terça-feira, 6 de outubro de 2020

UM CAMINHO NA TORMENTA?

O livro de Naum nos informa sobre a destruição de Nínive. Naum foi o profeta comissionado por Deus para anunciar a total destruição de Nínive. Nínive, capital da Assíria, era a maior cidade daquela época. Nínive era capital de um império famoso pela sua crueldade com que tratava os povos conquistados. Naum anuncia a queda iminente do império assírio, que foi subjugado pelos babilônios e medos em 612 a.C. O livro de Naum em seu primeiro capítulo, descreve um Deus irado que toma vingança contra seus inimigos e não tem o culpado por inocente. 
Naum nos fornece cinco informações sobre Deus: 
1- O SENHOR é um Deus zeloso. 
2- O SENHOR toma vingança e é cheio de furor. 
3- O SENHOR é tardio em irar-se, mas grande em força e ao culpado não tem por inocente. 
4- O SENHOR tem o seu caminho na tormenta e na tempestade ... 
5- O SENHOR é bom, uma fortaleza no dia da angústia, e conhece os que confiam nele (1.2-7). 

DEUS TEM O SEU CAMINHO NA TORMENTA.

O SENHOR tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés (Na.1.3b).

Na ótica humana é impossível alguém caminhar no meio de uma tormenta ou na tempestade. Isto não é normal, é contraditório, é um contrassenso. Mas para Deus nada é impossível, porque Ele trabalha na contramão da lógica humana. 
Tempestade, borrasca, tormenta são fenômenos da natureza que tem um terrível poder de destruição. 
A nossa vida é como um barco navegando no mar desta vida. Há tempos de bonança, mas há tempos de adversidade, muitas vezes surgem tempestades querendo nos causar medo e sacudir a nossa estrutura. A tempestade quando vem ela não avisa, mas vem de surpresa e nos pega despreparados. No seu normal, ninguém nunca desejaria está no meio de uma tempestade, no topo de uma tormenta. Porém, a nossa vida é cheia de altos e baixos, as vezes estamos em cima e as vezes estamos em baixo. As bênçãos, as benesses e as prosperidades desta vida, são sempre bem vindas. Mas, quando vem as adversidades, quando uma tempestade de problemas nos sobrevêm, muitas vezes entramos em desespero e não sabemos como resolver. Porém, a boa notícia é que, a tempestade não dura para sempre, ela terá o seu fim. Basta você crer e confiar que Deus está no meio desta tempestade, Ele vem caminhando por cima da tormenta, e do meio da tempestade Deus vai falar e fará cessar a tempestade da sua vida. Foi assim com Jó, Deus falou com Jó do meio da tempestade (Jó.38.1), e em seguida virou o seu cativeiro. Quando vier a tempestade, não reclame, mas clame a Jesus, o Rabi da Galileia, e Ele vai se levantar para acalmar os ventos e o mar que estão querendo apavorar a sua vida. O que parece impossível para os homens, é possível para DEUS. Ele tem o seu caminho na tormenta e virá para nos socorrer. Amém!   

sábado, 3 de outubro de 2020

DEZ FATOS CURIOSOS NO LIVRO DE JÓ.

O livro de Jó é de autor desconhecido, alguns estudiosos da Bíblia sugerem ter sido escrito por Moisés. Alguns eruditos situam a data de redação deste livro na época patriarcal, cerca de 1460 a.C., o qual vem a ser o livro mais antigo da Escritura. O livro mostra o Eterno em um conselho celestial (1.6;2.1). Este livro exibe Satanás como acusador e tentador, que age sob o absoluto e preciso controle e soberania de Deus. Diversos eventos narrados no livro coincidem com os costumes da época dos patriarcas, que sugere ter sido Jó contemporâneo de Abraão, Isaque e Jacó. Jó, no hebraico "Iyob", significa odiado, aborrecido ou perseguido. A pessoa de Jó é por excelência símbolo da paciência. Jó perde sua família, sua saúde e suas propriedades. Ao longo de uma série de provas, Jó exalta ao SENHOR e reconhece sua soberania. Jó arrepende-se humildemente, e o SENHOR lhe restaura sua família, saúde e posses. Jó é mencionado pelo profeta Ezequiel (14.14,20) junto com Noé e Daniel como justo e uma pessoa real, e por Tiago (5.11) como célebre por sua paciência.

