sábado, 23 de maio de 2020

TEMPESTADES, NAUFRÁGIO, MILAGRES.

E, sendo o navio arrebatado e não podendo navegar contra o vento, dando de mão a tudo, nos deixamos ir à toa. E, não aparecendo, havia já muitos dias, nem sol nem estrelas, e caindo sobre nós uma não pequena tempestade, fugiu-nos toda a esperança de nos salvarmos. E, temendo ir dar em alguns rochedos, lançaram da popa quatro âncoras, desejando que viesse o dia (Atos, 27.15,20,29).

Paulo estava sendo levado como prisioneiro para Itália, juntamente com outros presos, a tripulação do navio era de 276 pessoas, contando com o comandante do navio, o centurião e os soldados. Essa viagem até a Itália, durou cerca de quinze dias e ouve muitas intempéries e desconfortos. As muitas tempestades sacudiu o navio, a ponto de parti-lo ao meio, deixando todos a deriva no meio do mar, pelo que em última instância eles se salvaram utilizando as partes do navio que serviram de tábuas para chegarem a salvo na praia que dava para uma ilha. Esta vida é como uma viagem, e nós estamos navegando em mar de desafios e dificuldades; enfrentando muitas intempéries e desconfortos, muitas vezes o nosso barco (vida) é sacudido pelas tempestades (problemas) e chegamos ao ponto de perder as esperanças. Mas, o nosso comandante Jesus Cristo, está no nosso barco e não vai deixa-lo naufragar. Como todo o navio precisa de âncora para na hora da tempestade garantir a sua firmeza e estabilidade; Jesus Cristo, é a nossa âncora segura e firme que garante a nossa estabilidade e nos dar a certeza que vamos chegar a salvo ao porto seguro.

TEMPESTADES.

Mas, não muito depois, deu nela um pé de vento, chamado Euroaquilão. E, sendo o navio arrebatado e não podendo navegar contra o vento, dando de mão a tudo, nos deixamos ir à toa. Andando nós agitados por uma veemente tempestade, no dia seguinte, aliviaram o navio. E, ao terceiro dia, nós mesmos, com as próprias mãos, lançamos ao mar a armação do navio. E, não aparecendo, havia já muitos dias, nem sol nem estrelas, e caindo sobre nós uma grande tempestade, fugiu-nos toda a esperança de nos salvarmos (At.27.14,15,18-20).
Não havia perigo de Paulo sofrer dano em qualquer tempestade, a sua vida seria preservada por Deus. A vontade de Deus era que testificasse em Roma. Em meio à tempestade reconhecemos o controle de Deus, segundo seu propósito, sobre todas as circunstâncias. Isto significa bênçãos para os que estão dentro do propósito divino. Do ponto de vista humano, Paulo era mais um prisioneiro no navio. Para Deus, Paulo era o capitão, entre os prisioneiros e os demais. A situação tornou-se desesperadora. Tanto o capitão como o centurião viram-se incapazes de fazer qualquer coisa. Paulo, então, levantou-se, não como prisioneiro ou passageiro amedrontado, mas como profeta do Altíssimo. Paulo anunciou a todos a bordo que um anjo de Deus lhe apareceu, dizendo: "Paulo, não temas; importa que sejas apresentado a César, e eis que Deus te deu todos quantos navegam contigo" (27.22-25). O homem que anda segundo a vontade de Deus, domina todas as circunstâncias e se impõe em qualquer situação. A tempestade pode vir, mas quando estamos debaixo dos propósitos de Deus, ela não consegue nos destruir. Assim como Deus estava com Paulo em meio a tempestade e ao perigo, Ele também está contigo. Não temas! Deus vai te tirar do meio desta tempestade.

CONTRASTE ENTRE PAULO E JONAS - Atos, 27. Jonas 1.

A experiência de Paulo na tempestade, dentro da vontade de Deus, contrasta com a de Jonas que estava em desobediência e fora da vontade de Deus.
Comparando as duas situações, notamos:
Paulo viajava como prisioneiro para cumprir sua vocação.
Jonas viajava para fugir da chamada que recebeu.
Jonas se escondeu e dormiu durante a tempestade.
Paulo dirigia as operações e encorajava os passageiros.
Jonas no navio era a causa da tempestade.
Paulo no navio todos seriam preservados da tempestade.
Jonas foi forçado a dar testemunho acerca de Deus.
Paulo, com boa vontade e coragem, falou acerca da sua visão e do seu Deus.
Jonas no navio ameaçava a vida dos marinheiros.
Paulo no navio era a garantia para a vida dos seus companheiros de viagem.
O navio em que Jonas viajava recebeu alívio quando ele foi jogado no mar.
A conservação de Paulo no navio salvou a tripulação da qual era prisioneiro.
Há muitas diferenças em atravessar uma tempestade dentro e fora da vontade de Deus!
Jonas tentando fugir da presença de Deus, tornou-se maldição para os viajantes do navio.
Paulo, andando segundo a vontade de Deus, em comunhão com Ele, tornou-se bênção para todos quantos atravessavam o perigo com ele.

