Em romanos capítulo sete Paulo escreve sobre um grande conflito entre a Lei e o pecado no interior do homem. Paulo também fala sobre uma batalha interior do cristão que poderá culminar em vitória sobre o pecado. Lembrando que, Paulo no capítulo 7, está analizando o estado da pessoa irregenerada e sujeita à Lei da Antiga Aliança. Ele descreve uma pessoa lutando sozinha contra o poder do pecado e conclui que não poderemos vencer o pecado sem o poder da obra redentora de Cristo e o poder do Espírito Santo.
QUATRO DECLARAÇÕES DE PAULO EM ROMANOS SETE:
1- EU SOU CARNAL, VENDIDO SOB O PECADO (14).
EU SOU CARNAL.
Esta expressão de Paulo implica em dizer: Eu tenho uma natureza carnal, propensa ao pecado. Isto não significa dizer que Paulo vivia dominado pelos desejos pecaminosos da carne.
VENDIDO SOB O PECADO.
A expressão "vendido sob o pecado" significa servidão ou escravo do pecado. Paulo usa esta expressão apenas para exemplificar a condição do pecador dominado pelo pecado em comparação a Lei. Tal linguagem não pode ser aplicada ao crente em Cristo, porque Ele, pelo preço do resgate pelo seu sangue, nos redimiu do poder do pecado e declara que o pecado já não tem domínio sobre nós (Rm.6.14). O próprio Cristo afirmou: "Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente, sereis livres" (Jo.8.36). Além disso, a presença do Espírito Santo, habitando em nós, não nos deixa na condição de "vendidos sob o pecado". Paulo declara no capítulo 8, que a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte (8.2), e ele inclui a si mesmo entre os que não andam "segundo a carne, mas segundo o Espírito" (8.4), e conclui: "Porque somos devedores, não à carne" (8.12).
2- O QUE QUERO, ISSO NÃO FAÇO (15).
Porque o que faço, não o aprovo, pois o que quero, isso não faço; mas o que aborreço, isso faço. E, se faço o que não quero, consinto com a Lei, que é boa. De maneira que, agora, já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim (7.15-17).
O apóstolo fala de uma vida dividida: Deseja fazer o bem (isto é, obedecer à lei), mas acaba fazendo o mal (desobedecer à lei). Quem é o responsável por esse conflito? Paulo afirma que não é a lei, pois ela é santa e justa; tampouco o seu íntimo real e espiritual, pois não deseja desobedecer voluntariamente à lei. Antes, é o pecado que habita nele (7.17,20). Embora creia em Cristo, e esteja vivendo uma nova vida em Cristo, o cristão ainda possui uma natureza pecaminosa que o impulsiona a fazer o que não deseja (7.21). Todavia, Cristo nos libertou da escravidão do pecado, de modo que agora estamos livres para viver em santidade diante de Deus.
3- TENHO PRAZER NA LEI DE DEUS (22).
Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus. Mas vejo nos meus membros outra lei que batalha contra a lei do meu entendimento e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros (7.22,23).
Paulo declara: "Tenho prazer na lei de Deus". Mas...
Ter prazer na lei de Deus é um bom sinal que desejamos buscar as coisas de Deus e abandonar o pecado.
A verdade é que há um conflito entre o bem e o mal dentro do cristão. Apesar de sermos convertidos a Cristo, o bem e o mal habitam dentro de nós. O bem, isto é, a lei da minha mente, ou do meu entendimento (23), se alegra na lei de Deus. Por outro lado, a lei do pecado opõe-se constantemente à lei da mente, criando um conflito interior.
4- MISERÁVEL HOMEM QUE EU SOU! (24).
No final da sua exposição sobre o "conflito interior", Paulo usa uma expressão como se fosse um grito de desespero: "Miserável homem que eu sou"! E pergunta: Quem me livrará do corpo desta morte?
Paulo clama desesperadamente por um Salvador e em seguida declara em tom de triunfo: "Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor (25). Concluímos que, como cristãos, não devemos viver no pecado, mas na liberdade do Espírito que nos traz benefícios extraordinários, no presente e no porvir. Amém!
Pensamento: "Os maiores conflitos do ser humano, não são os exteriores, mas os interiores". Pense nisso.
Obs.: Partes da exposição desta postagem foram extraídos da Bíblia de Estudo Pentecostal, e do Comentário Bíblico Africano.