sábado, 10 de novembro de 2018

O COMBATE DA FÉ.

Amados, procurando eu escrever-vos com toda a diligência acerca da comum salvação, tive por necessidade escrever-vos e exortar-vos a batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos (Judas. 3).

Judas, irmão do Senhor, em sua breve epistola universal, que contém apenas 25 versículos, deixa claro que o seu propósito é exortar os cristãos a batalhar pela fé que foi dada aos santos (a igreja do Senhor). Viver e andar no caminho da fé nunca foi fácil. Os cristãos do primeiro século, enfrentaram muitas perseguições e sofreram oposições por parte de falsos mestres. Judas também diz que procurou escrever com toda a diligência acerca da comum salvação. O termo, comum salvação ou salvação comum, significa dizer que, a salvação não é exclusividade para um grupo de pessoas, mas é para todos; porém, nem todos irão aceitar o plano da salvação.
Quando nós aceitamos o plano da salvação na pessoa do Senhor Jesus Cristo, e passamos a viver pela fé, a partir desde momento nós declaramos guerra contra Satanás e o pecado; esta guerra é constante, não há tréguas. O combate da fé se constitui uma luta agressiva contra os falsos ensinos que contradizem os princípios da fé cristã, uma batalha constante contra o mundo ímpio e incrédulo, contra o pecado e contra Satanás e seus demônios.

PAULO, UM HERÓI NO COMBATE DA FÉ.

As últimas palavras de um guerreiro, um combatente da fé.
Disse Paulo a Timóteo, seu filho na fé:
Este mandamento te dou, meu filho Timóteo, que, segundo as profecias que houve acerca de ti, milites por elas boa milícia, conservando a fé e a boa consciência, rejeitando a qual alguns fizeram naufrágio na fé (I Tm.1.18,19).

Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas e segue a justiça, a piedade, a fé, a caridade, a paciência, a mansidão.
Milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado, tendo já feito boa confissão diante de muitas testemunhas (I Tm.6.11,12).

Por cuja causa padeço também isto, mas não me envergonho, porque eu sei em quem tenho crido e estou certo e que é poderoso para guardar o meu depósito até aquele Dia. Conserva o modelo das palavras que de mim tens ouvido, na fé e na caridade que há em Cristo Jesus. Guarda o bom depósito pelo Espírito Santo que habita em nós (II Tm.1.12-14).

Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo.
Ninguém que milita se embaraça com negócio desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra. E, se alguém também milita,  não é coroado se não militar legitimamente (II Tm.2.3-5).

E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições. Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados.
Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido (II Tm.3.12-14).

Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade (II Tm.2.15).

Conjuro-te, pois, diante de Deus e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu Reino, que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. Porque virá tempo em que não sofrerão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.
Mas tu sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério.
Porque eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, e o tempo da minha partida está próximo. Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda (II Tm.4.1-8).

Conclusão:
O bom combate da fé que teve início com o autor e consumador da fé, o Senhor Jesus Cristo, ainda hoje continua através dos servos do Senhor, que fazem parte do Reino de Deus.
Paulo partiu para está com o Senhor, mas passou o bastão da fé para Timóteo. A era dos apóstolos passou, e no decorrer dos séculos muitos guerreiros combatentes da fé, foram mortos e sacrificados por amor ao Evangelho. Hoje, na atualidade, a batalha continua, a fileira dos combatentes da fé não acabou, estamos envolvidos nesta peleja e devemos lutar até o fim. No final seremos coroados por Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador. Amém!

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

O PREÇO DO DISCIPULADO.

Quando estavam andando pelo caminho, um homem declarou a Jesus: Eu te seguirei por onde quer que andares. Mas Jesus lhe replicou: As raposas têm covis, e as aves do céu têm seus ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça. Entretanto, a outro homem fez um convite: Segue-me! Ele, contudo, argumentou: Senhor, permite-me ir primeiramente sepultar meu pai. Todavia, insistiu Jesus: Deixa os mortos sepultarem os seus próprios mortos. Tu, porém, vai e proclama o Reino de Deus. Disse também outro: Senhor, eu te seguirei, mas deixa-me primeiro despedir-me dos meus familiares. Ao que Jesus lhe asseverou: Ninguém que coloca a mão no arado, e fica contemplando as coisas que deixou para trás, é apto para o Reino de Deus (Lucas, 9.57-62).

Seguir a Jesus não é uma tarefa fácil. Ao longo do caminho, enquanto Jesus viajava, Lucas nos conta alguns dos muitos casos de pessoas que se apresentaram a Jesus com intenção de segui-lo. Nos três casos narrados por Lucas, todas as pessoas tinham uma razão para adiar ou recusar o compromisso. Elas tinham boas intenções, mas não estavam dispostas a renunciarem as suas prioridades. A missão de seguir a Cristo é mais urgente do que qualquer coisa. Seguir a Jesus exigi renúncia e deve ser prioridade. O grande problemas das pessoas é não querer renunciar suas prioridades e pagar o preço do discipulado.