NAUFRÁGIO.

Mas o navio encalhou num banco de areia, onde tocou o fundo. A proa encravou-se e ficou imóvel, e a popa foi quebrada pela violência das ondas. Os soldados resolveram matar os presos para impedir que alguns deles fugisse, jogando-se ao mar. Mas o centurião queria poupar a vida de Paulo e os impediu de executar o plano. Então ordenou aos que sabiam nadar que se lançassem primeiro ao mar em direção à terra. Os outros teriam que salvar-se em tábuas ou em pedaços do navio. dessa forma, todos chegaram a salvo em terra (At.27.41-44).
O navio, finalmente, encalhou na praia de Malta, perto da Itália, onde começou a ser despedaçado pelas ondas. Os soldados queriam matar os prisioneiros para evitar que fugissem. Era um costume romano. A mão de Deus, porém, estava sobre Paulo, o seu mensageiro. O centurião Júlio foi impulsionado a poupar a vida de Paulo, e assim livrou a todos. Nenhum poder, nos céus ou na terra, impedirá os planos de Deus na vida dos seus servos, enquanto Deus tiver um plano especial para sua vida. O plano de Deus, seria de que Paulo ainda pregaria o Evangelho em Roma. Conforme Paulo havia previsto, todos escaparam ilesos para a terra (At.27.22). Ficaram na ilha de Malta durante o inverno, um período de três meses. Após este período de tempo na ilha, embarcaram num navio de Alexandria, o qual tinha por insígnia, Castor e Pólux (At.28.11).
Aqui nós aprendemos que, nem as tempestades ou até mesmo o naufrágio irá impedir os planos de Deus em nossa vida. O barco pode até virá ou se partir ao meio, mas Deus continua no controle da situação, e nada, nem ninguém impedirá os seus propósitos e projetos que Ele já estabeleceu para nossa vida. Amém!

MILAGRES.

Estando a salvo na ilha chamada Malta, mais uma vez foi manifestada a presença de Deus através de Paulo. Primeiro, foi protegido contra os efeitos da mordida de uma víbora. Segundo, ele foi vaso de bênçãos para o pai do administrador da ilha, por nome Públio, que estava com febre e disenteria. Em seguida vieram os habitantes da ilha que tinham enfermidades, e foram curados. Muitas pessoas na ilha receberam a cura divina através do ministério de Paulo (At.28.1-10).

ÂNCORAS DA ALMA.

E, temendo ir dar em alguns rochedos, lançaram da popa quatro âncoras, desejando que viesse o dia (At.27.29). "Lançaram da popa quatro âncoras, desejando que viesse o dia". As tempestades da vida nos submetem a tremendas sobrecargas e nos leva a enfrenta uma noite de grande tribulação, ao ponto que chegamos a desejar com pressa o raiar do dia. Em tais ocasiões, precisamos de realidades espirituais sólidas, como âncoras para a alma.
Nas tribulações e tentações, quais são as grandes âncoras da alma? "Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estas três..." (1 Co 13.13). A estas realidades podemos aplicar as palavras de Paulo: "Se estes não ficarem no navio, não poderei salvar-vos" (At.27.31). Não importa quão grande sejam as tempestades, quando firmamos a nossa confiança em Deus, chegaremos ao porto seguro.

Fé - A fé se firma nas promessas de Deus.

Esperança - A esperança firma a nossa alma com visões da expectativa futura.

Amor - O amor nos leva a deixar de lado nossas próprias preocupações e ir ao encontro dos outros.

Confiança - Quando depositamos toda nossa confiança em Deus, podemos vencer qualquer tempestade.

CONCLUSÃO:
Geralmente, depois da tempestade vem a bonança. Muitas vezes as tribulações, as lutas, as adversidades, são pedagógicas e servem para nos ensinar lições que jamais aprenderíamos. Quem nunca passou por uma tormenta, não sabe o que é viver uma tempestade. Nunca devemos lamentar, nem reclamar a Deus por situações adversas, quando estamos debaixo da sua soberana vontade. Mas, que possamos tirar proveito da situação para amadurecermos e crescermos em graça e conhecimento diante de Deus. Que possamos repetir juntos com Paulo, quando disse: ... Porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido e sei também ter abundância; em toda a maneira e em todas as coisas, estou instruído, tanto a ter fartura como a ter fome, tanto a ter abundância como a padecer necessidade. Posso todas as coisas naquele que me fortalece (Fp.4.11-13). Amém!

sexta-feira, 22 de maio de 2020

BOM É TER ESPERANÇA.

