terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

ESTEVÃO, O PRIMEIRO MÁRTIR CRISTÃO.

... Então escolheram Estevão, homem cheio de fé e do Espírito Santo ... Estevão homem cheio da graça e do poder de Deus, realizava grandes maravilhas e sinais entre o povo (Atos, 6.5,8).

Estevão, a princípio foi chamado e escolhido para administrar a comunidade cristã. Mas ele também destacou-se pela habilidade de ministrar a palavra, e, como os apóstolos, realizou prodígios e grandes sinais entre o povo. Ao mencioná-lo inicialmente em 6.5, Lucas o descreve como "homem cheio de fé e do Espírito Santo", que em outras palavras, era cheio de graça e poder. Ele foi um extraordinário homem de Deus, que encontrava-se envolvido ativamente na evangelização dos judeus,  e realizava milagres entre o povo. 
QUEM ERA ESTEVÃO?
De acordo com a tradição, Estevão era um judeu helenista (de fala grega) que exerceu seu ministério entre os judeus helenistas. Por isso, não sofreu oposição dos principais dos sacerdotes e anciãos do povo que haviam confrontado os apóstolos anteriormente (At.4.1); mas de outros judeus helenistas, pertencentes à sinagoga chamada dos Libertos. 
OPOSIÇÃO A ESTEVÃO.
Seus opositores eram de Cirene e Alexandria, na África, da Cilícia e da província romana da Ásia, região que hoje faz parte da Turquia (6.9). Eles começaram a discutir com Estevão, mas não puderam resistir à sabedoria e ao Espírito, pelo qual ele falava (6.10). Ao se verem incapazes de refutá-lo verbalmente, os inimigos de Estevão tramaram matá-lo. Eles instigaram alguns homens a acusá-lo de proferir blasfêmias contra Moisés e contra Deus (6.11) e usaram as acusações para incitar o povo, os anciãos e os escribas. A discussão se transformou num discurso acirrado, e Estevão foi preso e apresentado perante o Sinédrio, e ali apresentaram falsas testemunhas para acusá-lo.
ESTEVÃO SENDO JULGADO PELO SINÉDRIO.
O Sinédrio era composto por 71 homens, e funcionava como um supremo tribunal que julgava as causas religiosas.
ESTÊVÃO está diante do tribunal, numa sala imponente, que ficava perto do templo em Jerusalém, diante de 71 homens que estão sentados em cadeiras elevadas em um grande semicírculo. Esse tribunal, o Sinédrio, que está reunido para julgar Estêvão, foi o mesmo que julgou a JESUS. Os juízes são homens poderosos e influentes, e a grande maioria deles não tem nenhum respeito pelos discípulos de Jesus. De fato, quem convocou o tribunal foi o Sumo Sacerdote Caifás, o mesmo que presidia o Sinédrio quando esse supremo tribunal judaico condenou Jesus Cristo à morte alguns meses antes. Como estava Estevão diante desses "poderoso" ? Será que Estêvão estava assustado? Há algo notável no semblante de Estêvão nesse momento. Os juízes olham fixamente para ele e veem que seu rosto é “como o rosto dum anjo” (At.6.15). Os anjos são seres que transmitem mensagens de Deus, e por isso são destemidos, serenos e tranquilos. O mesmo acontece com Estêvão como mensageiro do evangelho de Jesus. Ele está calmo e tranquilo diante dos juízes. Mesmo aqueles juízes cheios de ódio podem perceber isso, e se perguntarem: Como ele pode estar tão calmo? Estêvão permaneceu com o semblante sereno, como o de um anjo. Caifás virou-se então para ele e perguntou: “São verdadeiras estas acusações?” (At.7.1). Era a vez de Estêvão falar. E foi exatamente isso que ele fez!
O SERMÃO DE ESTEVÃO DIANTE DOS JUÍZES NO SINÉDRIO.
O sumo sacerdote perguntou a Estevão: Porventura, é isto assim? Ou "são verdadeiras estas acusações? (7.1, NVI). Em vez de apenas responder "sim" ou "não" , Estevão aproveitou a oportunidade para pregar sobre a história da salvação. Começando por Abraão até chegar em Jesus Cristo, o Messias, ele fez uma exposição completa, o que Pedro e João lhes havia apresentado o evangelho de forma sucinta (4.10-12; 5.29-32). 
O SERMÃO DE ESTEVÃO É UM RESUMO DOS TRÊS PERÍODOS DA HISTÓRIA DE ISRAEL.
