Concluindo, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder! Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do Diabo; Porquanto, nossa luta não é contra seres humanos, e sim contra principados e potestades, contra os dominadores deste sistema mundial em trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais.
Por esse motivo, vesti toda a armadura de Deus, a fim de que possais resistir firmemente no dia mau e, havendo batalhado até o final, permanecereis inabaláveis, sem retroceder. Estai, portanto, firmes, trazendo em volta da cintura a verdade e vestindo a couraça da justiça, calçando os vossos pés com a proteção do Evangelho da paz; embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todas as setas inflamadas do Maligno. Usai igualmente o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus.
Orai no Espírito em todas as circunstâncias, com toda petição e humilde insistência. Tendo isso em mente, vigiai com toda a perseverança na oração por todos os santos. Orai do mesmo modo por mim para que, quando eu falar, seja-me concedido o poder da mensagem, a fim de que, destemidamente, possa revelar o mistério do Evangelho, pelo qual sou embaixador preso em correntes. Orai para que, permanecendo em Cristo, eu seja ousado para falar, como me cumpre fazê-lo (Efésios, 6.10-20).
Orai no Espírito em todas as circunstâncias, com toda petição e humilde insistência. Tendo isso em mente, vigiai com toda a perseverança na oração por todos os santos. Orai do mesmo modo por mim para que, quando eu falar, seja-me concedido o poder da mensagem, a fim de que, destemidamente, possa revelar o mistério do Evangelho, pelo qual sou embaixador preso em correntes. Orai para que, permanecendo em Cristo, eu seja ousado para falar, como me cumpre fazê-lo (Efésios, 6.10-20).
Paulo conclui as suas instruções lembrando aos cristãos que eles estão envolvidos numa guerra e precisam de poder e de armaduras para protege-los. A fonte do poder é o Senhor Jesus, cuja força os capacitará para resistir ao inimigo e vencê-lo.
A armadura é necessária porque a batalha não se dá no âmbito físico, mas, sim, no espiritual. A nossa luta não é contra as pessoas, e sim contra Satanás e seus exércitos de demônios. Os nossos inimigos são invisíveis, numerosos, fortes, perversos e estão por toda a parte. As forças demoníacas estão organizadas numa hierarquia que domina a humanidade e o sistema mundial: Economia, política, religião e cultura de todas as sociedades. O deus desde mundo é Satanás (II Coríntios, 4.4), ele detém o controle de todas as camadas sociais na rebelião mundial contra a autoridade do único e verdadeiro Deus. Somente o supremo poder de Cristo, que venceu Satanás e todas as potestades das trevas na cruz, pode nos dar a vitória plena.
Para vencer "A Guerra dos Séculos", o cristão verdadeiro precisa de uma estratégia defensiva e ofensiva. O cristão como soldado do exército de Cristo, deve estar preparado e colocar as armaduras antes da batalha começar; pois não sabemos quando e onde se dará o próximo ataque. Uma vez que a batalha é violenta e sem tréguas, precisamos estar alerta, perseverar e não recuar.
Paulo revela que a base de operação dos nossos inimigos está localizada nas regiões celestes.
ONDE FICA AS "REGIÕES CELESTIAIS" ?
... contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais (Efésios, 6.12).
A expressão "regiões celestiais" ou "lugares celestiais" no presente contexto nos chama atenção, pois parece indicar o céu, onde Cristo habita. Este termo é citado por Paulo três vezes na carta aos efésios: (1.3; 2.6; 6.12), os dois primeiros tem relação com Cristo e os crentes, enquanto efésios, 6.12 faz referencia a um lugar de atividade dos demônios. O sentido da expressão "regiões celestiais" depende do contexto em que aparece. No mundo antigo, as pessoas acreditavam que o céu tinha diferentes níveis, ocupados por uma diversidade de seres espirituais. No nível mais elevado, habitava Deus com os seus anjos. No nível inferior, bem abaixo do céu de Deus habita Satanás e seus anjos caídos. Satanás quando caiu e levou consigo a terça parte dos anjos (Ap.12.4), ele firmou sua morada como base para sua atuação nas regiões celestiais, Paulo também o notificou como o príncipe das potestades do ar (Ef.2.2). Que se trata da esfera supraterrestre.