Bom é ter esperança e aguardar em silêncio a salvação do SENHOR (Lm.3.26).

A nação de Judá estava no cativeiro Babilônico, vivendo debaixo de opressão e tristeza, mas eles não podiam perder a esperança de que aquela situação iria mudar. Quando não se tem esperança, o desespero pode dominar e levar a uma derrota total. Mas o profeta diz: "Bom é ter esperança e aguardar em silêncio a salvação (livramento) do SENHOR".
Há muitas pessoas vivendo em um mundo de ilusões, sem Deus e sem esperança, outras estão depositando a sua confiança em algo que não pode lhe dá esperança. Viver sem esperança não é bom, porque a esperança é quem nos assegura e alimenta a nossa fé em futuro promissor. Viver sem esperança é não acredita que haverá um novo dia, é perder o rumo e a direção da vida e viver a deriva em um mundo de incertezas. Há um ditado que diz: "A esperança é a última que morre". Mas a esperança do crente nunca morre, porque é eterna, ela é JESUS.

QUATRO FONTES ONDE DEVEMOS TER ESPERANÇA.

1- DEUS, O PAI.

Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio e cuja esperança está posta no SENHOR, seu Deus (Sl.146.5).
Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus ... (I Tm.6.17).

2- JESUS CRISTO.

Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, segundo o mandado de Deus, nosso Salvador, e do Senhor Jesus Cristo, esperança nossa (I Tm.1.1).

3- A PALAVRA DE DEUS.

Estou quase desfalecido, aguardando a tua salvação, mas na tua palavra coloquei a minha esperança (Sl.119.81).

4- A VOLTA DE JESUS.

Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança (I Ts.4.13).
Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo (Fp.3.20).

TRÊS QUALIDADES DA NOSSA ESPERANÇA.

1- VIVA.
Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos (I Pe.1.3).

2- FELIZ.
Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo (Tt.2.13).

3- CONSOLADORA.
Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras (I Ts.4.18).

CONCLUSÃO:
A nossa esperança está em Deus. Mesmo que as circunstâncias sejam desfavoráveis, mesmo que as nuvens negras impeçam vislumbrar o horizonte e não haja estrelas no céu; Deus continua sendo a minha esperança. Bom é ter esperança. O sábio Salomão diz: Porque deveras haverá um bom futuro; não será frustrada a tua esperança (Pv.23.18). O justo até na sua morte tem esperança (Pv.14.32b).
Finalmente, esqueça tudo que não pode lhe dá esperança, e firme a sua esperança em DEUS. Amém!

quinta-feira, 21 de maio de 2020

A IGREJA IMPARÁVEL.

Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra (Atos, 1.8).

A igreja foi inaugurada no dia de pentecostes debaixo da ação poderosa do Espírito Santo, e desde aquele dia, até os dias atuais, ela não parou. Ouve muitas investidas de Satanás para tentar deter a marcha da igreja, mas foi debalde. A promessa de Jesus para sua igreja foi: ... edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mt.16.18). A igreja que começou em Jerusalém teve uma marcha imparável, ela avançou até os confins da terra, para cumprir o seu propósito, ganhar vidas e liberta-las do pecado para o Reino de Deus.

A MARCHA DA IGREJA IMPARÁVEL.

- A primeira colheita de almas da igreja - Quase três mil almas (At.2.41).
- O número aumentou e chegou a quase cinco mil almas (At.4.4).
- A multidão dos que criam crescia cada vez mais (At.5.14).
- A cidade de Jerusalém foi evangelizada (At.5.28).
- Não cessavam de anunciar Jesus Cristo (At.5.42).
- Multiplicava-se muito o número dos discípulos (At.6.7a).
- Grande parte dos sacerdotes obedecia à fé (At.6.7b)
- Iam por toda a parte anunciando a palavra (At.8.4).
- Filipe prega em Samaria (At.8.5).
- Filipe anunciou o evangelho em várias cidades (At.8.40).
- As igrejas se multiplicavam em toda Judéia, Galiléia e Samaria (At.9.31).
- Em Jope muitos creram no Senhor (At.9.42).
- Grande número creu e se converteu ao Senhor (At.11.21).
- Em Antioquia da Pisídia quase toda a cidade ouviu a palavra de Deus (At.13.44).
- As igrejas eram confirmadas na fé e cresciam em número (At.16.5).
- Uma grande multidão de gregos e muitas mulheres creram no Senhor (At.17.4).
- Muitos homens e mulheres de classe nobre creram no Senhor (At.17.12).
- Todos os habitantes da Ásia ouviram a palavra do Senhor Jesus (At.19.10).
- Milhares de judeus creram (At.21.20).
- Paulo prega para rei e governadores (At.26.1-32).
- Paulo prega a muitos durante dois anos em sua prisão domiciliar (At.28.30,31).
- Paulo testifica que pregou de Jerusalém até Ilírico (Rm.15.19).

