Ninguém faz remendo de pano novo em veste velha, porque semelhante remendo rompe a veste, e faz-se maior a rotura. Nem se deita vinho novo em odres velhos; aliás, rompem-se os odres, e entorna-se o vinho, e os odres estragam-se; mas deita-se vinho novo em odres novos, e assim ambos se conservam (Mt.9.16,17).
Esta parábola está registada nos três evangelhos sinóticos, citada por Jesus quando os discípulos de João Batista o questionou sobre o fato de eles jejuarem, ao ponto que os discípulos de Jesus não jejuavam (9.14). Jesus responde: Podem, porventura, andar tristes os filhos das bodas, enquanto o esposo está com eles? Dias, porém, virão em que lhes será tirado o esposo, e então jejuarão (9.15). Continuando Ele fala sobre colocar remendo de pano novo em veste velha, e deitar vinho novo em odres velhos (16,17).
VINHO NOVO EM ODRES VELHOS - Esta parábola é interpretada de várias maneiras pelos comentaristas. O "vinho novo" era suco de uva fresco. À medida que este começava a fermentar, os odres novos (vasilhas feita de couro) esticavam-se sem se romper; ao passo que, se fossem odres velhos se romperiam. O "vinho novo" representa o Evangelho, as Boas Novas de Cristo, enquanto o "vinho velho" representa as antigas praticas do judaísmo. O "vinho novo" é a mudança transformadora de um novo tempo. Eram necessários odres novos para vinho novo. Se colocado em odres velhos, o vinho novo começa mais facilmente a fermentar por causa dos resíduos fermentadores existentes nos odres. A fermentação passaria, então, a causar a perda, tanto do vinho novo quanto dos odres (que se romperiam por causa da pressão). No evangelho de Lucas na versão NVI está escrito: E ninguém põe vinho novo em vasilha de couro velha; se o fizer, o vinho novo rebentará a vasilha, se derramará, e a vasilha se estragará. Ao contrário, vinho novo deve ser posto em vasilha de couro nova. Ninguém, depois de beber o vinho velho, prefere o novo, pois diz: "O vinho velho é melhor!" (Lc.5.37-39). O versículo 39 é, provavelmente, um comentário irônico a respeito dos judeus, que rejeitavam o "vinho novo" do evangelho e afirmavam que o "vinho velho" (o judaísmo) era satisfatório. Aqui, Jesus dá a entender que aqueles que estão acostumados a beber o vinho fermentado desenvolvem um forte desejo por ele, e não querem o vinho novo (não fermentado). O que Jesus deixa subtendido aqui é que os fariseus e seus seguidores nem sequer reconhecem os méritos do novo; acham que o "velho" é melhor. Os fariseus não querem o vinho melhor. Recusam a revelação nova da parte de Deus e, procuram somente aquilo que lhe é conveniente através da religião farisaica. Porém, aqueles que aceitam a nova revelação de Deus na pessoa de Jesus Cristo (o vinho novo), é preferível e satisfatório ao vinho velho e fermentado da antiga religião farisaica.
Finalmente, vinho novo não deve ser colocado em odres velhos, pois, estes estão ressecados e estourariam. Ao contrário, vinho novo é armazenado em odres novos. Jesus propõe uma nova realidade que vai além da religião judaica que valorizava mais o exterior, mas a que vem do interior e exige um estilo de vida novo. As marcas dos seguidores do Noivo (Jesus), não são de uma religião voltada a rituais, mas é voltada para o amor a Deus e ao próximo. É preciso remover os velhos resquícios do passado para viver o novo de Deus. Amém!
Obrigada por essa palavra, me ajudou bastante! Deus continue abençoando muitíssimo a sua vida.
ResponderExcluirAmém.
ExcluirObrigado Adriana pelo comentário e por está seguindo nosso Blog.
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