TRÊS TIPOS DE SEGUIDORES:

* Os que querem seguir Jesus por interesses.

Quando estavam andando pelo caminho, um homem declarou a Jesus: Eu te seguirei por onde quer que andares. Mas Jesus lhe replicou: As raposas têm covis, e as aves do céu têm seus ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça (Lc.9.57,58).

Um homem se apresentou a Jesus e expressou seu desejo de segui-lo aonde quer que ele fosse. Mas, Jesus conhecendo a sua intenção, deixou claro que, ele não tinha nenhum conforto a lhe oferecer e o alertou sobre as consequências de segui-lo, pois ele não tinha um lugar fixo para repousar.
Em outra ocasião, Jesus disse para alguns que lhe seguiam: Na verdade, na verdade vos digo que me buscai não pelos sinais que vistes, mas porque comestes do pão e vos saciastes (Jo.6.26).
Hoje não diferente, tem muitas pessoas que se declaram cristãs e seguidoras de Jesus, mas a sua religião é voltada para seus interesses financeiros e bem estar material. Querem um Jesus capitalista que lhe ofereça prosperidade e conforto material. Muitos priorizam o material e desprezam o espiritual. É preciso renunciar nossos próprios interesses, considerar as consequências do discipulado e assumir o compromisso com o Reino de Deus.

* Os que querem seguir Jesus, mas priorizam os bens materiais.

Entretanto, a outro homem fez um convite: Segue-me! Ele, contudo, argumentou: Senhor, permite-me ir primeiramente sepultar meu pai. Todavia, insistiu Jesus: Deixa os mortos sepultarem os seus próprios mortos. Tu, porém, vai e proclama o Reino de Deus (Lc.9.59,60).

O pai a quem o homem deseja sepultar não estava necessariamente morto ou mesmo doente. O que ele estava dizendo é que ele ainda tinha obrigações familiares e provavelmente só depois de receber a sua herança, com a morte do seu pai, ele iria procurar seguir Jesus. Ou seja, a sua prioridade era receber a sua herança, para depois ser discípulo de Jesus.
A resposta de Jesus deixa claro que nada é mais importante do que anunciar a Reino de Deus.
Seguir a Jesus não é uma tarefa que pode simplesmente ser adicionada a uma lista de outras tarefas; mas deve ser uma prioridade e um compromisso fechado.

* Os que querem seguir Jesus, mas priorizam a família.

Disse também outro: Senhor, eu te seguirei, mas deixa-me primeiro despedir-me dos meus familiares. Ao que Jesus lhe asseverou: Ninguém que coloca a mão no arado, e fica contemplando as coisas que deixou para trás, é apto para o Reino de Deus (Lc.9.61,62).

Na escala de valores sagrados, a família está em segundo lugar. Primeiramente a nossa devoção a Deus e o nosso compromisso a serviço do seu Reino, depois a família. Até parece um paradoxo, mas em outra ocasião, Jesus disse: Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim. E quem não toma a sua cruz e não segue após mim não é digno de mim (Mt.10.37,38).
Seguir a Jesus requer um preço a ser pago e um absoluto desapego à propriedade e à família. Tudo que se torna prioridade em nossa vida e toma o lugar de Deus, torna-se idolatria.
A nossa família é importante, porém, mais importante que a nossa família e fazermos parte da família de Deus. Isto exigi renúncia, Abraão teve que deixar a sua terra e sua parentela, para seguir a direção de Deus em total devoção e obediência (Gn.12.1; Hb.11.8).
Seguir a Jesus implica em uma total renúncia e obediência a sua palavra.

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

EFATÁ!

E Jesus, tornando a sair dos territórios de Tiro e de Sidom, foi até ao mar da Galiléia, pelos confins de Decápolis. E trouxeram-lhe um surdo, que falava dificilmente, e rogaram-lhe que impusesse as mãos sobre ele. E, tirando-o à parte de entre a multidão, pôs-lhe os dedos nos ouvidos e, cuspindo, tocou-lhe na língua. E, levantando os olhos ao céu, suspirou e disse: Efatá! Isto é: Abre-te! E logo se lhe abriram os ouvidos e a prisão da língua se desfez, e falava perfeitamente (Marcos, 7.31-35).

Este milagre operado por Jesus de forma inusitada, é narrado apenas no evangelho de Marcos. O evangelista Marcos nos informa que, Jesus saiu dos territórios de Tiro e de Sidom, foi até o mar da Galiléia e chegou no extremo de Decápolis, região de Gadara, onde Ele havia libertado um homem possesso de espíritos imundos. Estando Ele naquela região, trouxeram-lhe um homem surdo, que falava com dificuldade, ou seja, um surdo gago. Geralmente quem tem problemas auditivo não consegue falar perfeitamente. Provavelmente, a deficiência deste homem era de nascença. Este homem teve uma oportunidade ímpar; levaram ele até Jesus e rogaram (pediram por favor) a Jesus que impusesse as mãos sobre ele. Jesus atende aos penitentes, tira o surdo gago do meio da multidão, o leva a um lugar reservado e opera o milagre da cura.