* Ilírico - Região da costa leste do mar Adriático.
* Paulo também manifestou o desejo de fazer missões na Europa e chegar até a Espanha (Rm.15.24,28)).
* A mensagem do evangelho chegou aos confins da terra.

Apesar dos ardis do Maligno e todas as perseguições, a igreja de Jesus é sempre vitoriosa.
Segundo os estudiosos de missiologia, o mundo antigo foi quase todo alcançado pela mensagem do evangelho em pouco mais de 60 anos. Numa época em que não havia os meus de transportes e comunicação que temos hoje, nem mídia, nem tecnologia que favorecessem a evangelização; mas mesmo assim, eles conseguiram. E hoje, com toda a tecnologia e as mídias a nosso favor, o que estamos fazendo?

TRÊS CARACTERÍSTICAS DA IGREJA IMPARÁVEL:

1- PERSEVERANTE.

E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações (At.2.42).

2- OUSADA.

... concede aos teus servos que falem com toda a ousadia a tua palavra.
... e anunciavam com ousadia a palavra de Deus (At.4.29b,31b).
Então, eles, vendo a ousadia de Pedro e João e informados que eram homens sem letras e indoutos, se maravilharam; e tinham conhecimento de que eles haviam estado com Jesus (At.4.13).

3- CHEIA DO ESPÍRITO SANTO.

E todos foram cheios do Espírito Santo ... (At.2.4a).
E, tendo eles orado, moveu-se o lugar em que estavam reunidos, e todos foram cheios do Espírito Santo ... (At.4.31a).
E os discípulos estavam cheios de alegria e do Espírito Santo (At.13.52).
E não vos embriagueis com o vinho, em que há contendas, mas enchei-vos do Espírito (Ef.5.18).

CONCLUSÃO:
Que nós como igreja de Jesus, possamos continuar dando prosseguimento a anunciação do evangelho. Que a chama do pentecoste continue acessa na vida da igreja, afim de que, possamos continuar fazendo missões, cumprindo assim a ordem imperativa do Senhor Jesus. Amém!

quarta-feira, 20 de maio de 2020

O Mundo Está Vivendo Uma "PERPLEXIDADE".

Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, as nações estarão em angústia e "perplexidade" com o bramido e a agitação do mar (Lc.21.25).

Chegará um tempo, se é que já chegou, em que o mundo ficará num beco sem saída. As nações da terra, mesmo em um mundo globalizado, não se entenderão e entrarão em colapso social, econômico, político e espiritual. Os lideres das nações entrarão em pânico diante das epidemias que causarão a morte de milhares e consequentemente quebrará a economia do mundo. A "Nova Ordem Mundial" já propaga a centralização do poder em um único governo mundial. Um homem super inteligente surgirá no cenário mundial e será aclamado por todos como o líder das nações. Neste tempo, haverá uma grande prosperidade e estabilidade financeira, haverá também uma falsa paz, e este líder enganará a muitos. Por esse tempo, muitos dirão: "Há paz e prosperidade". Porém, a palavra de Deus nos diz: Quando disserem: "Paz e segurança", a destruição virá sobre eles de repente, como as dores de parto à mulher grávida; e de modo nenhum escaparão (I Ts.5.3). Porque aquilo que está determinado e escrito na palavra de Deus, há de se cumprir na integra.

CONCEITO DE PERPLEXIDADE.

Perplexitas é o vocábulo latino que deu origem ao termo "Perplexidade". Um termo da nossa língua que se usa em referência ao desconcerto ou à indecisão que uma pessoa tem relativamente a algo.
Quem está perplexo, por conseguinte, não sabe que decisão tomar ou como resolver uma determinada situação. Em geral, a perplexidade acontece diante de um fato que causa comoção. Trata-se de situações que causa surpresa ou impacto e que, por conseguinte, impedem que o indivíduo reaja de forma rápida. Em suma, a perplexidade surge quando algo é contrário ao esperado.

O TERMO "PERPLEXIDADE" NA BÍBLIA.

