Os filhos apanham a lenha, e os pais acendem o fogo, e as mulheres amassam a farinha, para fazerem bolos à deusa chamada Rainha dos céus, e oferecem libações a outros deuses, para me provocarem à ira (
Jr.7.18).
Este texto tem a ver com as festas pagãs que a nação de Israel em ato de desobediência provocavam a ira de Deus. Eles seguiam a tradição dos povos pagãos e comungavam com eles em seus rituais de cultos aos seus deuses. Hoje não é diferente, muitos que se dizem cristãos estão se deixando levar pelas festas tradicionais e pagãs que são comemoradas anualmente.
Não são poucos os crentes que dançam quadrilha "gospel", seus filhos se vestem de matutos, participam de São João nas Escolas, etc.
... É óbvio que nenhum crente vai dizer ou declarar que se envolvem
com estas festas de São João, com o objetivo de praticar a idolatria,
pois estes sabem que tal procedimento, por si só, é condenada por Deus.
No entanto, mesmo afirmando que não praticam a idolatria, negam com
suas atitudes.
É oportuno mencionar o comportamento de certas
igrejas evangélicas que, com a alegação de estarem propagando o
evangelho também durante o Carnaval, festas de Natal e festejos Juninos,
dedicam-se a um tipo duvidoso de evangelização exclusivamente nessa
época do ano. Fazem de tudo, inclusive usam blocos comemorativos com
nomes bíblicos.
Não devemos nos esquecer, no entanto, de
que as estratégias evangelísticas devem ocorrer o ano todo, e não apenas
em determinadas ocasiões como estas.
Será que estes
“evangelizadores” destas festas também evangelizam o restante do ano?
Tem coragem de pregar nos metrôs, ônibus, praças públicas, distribuir
literaturas e falar do amor de Deus durante o ano todo? Ou a coragem só
chega nas horas de dançarem as quadrilhas em seus forrós gospel.
A ORIGEM DAS FESTAS JUNINAS E O SEU VERDADEIRO SENTIDO.
As festas juninas são mais antigas do que todo mundo pensa! Elas
surgiram na Antiga Europa, há centenas de anos. As festas aconteciam
durante o solstício de verão para comemorar o início da colheita — por
isso tanta comida e bebida — e eram organizadas pelos celtas, egípcios e
outros povos. Uma das deusas homenageadas era Juno, esposa de Júpiter, e
as festas eram chamadas de “junônias”.
O catolicismo passou a ganhar cada vez mais fiéis na Europa e a data
coincidia com o nascimento de João Batista, primo de Jesus Cristo. A
Igreja Católica cristianizou a data, instituindo homenagens aos três
santos do mês. As comemorações passaram a se chamar de “joaninas” (por
causa de João) e os primeiros países a comemorá-las foram Portugal,
Itália, França e Espanha — e até hoje elas são muito importantes no
Norte da Europa.
Não se sabe se o nome “junina” é uma adaptação que veio com o tempo
ou se mudou porque a festa é comemorada no mês de junho. Cada um dos
países deu o seu toque à festa que conhecemos hoje em dia. Da França
veio a dança, de Portugal e da Espanha veio a dança com fitas, entre
outras culturas que foram se popularizando.
Na França, a dança quadrille que deu origem à nossa quadrilha.
A vinda para o Brasil.
Como é de se imaginar, a festa junina foi trazida para o Brasil pelos
portugueses durante o período colonial. Por coincidência, os índios que
habitavam o nosso país realizavam rituais nessa mesma época de junho
para celebrar a agricultura e, com a vinda dos jesuítas, as festas se
fundiram e os pratos passaram a utilizar alimentos nativos, como
mandioca e milho.
As festas juninas acontecem em todo canto do país, mas podem ser
divididas em dois tipos distintos: aquelas que acontecem na Região
Nordeste e aquelas do Brasil caipira (inspiradas nos Estados de São
Paulo, região norte do Paraná, região sul de Minas Gerais e Goiás). Elas
possuem diferenças e costumes bem diferentes.
As mais tradicionais acontecem em Campina Grande (PB) e Caruaru (PE) e
existe uma pequena rivalidade entre os dois Estados para ver qual delas
é a melhor. Na Paraíba, a festa é conhecida como Forródromo que, como o
nome sugere, é regada a muito forró. Entre as principais atrações está
um desfile de jegues.
Já Pernambuco tem a Vila do Forró, que é uma réplica de uma pequena
cidade do sertão pernambucano. É possível fazer uma viagem até Recife
pelo Trem do Forró onde cantadores regionais, sanfoneiros e artistas de
todos os tipos transitam por entre os vagões, alegrando o público e
ganhando um dinheirinho extra nessa época do ano.