A ERA DOS PATRIARCAS (Atos, 7.2-19
Estêvão começou falando sobre Abraão, a quem os judeus respeitavam por sua fé. Ao estabelecer esse ponto em comum, Estêvão enfatizou que o SENHOR, “o Deus da glória”, apareceu pela primeira vez a Abraão na Mesopotâmia. Abraão não tinha nem um templo nem a Lei mosaica. Como então poderia alguém insistir que a fidelidade a Deus deve sempre depender de coisas desse tipo? Depois de apresentar um resumo sobre a vida de Moisés, ele fala sobre o patriarca José, descendente de Abraão, que também era muito estimado pelos ouvintes de Estêvão, mas Estêvão os lembrou de que os próprios irmãos de José, pais das tribos de Israel, perseguiram aquele homem justo e o venderam como escravo. Apesar disso, Deus o usou para salvar Israel da fome. Sem dúvida, Estêvão via as claras similaridades entre José e Jesus Cristo, mas evitou fazer logo essa comparação para que seus ouvintes continuassem a escutá-lo o máximo de tempo possível.
O TEMPO DE MOISÉS (Atos, 7.20-43). 
Estêvão falou bastante sobre Moisés, o que foi sábio visto que muitos dos membros do Sinédrio eram saduceus, que rejeitavam todos os livros da Bíblia que não tivessem sido escritos por Moisés. Lembre-se também de que Estêvão havia sido acusado de blasfemar contra Moisés. As palavras de Estêvão foram uma resposta direta a essa acusação, pois mostraram que ele tinha grande respeito por Moisés e pela Lei. Estêvão destacou que Moisés também teve de enfrentar rejeição da parte daqueles que tentou salvar. O povo rejeitou Moisés quando ele tinha 40 anos e, mais de 40 anos depois, ele voltou com ordem de Deus para os libertar. Estêvão assim foi coerente ao desenvolver um tema importante. O povo de Deus vez após vez rejeitou aqueles a quem o SENHOR havia designado para liderá-los.
Estêvão lembrou a seus ouvintes que Moisés havia predito que um profeta semelhante ao próprio Moisés surgiria em Israel. Quem seria esse profeta, e como seria recebido? Bem, Estêvão deixou as respostas a essas perguntas para o final de seu discurso. Antes, Estêvão destacou outro ponto importante: Moisés havia aprendido que qualquer solo pode tornar-se santo, como no caso do solo do arbusto ardente, onde o SENHOR havia falado com ele. Então, será que se pode limitar ou restringir a adoração a Jeová a um único local, como o templo em Jerusalém? Isto deixou seus ouvintes refletirem.
A PEREGRINAÇÃO DO TABERNÁCULO ATÉ A CONSTRUÇÃO DO TEMPLO (At.7.44-50).
Estêvão lembrou ao tribunal que, antes de haver qualquer templo em Jerusalém, Deus havia ordenado que Moisés construísse um tabernáculo, que era uma estrutura móvel para adoração, parecida com uma tenda. Quem ousaria dizer que o tabernáculo era inferior ao templo, já que o próprio Moisés havia prestado adoração no tabernáculo?
Mais tarde, quando Salomão construiu o templo em Jerusalém, ele foi inspirado a transmitir uma lição vital em sua oração. Parafraseando Salomão, Estêvão explicou que “o Altíssimo não mora em casas feitas por mãos” (At.7:48; 2 Cr.6:18). Deus pode usar um templo para realizar seus propósitos, mas ele não depende disso. Por que, então, deveriam seus adoradores achar que a adoração pura depende de um local construído por mãos humanas? Estêvão concluiu seu argumento de forma poderosa, citando o livro de Isaías: “O céu é o meu trono e a terra é o meu escabelo. Que sorte de casa construireis para mim? diz Jeová. Ou qual é o lugar para o meu descanso? Não foi a minha mão que fez todas essas coisas?” (Atos 7:49, 50; Isa. 66:1, 2).
Ao analisar o discurso de Estêvão percebemos que ele expôs com habilidade a atitude errada de seus acusadores. Ele mostrou que o SENHOR não é rígido nem preso a tradições, mas é flexível e com o passar do tempo faz ajustes a fim de cumprir o seu propósito. Os que davam muita ênfase àquele belo templo em Jerusalém e aos costumes e tradições que se desenvolveram em torno da Lei mosaica desperceberam o verdadeiro objetivo por trás da Lei e do templo. Indiretamente, o discurso de Estêvão trouxe à tona a seguinte pergunta vital: Obedecer ao SENHOR não seria a melhor maneira de honrar a Lei e o templo? De fato, com suas palavras, Estêvão forneceu uma excelente defesa de suas ações, pois ele havia obedecido a Jeová da melhor maneira que podia.