Esta palavra como verbo aparece três vezes, e como substantivo apenas uma vez no Novo Testamento:

Herodes, o tetrarca, ouviu falar de tudo o que estava acontecendo e ficou perplexo ... (Lc.9.7)

Mas, quando entraram, não encontraram o corpo do Senhor Jesus. Ficaram perplexas, sem saber o que fazer.... (Lc.24.3,4).

De todos os lados somos pressionados, mas não desanimados; ficamos perplexos, mas não desesperados (II Co.4.8).

Como substantivo -
Perplexidade no grego, é "Aporia" (àrropía), que é traduzido em Lucas 21.25 por "perplexidade". Literalmente, significa "não encontrar uma passagem, caminho ou recurso", acerca da angústia das nações por não encontrarem solução para suas dificuldades; as ilustrações encontradas nos papiros são no sentido de se estar completamente desnorteado, sem saber como proceder, sem recursos. 
Fonte: Dicionário Bíblico VINE, pg.871.

Concluímos que, muitas vezes, a única maneira de sairmos bem diante de uma situação de perplexidade é buscar a sabedoria que vem de Deus e esperar Dele a solução.

terça-feira, 19 de maio de 2020

O MURO DA INIMIZADE FOI DERRIBADO.

Porque Ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derribando a parede de separação que estava no meio (Ef.2.14).

Foi a partir do Éden, quando o homem pecou, que o elo da paz, da harmonia e da comunhão com Deus foi quebrado. Este ato de desobediência praticado por Adão e Eva, afetou toda a humanidade. Por causa do pecado, o homem tornou-se inimigo de Deus, ficando separado e distante da sua presença. Mas, Deus resolveu usar de misericórdia e enviar seu Filho para descer e reconciliar a humanidade pobre e desvalida. Quando Paulo diz, que Cristo é a nossa paz, é porque antes esta paz não era possível, o ódio, a separação e a inimizade dominava nossa natureza pecaminosa. Mas, Cristo veio, e pelo sacrifício da cruz, nos reconciliou com Deus e desfez a inimizade, derribando a parede de separação que separavam os judeus e gentios, formando um só povo, em um só corpo, a igreja.

Paulo declara que Cristo "é a nossa paz" (2.14). Essa expressão vai muito além, ela tem uma conotação mais profunda, pois Cristo não é apenas o "autor da paz", mas literalmente "nossa paz". Isso implica dizer que, Cristo faz parte da nossa comunhão espiritual, ou seja, Cristo habita em nós sendo Ele mesmo a nossa paz. Desse modo, a paz de Cristo é oferecida a todos os homens, e repousa sobre a igreja de Deus (Jo.14.27).

No conceito do mundo secular, a paz é entendida como ausência de guerra. Porém, a paz que a bíblia faz menção, é muito mais do que simplesmente ausência de guerra. A paz que a bíblia revela tem sua origem em Deus e se manifesta no interior do homem, lhe dando uma plena paz. Paulo diz em relação a Cristo: E que, havendo por Ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio Dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão nos céus (Cl.1.20).
A paz de Cristo, vai além do que a mente humana possa entender do que venha ser a paz. Paulo, falando desta paz aos filipenses, Diz: E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus (Fp.4.7).

Havia um exclusivismo religioso por parte dos judeus, eles se julgavam melhores do que os gentios por fazerem parte da Aliança de Deus com os patriarcas e por terem a lei de Moisés e mais 613 mandamentos. Enquanto os gentios, mesmo temendo a Deus, não tinham os privilégios que os judeus tinham.

Paulo usa uma analogia quando diz: "Derribando a parede de separação que estava no meio". Com isso, ele se refere as muralhas do templo em Jerusalém. O exclusivismo religioso dos judeus, fazia com que houvesse separação entre gentios e judeus. Entre o santuário e o átrio dos gentios havia um muro de pedras com a proibição de acesso aos estrangeiros.
Este extremismo judaico era levado tão a sério, que Paulo foi acusado de ter profanado o lugar santo, fazendo entrar o grego Trófimo, permitindo-o ultrapassar essa barreira (Atos, 21.28-30). Havia um ódio entre os povos, uma guerra de inimizades. Os judeus odiavam os gentios, os gregos chamavam de bárbaro todo aquele que não pertencesse a sua nação; os romanos só reconheciam os direitos de cidadão se fossem de Roma. Jesus veio no meio desta guerra, para desfazer estas inimizades entre os homens e estabelecer a paz mediante o seu sacrifício na cruz. 

O MURO DIVISOR DO PÁTIO DOS GENTIOS NO TEMPLO DE HERODES.

