Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele; porque assim como é o veremos (I Jo.3.2).
Jesus na sua humanidade não veio para exibir uma beleza exótica, exuberante, nem extraordinária. Como homem Ele teve uma aparência simples de um judeu. O profeta Isaías o descreve como um homem simples ao dizer: ... não tinha beleza nem formosura; e, olhando nós para Ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos (Is.53.2). O Messias não teria grandeza terrestre nem atrativos físicos. Deus sempre valoriza mais o caráter, santidade e obediência da pessoa, e não sua condição social, nem sua beleza física. Mas isso não significa dizer que a aparência do Messias era agressiva, não, Jesus era um homem comum. Isto é tão verdade que na traição, Judas teve que beijá-lo para que os soldados romano o soubessem quem era o Cristo, dando a entender que Ele era semelhante aos seus discípulos na aparência. Após a sua morte e ressurreição, a sua aparência física ainda era a mesma. Ele se apresenta aos discípulos por 40 dias e é reconhecido por eles. Todavia, após Ele ascender ao céu, já não é mais o mesmo. Agora Ele é o Cristo glorificado, com muita beleza, glória e resplendor.
Durante a sua convivência de três anos e meio com Jesus, João o viu de várias maneiras. Como carpinteiro e pregador da Galileia, como filho do homem na sua natureza humana, sentindo cansaço, sede e fome; como Rabi da Galileia, como o cordeiro de Deus sendo humilhado e maltratado pelos homens, como Cristo crucificado, como Cristo transfigurado no monte Tabor e como Cristo ressuscitado. Porém, a experiência mais marcante na vida do apóstolo João foi a visão do Cristo glorificado, quando ele estava exilado na ilha de Patmos (Ap.1.9-18).