O apóstolo vê os cristãos empenhados numa fileira de batalha espiritual contra grande número de inimigos poderosos. Ele cita quatro classes de inimigos, com os quais estamos lutando:
* PRINCIPADOS.
O termo "Principado" no grego "archai" traz a ideia de primazia no poder. Estes poderes das trevas estão em evidências por toda a parte, promovendo tudo que é contrario a verdade de Deus.
* POTESTADES.
As potestades, no grego "exousias" denotam liberdade para agir. O apóstolo Paulo emprega este termo tanto para os anjos (Rm.8.38; Cl.1.16), como para os demônios(I Co.15.24; Cl.2.15) investidos de poder. Desse modo, a expressão se refere a governos ou autoridades, tanto na esfera terrestre quanto na esfera espiritual. Na esfera espiritual, estas potestades são anjos decaídos sob as ordens de Satanás.
* DOMINADORES (Príncipes) DAS TREVAS.
A expressão "contra os príncipes das trevas deste século" é traduzida em outras versões como: "Dominadores deste mundo tenebroso"; e também podemos traduzir como "contra as potências cósmicas das trevas". Príncipes no mundo monarca são regentes com poderes a serviço do reino. Neste caso, os príncipes que Paulo se refere, são os regentes das trevas a serviço do reino de Satanás.
* HOSTES (Forças) ESPIRITUAIS DO MAL.
As hostes espirituais da maldade (Ef.6.12), é uma expressão que se refere aos "espíritos malignos", um termo presente no pensamento judaico e também no novo testamento. Estas hostes estão a serviço de Satanás operando neste mundo tenebroso; contra quem temos que lutar fortalecidos no Senhor e na força do seu poder.
CONHECENDO AS ARMADURAS DE DEUS.
Na sequência das suas instruções, Paulo utiliza uma linguagem militar e compara as armaduras de um soldado romano para descrever as armaduras espirituais que o cristão precisa para resistir e vencer os ataques dos Inimigos. O apóstolo faz uma relação de cinco armas defensivas e uma ofensiva. São elas:
* O CINTO DA VERDADE.
Os soldados do exército romano, usavam um cinto preso em volta da cintura para dar segurança, afim de que as vestes não atrapalhassem os movimentos. Estar cingido significa estar preparado para agir, pronto para a batalha.
O conhecimento da Verdade, isto é, Jesus Cristo e a Bíblia, é fundamental para estarmos preparados para a batalha. Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade (I Coríntios, 13.8). Devemos conhecer a verdade (Jo.8.32). Andar na verdade (II Jo.4; III Jo.3,4). Falar a verdade (Ef.4.25).
* A COURAÇA DA JUSTIÇA.
A couraça era uma armadura que servia para proteger o coração e os órgãos vitais do soldado. Cristo é a nossa justiça, que protege nossa integridade e caráter dos ataques do inimigo. Esta expressão "Couraça", também aparece no livro do profeta Isaías: Porque se revestiu de justiça, como de uma couraça, e pôs o elmo da salvação na sua cabeça, e tomou vestes de vingança por vestidura, e cobriu-se de zelo, como de um manto (Is.59.17). Precisamos sempre estar vestidos com essa Couraça, para não sermos surpreendidos pelo inimigo.
* AS SANDÁLIAS DO EVANGELHO DA PAZ.
Isto nos fala de proteção e firmeza.
Os soldados romanos usavam sandálias antiderrapantes que se adequavam o todo tipo de terreno, facilitando o ataque ao exército rival. Precisamos estar calçados com as sandálias do Evangelho da paz para avançar. Também temos de estar preparados para percorrer longas distâncias a fim de propagar as Boas-novas de salvação e paz para o mundo. O profeta Isaías nos diz: Quão formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas-novas, que faz ouvir a paz, que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina! (Isaías, 52.7).