AÇÕES DE JESUS EM RELAÇÃO AO SURDO GAGO:

* Tirando-o à parte.

Geralmente os milagres de Jesus aconteciam em publico, mas, desta vez, ele inova, faz algo diferente. As vezes a multidão atrapalha a ação de Deus. Jesus não precisa de mídia, nem dos aplausos da multidão, a sua intenção não era fazer espetáculo para se promover e se tornar famoso. Jesus usa de misericórdia e leva o homem surdo e gago a um lugar reservado, em particular. Muitas vezes Deus agi no silêncio, e na intimidade do nosso ser Ele fala conosco e nos abençoa com sua graça.

* Pôs-lhe os dedos nos ouvidos.

Este homem além de surdo poderia não ser mudo, mas era gago, como diz o evangelista: “trouxeram-lhe um surdo, que falava dificilmente.” A pessoa fala o que ouve. Pelo fato de não ouvir bem, não podia falar bem, não se comunicava bem. Sua língua estava amarrada. Então o homem que levaram a Jesus era “um surdo e gago”.  Esta ação de Jesus revela que Ele agi de formas diferentes, para operar curas e milagres. A graça de Deus é multiforme, ela sempre nos surpreende. Os evangelhos revelam que Jesus operava milagres usando formas variadas, Ele nunca o fazia de forma metódica, nem lógica, mas operava de maneira surpreendente.

* Cuspiu, Tocou-lhe na língua.

Marcos nos diz que Jesus usou sua própria saliva para tocar a língua do mudo. Em outra ocasião, Marcos nos informa que Jesus mais uma vez usou sua própria saliva para a cura de um cego: E chegou em Betsaida; e trouxeram-lhe um cego e rogaram-lhe que lhe tocasse. E, tomando o cego pela mão, levou-o para fora da aldeia; e, cuspindo-lhe nos olhos e impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe se via alguma coisa (Mc.8.22,23). No evangelho de João, esse ato de Jesus também se repete: Tendo dito isso, cuspiu na terra, e, com a saliva, fez lodo, e untou com lodo os olhos do cego (Jo.9.6). 
Em três ocasiões Jesus usou sua própria saliva para efetuar a cura. Diante destes fatos, poderíamos perguntar: Qual o significado da saliva de Jesus quando são lidos os textos da cura do surdo ou do cego? Havia, no tempo de Jesus a crença de que a saliva tivesse propriedades terapêuticas com poder de cura. No contexto da sociedade atual é considerado um ato  agressivo e diríamos, até nojento, à mentalidade atual. Quando a Bíblia diz que Jesus cuspindo tocou a língua do mudo, ou cuspiu nos olhos do cego; parece algo nojento. Todavia a saliva do Filho de Deus não é igual a nossa, mas é cheia de virtude e tem poder para curar.

* Levanta os olhos ao céu e Suspira.

Interessante, é perceber que, antes de curar o surdo-mudo, Jesus “olha para o céu e suspira”. Ao levantar os olhos ao céu, Jesus demonstra a sua total dependência e harmonia com o Pai. No suspiro de Jesus há um gesto de indignação diante da situação em que se encontram tantas pessoas marginalizadas, sem voz e sem vez na sociedade.

* Fala: Efatá!

Jesus exclama: "Efatá!" Ele usa uma expressão aramaica que significa, abre-te.
Encontramos o efeito da palavra efatá em várias situações nas Sagradas Escrituras, no caso de Lídia: E uma certa mulher, chamada Lídia, vendedora de púrpura, da cidade de Tiatira, e que servia a Deus, nos ouvia, e o Senhor lhe abriu o coração para que estivesse atenta ao que Paulo dizia (Atos, 16.14). No livro dos salmos está escrito: “Abre, Senhor, os meus lábios, e a minha boca entoará o teu louvor” (Salmos, 51.15). O profeta Isaías diz: O Senhor JEOVÁ me abriu os ouvidos, e eu não fui rebelde; não me retiro para trás (Isaías, 50.5).
Depois que Jesus ordenou: “Abre-te!” Os ouvidos do homem se abriram e sua língua se soltou, e ele começou a falar sem dificuldade. Com isso Marcos, esclarece a ação poderosa de Jesus. Jesus não é um mágico ilusionista, mas sua palavra tem poder para libertar e reintegrar as pessoas ao convívio social.