1- O livro de Jó foi o primeiro a ser escrito, cerca 1460 anos antes de Cristo.

2- O livro de Jó é o único que se repete por quatorze vezes o nome "Satanás".

3- O livro de Jó tem o maior número de perguntas, com cerca de 236 interrogações. 

4- O livro de Jó é composto de prosa e poesia. Uma prosa no prólogo, capítulos 1 e 2; a poesia sapiencial é apresentada nos capítulos 3 ao 42.1-6, e no epílogo uma prosa, 42.7-17.

5- Jó desejou que suas palavras fossem registradas num livro (19.23).

6- Jó foi um contemporâneo de Abraão, mas ele não era hebreu.

7- Jó foi o primeiro a fazer menção da vinda do Redentor (19.25).

8- Jó exercia a função de sacerdote antes da lei de Moisés (1.5).

9- Jó conhecia a Deus de forma superficial, depois da provação ele passou a conhece-lo melhor (42.5).

10- A expressão Todo-Poderoso (El-Shaddai), aparece 31 vezes no livro de Jó (5.17; 6.4,14; 8.3,5; 11.7; 13.3; 15.25; 21.15,20; 22.3,17,23,25,26; 23.16; 24.1; 27.2,10,11,13; 29.5; 31.2,35; 32.8; 33.4; 34.10,12; 35.13; 37.23; 40.2).

SETE COISAS QUE NÃO FORAM REVELADAS NO LIVRO DE JÓ.

1- Quem escreveu o livro de Jó.
2- O nome da mulher de Jó (2.9).
3- O nome dos filhos de Jó (42.13,14).
4- O nome dos pais de Jó (3.3).
5- O nome dos irmãos e irmãs (42.11).
6- Quanto tempo durou a provação de Jó (42.10).
7- Quantos anos exatamente Jó viveu (42.16,17).

CONCLUSÃO: 

O livro de Jó apresenta três visões sobre fé e sofrimento: (1) Visão de Satanás: As pessoas creem em Deus somente quando estão prosperando, e não sofrendo. Isto não é verdade. (2) Visão dos amigos de Jó: O sofrimento é o juízo de Deus pelo pecado. Isto nem sempre é verdade. (3) Visão de Deus: O sofrimento é a maneira que Deus usa para ensinar, disciplinar e refinar a nossa vida. Nos fazendo confiar nele por quem Ele é, e não pelo que Ele faz. 

Por todo o livro, os amigos de Jó lhe pediram que admitisse seu pecado e pedisse perdão, e, no final, Jó realmente se arrependeu. Ironicamente, o arrependimento de Jó não era do tipo que seus amigos lhe julgaram. Ele pediu perdão, não por cometer pecados secretos, mas por questionar a soberania e a justiça de Deus (Jó.42.1-6). 

domingo, 27 de setembro de 2020

O RECONHECIMENTO DA UTILIDADE DE UM OBREIRO.

Só Lucas está comigo. Toma Marcos e traze-o contigo, porque me é muito útil para o ministério (II Tm.4.11).

