E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória” (I Tm.3.16).
Este texto do apóstolo Paulo expressa uma das maiores verdades do cristianismo, bem como também um dos maiores paradoxos das Sagradas Escrituras: Deus se fez carne! Esse evento é tão sublime, que o próprio apóstolo se refere a ele como “grande mistério’’. Estamos diante de um texto que retrata o milagre da Encarnação: O Verbo, sendo Deus, se fez carne e habitou entre nós (Jo. 1.1,14).
Os evangelhos mostram Jesus como um homem que experimentou as limitações humanas, como fome, sede, cansaço, tristeza, dores, agonia... e também mostram manifestações e ações divina durante o seu ministério de três anos e meio.
Jesus Cristo tem duas naturezas, a divina e a humana, não confundidas, mas unidas na única Pessoa do Filho de Deus. Jesus ao se fazer homem, para a nossa salvação, não deixou a sua natureza divina, mas abriu mão de algumas prerrogativas, para salvar a humanidade.
As naturezas de Jesus, a humana e a divina, são inseparáveis e coexistem na mesma pessoa.
Jesus é verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus.
As duas naturezas são distintas, mas não se misturam.
Jesus é um, mesmo tendo duas naturezas, pois ambas são dele.
As duas naturezas se completam e não se anulam.
Jesus é 100% homem e 100% Deus, não 50% de cada.
A união das duas naturezas de Jesus é chamada de união hipostática.
HIPOSTÁTICA. Esta palavra tem origem no grego hypostasis, que significa "substância".
Na teologia, hipostático significa relativo à união da natureza humana e divina na pessoa de Cristo. Essa união é chamada de união hipostática.
A NATUREZA HUMANA DE JESUS.
Nos Evangelhos Jesus é descrito pelo título de “Filho do Homem’’, que deixa clara a sua plena humanidade. A Expressão "Filho do Homem" em Hebraico é "Bem Adam" que significa simplesmente “alguém que tem a natureza humana’’. Em minha análise e contagem exaustiva nos evangelhos, encontrei a expressão "Filho do Homem" 81 vezes; sendo em Mateus 30, em Marcos 14, em Lucas 25, em João 12.
Ao tomar sobre si a natureza humana, Jesus escolheu deixar de lado o exercício independente dos Seus poderes divinos. Em nenhum momento Jesus deixou de ser Deus, mas Ele operou como um homem ungido pelo Espírito Santo. Podemos entender isso um pouco mais constatando que Jesus, antes de Sua encarnação, existia co-igualmente e co-eternamente com Deus o Pai, e com Deus o Espírito Santo. Ele compartilhava com Eles todos os privilégios da Deidade, tais como onisciência (saber todas as coisas), onipotência (ser todo-poderoso), e onipresença (estar em todos os lugares ao mesmo tempo). Mas quando Jesus se tornou o homem de Nazaré, o Galileu, Ele era Emanuel, que significa “Deus conosco”. Ele era Deus manifesto em carne. Mesmo sendo homem, Ele nunca deixou de ser Deus, nem perdeu Sua divindade, mas Ele deixou de lado certos privilégios da Deidade e restringiu-se a Si mesmo em certas limitações humanas”.
A NATUREZA DIVINA DE JESUS.
Várias vezes vemos Jesus se referindo a si mesmo como o “EU SOU’’. Essa expressão foi a mesma usada no A.T. quando Deus se apresenta a Moisés pelo nome "EU SOU" (Ex.3.14). Tempos depois, em Jo. 8.58, Jesus usa essa expressão, e os judeus ficaram escandalizados ao ponto de tentar o apedrejar, pois na visão deles nenhum homem poderia blasfemar dizendo que era Deus! Ou seja, os fariseus entenderam o que Jesus queria dizer. Afirmando a Divindade de Cristo, Paulo nos diz em Colossenses 1.19 que “nele reside toda a Plenitude’’ e em 2.9 que “nele habita corporalmente Toda a Plenitude da Divindade’’.
Uma das expressões mais marcantes e que demonstra a Divindade de Jesus é o título “Filho de Deus’’. Essa expressão é usada mais de 50 vezes no Novo Testamento. Em João 10.30-36, Jesus deixa os judeus extremamente irritados, pois Ele diz que é Filho de Deus, e os judeus, como conheciam o contexto da expressão, sabiam que Jesus estava dizendo que também era Deus, pois somente Deus poderia ter a natureza de Deus!
Ao tomar sobre si a natureza humana, Jesus escolheu deixar de lado o exercício independente dos Seus poderes divinos. Em nenhum momento Jesus deixou de ser Deus, mas Ele operou como um homem ungido pelo Espírito Santo. Podemos entender isso um pouco mais constatando que Jesus, antes de Sua encarnação, existia co-igualmente e co-eternamente com Deus o Pai, e com Deus o Espírito Santo. Ele compartilhava com Eles todos os privilégios da Deidade, tais como onisciência (saber todas as coisas), onipotência (ser todo-poderoso), e onipresença (estar em todos os lugares ao mesmo tempo). Ele era Deus manifesto em carne. Ele nunca deixou de ser Deus, nem perdeu Sua divindade, mas Ele deixou de lado certos privilégios da Deidade e restringiu-se a Si mesmo em certas limitações humanas.
Como homem, Ele teve sede.
Como Deus, Ele disse: Se alguém tem sede, que venha a mim e beba (Jo.7.37).
Como homem, Ele teve fome.
Como Deus, Ele disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome; e quem crê em mim nunca terá sede (Jo.6.35).
Como homem, Ele sentiu cansaço.
Como Deus, Ele disse: Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei (Mt.11.28).
Como homem, Ele sentiu dores, chorou, angustiou-se, sofreu, foi humilhado e morreu a morte mais cruel, morte de cruz. Mas como Deus, Ele ressuscitou ao terceiro dia e vive para todo sempre. Amém!