Conclusão:
Jesus é especialista em abrir o que está fechado. Além de Ele ter a chave que abre todas as portas, Ele também tem a palavra de poder: "Efatá". Seja qual for o seu problema, Jesus tem a palavra de ordem, efatá, abre-te, e todas as portas irão se abrir para você. Se o problema é portas fechadas, efatá. Se é enfermidades, efatá. Se é de ordem financeira, efatá. Se for de origem espiritual, efatá.
Jesus vai te levar para um lugar em secreto, sem que ninguém veja, e na intimidade ele vai liberar a sua graça para lhe abençoar. O que estiver fechado vai se abrir. Efatá!

terça-feira, 30 de outubro de 2018

TRÊS DIMENSÕES DA SALVAÇÃO.

O homem quando pecou ficou perdido, separado e destituído da glória de Deus. O grande plano de Deus para salvar a humanidade foi enviar o seu Filho, Jesus Cristo, para salvar a humanidade perdida, pobre e desvalida. A salvação foi conquistada mediante o sacrifício de Jesus Cristo na cruz do Calvário. Portanto, não é por mérito, nem por pratica de boas obras que o homem será salvo, mas pela graça de Deus. Está escrito: Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie. Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas (Efésios, 2.8-10).
A salvação é de graça e pela graça, mas ela custou um alto preço.

* GRANDE.
Porque, se a palavra falada pelos anjos permaneceu firme, e toda transgressão e desobediência recebeu a justa retribuição, como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos, depois, confirmada pelos que a ouviram (Hebreus, 2.2,3).

Porque é universal e alcança todos os homens.
A graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens (Tito, 2.11).

Porque é efetuada por um grande Deus.
A guardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo (Tito, 2.13).

Porque provem do imensurável amor de Deus.
Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (João, 3.16).

* PODEROSA.
Bendito o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e remiu o seu povo! E nos levantou uma salvação poderosa na casa de Davi, seu servo (Lucas, 1.68,69).

Porque é Remidora.
O qual se deu a si mesmo por nós, para nos remir de toda iniquidade e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras (Tito, 2.14).

Porque é Regeneradora.
Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo (Tito, 3.5).

Porque é Justificadora.
Para que, sendo justificados pela sua graça, sejamos feitos herdeiros, segundo a esperança da vida eterna (Tito, 3.7).

* ETERNA.
E sendo Ele consumado, veio a ser a causa de eterna salvação para todos os que lhe obedecem (Hebreus, 5.9).

Porque não tem fim.
E esta é a promessa que Ele nos fez: A vida eterna (I João, 2.25).

Porque é um dom gratuito de Deus.
Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor (Romanos, 6.23).

Porque transcende o mundo natural.
Se esperarmos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens (I Co.15.19).

Conclusão: 
A salvação está em Jesus Cristo, Ele é o único Salvador (Atos, 4.12).
Basta você reconhecer e aceita-lo como único e suficiente Senhor e Salvador. Se você ainda não se decidiu para Jesus, faça isso hoje mesmo, e aceite-o como Senhor e Salvador da sua vida. Amém!

domingo, 28 de outubro de 2018

APENAS UM TOQUE, O MILAGRE ACONTECEU.

E, passando Jesus outra vez num barco para o outro lado, ajuntou-se a ele uma grande multidão; e ele estava junto do mar. E foi com ele, e segui-o uma grande multidão, que o apertava. E certa mulher, que havia doze anos tinha um fluxo de sangue, e que havia padecido muito com muitos médicos, e gastando tudo quanto tinha, nada lhe aproveitando isso, antes indo a pior, ouvindo falar de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou na sua vestimenta. Porque dizia: Se tão somente tocar nas suas vestes, sararei. E logo se lhe secou a fonte do seu sangue, e sentiu no seu corpo estar curada daquele mal. E logo Jesus, conhecendo que a virtude de si mesmo saíra, voltou-se para multidão e disse: Quem tocou nas minhas vestes? E ele olhava em redor, para ver a quem isso fizera. Então, a mulher, que sabia o que tinha acontecido, temendo e tremendo, aproximou-se, e prostrou-se diante dele, e desse-lhe toda a verdade. E ele lhe disse: Filha, a tua fé te salvou; vai em paz e sê curada deste teu mal (Marcos, 5.21,24-34).

A história desta mulher, cujo nome não é revelado, é narrada pelos evangelhos sinóticos de Mateus, Marcos e Lucas. O evangelho de Marcos relata que a mulher vinha sofrendo há doze anos com uma hemorragia crônica, e que a mesma havia gastado toda a sua economia com os médicos e não obteve a sua cura. A hemorragia crônica (o fluxo de sangue) havia tirado a saúde e excluído aquela mulher do convívio familiar, social e religioso. Segundo a Lei ela era uma mulher impura (Lv.15.19-30) e deveria fica recolhida, afastada da sociedade. Mas, esta mulher foi purificada, curada e liberta, quando tocou nas vestes de Jesus usando a sua fé.

APRENDENDO LIÇÕES COM A MULHER DO FLUXO DE SANGUE.

* Ela aproveitou a oportunidade.