“Pois ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um e destruiu a barreira, o muro de inimizade,” Efésios 2:14

Os gentios estavam autorizados a entrar na parte externa da área delimitada do templo em Jerusalém. Essa grande área pavimentada em volta do templo e seus átrios internos eram delimitados por uma colunata dupla de pilares de 10 metros de altura. O perímetro dessa área media 900 metros. Esse pátio externo também era chamado de pátio dos gentios.

Mas os gentios eram fisicamente proibidos de acessar os pátios internos do templo por uma barreira de 1,4 metro de altura (o “muro de inimizade”, de Efésios 2:14). O historiador judeu Flavio Josefo informa que 13 placas de pedra com inscrições em grego e em latim foram colocadas ao longo da barreira, advertindo os gentios a que não entrassem.

Nas palavras de Josefo: “Havia uma divisão feita de pedra (…). Sua construção era muito elegante; sobre ela, ficavam pilares, em distâncias iguais entre um e outro, anunciando a lei de pureza, em grego e em outras letras romanas, dizendo que ‘nenhum estrangeiro deveria entrar no santuário’” (Guerras, 5.5.2).

Os arqueólogos descobriram duas dessas placas de aviso, que dizem: “Nenhum estrangeiro tem permissão de entrar na balaustrada em torno do santuário e do pátio. Quem for pego, será responsável por sua decorrente morte”.

Esse muro divisor teve grande significado para Paulo, que foi preso em Jerusalém por supostamente levar um gentio para o pátio interno do templo (Atos 21:16-30). Paulo e outros cristãos judeus reconheciam que o Deus que havia anteriormente residido no templo havia entrado na humanidade na pessoa de Jesus, o Messias. A morte de Jesus na cruz e sua ressurreição haviam, na verdade, rompido o muro divisor, efetuando unidade espiritual entre judeus e gentios. Como resultado, Paulo sabia, todas as pessoas tinham acesso garantido a Deus por meio da fé salvadora em Jesus Cristo.

Fonte: Bíblia de Estudo Arqueológica, pág. 1917.

Concluímos que, Cristo é a causa da nossa reconciliação com Deus Pai. O muro da separação e das inimizades, tanto na horizontal (entre os homens), como na vertical (entre Deus e os homens) foi derribado e as inimizades foram desfeitas; isto só foi possível mediante a morte e ressurreição de Cristo. Portanto, podemos desfrutar de plena paz e comunhão com Deus, pelos méritos de Jesus Cristo, Ele é a nossa paz. Amém!

segunda-feira, 18 de maio de 2020

QUEM ESCREVEU A CARTA AOS HEBREUS?