A CONCLUSÃO DO DISCURSO DE ESTEVÃO.
Estevão conclui o seu discurso de forma ousada e enérgica ao denunciar que o povo era rebelde e obstinado de coração e ouvidos. Assim, sob a influência do espírito santo, ele concluiu seu discurso mostrando com coragem que aqueles juízes eram exatamente iguais a seus antepassados que haviam rejeitado José, Moisés e todos os profetas (Atos 7:51-53). Na verdade, aqueles juízes do Sinédrio tinham assassinado o Messias, cuja vinda havia sido predita por Moisés e todos os profetas. Realmente, eles haviam violado a Lei mosaica da pior maneira possível.
AS ÚLTIMAS PALAVRAS DE ESTEVÃO E SUA MORTE (Atos, 7.54-59).
Ouvindo isso, ficaram furiosos e rangeram os dentes contra ele. Mas Estevão, cheio do Espírito Santo, levantou os olhos para o céu e viu a glória de Deus,  e disse: "Vejo os céus aberto e o Filho do Homem em pé, á direita de Deus". Mas eles taparam os ouvidos e, dando fortes gritos, lançaram-se todos juntos contra ele, arrastaram-no para fora da cidade e começaram a apedrejá-lo. As testemunhas deixaram seus mantos aos pés de um jovem chamado Saulo. Enquanto apedrejavam Estevão, este orava: "Senhor Jesus, recebe o meu espírito". Então caiu de joelhos e bradou: "Senhor não os consideres culpados desde pecado". E, tendo dito isso, adormeceu (At.7.54-59).
A verdade incontestável das palavras de Estêvão deixou aqueles juízes furiosos. Perdendo todo o decoro, eles rangeram os dentes contra Estêvão. Neste momento, Estevão percebe que não seria tratado com nenhuma misericórdia, mas ele elevou seus olhos ao céu e viu a glória de Deus, e o Senhor Jesus Cristo, em pé a direita de Deus para lhe receber e lhe coroar. 
Enquanto Estêvão descrevia a visão, os juízes taparam os ouvidos e davam grandes gritos, em seguida o levaram para fora da cidade e o apedrejaram até a morte. Por fim, Estêvão orou diretamente a Deus em alta voz: “Senhor, não lhes imputes este pecado.” Após dizer isso, ele adormeceu na terra, mas o seu espírito foi recebido com júbilo no céu. Amém! 
Assim, Estêvão tornou-se o primeiro mártir entre os seguidores de Cristo de que se tem registro.
* Uma breve explicação sobre a palavra Mártir.
A palavra portuguesa “mártir” deriva do termo grego már·tys, que significa “testemunha”, ou seja, alguém que observa um ato ou um evento. Mas a palavra grega significa mais do que isso. Conforme um léxico grego, na Bíblia, a pessoa que é már·tys é “ativa” no sentido de que toma uma ação. Ela “tem o dever de contar o que viu e ouviu, declarar o que sabe”. Todos os cristãos verdadeiros têm a obrigação de dar testemunho do que sabem sobre Jesus Cristo e seus propósitos (Lc.24.48; At.1.8) Paulo, em seu discurso chama Estêvão de “testemunha” por ele ter falado sobre Jesus (Atos, 22.20).
Para os cristãos, dar testemunho muitas vezes resulta em oposição, prisão, espancamento e até morte. Por isso, desde o segundo século a expressão “mártir” também passou a referir-se à pessoa que sofre as consequências de perseguição até a morte, em vez de renunciar sua fé. É nesse sentido que Estêvão pode ser chamado de o primeiro mártir cristão. Mas, originalmente, a pessoa era considerada “mártir” não porque houvesse sido morta por causa da sua fé, mas porque dava testemunho acerca de Jesus. 
Obs.: Esta postagem é uma articulação feita pelo autor desde Blog, cujo conteúdo foi extraído em partes e tendo sido adicionado alguns acréscimos pelo próprio autor deste Blog. 
Fontes: Comentário Bíblico Africano, e site torre de vigia. https://wol.jw.org/