Uma mulher desesperada e praticamente sem esperança, já havia gastado tudo o que tinha com os médicos, sem solução para sua cura. Ela sabendo que Jesus estava passando, não perdeu a oportunidade, saiu do seu isolamento e foi ao encontro de Jesus para aproveitar aquela oportunidade ímpar.
Aqui nós aprendemos que não podemos deixar passar a oportunidade, pois corremos o risco de não tê-la mais. São três coisas que passam e não voltam: (1) A palavra falada. (2) A flecha atirada. (3) A oportunidade perdida. A mulher hemorrágica não perdeu tempo, mas aproveitou o momento oportuno que se lhe ofereceu.

* Ela teve coragem para romper a multidão.

Esta mulher estava afastada do convívio social pelo fato de ser imunda (Lv.15.19-30). Ela não tinha direito de ir à sinagoga cultuar a Deus, estava privada do convívio familiar e social. Quando ela decidiu ir até Jesus, ela teria que enfrentar a multidão. Ela teve coragem, pois estava arriscando-se ao fazer isso, por ser uma mulher impura, poderia ser apedrejada até a morte. No entanto, Jesus, era a sua única esperança de ser curada e ter novamente o seu lugar na sociedade. Com grande coragem e determinação, a mulher enfrentou a multidão e conseguiu tocar em Jesus.
Aqui nós aprendemos que os obstáculos sempre irão existir, mas devemos enfrenta-los com coragem, fé e determinação. Muitas vezes precisamos romper a multidão de pessoas com espírito crítico, incrédulas e negativas. Só assim seremos vitoriosos.

* Ela exercitou Fé.

Ouvindo falar de Jesus, veio por detrás, entre a multidão, e tocou na sua vestimenta. Porque dizia: Se tão somente tocar nas suas vestes, sararei (vers.27,28).
A fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus (Rm.10.17). Ao ouvir falar de Jesus, acerca das obras que ele realizava, ela acreditou no seu poder e exercitou a sua fé, porque dizia: Se apenas tocar nas suas vestes ficarei curada. O toque que ela deu nas vestes de Jesus, não foi um toque comum, como todos lhe tocavam, mas foi um toque especial, um toque de fé e confiança no poder de Deus.
Aqui nós aprendemos que para ir a Jesus é preciso acreditar nele e exercitar fé. Porque tem pessoas que acreditam, mas não exercem fé, ou seja, não colocam a fé em ação. Quem toca em Jesus pela fé é favorecido pelo seu milagre.

* Ela falou toda a verdade.

O texto diz que após a mulher tocar nas vestes de Jesus, ela foi curada instantaneamente, e quando Jesus sentiu sair dele virtude, voltou-se para multidão e perguntou: Quem é que me tocou? Diz o escritor Lucas, que todos negaram, e Pedro argumentou e disse: Mestre, a multidão te aperta e te oprime, e dizes: Quem é que me tocou? Jesus responde: Alguém me tocou, porque bem conheci que de mim saiu virtude (Lc.8.45,46).
E ele olhava em redor, para ver a quem isso fizera. Então, a mulher, que sabia o que tinha acontecido, temendo e tremendo, aproximou-se, e prostrou-se diante dele, e desse-lhe toda a verdade. E ele lhe disse: Filha, a tua fé te salvou; vai em paz e sê curada deste teu mal (Mc.5.32-34).
Depois que ela declarou toda a verdade, Jesus lhe chamou de filha, autenticou a sua fé e confirmou a sua cura. 

Conclusão:
A fonte de onde emana todas as bênçãos está em Jesus. Ele é o mesmo, assim como Ele curou a mulher do fluxo de sangue, que vinha sofrendo há doze anos, Ele também te cura, te salva e te liberta; é só você crer, confiar e tocar Nele pela fé.

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

O LIBERTADOR CHEGOU EM GADARA.

E chegaram à outra margem do mar, à província dos gadarenos. E, saindo ele do barco, lhe saiu ao encontro, vindo dos sepulcros, um homem com espírito imundo. E, quando viu Jesus ao longe, correu e adorou-o. E, clamando com grande voz, disse: Que tenho contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro-te por Deus que não me atormentes. (Porque lhe dizia: Sai deste homem, espírito imundo) E perguntou-lhe: Qual é o teu nome? E lhe respondeu, dizendo: Legião é o meu nome, porque somos muitos (Marcos, 5.1,2,6-9).

ANALISANDO O EPISÓDIO NARRADO POR MARCOS.

Jesus chega na Província dos gadarenos.