O ministério de Paulo estava chegando ao fim, ele estava preso em Roma aguardando o seu julgamento, e seus cooperadores o abandonaram no pior momento de sua vida. Contudo, exceto Lucas, a quem Paulo chama "o médico amado" (4.11;Cl.4.14), estava junto a ele, os outros não estavam próximos. Demas abandonou a fé e foi para Tessalônica; Crescente fora para a Galácia, Tito estava pregando na Dalmácia (4.10). Paulo estava se sentindo solitário e precisava de obreiros para lhe auxiliar no ministério, por essa razão ele pede a Timóteo: Toma Marcos e traze-o contigo, porque me é muito útil para o ministério (4.11). Percebe-se claramente que o conflito ocorrido anos atrás entre Paulo e Marcos foi totalmente resolvido (At.15.36-40). Paulo demonstra ser um líder que tem maturidade, pelo fato de não guardar ressentimentos negativo para com o obreiro João Marcos, mas reconhece a sua utilidade, mesmo tendo falhado em abandonar a obra em sua primeira viagem missionária (At.13.13). Aqui nós aprendemos que, não existe obreiro perfeito, estamos sujeitos a falhas, mas sempre seremos útil na obra de Deus. O problema quem cria muitas vezes é o líder imaturo, que pensa que todos tem que concordar em tudo com ele, e até mesmo lhe bajular para terem reconhecimento no ministério. Todavia, Deus não aprova este tipo de atitude por parte de alguns lideres, que impõe a sua regra e quem não ler na sua cartilha está reprovado. Se Paulo fosse um líder imaturo, ele não aceitaria nunca mais a Marcos no ministério, porém a visão de Paulo não foi carnal, a ponto de ser vingativo e desprezar o obreiro. Tempos depois, Paulo faz referência a Marcos e o recomenda à igreja de Colosso dizendo: ... Marcos, o sobrinho de Barnabé, acerca do qual já recebestes mandamentos; se ele for ter convosco, recebei-o (Cl.4.10). A inconstância de Marcos não o levou ao fracasso ministerial, mas ele foi reconhecido e se destacou como obreiro do Senhor, sendo o primeiro evangelista a escrever acerca da vida de Jesus Cristo, no evangelho que tem o seu nome.

Infelizmente, na época atual, há lideres vingativos que não admitem falhas do obreiro, e dizem: Enquanto eu estiver como pastor desta região ou convenção, ele não tem minha aprovação em nada. Mas quando Deus tem um chamado na vida do obreiro, não há líder que impeça. Portanto, não se reprove quando o homem não reconhece a sua utilidade no ministério, continue fazendo a obra, porque é Deus quem te reconhece e aprova. Deus falará a teu favor, e o teu líder vai reconhecer a tua utilidade no ministério, como Paulo reconheceu a Marcos. Amém! 

sábado, 26 de setembro de 2020

UMA GERAÇÃO DECADENTE.

 


De que se queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados (Lm.3.39).

A partir do pecado da desobediência de Adão e Eva, a humanidade entrou em uma decadência espiritual, moral e social sem precedentes. O pecado afastou o homem de Deus e o deixou vulnerável a todos os tipos de males. Desde os tempos antigos a humanidade vem lutando em busca de um mundo melhor. A verdade é que, o mundo mudou e ficou melhor no que se refere ao desenvolvimento científico e tecnológico, a modernidade trouxe grandes benefícios para humanidade, mas não conseguiu mudar o comportamento das pessoas no nível moral, espiritual e social. A falta de amor pelo próximo, a discriminação racial, religiosa e social vem aumentando ao longo dos anos, e os educadores, os governantes, os intelectuais e lideres religiosos já não sabem mais o que fazer para minimizar esta situação. Infelizmente, estamos vivendo em uma sociedade decadente, entregue ao hedonismo em busca de prazeres e bens materiais, prestes a entrar em um caos moral, social e espiritual. O pecado se alastra como um câncer, e os pecadores não cansam de pecar; com a multiplicação da iniquidade a maldade tende a aumentar e se estabelecer no meio familiar e social de modo geral. E agora, o que fazer? A resposta está na Bíblia, na palavra de Deus, na qual muitos não acreditam mais, ou nunca acreditaram. A falta de Deus na vida, a falta de temor a Deus, de amor ao próximo e respeito as coisas sagradas tem sido a causa de grandes desgraças na sociedade. Todavia, em meio a uma sociedade corrompida e decadente, há um número expressivo de pessoas que buscam a Deus e procuram viver de forma ordeira, como a palavra de Deus recomenda.

QUATRO CARACTERÍSTICAS DE UMA GERAÇÃO DECADENTE.

