Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo.
Ninguém que milita se embaraça com negócio desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra. E, se alguém também milita, não é coroado se não militar legitimamente (II Tm.2.3-5).
A igreja é representada por vários símbolos na Bíblia, e um deste, ela é comparada a um Exército. A igreja é como se fosse uma corporação militar adestrada, pronta para a guerra. Os crente, de modo geral são soldados que estão sob o comando do grande General Jesus Cristo. O grande lema do Exército é: "Não deixe o soldado ferido morrer". O verdadeiro soldado do Exército de Cristo, não deixa o soldado ferido para trás, mas socorre na medida do possível. Infelizmente, estamos vivendo dias difíceis, enfrentamos muitas vezes, mais guerras internas do que externas; ou seja, os nossos maiores inimigos estão dentro da nossa própria casa, no meio do povo de Deus.
Não são poucos os pastores, evangelistas, presbíteros, diáconos e obreiros em geral, atuantes de todos os lugares e de diversas denominações que em pleno campo de trabalho ministerial foram atacados, perseguidos, feridos e abandonados por seus líderes ou companheiros iguais. Estes foram tratados como se não tivessem origem, chamada, nome, valores, famílias, formação e história.
É assustador o número deles... E crescem em proporção a cada dia, como se isto fosse perfeitamente natural e aceitável entre aqueles que sempre apregoaram, apregoam e devem continuar apregoando o AMOR de DEUS como sendo nossa maior herança e característica.
O que é mais intrigante e inaceitável, é o fato de que os ferimentos que sofreram não tenham sido provocados pelo mundo sem DEUS ou por aqueles que não professam a mesma fé, alheios à igreja de Cristo. Estamos falando de soldados feridos em pleno campo de batalha pelos seus iguais, irmãos em Cristo, defensores da mesma causa e que falam em nome do mesmo Deus. O salmo profético de Davi já falava sobre estes: Pois não era um inimigo que me afrontava; então, eu o teria suportado; nem era o que me aborrecia que se engrandecia contra mim, porque dele me teria escondido, mas eras tu, homem meu igual, meu guia e meu íntimo amigo. Praticávamos juntos suavemente, e íamos com a multidão à Casa de Deus (Sl.55.12-14).
Grande parte deles dedicou o maior tempo de suas vidas ao serviço ministerial, sacrificou suas famílias, renunciou sua vida particular, deixou para trás profissão, local de origem, entes queridos e até alguns ou vários empreendimentos terrenos para investir no Reino de DEUS.
A maioria deles acreditou na chamada divina, iniciou arduamente o trabalho ministerial, confiou em seus líderes, preparou-se teologicamente, investiu em conhecimento, desprendeu tempo de sua vida e lançou-se sem reservas nos ideais de suas denominações e organizações, fazendo disto o propósito e ocupação também de suas famílias. Depois de terem caminhado bastante e trabalhado para o Reino de Deus, foram decepcionados e tiveram seus sonhos frustrados.
Alguém pode até argumentar: "Mas isto é natural no exercício do ministério, isso pode acontecer com qualquer um. O ministério cristão é assim mesmo... não devemos estranhar isto!"
Não! Não é natural, não pode acontecer com tanta frequência e não podemos aceitar passivamente este fenômeno, sem que repensemos o que é chamada divina, ministério cristão e modelo de igreja de acordo com a Bíblia Sagrada.
Estamos falando de obreiros que sofrem injustiças terríveis, são desprezados em detrimento de interesses secundários, substituídos para darem lugar a alguém que é amigo de alguém, menosprezados em suas chamados para que seus lugares sejam ocupados por gente despreparada, mantida por influências ou articulações políticas. Sã obreiros que são descartados como se fossem meros objetos de consumo comercial.
Obreiros que depois de dedicarem anos de suas vidas trabalhando com ministérios e igrejas, são descartados sem qualquer temor a DEUS ou direção que dele venha, até porque DEUS não faz isto com seus filhos.
São tratados como se não tivessem esposas, filhos, responsabilidades, sonhos, objetivos, foco, vocação, talento ou chamada.
São traídos e removidos arbitrariamente de um lado para o outro sem qualquer diálogo, como se fossem móveis de uma casa velha e como se não tivessem opinião própria.
Muitos são descartados, abandonados à beira do caminho para morrerem. Os que são mais fortes ou preparados espiritualmente, ainda insistem na luta buscando em DEUS socorro, saída e novas oportunidades.
Os que estão muito cansados, desgastados pelo tempo e até desmotivados pelas injustiças sofridas, vão esmorecendo aos poucos, moribundos, decepcionados, frustrados e muitos até revoltados com as circunstâncias.
Desses, nascem grupos diferentes: alguns desviam-se, fracassam, enfraquecem na fé e não querem mais continuar na batalha.
Há outros que apenas desistem do ofício sagrado, bastando-lhes serem crentes que vão à igreja vez ou outra.
Mas há outro grupo: o daqueles que convictos de suas chamadas e sem espaço ou oportunidade, lançam-se em novos projetos e abrem ministérios, igrejas ou denominações, já que não querem abrir mão da vocação recebida do Senhor JESUS CRISTO! E, sabe o que é pior? São chamados de rebeldes, desviados, encrenqueiros, antiéticos, e divisores.
Verdade é que há suas exceções, existem aqueles que são de fato rebeldes ao ministério, a convenção e aos seus líderes.
Mas o Consolador, o Espírito Santo, tem consolo e bálsamo para curar as feridas do seu povo.
Porventura, não há bálsamo em Gileade? Ou não há lá médico? Por que, pois, não teve lugar a cura da filha do meu povo? (Jr.8.22).
Um ao outro ajudou e ao seu companheiro disse: Esforça-te! (Isaías, 41.6).
O Senhor da seara disse: Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros (Jo.13.34,35).
Esta Postagem tem como autor o Pr. Jesiel Freitas, foi escrita em 10/02/2015.
Adaptada com articulações e alguns acréscimos, por Geraldo Barbosa, autor e articulador do Blog Pregando a Verdade.
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