* O ESCUDO DA FÉ.
O escudo era usado para deter os dardos inflamados que o inimigo atirava. Na nossa batalha espiritual, o inimigo lança as suas setas destruidoras para atingir a nossa fé, na intenção de nos enfraquecer e nos fazer desistir de seguir a Cristo. Porém, se a nossa fé estiver firmemente arraigada em Cristo, o inimigo não poderá fazer nada contra nós. A palavra de Deus, além de ser uma arma ofensiva contra o inimigo, ela também é a nossa proteção como escudo: Toda palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam nele (Provérbios, 30.5); ... a sua verdade é escudo e broquel (Salmos, 91.4).
* O CAPACETE DA SALVAÇÃO.
O capacete protegia a cabeça do soldado. A cabeça é parte essencial que comanda todo o nosso corpo, quando atingida o corpo tomba e perde toda a coordenação motora.
O capacete da salvação nos assegura a certeza da nossa salvação, a convicção do perdão dos nossos pecados e a nossa reconciliação com Deus. Satanás tenta colocar dúvidas em relação a nossa salvação, ele luta para nos tirar esta grande dádiva de Deus; mas nós estamos guardados e protegidos com o capacete da nossa salvação. A palavra de Deus nos recomenda: Guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa (Ap.3.11).
* A ESPADA DO ESPÍRITO.
A espada era uma arma ofensiva nas grandes batalhas na antiguidade. Um soldado sem a espada corria um sério risco, pois a sua morte seria iminente. Um cristão como soldado de Cristo, não deve ficar desprovido da Espada do Espírito, que é a palavra de Deus. Ela é a única arma de ataque que o cristão possui para desmantelar e destruir as fortalezas do inimigo. Paulo nos diz que nós não militamos segundo a carne. Ou seja, não lutamos segundo os padrões deste mundo. Porque as armas da nossa milícia (guerra) não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das fortalezas (II Coríntios, 10.3,4). O escritor aos hebreus nos diz: Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração (Hebreus, 4.12). Portanto, devemos estar munidos com a Espada do Espírito para vencermos. Jesus nosso Mestre e Comandante, venceu Satanás com a palavra de Deus (Mateus, 4.1-10), e nós havemos de vencê-lo com a Espada do Espírito, que é a palavra de DEUS.
* ORAÇÃO E VIGILÂNCIA.
Por fim, o ponto culminante dos preparativos desta guerra é a oração acompanhada de vigilância. Paulo finaliza suas instruções dizendo: Orando em todo o tempo com toda oração e súplica no Espírito e vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos e por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho, pelo qual sou embaixador em cadeias; para que possa falar dele livremente, como me convém falar (Efésios, 6.18-20).
A oração e a vigilância são uma grande cobertura espiritual no combate da fé. Paulo escrevendo aos romanos, diz: E rogo-vos, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor do Espírito, que combatais comigo nas vossas orações por mim a Deus (Rm.15.30).
Orar no Espírito não significa apenas orar em línguas. É também a oração feita em comunhão como Espírito Santo, ou seja, na presença do Espírito, em total harmonia com Ele.
Paulo pede aos cristãos que orem por todos os santos e também que intercedam por ele. Imagine um grande líder como Paulo pedindo orações por ele, para que Deus lhe dê as palavras certas e intrepidez para anunciar o evangelho de Cristo. O apóstolo tem consciência de que as batalhas espirituais são vencidas por meio da oração. Se até mesmo Paulo, considerado o mestre da igreja, precisava de orações, quanto mais nós. E o que dizer dos líderes de hoje?
CONCLUSÃO:
Este tema sobre Batalha Espiritual, tem sido muito comentado ao longo dos anos. Muitos escritores cristãos desenvolveram esta temática sobre as mais variadas linhas de interpretações. A verdade é que criaram muitas fantasias, que se transformaram em heresias, levando até para o lado do fanatismo religioso. Entendemos que, a Batalha Espiritual existe, é uma realidade que não deve ser subestimada. Todavia, não devemos ir além do que está escrito nas Sagradas Escrituras. Criaram muitos conceitos em relação a Batalha Espiritual, sem nenhuma base ou respaldo bíblico relacionado. Uma coisa é certa, nós somos soldados do Exército de Cristo, estamos alistados numa guerra e devemos militar legitimamente (II Timóteo, 2.1-5). Paulo manda Timóteo militar a boa milícia da fé (I Timóteo, 1.18); bem como Judas nos exorta que devemos batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos (Judas,3).