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

DÍZIMO, UMA QUESTÃO DE HONRA.

Honra ao SENHOR com teus bens e com as primícias de todos os teus rendimentos (Pv.3.9).

Salomão faz menção a uma pratica antiga sobre a questão de ofertar ao SENHOR. Este princípio bíblico de ofertar ao SENHOR com as primícias foi praticado primeiramente por Caim e Abel, e posteriormente por Abraão. Tempos depois, veio a Lei através de Moisés e o dízimo passou a ser estabelecido para toda nação de Israel. Hoje, na Nova Aliança todo cristão deve honrar ao SENHOR com os seus rendimentos como prova de reconhecimento do seu senhorio e gratidão por todas as bênçãos advindas da parte de Deus. Afinal os dízimos e ofertas fazem parte do culto onde os verdadeiros adoradores tem prazer em ofertar ao SENHOR.

ACRÓSTICO DA PALAVRA DÍZIMO:

Décima parte da nossa renda com a qual devemos honrar ao SENHOR.

Instituído por Deus para que haja mantimento em sua Casa.

Zelo e temor a Deus deve ter todos os dizimistas e ofertantes.

Importante ofertar e dizimar ao SENHOR em reconhecimento ao seu senhorio.

Melquisedeque, uma figura de Cristo, recebeu o dízimo de Abraão nosso pai na fé.

Os que devolvem ou entregam ao SENHOR, devem o fazer com alegria. Não como uma obrigação ou pela opressão imposta pelo sistema religioso, mas com prazer e devoção a Deus.

SETE INVERDADES SOBRE O DÍZIMO:

1- Dízimo não é barganhar ou negociar com Deus.

2- Dízimo não é administrar o que é de Deus.

3- Dízimo não é investir em obra social.

4- Dízimo não é uma obrigação, mas uma atitude de fé e gratidão.

5- Dízimo não salva, mas faz parte da salvação.

6- Dízimo não é para ser abençoado, mas para quem é abençoado.

7- Dízimo não é uma prestação de conta a uma instituição religiosa, ou uma satisfação que alguém deve dar ao pastor da igreja, mas um pleno reconhecimento do senhorio do nosso Sumo-Pastor e Bispo da nossa alma.

SETE RAZÕES Á LUZ DA BÍBLIA PORQUE DEVEMOS SER DIZIMISTAS:

1- Porque é um ato de adoração praticado pelos primeiros adoradores (Gn.4.1-4).

2- Porque Abraão nosso pai na fé pagou o dízimo (Gn.14.18-20).

3- Porque Jacó nosso patriarca também dizimou (Gn.28.18-22).

4- Porque Moisés por ordem de Deus instituiu o dízimo para nação de Israel (Lv.27.30-34; Dt.14.22).

5- Porque Levi, que recebe dízimos, pagou dízimos (Hb.7.9,10).

6- Porque é uma ordem de Deus através do profeta Malaquias (Ml.3.8-12).

7- Porque o próprio Jesus falou sobre a importância do dízimo (Mt.23.23).

CONCLUSÃO:
O dízimo não deve ser algo obrigatório, mas de livre e espontânea vontade, em total devoção e agradecimento a Deus. Muitos falsos que se dizem exegetas do texto sagrado, tem distorcido o ensino sobre o dízimo, tentando convencer as pessoas de que o dízimo era uma pratica apenas para os crentes do Antigo Testamento. Todavia, esta inverdade não prevalece diante da verdade de Deus. Infelizmente, muitos cristãos tem se deixado convencer por este argumento maligno e não horam ao SENHOR com seus dízimos e ofertas. Deus deseja que os seus filhos lhe horem, apresentando e ofertando a Ele parte do seu rendimento, como reconhecimento do seu senhorio, por Ele ser Senhor e dono de todas as coisas. Amém!  

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

PROSSIGO PARA O ALVO.

Não que já a tenha alcançado ou que seja perfeito; mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não jugo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus (Fp.3.12-14).

Diante de uma má interpretação por parte dos falsos obreiros, que ensinavam ao povo que a salvação só era possível mediante a pratica da circuncisão. Paulo exorta aos irmãos para terem cuidado e evitarem os maus obreiros, aos quais ele chama de cães (3.1-3). Paulo deixa transparecer através das suas palavras, que não tem tempo a perder com discussões teológicas acerca da Lei, mas que, o seu único prazer e objetivo era em conhecer a Cristo por completo (3.4-11). Paulo afirma aos irmãos de Filipos, que a sua busca pelo conhecimento e amadurecimento em Cristo, ainda não foi totalmente alcançada por ele, mas ele estava prosseguido para alcançar este objetivo. Paulo não estava preocupado com as coisas do passado, a sua visão era futurista, ele tinha um alvo a ser alcançado. Ele declara: "Irmãos, quanto a mim, não jugo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus"(3.13,14). Paulo via a caminhada do cristãos como uma grande maratona espiritual, que por sua vez exige disciplina e perserverança até chegar no final e atingir o alvo que é Cristo, o qual é o Grande Prêmio da nossa soberana vocação de Deus. 