Diferentemente de todas as outras cartas do novo testamento, quem escreveu a carta aos Hebreus não estava preocupado em se identificar. Aprendemos mais sobre o autor dessa carta nos versículos finais, do que no início dela. Muitas hipóteses tem sido dada em relação a autoria do livro de Hebreus. Alguns cristãos e estudiosos acreditam que foi o apóstolo Paulo quem a escreveu. Nos próximos parágrafos iremos discutir sobre possíveis autores e o objetivo da carta.
Hipóteses Sobre Quem Escreveu a Carta aos Hebreus:
Desde o II século a pegunta quem escreveu o livro de Hebreus vem sendo feita e debatida entre estudiosos. Todavia, até hoje ninguém pôde afirmar a autoria desse livro, pois nele não existe nenhum indício autobiográfico suficiente.
A tradição da igreja primitiva manifestava-se com incertezas quanto à autoria dessa carta anônima. Ainda assim, em data bastante recuada, a carta aos Hebreus já era conhecida e usada.
Diante desse mistério, algumas conjecturas sobre possíveis autores foram levantadas na tentativa de preencher essa lacuna. Vamos analisar algumas dessas hipóteses agora.
Paulo como autor de Hebreus.
Paulo é aceito entre muitos cristãos e estudiosos, como mais provável autor dessa epístola. Uma característica peculiar pode explicar o motivo de acharem que quem escreveu o livro de Hebreus tenha sido ele.
A teologia de Hebreus se assemelha às de Paulo quando se compara a preexistência e a posição de Cristo como criador. Ambos falam da humilhação, nova aliança e distribuição dos dons espirituais com o mesmo trato.
Outra curiosidade está em Hebreus 13:25, onde o autor dá saudações finais muito semelhantes às do apóstolo Paulo. No entanto, esses fatores não são suficientes para provar Paulo como autor da epístola.
Por dúvidas quanto à autoria, a igreja ocidental a princípio até excluiu o livro de Hebreus do cânon, e havia bons motivos para isso. Nenhuma das cartas reconhecidamente paulinas é anônima como a de Hebreus.
As cartas de Paulo sempre começam com saudações e apresentam uma forma mais direta na escrita. Isso difere radicalmente do polido estilo grego de Hebreus.
Além do mais, o autor dessa carta apelava para a autoridade de outros (Hb 2.3), enquanto Paulo constantemente apelava para sua própria autoridade apostólica. Portanto, não podemos afirmar que Paulo escreveu essa carta.
Barnabé como autor de Hebreus.
Outros estudiosos apresentam como hipótese Barnabé, cujo seu passado como levita se harmoniza com o interesse pelas funções sacerdotais manifestada em todo o livro aos Hebreus. Também, sua associação com Paulo poderia explicar as semelhanças com a teologia paulina. Mas, por ter sido residente em Jerusalém, é possível que Barnabé tenha visto e ouvido a Jesus. Essa possibilidade já o exclui da lista, um vez que o autor da carta se inclui entre aqueles que dependiam do testemunho ocular de outras pessoas (Hb 2.3).
Apolo como autor de Hebreus.
Por ter familiaridade com Paulo e haver sido instruído por Priscila e Áquila, Apolo foi apontado como autor da carta até por Martinho Lutero. Essa ligação com Paulo, Priscila e Áquila poderia justificar a semelhança com a teologia paulina que se vê em Hebreus. Além disso, a eloquência de Apolo poderia ter contribuído para o refinado estilo literário da carta. Até mesmo seus antecedentes alexandrinos se ajustam ao uso exclusivo que Hebreus faz da Septuaginta. Uma vez que a Septuaginta foi produzida em Alexandria. Apesar desses fatos, a ausência de tradições antigas a favor de Apolo deixa dúvidas sobre sua autoria.
Lucas como autor de Hebreus.
Por ter sido outro companheiro de Paulo, Lucas também poderia ser a reposta de quem escreveu o livro de Hebreus. Também considerando o estilo da escrita num grego culto e polido de Hebreus, que se assemelha ao de Lucas-Atos. Porém, Lucas-Atos reveste-se de uma perspectiva tipicamente gentílica, ao passo que o livro aos Hebreus manifesta-se altamente judaico.
Pricila como autora de Hebreus.
Esta foi apresentada pelo teólogo Alemão, Adolf Harnack, como uma possibilidade de autoria. Isso em virtude do contato próximo dela com Paulo e por haver ensinado a Apolo. Harnack defendeu que ela escrevera a obra no anonimato, pelo fato de as autorias femininas não serem aceitáveis pelo público. O que torna essa, uma possibilidade plausível.
Clemente como autor de Hebreus.
Clemente de Roma entra nessa lista, pelo fato de haver uma semelhança entre Hebreus e 1Clemente. Todavia, basta uma observação mais acurada para perceber as diferenças. O mais provável é que Clemente tenha se utilizado da carta aos Hebreus como auxílio na composição de seus escritos, e nada mais.
Silvano como autor de Hebreus.
Há hipótese de que Silvano (Silas), companheiro de Paulo, tenha escrito a carta. Essa suposição também nasce das semelhanças com a teologia paulina encontrada em Hebreus. Além disso não há mais o que dizer a favor de Silvano, como sendo o autor do livro. O mesmo vale para a hipótese de que Felipe teria sido o autor da carta.
O que sabemos sobre quem escreveu a carta aos Hebreus?
Não sabemos quem de fato tenha sido o autor da carta, mas há uma chance de que ele era muito próximo de Paulo. De qualquer forma, era alguém muito versado no antigo testamento.
  • Era uma pessoa muito culta e possuía um estilo literário muito refinado
  • Conhecia muito o Antigo Testamento e a cultura judaica
  • Não era uma testemunha ocular de Cristo, conforme (Hb 2.3)
  • Cria no evangelho e reconhecia a superioridade de Cristo
  • Provavelmente conhecia Paulo, uma vez que conheceu Timóteo pessoalmente ( Hb 13.23)
Essas peculiaridades permitem sabermos que o autor da carta era alguém participante da comunidade cristã. O fato dele mencionar Timóteo como um irmão na fé é suficiente para nos convencer disso. Ele cogita até uma possível visita aos Hebreus, juntamente com Timóteo após sua chegada. No entanto, todos esses detalhes já citados aqui, não nos revelam a autoria da carta.
Conclusão:
Provavelmente nunca iremos saber quem escreveu o livro de Hebreus, a menos que algum achado arqueológico futuro revele sua identidade. Contudo, a veracidade do que está escrito em Hebreus é irrefutável.
Eu termino este assunto citando o que Orígenes escreveu. “se eu fosse emitir minha opinião, deveria dizer que os pensamentos são do apóstolo [Paulo], mas o estilo e a fraseologia são de alguém que lembrava os ensinos do apóstolo e escreveu a seu bel-prazer o que tinha sido dito por seu mestre. […] Mas quem escreveu a carta…bem, Deus sabe a verdade”. (Orígenes, de acordo co Eusébio, História da igreja 6.25.13).

domingo, 17 de maio de 2020

A Voz Que Clama No Deserto.