É importante que sejamos sábios em perceber a atuação do inimigo, não lhe dando poder demais nem subestimando sua força. Nem sempre um problema existe por causa de uma ação demoníaca; às vezes é a consequência de uma má escolha ou decisão.
A cegueira espiritual e a falta de discernimento são desafios para os servos de Deus. Devemos ter uma percepção aguçada de tudo que acontece no meio social, seja no mundo da cultura, da política, da economia, ou da religião. Muitas vezes é fácil perceber uma atuação demoníaca na vida de uma pessoa. Difícil, no entanto, é percebermos a atuação do inimigo no sistema, e em geral no campo das ideias e nas estruturas em que estão fundamentadas. Peçamos sabedoria a Deus para ver o mundo espiritual de forma que possamos agir a fim de que o nome do Senhor Jesus Cristo seja glorificado. Amém!
Para vencer "A Guerra dos Séculos", o cristão verdadeiro precisa de uma estratégia defensiva e ofensiva. O cristão como soldado do exército de Cristo, deve estar preparado e colocar as armaduras antes da batalha começar; pois não sabemos quando e onde se dará o próximo ataque. Uma vez que a batalha é violenta e sem tréguas, precisamos estar alerta, perseverar e não recuar.
Paulo revela que a base de operação dos nossos inimigos está localizada nas regiões celestes.
ONDE FICA AS "REGIÕES CELESTIAIS" ?
... contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais (Efésios, 6.12).
A expressão "regiões celestiais" ou "lugares celestiais" no presente contexto nos chama atenção, pois parece indicar o céu, onde Cristo habita. Este termo é citado por Paulo três vezes na carta aos efésios: (1.3; 2.6; 6.12), os dois primeiros tem relação com Cristo e os crentes, enquanto efésios, 6.12 faz referencia a um lugar de atividade dos demônios. O sentido da expressão "regiões celestiais" depende do contexto em que aparece. No mundo antigo, as pessoas acreditavam que o céu tinha diferentes níveis, ocupados por uma diversidade de seres espirituais. No nível mais elevado, habitava Deus com os seus anjos. No nível inferior, bem abaixo do céu de Deus habita Satanás e seus anjos caídos. Satanás quando caiu e levou consigo a terça parte dos anjos (Ap.12.4), ele firmou sua morada como base para sua atuação nas regiões celestiais, Paulo também o notificou como o príncipe das potestades do ar (Ef.2.2). Que se trata da esfera supraterrestre.
O apóstolo vê os cristãos empenhados numa fileira de batalha espiritual contra grande número de inimigos poderosos. Ele cita quatro classes de inimigos, com os quais estamos lutando:
* PRINCIPADOS.
O termo "Principado" no grego "archai" traz a ideia de primazia no poder. Estes poderes das trevas estão em evidências por toda a parte, promovendo tudo que é contrario a verdade de Deus.
* POTESTADES.
As potestades, no grego "exousias" denotam liberdade para agir. O apóstolo Paulo emprega este termo tanto para os anjos (Rm.8.38; Cl.1.16), como para os demônios(I Co.15.24; Cl.2.15) investidos de poder. Desse modo, a expressão se refere a governos ou autoridades, tanto na esfera terrestre quanto na esfera espiritual. Na esfera espiritual, estas potestades são anjos decaídos sob as ordens de Satanás.
* DOMINADORES (Príncipes) DAS TREVAS.
A expressão "contra os príncipes das trevas deste século" é traduzida em outras versões como: "Dominadores deste mundo tenebroso"; e também podemos traduzir como "contra as potências cósmicas das trevas". Príncipes no mundo monarca são regentes com poderes a serviço do reino. Neste caso, os príncipes que Paulo se refere, são os regentes das trevas a serviço do reino de Satanás.