1- NÃO HONRAM PAI E MÃE.

Há uma geração que amaldiçoa a seu pai e que não bendiz a sua mãe (Pv.30.11).

2- REJEITAM A GRAÇA DE DEUS.

Há uma geração que é pura aos seus olhos e que nunca foi purificada da sua imundícia (Pv.30.12).

3- SÃO EXALTADOS E ORGULHOSOS.

Há uma geração cujos olhos são altivos e cujas pálpebras são levantadas para cima (Pv.30.13).

4- SÃO VIOLENTOS E SEM TEMOR A DEUS.

Há uma geração cujos dentes são espadas e cujos queixais são facas, para consumirem na terra os aflitos e os necessitados entre os homens (Pv.30.14).

Nunca na história da humanidade se viu tantas catástrofes, atrocidades, epidemias, violências e misérias entre o povo. Que esta geração se volte para Deus e o busque de todo o coração, para que seja alcançada pela sua graça e possa desfrutar de dias melhores, debaixo da bênção de DEUS. Apesar da inegável decadência em que o mundo se encontra, a Bíblia apresenta a saída para o estancamento da decadência global. Deus tem interesse em salvar pecadores, perdoá-los e transformá-los em agentes do bem e propagadores do genuíno Evangelho. Amém!  

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

DESFRUTANDO OS RESULTADOS DA BOA SEMEADURA.

Lança o teu pão sobre as águas, porque, depois de muitos dias, o acharás. Reparte com sete e ainda até com oito, porque não sabes que mal haverá sobre a terra (Ec.11.1,2).

Lança o teu pão sobre as águas ... O que significa isso? Alguns comentaristas concordam que uma semeadura de fé esteja envolvida nesta expressão do sábio Salomão, todavia, não há um significado exato. Alguns dizem que a frase se refere a filantropia ou às boas ações; outros pensam que se refere a uma atividade comercial. 

Há duas maneiras de se interpretar esta expressão: Uma delas é que a ordem de lançar o pão sobre as águas está simbolicamente relacionada ao comércio por via marítima nos dias do autor do Eclesiastes. Negociantes tomavam o barco, o carregavam com os bens que haviam produzido e zarpavam para comercializar em outras terras. Depois de alguns dias em viagem e envolvidos na comercialização no destino escolhido, voltavam com os resultados do trabalho.

Há também a interpretação que remonta à prática agrícola na Palestina. O trigo e a cevada, ingredientes básicos do pão, tinham suas sementes lançadas sobre as águas na época das enchentes dos rios. Depois que as águas baixassem, as sementes germinavam e floresciam, possibilitando uma grande colheita. Evidentemente, havia no processo um componente de fé, considerando que, mesmo sem saberem quantas semente germinariam, os agricultores mantinham a confiança de que a colheita seria abundante.

A partir dessas interpretações, há o tradicional entendimento de que a prática da bondade será recompensada. A lei da semeadura é certa, tudo que semeamos volta para nós, seja boa ou má. A lei da semeadura e colheita é infalível em todas as áreas da vida, razão pela qual devemos sempre procurar fazer o bem. Falando sobre este tema, Paulo diz: "E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido"(Gl.6.9). Há um ditado que diz: "Quem semeia vento, colhe tempestade". A semeadura é como jogar bumerangue, ela sempre volta. 

Que possamos lançar o nosso pão, aquilo que temos de melhor, para ajudar, socorrer e beneficiar a muitos, sem nenhum interesse de troca. Não desista, nem canse de fazer o bem, porque do SENHOR vem a recompensa. Amém! 

domingo, 20 de setembro de 2020

EL-SHADDAY, Deus Todo-Poderoso.

Sendo, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o SENHOR a Abrão, e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso, anda em minha presença e sê perfeito (Gn.17.1).

Falou mais Deus a Moisés, e disse: Eu sou o SENHOR. Eu apareci a Abraão, a Isaque, e a Jacó, como o Deus Todo-Poderoso; mas pelo meu nome, o SENHOR, não lhes fui perfeitamente conhecido (Ex.6.2,3).