E este é o testemunho de João, quando os judeus mandaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para lhe perguntarem: Quem és tu? E confessou e não negou: Eu não sou o Cristo. E perguntaram-lhe: Então, quem és, pois? Es tu Elias? E disse: Não sou. És tu o profeta? E respondeu: Não. Disseram-lhe, pois: Quem és, para que demos resposta àqueles que nos enviaram? Que dizes de ti mesmo? João respondeu: "Eu sou a voz do que clama no deserto"... (Jo.1.19-23).

Havia entre os judeus uma preocupação em relação a pessoa de João Batista. João, o discípulo amado, nos traz um relato acerca de João Batista e diz que, os judeus mandaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para lhe perguntarem acerca de sua pessoa. Eles perguntaram: Quem és tu? João respondeu: "Eu não sou o Cristo". Não satisfeitos com a reposta, eles insistem em perguntar: Es tu Elias? Ele disse: Não. Es tu o profeta? E responde: Não. Desesperados, querendo uma resposta que identificasse a pessoa de João Batista, eles insistem e perguntam mais uma vez: Quem és, para que demos resposta àqueles que nos enviaram? Que diz você acerca de si mesmo? Finalmente, João respondeu com as palavras do profeta Isaías: "Eu sou a voz do que clama no deserto". Nesta declaração de João Batista, se cumpri a profecia de Isaías 40.3.

Onde Estão os João Batista do Século XXI? 

Na atualidade, os João Batista somos nós, nós somos a voz do que clama no deserto. Nós somos responsáveis para indicar e conduzir as pessoas para o Caminho, que é Cristo. Assim como João teve a missão de preparar o caminho do Senhor, nós temos também a missão de anunciar o caminho de Cristo. Qual tem sido a nossa atitude diante das pessoas que não conhecem o Caminho que é Cristo? Será que o nosso testemunho de vida tem atraído as pessoas? Será que as pessoas podem ir atrás de você para conhecer a Cristo, como iam atrás de João Batista? Um detalhe, João Batista pregava no deserto, e as pessoas saiam das cidades e iam até o deserto para ouvir a palavra de Deus da boca de João. Ele tinha algo diferente que atraia as multidões. Será que as pessoas tem visto algo diferente em você? Você tem sido um exemplo de vida, ao ponto de atrair pessoas de vários lugares (trabalho, escola, faculdade, igrejas, familiares, etc), para lhe ouvir falar do amor de Cristo? Será que suas atitudes tem falado mais alto do que suas palavras? Será que você é a Bíblia que seus amigos, amigas e famílias não leem? Suas palavras correspondem ao que você vive ou pratica? O mundo espera ver algo diferente em nós, os cristãos, algo que o mundo não tem para oferecer: A paz, a fé, a alegria, o amor, a esperança, toda diferença em Cristo.

Observe que, da mesma forma que nós podemos preparar e abrir o Caminho de Cristo para as pessoas, podemos também fechar. Através do nosso comportamentos, atitudes e testemunho as pessoas podem ser atraídas para Cristo, ou não. Como você tem andado no Caminho de Cristo? Que tipo de evangelho você tem vivido e pregado? O seu caráter como cristão faz as pessoas acreditarem que você é um verdeiro discípulo de Cristo, ou a sua vida serve de escândalo e tropeço para afastarem as pessoas de aceitarem a Cristo como Salvador? Não afaste as pessoas de Cristo por causa do seu mal testemunho, não feche o Caminho de Cristo para as pessoas, antes mostre a luz de Cristo em sua vida. Viva o evangelho de verdade e seja um arauto da fé, proclame o caminho da salvação para os perdidos.

Na verdade, este mundo é um Deserto cheio de ilusões, onde as pessoas estão cansadas, oprimidas, necessitando de ajuda, de alguém para socorrer e lhe tirar deste lugar inóspito e sombrio. Você, eu, nós somos as vozes que clama neste deserto (mundo de pecados), sejamos um João Batista em pleno século XXI, "uma voz que clama no Deserto". Amém!

* Deus não fala para as paredes, a voz clama no deserto, mas tem pessoas no deserto para ouvir.