EXISTEM TRÊS TIPOS DE CRISTÃOS NA MARATONA ESPIRITUAL:

1- OS QUE CAMINHAM.

Geralmente os que só caminham, no decorrer da grande maratona da vida cristã, eles cansam devido as lutas e tentações, consequentemente não recobram forças e logo desanimam e ficam no meio do caminho.

2- OS QUE SEGUEM.

Os que seguem muitas vezes conseguem ir mais adiante, eles lutam e relutam para continuarem, mas não tem raiz profunda e logo desfalecem na caminhada e não conseguem prosseguir em direção ao alvo.

3- OS QUE PROSSEGUEM.

Porém, os que prosseguem, começaram caminhado, continuaram seguindo, e continuam prosseguindo em direção ao alvo. Caminhar é importante, continuar seguindo também, porém, mais importante é prosseguir. Começar bem é importante, porém, mais importante é terminar bem. Paulo quando estava chegando ao final da sua maratona espiritual, já prestes a passar o bastão da fé para o seu amado filho na fé Timóteo, disse: Eu já estou sendo derramado como uma oferta de bebida. Está próximo o tempo da minha partida. Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé. Agora me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amam a sua vinda (II Tm.4.6-8).

CONCLUSÃO:
Que possamos seguir o exemplo de Paulo, que priorizou a Cristo acima de tudo e prosseguiu até o fim. Que Cristo possa ser o nosso alvo a ser atingido. Infelizmente, muitos cristãos tem vários alvos a serem atingidos, deixando o principal que é Cristo, para segundo ou terceiro plano.
Que possamos declarar: "Eu não tenho tempo a perder com as coisas do passado, porque estou prosseguindo para atingir o alvo que é Cristo". Amém! 

domingo, 2 de fevereiro de 2020

MILAGRES NO DESERTO.

E te lembrarás de todo o caminho pelo qual o SENHOR, teu Deus, te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, para te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias os seus mandamentos ou não. E te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que tu não conheceste, nem teus pais o conheceram, para te dar a entender que o homem não viverá só de pão, mas de toda a palavra que sai da boca do SENHOR viverá o homem (Dt.8.2,3).

O povo sai do Egito em direção a Canaã, a terra prometida; porém, entre o Egito e Canaã estava o deserto. Era necessário atravessar o deserto para chegar a terra prometida. O propósito de Deus era provar o seu povo para ver como eles se comportariam diante das adversidades. Deus queria que o povo revela-se o que estava em seus corações, mesmo Ele conhecendo os seus corações. Todavia, eles precisavam aprender a depender de Deus e obedecer os seus mandamentos. Deserto não é um lugar agradável, o calor do dia, as intempéries e o frio extremo da noite, muitas vezes torna-se um lugar inóspito, sem condições de viver confortável. O povo precisava passar pelo deserto, para aprender lições que nunca aprenderiam no Egito.
Passar pelo deserto debaixo da vontade e direção de Deus, é a melhor experiência para o nosso aprendizado e crescimento espiritual. É melhor estar no deserto debaixo da vontade de Deus, do que estar na mira dos holofotes, sendo aplaudido pelo público, mas fora da vontade de Deus.

MILAGRES NO DESERTO.

A Bíblia é o livro que registra o maior número de milagres. Os desertos na Bíblia foram o maior palco de milagres, lugar onde Deus operou suas grandes maravilhas. O maior número de milagres registrados na história do povo de Deus, aconteceram no deserto. Portanto, se você está passando pelo deserto espiritual de lutas e provações, aguarde a providência do milagre de Deus em sua vida.

O lugar era deserto e a noite já estava chegando, a multidão estava cansada e faminta. Mas Deus não despede ninguém vazio, exceto se as pessoas acharem que já estão fartas.
O milagre da multiplicação acontece quando nós apresentamos algo para Deus. Cinco pães e dois peixinhos na mão do menino, não surtiria efeito algum para saciar a fome de mais de cinco mil pessoas. Mas, quando esses pães e peixes foram entregues nas mãos de Jesus, a história mudou e o milagre da multiplicação aconteceu (Mt.14.13-21). Nunca reclame do pouco que você tem, mas faça oração e entregue nas mãos de Deus, Ele fará o impossível acontecer.