E chegaram à outra margem do mar, à província dos gadarenos. Vers.1.
Após Jesus e seus discípulos terem enfrentado uma grande tempestade e Jesus ter repreendido o vento e o mar, tendo atravessado o mar da Galiléia, Jesus e seus discípulos chegaram na província de Gadara. Gadara era uma província romana composta por dez cidades, que antes teria sido dominada pelos gregos. Os seus habitantes na sua maioria eram gentios, e uma das suas maiores atividades era a criação de porcos. Jesus não chegou ali por acaso, mas Ele sabia que naquela região havia uma forte operação demoníaca, e que ali havia um homem dominado por espíritos imundos; Ele foi a Gadara no propósito de liberta-lo.

O Estado de miséria do homem endemoninhado.

E, saindo do barco, lhe saiu logo ao seu encontro, dos sepulcros, um homem com espírito imundo, o qual tinha a sua morada nos sepulcros, e nem ainda com cadeias o podia alguém prender. Porque, tendo sido muitas vezes preso com grilhões e cadeias, as cadeias foram por ele feitas em pedaços, e os grilhões, em migalhas, e ninguém o podia amansar. E andava sempre, de dia e de noite, clamando pelos montes e pelos sepulcros e ferindo-se com pedras. Vers.2-5.

Um homem afastado do convívio social, morava no cemitério, em estado de insanidade mental, ele  andava vagando pelos montes, gritando e ferindo-se com pedras. Tinha uma força incomum, sendo muitas vezes amarrado e preso com cadeias e grilhões, mas quebrava e fazia em pedaços e era temido por todos. Todavia, Jesus o socorre, usando de misericórdia.

A Manifestação do Demônio.

E, quando viu Jesus ao longe, correu e adorou-o. E, clamando com grande voz, disse: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro-te por Deus que não me atormentes. (Porque lhe dizia: Sai deste homem, espírito imundo). Vers.6-8.

A presença de Jesus na província de Gadara, impactou o demônio que atuava no homem, o qual veio correndo e clamando em alta voz.
Quatro atitudes do demônio em relação a Jesus:
* Prestou adoração a Jesus.
* Declarou ser inimigo de Jesus.
* Reconheceu Jesus como Filho de Deus.
* Pediu para não ser atormentado por Jesus.

A Autoridade de Jesus Sobre os Demônios.

E perguntou-lhe: Qual o teu nome? E lhe respondeu, dizendo: Legião é o meu nome, porque somos muitos. E rogava-lhe muito que os não enviasse para fora daquela província. E andava ali pastando no monte uma grande manada de porcos. E todos aqueles demônios lhe rogaram, dizendo: Manda-nos para aqueles porcos, para que entremos neles. E Jesus logo lhes permitiu. E, saindo aqueles espíritos imundos, entraram nos porcos; e a manada se precipitou por um despenhadeiro no mar (eram quase dois mil) e afogou-se no mar. Vers.9-13.

A unção do Espírito Santo que estava sobre Jesus era tão forte, que os demônios não suportavam. Em Atos, 10.38, está escrito: Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele.
Quando Jesus perguntou ao demônio: Qual o teu nome? Ele respondeu: Legião. No exército romano, uma legião correspondia a seis mil soldados. Imagine a situação em estava este homem, totalmente dominado pelos espíritos imundos.
Eles não queriam sair daquele território e rogaram a Jesus que não os mandasse para o abismo (Lucas, 8.31). O abismo é o lugar onde Satanás ficará preso por mil anos (Ap.20.1-3). Com a permissão de Jesus, a legião de demônios saiu do homem e entraram em uma manada de porcos em número de quase dois mil e os precipitou no mar e foram afogados.

A Libertação do gadareno.

E os que apascentavam os porcos fugiram e o anunciaram na cidade e nos campos; e saíram muitos a ver o que era aquilo que tinha acontecido. E foram ter com Jesus, e viram o endemoninhado, o que tivera a legião, assentado, vestido e em perfeito juízo, e temeram. Vers.14,15.

A libertação do homem causou espanto nos habitantes de Gadara. Eles nunca imaginavam que um dia poderiam ver aquele homem totalmente restaurado. O fato ocorrido foi tão impactante, que todos que viram o homem liberto, vestido em perfeito juízo, ficaram tomados de temor, como que assombrados.
O endemoninhado foi totalmente liberto, para glória de Deus. Porque para isto o Filho de Deus se manifestou: Para desfazer as obras do diabo (I Jo.3.8).

A Rejeição de Jesus pelos moradores de Gadara.

E os que aquilo tinham visto contaram-lhes o que acontecera ao endemoninhado e acerca dos porcos. E começara a rogar-lhe que saísse do seu território. Vers.16,17.

Os moradores de Gadara rejeitaram a Jesus e pediram para ele sair do seu território. Isto é um contra censo, eles deveriam glorificar a Deus pelo fato do homem ter sido liberto, e serem gratos a Jesus. O escritor Lucas, diz: E toda a multidão da terra dos gadarenos ao redor lhe rogou que se retirasse deles, porque estavam possuídos de grande temor (Lc.8.37).
Houve um prejuízo de quase dois mil porcos que foram precipitados no mar, isto causou revolta por parte dos seus criadores, eles preferiam os porcos vivos do que a libertação do homem. Eles valorizavam mais as coisas materiais e pensavam que se Jesus permanecesse ali poderia haver outras perdas. Hoje não é diferente, tem muitas pessoas que só valorizam as coisas materiais e não se preocupam com a salvação e libertação do próximo.