EL-SHADAI, é um dos nomes de Deus que significa o Onipotente, o Todo-poderoso. A primeira menção deste nome ocorre em Gênesis 17.1 e vai se repetir mais cinco vezes no livro de Gênesis (28.3; 35.11; 43.14; 48.3; 49.25). Este nome "El-Shaddai" vem a ser conhecido pelos patriarcas, e Deus faz questão de se revelar com este nome para diferenciar dos deuses pagãs que eram considerados poderosos. El-Shaddai é uma junção de dois nomes, El no hebraico é Deus e Shaddai se origina da palavra "Shad" que significa seio que amamenta. Este nome faz lembrar a atitude de uma mãe alimentando seu filho recém-nascido. Isto fala da provisão, do cuidado e do carinho que Deus dispensa aos seus filhos. El-Shaddai é o Deus que supre as necessidades de seu povo e lhe proporciona meios para sua sobrevivência e proliferação (Gn.28.3,4; Jó 5.17-25). 
EL-SHADDAI aparece cerca de 50 vezes no texto sagrado.
6 vezes no livro de Gênesis (17.1; 28.3; 35.11; 43.14; 48.3; 49.25). 
1 vez em Êxodo, 6.3. 
2 vezes em números 24.4,16. 
2 vezes em Rute 1.20,21. 
31 vezes no livro de Jó (Jó 5.17; 6.4,14; 8.3,5; 11.7; 13.3; 15.25; 21.15,20; 22.3,17,23,25,26; 23.16; 24.1; 27.2,10,11,13; 29.5; 31.2,35; 32.8; 33.4; 34.10,12; 35.13; 37.23; 40.2). 
2 vezes no livro dos Salmos (91.1; 68.14).
1 vez em Isaías 13.6. 
1 vez em Ezequiel 10.5. 
1 vez em Joel 1,15.

No Novo Testamento a expressão "Todo-Poderoso" do grego é "Pantodýnamos". Aparece 10 vezes:

1 vez em II Co.6.18.
9 vezes em Apocalipse (Ap.1.8; 4.8; 11.17; 15.3; 16.7,14; 19.6,15; 21.22). 

ETIMOLOGIA DO TERMO "SHADDAI".

Embora a tradução comum de "El Shaddai” seja “Deus Todo-Poderoso”, alguns linguistas contestam tal fato alegando que, conforme o arcádico, o correto seria “Deus da Estepe” (ver Bíblia de Jerusalém – p. 52). Há os que afirmam que “Shaddai” vem do hebraico “shad”, que significa, ao pé da letra, “seio, mama”. Neste caso, “El Shaddai” seria “o Deus que sustenta”, “o Deus que nutre”, “o Deus que satisfaz”. Há também aqueles que o façam derivar de uma raiz cujo sentido é “acumular benefícios ou vantagens”, remetendo à noção de um Deus que beneficia os patriarcas e pastores”. Existem ainda alguns que vêem em “Shaddai” o significado de “o Deus das Montanhas” (ver Bíblia Vida Nova – p. 20). Já o Dicionário Hebraico-Português, de Rifka Berezin, publicado pela Universidade de São Paulo, corrobora a ideia de que “Shaddai” significa realmente “Todo-Poderoso (Deus)”. Tal termo, no hebraico, é escrito com três letras: “shin” (transliterada por “sh”), “dalet” (transliterada por “d”) e “iud” ou “iod” (transliterada por “y” ou “i”). Ou seja: “Shadai” ou “Shaddai”.

Fonte: http://www.etimologista.com/2011/06/qual-o-verdadeiro-sentido-de-shaddai.html

sábado, 19 de setembro de 2020

QUEBRANDO AS PONTES DO PASSADO.

Não vos lembreis das coisas passadas, nem considereis as antigas. Eis que farei uma coisa nova, e, agora, sairá à luz; porventura, não a sabereis? Eis que porei um caminho no deserto e rios, no ermo (Is.43.18,19). Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo (II Co.5.17).