E um homem veio de Baal-Salisa, e trouxe ao homem de Deus pães das primícias, vinte pães de cevada e espigas verdes na sua palha, e disse: Dá ao povo, para que coma. Porém seu servo disse: Como hei de eu pôr isso diante de cem homens? E disse ele: Dá ao povo, para que coma; porque assim diz o SENHOR: Comer-se-á, e sobejará. Então, lhes pôs diante, e comeram, e deixaram sobejos, conforme a palavra do SENHOR (II Reis, 4.42-44).

No caso do profeta Eliseu, estava havendo uma crise por falta de alimento, o povo estava faminto e o lugar também era deserto. Mas para Deus não faz diferença, tanto faz está na cidade, no campo ou no deserto, Ele não depende de lugar nem de circunstâncias para operar os seus milagres. Basta o homem crer, muitas vezes nós somos o grande impedimento para que o milagre não aconteça. Jesus disse a Marta: Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus? (Jo.11.40).

APRENDENDO NO DESERTO.

Três Coisas Vamos Aprender No Deserto:

- No Deserto vamos aprender a esperar no SENHOR.

- No Deserto vamos aprender a depender inteiramente do SENHOR.

- No Deserto vamos aprender a agradecer ao SENHOR.

Quando Deus estar no nosso deserto, nada nos faltará, porque Ele providencia tudo.
No deserto nós vamos aprender a depender inteiramente do SENHOR e confiar somente nEle. No deserto haverá dificuldades, mas será a nossa grande faculdade espiritual onde vamos aprender lições que marcará a nossa vida para sempre.
O deserto é lugar de passagem, não se mora no deserto, é apenas um lugar de experiência que marcará a nossa vida para sempre. Se você está passando pelo deserto, não desanime e não reclame, mas agradeça. Deus estar lhe moldando e lhe ensinando para fazer você crescer e se tornar um gigante na fé. Deus te leva para o deserto, para depois te exaltar no monte. Quem determina o tempo no deserto somos nós, depende de aprendermos a lição. Uma coisa é certa, o deserto não dura para sempre, Deus te levará a uma terra boa e fartará a tua alma com manancial águas vivas. Amém! 

sábado, 1 de fevereiro de 2020

Alcançando A Estatura De Varão Perfeito.

... até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo (Efésios, 4.13).

A vontade de Deus é que todos nós busquemos a plena maturidade e alcancemos a estatura de varão perfeito. É bem verdade, que a palavra de Deus nos diz que, o homem é gerado em pecado (Sl.51.5), e peca por palavras, pensamentos e obras. E, também sabemos que não há homem que não peque, mas isto não significa dizer que devemos nos acomodar e não buscar o máximo do nosso potencial em uma vida mais próxima possível da perfeição. Nós estamos em constante aprendizado na vida. A vida cristã é pontilhada por constantes desafios e nós lutamos contra nossa própria natureza que é propensa ao pecado. Paulo diz aos crentes de Filipos: Irmãos, quanto a mim, não julgo que haja alcançado a perfeição; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus (Fp.3.13,14). Alcançar a plena maturidade é uma raridade, são poucos os cristãos que conseguem. É difícil, mas não impossível.

A MEDIDA DA ESTATURA COMPLETA DE CRISTO.

O que significa esta expressão usada por Paulo? Atingir a estatura completa de Cristo, implica em viver em plena comunhão com Ele. Três virtudes são necessárias para atingir a medida da estatura completa de Cristo: (1) Andar como Ele andou. Aquele que diz que está Nele também deve andar como Ele andou (I Jo.2.6). (2) Ter os mesmos sentimentos que Ele teve. De sorte que haja em vós os mesmos sentimentos que houve também em Cristo Jesus (Fp.2.5). (3) Ser participante dos seus sofrimentos. Mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis (I Pe.4.13). Porque a vós foi concedido, em relação a Cristo, não somente crer Nele, como também padecer por Ele (Fp.1.29).

ATINGINDO A ESTATURA DE CRISTO.

- Aprendendo com JESUS.
Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração (Mt.11.29).

- Andando com humildade e mansidão (Ef.4.1,2).

