Elias era humano como nós. Ele orou fervorosamente para que não chovesse, e não choveu sobre a terra durante três anos e meio. Orou outra vez, e os céus enviaram chuva, e a terra produziu os seus frutos (Tg.5.17,18). NVI
O apóstolo Tiago termina a sua carta falando sobre a oração. Ele dá ênfase a oração feita com fé e cita o profeta Elias, que mesmo tendo as mesmas fraquezas e fragilidades que nós, orou fervorosamente e cerrou os céus para que não chovesse por três anos e seis meses. Orou pela segunda vez pedindo chuva, e os céus se abriram e a chuva desceu e a terra produziu frutos. Mas, apesar de todas as grandes proezas sobrenaturais operadas por Elias, ele oscilou na fé e fugiu com medo de ser morto por Jezabel e escondeu-se em uma caverna. Na caverna Elias aprendeu quatro lições.
1- APRENDEU QUE CAVERNA NÃO É LUGAR DE PROFETA.
Levantou-se, pois, e comeu, e bebeu, e, com a força daquela comida, caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus. E ali entrou numa caverna e passou ali a noite; e eis que a palavra do SENHOR veio a ele e lhe disse: Que fazes aqui, Elias? (I Rs.19.9).
Em Querite Elias estava seguindo a direção de Deus e dentro da sua vontade (I Rs.17.2-7). Em Sarepta Elias estava sob os cuidados do SENHOR e dentro da sua vontade (17.8,9). Mas na caverna, Elias estava tentando se esconder de Deus e fugir da sua missão. Caverna não é lugar de profeta, profeta na caverna está fora da vontade de Deus. A pergunta de Deus para Elias, foi: Que fazes aqui, Elias? Como quem diz: Você está tentando se esconder? Você está querendo fugir da sua missão de profeta? Foi para isso que te chamei, para você ficar dentro de uma caverna? Se o profeta de Deus ficar na caverna, Satanás vai tomar conta do território. Sai da caverna profeta!
Caverna é um lugar escuro.
Caverna é um lugar solitário.
Caverna é um lugar esquecido.
Caverna é um lugar isolado.
Caverna é um lugar de refúgio.
Caverna é um lugar de esconderijo.
Caverna é um lugar de descanso. Mas não é lugar de Profeta.
2- APRENDEU QUE ELE NÃO ERA O SUPER PROFETA.
E ele disse: Tenho sido muito zeloso pelo SENHOR, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram o teu concerto, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e buscam a minha vida para me tirarem (I Rs.19.10).
Elias pensava que só ele tinha zelo pelo SENHOR e que todos haviam deixado o SENHOR e rompido a sua Aliança. Ele pensava que ele era o único profeta que havia permanecido vivo e fiel a Deus. Mas o SENHOR lhe mostrou que ele estava equivocado, e lhe disse: Eu fiz ficar em Israel sete mil; todos os joelhos que se não dobraram a Baal, e toda boca que o não beijou (19.18).
Elias ficou sabendo que havia sete mil fiéis remanescentes que não se dobraram perante Baal e não aderiram o sistema da idolatria implantado por Acabe e Jezabel.
Elias disse: "Mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só". Ele pensava que era o único. Elias aprendeu que ele não era o profeta, além dele havia outros que estavam na brecha, a disposição do SENHOR.
3- APRENDEU QUE A MANIFESTAÇÃO DA GLÓRIA DE DEUS É MULTIFORME.
O SENHOR lhe disse: "Saia e fique no monte, na presença do SENHOR, pois o SENHOR vai passar".
Então veio um vento fortíssimo que separou os montes e esmigalhou as rochas diante do SENHOR, mas o SENHOR não estava no vento. Depois do vento houve um terremoto, mas o SENHOR não estava no terremoto. Depois do terremoto houve um fogo, mas o SENHOR não estava nele. E depois do fogo houve o murmúrio de uma brisa suave. Quando Elias ouviu, puxou a capa para cobrir o rosto, saiu e ficou à entrada da caverna. E uma voz lhe perguntou: "O que você está fazendo aqui, Elias?" (19.11-13).
Elias precisava aprender que o SENHOR o qual ele servia, não se manifestava apenas através do fogo, do vento e do terremoto; mas também através da calmaria, de uma brisa suave, e lhe fala com uma voz mansa e delicada e lhe pergunta: "O que você está fazendo aqui, Elias?" Aqui nós também aprendemos que, no momento mais difícil e desesperador da nossa vida, Deus é capaz de nos surpreender e se manifestar de forma inesperada ou nunca vista e nos falar com suavidade diante da nossa tribulação. Após Elias ouvir a voz de Deus, ele recobra ânimo e sai da caverna para continuar o seu ministério de profeta.
4- APRENDEU QUE O SEU MINISTÉRIO NÃO HAVIA TERMINADO.
E ele se foi ao deserto, caminho de um dia, e veio, e se assentou debaixo de um zimbro; e pediu em seu ânimo a morte e disse: Já basta, ó SENHOR; toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais (I Rs.19.4).
E ele disse: Eu tenho sido em extremo zeloso pelo SENHOR, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram o teu concerto, derribaram os teus altares e mataram os teus profetas à espada; e eu fiquei só, e buscam a minha vida para me tirarem. E o SENHOR lhe disse: Vai, volta pelo teu caminho para o deserto de Damasco, vem e unge a Hazael rei sobre a Síria. Também a Jeú, filho de Ninsi, ungirás rei de Israel e também Eliseu, filho de Safate, de Abel-Meolá, ungirás profeta em teu lugar (19.14-16).
Vemos aqui um Elias diferente em comparação de quando ele começou o seu ministério. Um Elias ousado, dinâmico, corajoso e poderoso nas palavras, agora estava desanimado, desolado e com medo, escondido numa caverna, se sentindo solitário e desejando a morte. O maior engano de Elias foi ele pensar que estava só e de que o seu ministério de profeta havia terminado. Deus fala com o profeta, ele recobra ânimo e sai da caverna para continuar o seu ministério. Elias aprendeu que quem chama e determina o tempo de parar é Deus, e que o tempo de Deus é totalmente diferente do nosso.
Aqui também aprendemos que, a obra de Deus não feita pela metade, mas é completa e perfeita. Elias ainda teve a missão de ungir dois reis e um profeta como seu sucessor.
Deus tem coisas novas para nossa vida, o tempo de renovação é chegado e a obra continua. Portanto, levante-se, saia da caverna, ouça a voz de Deus e siga fazendo a vontade de Deus. Amém!