As festas do Brasil caipira são realizadas em quermesses com danças
de quadrinha em torno da fogueira e, como não pode deixar de ser, com
muita música caipira. Em todos os lugares, as mulheres usam vestidos
coloridos de chita e os homens vestem camisa quadriculada e calças
remendados com tecidos também cheios de cores.
OS TRÊS SANTOS.
Santo Antônio, São João e São Pedro.
Santo Antônio é o primeiro dos santos a ser homenageado no mês. Sua
festa é comemorada no dia 13 de junho e ele é conhecido como o santo
casamenteiro, já que ajudava as moças do século XII a conseguir o dote
para realizar o tão sonhado casamento. Diversas simpatias são realizadas
por mulheres que querem um namorado, noivo ou marido.
O dia de São João é o mais esperado de todos eles. A festa é realizada
no dia 24 de junho e, nesse dia, existem muitas festas pelo Brasil,
principalmente no Nordeste. João era filho de Isabel, prima de Maria
(mãe de Jesus). Foi ele quem preparou a vinda de Cristo e batizou-o no rio Jordão.
O último santo do mês é São Pedro. Ele era um dos pescadores discípulos
de Jesus e também intitulado pela igreja católica como o primeiro papa e o fundador da Igreja Católica. O
catolicismo prega que é Pedro quem tem as chaves do céu. Sua festa é
comemorada no final do mês de junho, no dia 29. Com ele, encerra-se as
festividades desse mês tão celebrado.
OS SÍMBOLOS E ALEGORIAS DAS FESTAS JUNINAS.
OS BALÕES.
A tradição de soltar balões tem dois significados. Uns dizem que essa
prática era usada para avisar que a festa iria começar. Eram soltos de
cinco a sete balões para que as pessoas soubessem do início das
comemorações. Os mais supersticiosos acreditam que os balões levavam os
pedidos para os santos até o céu.
Porém, hoje em dia, eles não são muito comuns, já que soltar balões é
proibido em muitos países, inclusive no Brasil. Isso vigora desde 1965,
de acordo com o artigo 26 do Código Florestal, porque pode causar
incêndios e mortes. Também está no artigo 28 da Lei das Contravenções
Penais de 1941. Quem for pego soltando balões pode ir para a cadeia.
AS FOGUEIRAS.
A fogueira é um dos maiores símbolos das festas juninas
Assim como a maioria dos elementos de uma festa junina, existem dois
significados para a famosa fogueira. Nas festas pagãs e indígenas, elas
eram feitas para espantar os maus espíritos. Já na tradição cristã, ela
tem uma explicação: Isabel teria dito à Maria (mãe de Jesus) que
acenderia uma fogueira para avisá-la do nascimento de seu filho (João).
Maria viu as chamas de longe e foi visitar a criança que tinha acabado
de nascer.
A QUADRILHA.
A quadrilha é outra coisa que não pode faltar em uma festa junina.
Seu nome vem de uma dança de salão francesa para quatro pares, a
quadrille. Com a vinda para o Brasil, a quadrilha se popularizou e se
fundiu com as danças brasileiras que já existiam por aqui, dando origem
ao que conhecemos hoje em dia.
No entanto, nos dias de hoje, ela não é dançada por populares, como
era antes. Ela é vista como uma atitude teatral e meramente festiva com
um ideal folclórico e até mesmo acadêmico. O grupo composto por pares
vestidos de caipira é aberto por um noivo e uma noiva, encenando um
casamento fictício.
Elas também recebem nomes diferentes de acordo com o lugar. Em São
Paulo, é conhecida como “quadrilha caipira”. No Brasil central, como
“saruê”. Na Bahia, “baile sifilítico”. No Rio de Janeiro, ela chega como
“mana-chica”. Em Sergipe, é simplesmente “quadrilha”. E segue outras
variações dependendo do Estado.
OS RITMOS MUSICAIS.
No Nordeste, o forró é, talvez, o ritmo mais requisitado para as festas
juninas, seguido pelo baião, xote, reisado, o samba de coco e outras
cantigas típicas. O saudoso sanfoneiro pernambucano Luiz Gonzaga é o mais famoso
músico das festas juninas.
O SANTO CASAMENTEIRO. PROMESSAS E SIMPATIAS.
Simpatias e promessas para os santos são comuns em todas as épocas do
ano, mas, para os três santos homenageados em junho, agora é a hora,
principalmente para Santo Antônio, já que ele é considerado o santo
casamenteiro e as moças que procuram um namorado, noivo ou marido se
apressam para ter tudo pronto no dia 13.