- Fortalecido no interior do nosso ser, e conhecer o Amor de Cristo (Ef.3.14-19).

- Manifestação do fruto do Espírito (Gl.5.22-24).

- Andando no Espírito (Gl.5.16,17,25).

- Refreando a língua (Tg.1.26; 3.2).

- Deixando a hipocrisia (I Pe.2.1-3).

- Crescendo na graça e conhecimento (II Pe.3.18).

CONCLUSÃO:
O cristão deve viver uma busca constante pelo seu crescimento espiritual diante de Deus. Quando crescemos na graça e conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo, a nossa vida torna-se mais frutífera e passamos a atingir a maturidade cristã. Repito a frase que escrevi na introdução: "Alcançar a plena maturidade é uma raridade, são poucos os cristãos que conseguem. É difícil, mas não impossível". 

sábado, 25 de janeiro de 2020

AFIANDO O MACHADO.

Se o machado está cego e sua lâmina não foi afiada, é preciso golpear com mais força; agir com sabedoria assegura o sucesso (Eclesiastes, 10.10).

O sábio Salomão faz menção de um principio de sabedoria que serve para todas as épocas e que é aplicável a várias classes de pessoas e grupos de lideranças. A ansiedade e a pressa em realizar as tarefas com urgência, tem levado as pessoas a empregarem muito esforço físico e mental em busca dos seus objetivos. Todo esforço, muitas vezes se tornam ineficazes e improdutivos quando aplicado de forma errada. Muitas vezes a motivação é boa, mas a maneira como se agi é incorreta. A nossa estabilidade familiar e financeira, bem como o nosso sucesso ministerial, não depende das nossas muitas ideias e habilidades, mas de quanto tempo nós vamos passar nos preparando (afiando o nosso machado), para que o corte seja preciso e sem muito esforço. Há uma famosa frase do celebre estadista Abraão Lincoln que diz: " Se eu tivesse oito horas para derrubar uma árvore, passaria seis afiando meu machado". Quando não estiver produzindo, esteja afiando o machado (Lucas Primo). Ter o machado não é o suficiente para assegurar o sucesso, mas saber utiliza-lo com sabedoria é o segredo. Afiar o machado muitas vezes implica em gastarmos mais tempo em devoção a Deus na oração, leitura e meditação da palavra. Quando nós empregarmos mais tempo afiando o nosso machado no altar da oração e passarmos a desfrutar de uma intimidade profunda com Deus, o nosso progresso será certo. A sabedoria não é fazer, fazer e fazer; mas primeiramente investir na preparação, afiando o machado para o momento certo de golpear a árvore sem muito esforço. Todas as pessoas que ousam em fazer antes de se preparar, estão fadadas ao fracasso. Não importa quanto tempo você vai passar afiando o seu machado, o importante é que será bem sucedido em seu empreendimento. Pense nisso.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

UVAS, FIGOS E ROMÃS. QUAL O SIGNIFICADO ESPIRITUAL DESTAS FRUTAS?

Quando chegaram ao vale de Escol, cortaram um ramo do qual pendia um único cacho de uvas. Dois homens carregaram o cacho, pendurado numa vara. Colheram também romãs e figos. Aquele lugar foi chamado vale de Escol por causa do cacho de uvas que os israelitas cortaram ali. Também vimos ali gigantes, filhos de Anaque, descendentes dos gigantes; e éramos aos nossos olhos como gafanhotos e assim também éramos aos seus olhos (Nm.13.23,24,33).

Nada está registrado no texto sagrado por acaso, tudo tem um porque e um propósito. Quando Moisés enviou os doze espias para fazerem uma expedição sobre a terra prometida, foi com um propósito: Para eles observarem se a terra era boa ou ruim, se a sua agricultura era fértil, se realmente ela manava leite e mel. Eles espiaram a terra durante 40 dias e colheram o melhor da terra; colheram uvas, romãs e figos. Eles também observaram que os homens que habitavam na terra eram de alta estatura. Em seguida voltaram e relataram aos ouvidos do povo e de Moisés, tudo o que viram. Este relatório foi apresentado de duas formas: Negativo e positivo.

Negativo.