O Endemoninhado é Transformado em um Evangelista.

E, entrando ele no barco, rogava-lhe o que fora endemoninhado que o deixasse estar com ele. Jesus, porém, não lhe permitiu, mas disse-lhe: Vai para tua casa, para os teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez e como teve misericórdia de ti. E ele foi e começou a anunciar em Decápolis quão grandes coisas Jesus lhe fizera; e todos se maravilhavam. Vers.18-20.

O és endemoninhado ficou tão feliz e grato a Jesus, que queria acompanha-lo para e estar junto Dele. Jesus não lhe permitiu, mas mandou que ele fosse para sua casa e anunciasse a grande obra que Deus lhe havia feito. Ele obedeceu, e começou a anunciar em Decápolis (dez cidades), nas dez cidades da região, e todos que o viam e ouviam ficavam maravilhados. Não está escrito, mas podemos imaginar que este homem tornou-se um fervoroso evangelista e ganhador de almas para o Reino de Deus. Aleluia!

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

OS QUATRO GRANDES IMPÉRIOS MUDIAIS.

E tocou o sétimo anjo a trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e Ele reinará para todo o sempre (Ap.11.15).

O clímax do Messias está revelado no último livro da Bíblia, o Apocalipse descreve o evento mais significativo nas profecias. A revelação de Jesus Cristo será plena quando Ele vier para reinar. O apóstolo João escreveu as palavras, e elas ampliam uma profecia do Livro de Daniel, o qual apresenta o esboço da progressão da história humana, que culmina no mesmo glorioso evento.
No ano 605 a.C., Nabucodonosor invadiu Jerusalém. Tendo recebido a notícia que seu pai, Nabopolasar, havia morrido, ele voltou à Babilônia para assumir o trono, levando consigo utensílios saqueados do Templo e também um seleto grupo de jovens judeus cativos. Daniel estava entre eles. Esta foi a primeira deportação. A última terminou em 586 a.C., com a destruição de Jerusalém e do Templo que o rei Salomão havia construído.

Na Babilônia, Daniel serviu a Deus com toda a dedicação. Ele demonstrava uma sabedoria tamanha que conquistou um lugar de proeminência que durou o tempo do reinado de vários reis, prolongando-se além da época do Império Babilônico. Não nos surpreende que Deus tenha confiado a ele a sinopse da história do mundo, uma vez que ele era “muito amado por Deus” (Dn 9.23; Dn 10.11,19).
Logo depois de chegar à Babilônia, Daniel interpretou o sonho problemático de Nabucodonosor a respeito de uma grande imagem com a cabeça de ouro, peito e braços de prata, abdômen e coxas de bronze, pernas de ferro e pés de ferro e de barro (Dn 2.21-35). Enquanto o rei a observava, uma pedra esmagou os pés da imagem, fazendo aquele colosso se despedaçar no chão.
Daniel explicou que a cabeça de ouro representava a Babilônia. Depois se seguiram três impérios gentílicos sucessivamente inferiores, que finalmente foram transformados em pó e espalhados pelo vento.

OS QUATRO ANIMAIS PROFÉTICOS.

Aproximadamente 50 anos mais tarde, Daniel teve um sonho que se assemelhava ao sonho de Nabucodonosor. De dentro de um mar turbulento e agitado emergiram quatro animais correspondendo aos quatro reinos do sonho de Nabucodonosor. Os dois sonhos enfatizam os mesmos impérios mundiais. Vistos de uma perspectiva humana, escreveu o estudioso da Bíblia John Walvoord, parecem “gloriosos e impositivos”; mas, do ponto de vista divino, as características dominantes são “a imoralidade, a brutalidade e a depravação”.

Leão

O primeiro animal era como um leão, tinha asas de águia, e é quase que universalmente reconhecido como a Babilônia (Dn 7.4; cf. Jr 49.19-22). Enquanto Daniel olhava, as asas foram arrancadas, limitando seu potencial para futuras conquistas (Dn 7.4).[2] Ele foi“levantado da terra e posto em dois pés, como homem; e lhe foi dada mente de homem” (v.4).Muitos crêem que isso se refere ao tempo em que Deus julgou Nabucodonosor por seu orgulho, fazendo-o ficar como um animal durante sete anos. Ele emergiu com uma nova atitude diante de Deus (Dn 4.36).

