um ato revoltante: "Que o próprio nome cruz fique longe, não só do corpo, mas também dos pensamentos, olhos, e ouvidos do cidadão romano". Para os judeus, a crucificação implicava que a vítima havia sido excluída da Aliança do povo de Deus, está escrito: Porquanto o pendurado no madeiro é maldito de Deus (Dt.21.23). Era um tipo de morte inconcebível para os judeus. Todavia, Paulo afirma que, a morte de Cristo na cruz foi o ponto fundamental para nossa reconciliação com Deus.
Na sua humilhação Cristo foi obediente até à morte e morte de cruz.
Na Cruz Ele Sofreu:
Dores Físicas.
O peso da cruz, os açoites, os cravos nas mãos e pés, a coroa de espinhos, a lança que transpassou o seu corpo.
Dores Emocionais.
Os escárnios, as blasfêmias, os insultos, a ingratidão do povo, a traição.
Dores Espirituais.
A solidão no seu espírito, sentindo a ausência do Pai.
Na Cruz:
O Pecado foi Vencido.
A Nossa Dívida foi Paga.
Satanás foi Derrotado.
Em sua humilhação, Cristo abdicou de tudo e esvaziou-se a si mesmo. Contudo, ao esvaziar-se, Cristo ganhou tudo. Seu engrandecimento foi tão grande quanto a sua humilhação. Paulo diz: Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome (2.9). Não existe maior honra que a recebida por Cristo após a sua ressurreição. Cristo foi entronizado acima de todos. O nome de Jesus Cristo é honrado e reverenciado nos céus, na terra e debaixo da terra. Todos os joelhos se dobram diante da sua Majestade, pois Ele é o Senhor. Cristo é Senhor tanto do mundo físico, quanto do mundo espiritual. No final do hino fica claro que todo joelho que se dobra e toda a língua que confessa que Jesus Cristo é o Senhor, é para glória de Deus Pai. Amém!
Cristo estar no Trono. Trono é sinônimo de governo, de domínio, de autoridade, de poder, de honra, de glória e majestade.
No Trono:
Ele estar assentado como Rei
Ele estar assentado como Senhor.
Ele estar assentado como Salvador.
No Trono:
Ele é o Todo-Poderoso.
Ele é o Eterno.
Ele é o Vencedor.
No Trono Vamos Encontrar:
Graça.
Socorro.
Provisão.
Cristo nos deixou o exemplo de que primeiro se desce, para depois subir. Primeiro se humilha, para depois ser exaltado por Deus. O processo foi cruel e humilhante, mas Ele venceu e triunfou. Ele venceu a cruz, venceu a morte, e derrotou Satanás.
A cruz está vazia, mas o Trono está ocupado! Aleluia!