Porque veio João Batista, que não comia pão nem bebia vinho, e dizeis: Tem demônio. Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizeis: Eis aí um homem comilão e bebedor de vinho, amigo dos publicanos e dos pecadores (Lc.7.33,34).
Jesus era chamado de muitos nomes e títulos; porém, um dos nomes que lhe rotularam foi "amigo de pecadores". Tudo o que Ele fez foi amar e ajudar as pessoas, mas também teve aqueles que só queriam vê-lo cair em contradição, na intenção de condená-lo. Muitos líderes religiosos da época tinham inveja do sucesso de Jesus e temiam que Ele fosse causar uma revolução contra Roma e levar rebeldia à população. No desejo de desacreditá-lo aos olhos do público, diziam todo tipo de atrocidade sobre Ele. Denunciaram-no às autoridades romanas como desordeiro e uma ameaça à paz pública. O ódio e as ameaças contra Jesus era algo comum e repetitivo por parte das autoridades civis e religiosas. O Filho de Deus não merecia tamanho ódio, mas um dos apelidos que lhe colocaram era verdadeiro: "amigo de pecadores". Para Jesus, esse título não era uma vergonha, mas um sinal do seu sucesso, era a definição da sua missão.
Qualquer um que conheça alguma coisa sobre os evangelhos – e mesmo aqueles que não conhecem – sabe que Jesus era amigo de pecadores. Ele muitas vezes atraia a ira dos escribas e fariseus por comer com pecadores (Lucas 15.2). Jesus claramente reconheceu que um dos insultos atirados contra ele era que ele era “um glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores” (Lc.7.34).
Jesus estava mais interessado em demonstrar amor aos pecadores do que tomar partido dos religiosos para agradá-los. Jesus sempre estava do lado dos não religiosos, Jesus pouco se importava com as violações das leis e tradições dos homens.
Jesus foi repreendido por estar perto demais dos pecadores pelos religiosos da sua época. No relatos de Mateus 9.9-13 conta a história do chamado de Mateus, o coletor de impostos, para ser seu discípulo. Em Marcos 2.15-17 vemos Jesus tomando lugar à mesa com muitos coletores de impostos e pecadores “porque estes eram em grande número e também o seguiam”. Quando os escribas e os fariseus murmuram a respeito de suas companhias, Jesus diz a eles: Os são não necessitam de médicos, mas sim os que estão doentes; eu não vim “chamar os justos, e sim pecadores, ao arrependimento” (Lc.5.31,32).
Em Lucas 19.1-10, novamente, os líderes judeus murmuram porque Jesus se hospedara com homem pecador (Lc.19.7). Por mais que Zaqueu tenha se arrependido e mudado, os judeus simplesmente não conseguem aceitar que esse publicano famoso tenha sido salvo (19.9) e nem acreditar que Filho do Homem tenha vindo para buscar e salvar os perdidos (19.10).
Quais lições podemos tirar desses episódios? De que forma Jesus era amigo de pecadores? Ele tinha uma estratégia para alcançar coletores de impostos? Ele "andava” indiscriminadamente com beberrões e prostitutas? Ele era um homem relaxado, do tipo “deixa a vida me levar”? O que lemos é que os pecadores eram atraídos por Jesus, porque Jesus gastava tempo com esses pecadores que estavam abertos a seus ensinamentos, e que Jesus perdoava pecadores arrependidos e Jesus abraçava os pecadores que criam nele.
Jesus era amigo de pecadores não porque fazia vista grossa ou ignorava o pecado ou gostava de uma festinha com aqueles que se envolviam com imoralidade. Jesus era amigo de pecadores no sentido de que veio para salvar pecadores e ficava muito feliz em receber aqueles que estavam abertos ao evangelho, que se arrependiam de seus pecados e acreditavam ser Jesus o Messias de Deus.
Finalmente, do que tem o mundo (as pessoas) te chamado? Não importa de que alguém te rotula ou pensa de você, o que importa é que Deus conhece a intenção do seu coração. Amém!