Urso

Movendo-se com dificuldade pela praia atrás do leão com asas, estava uma criatura“semelhante a um urso, o qual se levantou sobre um de seus lados; na boca, entre os dentes, trazia três costelas” (Dn 7.5). O urso lento e desajeitado com um apetite voraz representa acuradamente o Império Medo-Persa. Grande e poderoso, ele conquistava através da “força dos números, por meio de uma capacidade elástica de absorver as causalidades”.[3] O urso levantado sobre um de seus lados parece indicar a crescente dominação da Pérsia, que finalmente absorveu os medos. As costelas entre os dentes do urso representam três reinos que ele devorou; são provavelmente o reino da Lídia, que caiu sob o poder de Ciro em 546 a.C.; o Império Caldeu anexado em 539 a.C.; e o Império Egípcio dominado sob o poder de Cambises em 525 a.C.[5] Ao urso foi dito: “Levanta-te, devora muita carne” (Dn 7.5). Em outra das visões de Daniel, o império é retratado como um carneiro com um chifre mais alto do que o outro, que “dava marradas para o ocidente, e para o norte e para o sul; e nenhum dos animais lhe podia resistir” (Dn 8.4).

Leopardo.

A próxima criatura que surgiu da arrebentação era “semelhante a um leopardo, e tinha nas costas quatro asas de ave; tinha também este animal quatro cabeças, e foi-lhe dado domínio” (Dn 7.6). A velocidade do leopardo, acelerada por quatro asas, caracterizava com precisão os exércitos da Grécia comandados por Alexandre o Grande, que conquistou o mundo em aproximadamente uma década. A história mostra que logo após sua morte, em 323 a.C., o Império Grego foi dividido em quatro partes, entre Antípater (que foi sucedido por Cassandro), Lisímaco, Seleuco e Ptolomeu. Na visão subseqüente, o Império Grego é representado por um bode com um grande chifre que é quebrado e substituído por quatro chifres notáveis (Dn 8.5,8,21). Depois, de um dos quatro chifres, surgiu um pequeno chifre, historicamente personificado por Antíoco IV, que governou a Síria de 175 a 164 a.C. (v.9). Buscando helenizar Israel, ele baniu o judaísmo, sacrificou um porco no altar do Templo, e erigiu uma estátua de Zeus nos átrios do templo. Essa estátua tinha a aparência do próprio Antíoco. O Templo foi mais tarde retomado e novamente dedicado a Deus, como Daniel p

A Besta Terrível

O último animal que emergiu do mar era “terrível, espantoso, e sobremodo forte, o qual tinha grandes dentes de ferro; ele devorava e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; ... e tinha dez chifres” (Dn 7.7). Sem possuir nenhum equivalente no mundo animal, esse monstro simboliza “um poder mundial singularmente voraz, cruel e também vingativo”. Segundo Walvoord: “O Império Romano foi sem escrúpulos e implacável na destruição de civilizações e povos, matando cativos aos milhares ou vendendo-os como escravos às centenas de milhares”. Nada na história até hoje equivale à descrição: “Os dez chifres correspondem a dez reis que se levantarão daquele mesmo reino” (v.24). Como os artelhos no sonho de Nabucodonosor, os dez chifres indicam uma futura coalizão de governadores que existirão contemporaneamente. Enquanto Daniel olhava, ele viu “que, entre eles subiu outro chifre pequeno, diante do qual três dos primeiros chifres foram arrancados; e eis que neste chifre havia olhos, como os de homem, e uma boca que falava com insolência” (v.8). Não devendo ser confundido com o “pequeno chifre” associado ao Império Grego, o chifre de Daniel 7.8 emerge depois de haver deposto três governadores e representa o ditador mundial final (cf. Dn 7.24-25; Dn 11.36-45; 2 Ts 2.3-8; Ap 13.1-8). Sob sua liderança, o Império Romano ressurge refletindo seu caráter enganoso, blasfemo e implacável. Exigindo que o mundo o adore e destruindo todos os que se recusam a se sujeitar, esse líder mundial final é o Anticristo. Ele concentrará sua hostilidade contra o povo judeu, resultando em “grande tribulação, como desde o princípio do mundo até agora não tem havido e nem haverá jamais” (Mt 24.21).

Alarmado, Daniel ficou olhando até que viu“que o animal foi morto, e o seu corpo desfeito e entregue para ser queimado” (Dn 7.11), fazendo um paralelo com a revelação do apóstolo João na qual “a besta foi aprisionada (...) [e ela, juntamente com o falso profeta,] foram lançados vivos dentro do lago de fogo que arde com enxofre” (Ap 19.20). O Anticristo será o primeiro habitante do Lago de Fogo, e sua destruição põe fim à dominação gentílica do mundo. O Messias, representado pela pedra que “foi cortada sem auxílio de mãos” no sonho de Nabucodonosor, então estabelecerá Seu reino, como descrito por Daniel: “Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele. Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído” (Dn 7.13-14). Naquele momento, “o reino do mundo [se tornará] de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos” (Ap 11.15). Aleluia!

Fonte: https://www.chamada.com.br/mensagens/reinos_do_mundo.html