* HOSTES (Forças) ESPIRITUAIS DO MAL.
As hostes espirituais da maldade (Ef.6.12), é uma expressão que se refere aos "espíritos malignos", um termo presente no pensamento judaico e também no novo testamento. Estas hostes estão a serviço de Satanás operando neste mundo tenebroso; contra quem temos que lutar fortalecidos no Senhor e na força do seu poder.
CONHECENDO AS ARMADURAS DE DEUS.
Na sequência das suas instruções, Paulo utiliza uma linguagem militar e compara as armaduras de um soldado romano para descrever as armaduras espirituais que o cristão precisa para resistir e vencer os ataques dos Inimigos. O apóstolo faz uma relação de cinco armas defensivas e uma ofensiva. São elas:
* O CINTO DA VERDADE.
Os soldados do exército romano, usavam um cinto preso em volta da cintura para dar segurança, afim de que as vestes não atrapalhassem os movimentos. Estar cingido significa estar preparado para agir, pronto para a batalha.
O conhecimento da Verdade, isto é, Jesus Cristo e a Bíblia, é fundamental para estarmos preparados para a batalha. Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade (I Coríntios, 13.8). Devemos conhecer a verdade (Jo.8.32). Andar na verdade (II Jo.4; III Jo.3,4). Falar a verdade (Ef.4.25).
* A COURAÇA DA JUSTIÇA.
A couraça era uma armadura que servia para proteger o coração e os órgãos vitais do soldado. Cristo é a nossa justiça, que protege nossa integridade e caráter dos ataques do inimigo. Esta expressão "Couraça", também aparece no livro do profeta Isaías: Porque se revestiu de justiça, como de uma couraça, e pôs o elmo da salvação na sua cabeça, e tomou vestes de vingança por vestidura, e cobriu-se de zelo, como de um manto (Is.59.17). Precisamos sempre estar vestidos com essa Couraça, para não sermos surpreendidos pelo inimigo.
* AS SANDÁLIAS DO EVANGELHO DA PAZ.
Isto nos fala de proteção e firmeza.
Os soldados romanos usavam sandálias antiderrapantes que se adequavam o todo tipo de terreno, facilitando o ataque ao exército rival. Precisamos estar calçados com as sandálias do Evangelho da paz para avançar. Também temos de estar preparados para percorrer longas distâncias a fim de propagar as Boas-novas de salvação e paz para o mundo. O profeta Isaías nos diz: Quão formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas-novas, que faz ouvir a paz, que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina! (Isaías, 52.7).
* O ESCUDO DA FÉ.
O escudo era usado para deter os dardos inflamados que o inimigo atirava. Na nossa batalha espiritual, o inimigo lança as suas setas destruidoras para atingir a nossa fé, na intenção de nos enfraquecer e nos fazer desistir de seguir a Cristo. Porém, se a nossa fé estiver firmemente arraigada em Cristo, o inimigo não poderá fazer nada contra nós. A palavra de Deus, além de ser uma arma ofensiva contra o inimigo, ela também é a nossa proteção como escudo: Toda palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam nele (Provérbios, 30.5); ... a sua verdade é escudo e broquel (Salmos, 91.4).
* O CAPACETE DA SALVAÇÃO.
O capacete protegia a cabeça do soldado. A cabeça é parte essencial que comanda todo o nosso corpo, quando atingida o corpo tomba e perde toda a coordenação motora.
O capacete da salvação nos assegura a certeza da nossa salvação, a convicção do perdão dos nossos pecados e a nossa reconciliação com Deus. Satanás tenta colocar dúvidas em relação a nossa salvação, ele luta para nos tirar esta grande dádiva de Deus; mas nós estamos guardados e protegidos com o capacete da nossa salvação. A palavra de Deus nos recomenda: Guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa (Ap.3.11).
* A ESPADA DO ESPÍRITO.