Relatório dos dez espias que eram maiorais das tribos disseram: "A terra é boa, colhemos lá bons frutos, realmente ela mana leite e mel; mas, o povo que vive naquela terra é forte, e as cidades são fortificadas e muito grandes; e também vimos ali os filhos dos gigantes. Vimos lá gigantes e nós erámos como gafanhotos diante deles. Por isso, não poderemos subir contra esse povo, pois é mais forte do que nós (Nm.13.27,28,31,33).
Diante deste relatório negativo, o povo ficou desanimado e assombrado, pensaram em eleger um capitão e voltarem para o Egito. Falaram contra Moisés e contra o SENHOR, e ainda ameaçaram apedrejarem Josué e Calebe.

Positivo.

Relatório de dois homens de fé, Josué e Calebe: Então Calebe fez calar o povo perante Moisés e disse: Subamos animosamente e possuamo-la em herança; porque, certamente, prevaleceremos contra ela (Nm.13.30). E Josué, filho de Num, e Calebe, filho de Jefoné, dos que espiaram a terra, rasgaram as suas vestes. E falaram a toda a congregação dos filhos de Israel dizendo: A terra pelo meio da qual passamos a espiar é terra muito boa. Se o SENHOR se agradar de nós, então, nos porá nesta terra e nos dará, terra que mana leite e mel. Tão somente, não sejais rebeldes contra o SENHOR e não temais o povo desta terra, porquanto são eles o nosso pão; retirou-se deles o seu amparo, e o SENHOR é conosco; não os temais (Nm.14.6-9).

TRÊS FRUTAS CHAMARAM ATENÇÃO DOS ESPIAS:

- UVA. Nos fala de Alegria e Aliança.

Os espias cortaram da videira um galho com um cacho de uvas, o cacho de uvas era grande e pesado, de maneira que foram necessário dois homens para carregar.
As uvas além de serem frutas saborosa e apreciada por todos, após passar por alguns processos são transformadas em passas e vinhos.
O vinho na Bíblia simboliza alegria.
O vinho, que alegra o coração do homem; o azeite, que lhe faz brilhar o rosto, e o pão que sustenta o seu vigor (Sl.104.15).
Nunca deixe o vinho de Deus acabar em sua vida. O coração do crente deve ser um banquete contínuo de alegria na presença de Deus.
O suco da uva ou o vinho é símbolo da nossa Aliança com Deus. Jesus disse: "... Isto é o meu sangue, o sangue da Nova Aliança ... (Mt.26.28).

- ROMÃ. Nos fala de Separação e Santidade.

A romã na Bíblia aparece como ornamento do manto do sacerdote (Ex,28.33,34; 39.24,26).
No templo também havia ornamentos com romãs (I Rs.7.18,20; II Rs.25.17; II Cr.3.16; 4.13).
As romãs, tanto nas vestes dos sacerdotes, quanto no templo eram ornamentos de destaque. Isto nos fala da santidade de Deus em nossa vida, que nos faz diferentes e nos destaca no meio desta sociedade corrompida e perversa. Paulo diz: Para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio duma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo (Fp.2.15). Amém!

- FIGO. Nos fala da doçura da Palavra de Deus e do Conhecimento.

O figo é uma fruta doce que é produzida pela figueira, está árvore era facilmente encontrada nos termos de Israel no tempo de Jesus.
Quem ama a Palavra de Deus e a come pela fé, não vive em amargura porque a Palavra é doce como mel. Os que a comeram testemunharam: (1) Jeremias - Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome me chamo, ó SENHOR, Deus dos Exércitos (Jr.15.16). (2) Ezequiel - Então, abri a minha boca, e me deu a comer o rolo. Então, o comi, e era na minha boca doce como mel (Ez.3.2,3b). (3) João - E tomei o livrinho da mão do anjo e comi-o; e na minha boca era doce como mel ... (Ap.10.10). (4) Davi - Mais desejáveis são do que o ouro, sim, do que muito ouro fino; e mais do doces do que o mel e o licor dos favos (Sl.19.10).

A figueira aparece na Bíblia pela primeira vez em Genesis 3 quando Eva e Adão utilizam folhas de figueira para cobrirem-se depois que desobedeceram a Deus. Não esta escrito explicitamente, mas daí os rabinos deduziram que a “arvore do conhecimento” era uma figueira e assim é interpretada em muitos textos da tradição judaica (e.g., Genesis Raba 19,6c). A imagem da figueira aparece também no Evangelho de João quando Jesus diz a Natanael: “Eu te vi quando estavas embaixo da figueira” (1,48). E aqui também pode ser interpretado simbolicamente para significar que Natanael era um verdadeiro Israelita porque se sentava sob a “arvore do conhecimento” que é a Torá. Ou seja, estudando e aprofundando o significado da Palavra.