Existem várias simpatias, como colocar uma imagem de Santo Antônio de
cabeça para baixo atrás da porta, dentro do poço ou até mesmo em um
copo d’água (isso costuma variar entre as pessoas) e só tirá-la de lá
quando o pedido é atendido. Até mesmo tirar o Menino Jesus do colo do
santo e só devolvê-lo quando o namorado chegar. Algumas estátuas já são
vendidas com as imagens podendo ser separadas exatamente com esse
intuito.
Tirando o fato do compromisso amoroso, o catolicismo também conta com
o “pãozinho de Santo Antônio”. Os frades distribuem um pão bento para
as pessoas — que deve ser deixado junto aos outros alimentos para não
faltar o que comer — e, em troca, os fiéis deixam suas ofertas para o
santo. Comida não falta durante o ano inteiro.
OS COMES E BEBES.
Fogueiras, bebidas quentes, comidas deliciosas, música, dança e muita
animação. A diversão
rola solta e, normalmente, não tem hora para acabar! Muita gente espera
ansiosa pelo começo de junho que é quando essas comemorações realmente
aparecem por todas as partes.
Delícias juninas:
Difícil não ficar com fome em uma festa junina. Milho cozido (ou
assado), pipoca, bolo de fubá cremoso (ou de milho), maçã do amor,
pé-de-moleque, vinho quente, quentão, arroz-doce, canjica, chá de
amendoim e muitas outras delícias (normalmente quentinhas, porque essa
época do ano é bem fria) são a alma da festa.
Reparou que muitas comidas são derivadas do milho verde? Isso se deve ao
fato de que junho é a época propícia para a colheita do alimento e essa
tradição está presente nas festas juninas desde que ela chegou ao
Brasil. Outros grãos — como o amendoim — e raízes — como a mandioca —
também marcam presença nas comemorações de junho.
SÃO JOÃO, FESTA CRISTÃ OU PAGÃ?
Não se deve misturar o santo com o profano, as festas juninas nada mais é do que uma mistura do sagrado com o profano. Quem celebra e comemora as festividades juninas está seguindo uma tradição do paganismo que foi adotada pela igreja católica. Seguir tradição do paganismo é invalidar a palavra de Deus. Jesus disse para os religiosos de sua época: Bem profetizou Isaías acerca de vós, hipócritas, como está escrito: Esse povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Em vão, porém, me honram, ensinando doutrinas que são mandamentos de homens. Porque, deixando o mandamento de Deus, retendes a tradição dos homens... Assim invalidais o mandamento de Deus para guardardes a vossa tradição (
Marcos, 7.6-9).
Quanto as comidas derivadas do milho que são feitas em época das festas juninas, como: Pamonha, canjica, milho assado, milho cozinhado, bolo de milho, pé de moleque e etc, nada tem de errado em comê-las, até porque é nessa época do ano que temos a colheita do milho.
O apóstolo Paulo ensinando aos irmãos da igreja em Corinto, diz:
Portanto, no que se refere à comida sacrificada a
ídolos, temos pleno conhecimento de que o ídolo não tem o menor
significado no mundo e que só existe um Deus! Pois, ainda que haja os chamados deuses, quer no céu, quer na terra – como de fato há muitos deuses e senhores para
nós, contudo, há um único Deus, o Pai, de quem tudo procede e para quem
vivemos; em um só Senhor, Jesus Cristo, por intermédio de quem tudo o
que há veio a existir, e por meio de quem também vivemos.
No
entanto, nem todos conhecem essa verdade. Alguns, ainda acostumados com
os ídolos, comem esse alimento como se fosse um sacrifício idólatra; e
como a consciência deles é frágil, deixam-se contaminar. Ora,
não são os alimentos que nos fazem aceitáveis diante de Deus; não nos
tornaremos piores se não comermos, nem melhores se comermos. Contudo, tendes cuidado para que o exercício da vossa liberdade não se torne um motivo de tropeço para os fracos. Porquanto,
se alguém que tem a consciência fragilizada vir a ti, que tens este
conhecimento, comendo à mesa no templo de ídolos, não será induzido a se
alimentar do que foi oferecido em sacrifício a ídolos? E, assim, esse teu irmão mais fraco, por quem Cristo também morreu, é destruído pelo teu conhecimento. Portanto, quando pecas contra teus irmãos dessa maneira, ferindo a consciência fraca deles, pecas contra Cristo. Concluindo,
se o alimento que eu como induz meu irmão a pecar, nunca mais comerei
carne a fim de que não seja eu a causa do pecado dele (1Co.8.4-13).
Concluímos que, devemos fazer tudo para glória de Deus. está escrito: Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus (1Co.10.31).
"Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável,
tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor
existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento."
Filipenses 4:8.
Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima e não nas que são da terra; porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus (Cl.3.1-3). Pense nisso.