A espada era uma arma ofensiva nas grandes batalhas na antiguidade. Um soldado sem a espada corria um sério risco, pois a sua morte seria iminente. Um cristão como soldado de Cristo, não deve ficar desprovido da Espada do Espírito, que é a palavra de Deus. Ela é a única arma de ataque que o cristão possui para desmantelar e destruir as fortalezas do inimigo. Paulo nos diz que nós não militamos segundo a carne. Ou seja, não lutamos segundo os padrões deste mundo. Porque as armas da nossa milícia (guerra) não são carnais, mas, sim, poderosas em Deus, para destruição das fortalezas (II Coríntios, 10.3,4). O escritor aos hebreus nos diz: Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração (Hebreus, 4.12). Portanto, devemos estar munidos com a Espada do Espírito para vencermos. Jesus nosso Mestre e Comandante, venceu Satanás com a palavra de Deus (Mateus, 4.1-10), e nós havemos de vencê-lo com a Espada do Espírito, que é a palavra de DEUS.
* ORAÇÃO E VIGILÂNCIA.
Por fim, o ponto culminante dos preparativos desta guerra é a oração acompanhada de vigilância. Paulo finaliza suas instruções dizendo: Orando em todo o tempo com toda oração e súplica no Espírito e vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos e por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho, pelo qual sou embaixador em cadeias; para que possa falar dele livremente, como me convém falar (Efésios, 6.18-20).
A oração e a vigilância são uma grande cobertura espiritual no combate da fé. Paulo escrevendo aos romanos, diz: E rogo-vos, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor do Espírito, que combatais comigo nas vossas orações por mim a Deus (Rm.15.30).
Orar no Espírito não significa apenas orar em línguas. É também a oração feita em comunhão como Espírito Santo, ou seja, na presença do Espírito, em total harmonia com Ele.
Paulo pede aos cristãos que orem por todos os santos e também que intercedam por ele. Imagine um grande líder como Paulo pedindo orações por ele, para que Deus lhe dê as palavras certas e intrepidez para anunciar o evangelho de Cristo. O apóstolo tem consciência de que as batalhas espirituais são vencidas por meio da oração. Se até mesmo Paulo, considerado o mestre da igreja, precisava de orações, quanto mais nós. E o que dizer dos líderes de hoje?
CONCLUSÃO:
Este tema sobre Batalha Espiritual, tem sido muito comentado ao longo dos anos. Muitos escritores cristãos desenvolveram esta temática sobre as mais variadas linhas de interpretações. A verdade é que criaram muitas fantasias, que se transformaram em heresias, levando até para o lado do fanatismo religioso. Entendemos que, a Batalha Espiritual existe, é uma realidade que não deve ser subestimada. Todavia, não devemos ir além do que está escrito nas Sagradas Escrituras. Criaram muitos conceitos em relação a Batalha Espiritual, sem nenhuma base ou respaldo bíblico relacionado. Uma coisa é certa, nós somos soldados do Exército de Cristo, estamos alistados numa guerra e devemos militar legitimamente (II Timóteo, 2.1-5). Paulo manda Timóteo militar a boa milícia da fé (I Timóteo, 1.18); bem como Judas nos exorta que devemos batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos (Judas,3).
É importante que sejamos sábios em perceber a atuação do inimigo, não lhe dando poder demais nem subestimando sua força. Nem sempre um problema existe por causa de uma ação demoníaca; às vezes é a consequência de uma má escolha ou decisão.
A cegueira espiritual e a falta de discernimento são desafios para os servos de Deus. Devemos ter uma percepção aguçada de tudo que acontece no meio social, seja no mundo da cultura, da política, da economia, ou da religião. Muitas vezes é fácil perceber uma atuação demoníaca na vida de uma pessoa. Difícil, no entanto, é percebermos a atuação do inimigo no sistema, e em geral no campo das ideias e nas estruturas em que estão fundamentadas. Peçamos sabedoria a Deus para ver o mundo espiritual de forma que possamos agir a fim de que o nome do Senhor Jesus Cristo seja glorificado. Amém!