Um dos maiores problemas das pessoas, é quando ficam presas ao passado. Trazer à memória coisas do passado que nos causam sentimentos negativos, não vale a pena, e não é isso que Deus quer para os seus servos. Jeremias em suas lamentações diz: "Todavia, lembro-me também do que pode me dar esperança" (Lm.3.21-NVI). Em outra tradução diz: "Quero trazer à memória o que me pode dar esperança". Não devemos ser saudosistas, mas lembrar de algo bom do passado, faz bem a nossa alma. Porém, a vida pregressa de delitos e pecados que antes vivíamos, não vale a pena lembrar, nem comentar sobre tal. Deus é especialista em fazer coisas novas, Ele não nos quer presos ao passado. Todas as pontes que nos levam a fazer ligação com o passado, devem ser quebradas. Há um ditado que diz: "Quem vive de passado é museu". Esqueça o passado, viva o hoje, o agora, e amanhã Deus proverá todas as coisas. 

DESTRUA TODAS AS PONTES QUE FAZEM CONEXÃO COM O PASSADO.

ABRAÃO.

Abraão quando recebeu o chamado de Deus, saiu da sua terra e do meio da sua parentela, para nunca mais voltar (Gn.12.1). Pela fé, Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia (Hb.11.8).

MOISÉS.

Moisés, o príncipe do Egito, herdeiro ao trono de Faraó, deixou tudo para trás para torna-se servo de Deus e herdeiro celestial. Pela fé, Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, escolhendo, antes, ser maltratado com o povo de Deus do que por, um pouco de tempo, ter o gozo do pecado; tendo, por maiores riquezas, o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa. Pela fé, deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível (Hb.11.24-27).

ELISEU.

Eliseu, ao receber o chamado para servir ao profeta Elias e em seguida ser levantado por Deus como sucessor de Elias, ele destruiu e queimou os seus instrumentos de trabalho, matou os bois que com eles arava a terra e fez uma festa com seus parentes e amigos. Diz o texto sagrado: Então Elias saiu de lá e encontrou Eliseu, filho de Safate, Ele estava arando com doze parelhas de bois, e estava conduzindo a décima segunda parelha. Elias o alcançou e lançou sua capa sobre ele. Eliseu deixou os bois e correu atrás de Elias. "Deixa-me dar um beijo de despedida em meu pai e minha mãe", disse, "e então irei contigo". "Vá e volte", respondeu Elias; "lembre-se do que lhe fiz". E Eliseu voltou, apanhou a sua parelha de bois e os matou. Queimou o equipamento de arar para cozinhar a carne e a deu ao povo, e eles comeram. Depois partiu com Elias, tornando-se seu auxiliar (I Rs.19.19-21 NVI).  

PAULO.

Paulo, era cidadão romano, discípulo do rabi Gamaliel, fariseu por excelência, poliglota, e um grande conhecedor da Lei de Moisés. Mas ele desfez o vínculo com seus títulos e status, quebrando a ponte que fazia ligação com o seu passado, com sua vida de perseguidor dos cristãos. Paulo declarou: Porque já ouvistes qual foi antigamente a minha conduta no judaísmo, como sobremaneira perseguia a igreja de Deus e a assolava. E, na minha nação, excedia em judaísmo a muitos da minha idade, sendo extremamente zeloso das tradições de meus pais. Mas, quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me separou e me chamou pela sua graça, revelar seu Filho em mim, para que o pregasse entre os gentios ... (Gl.1.13-16). Circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; segundo a lei, fui fariseu, segundo o zelo, perseguidor da igreja; segundo a justiça que há na lei, irrepreensível. Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas e as considero como esterco, para que possa ganhar a Cristo (Fp.3.5-8). Com estas declarações, em outras palavras, Paulo está dizendo que, o seu chamado é mais importante de tudo o que ele era e tinha antes, e o seu vínculo com o passado foi desfeito.

CONCLUSÃO:

O seu chamado é mais importante e maior que todas as coisas. Nunca devemos deixar um plano B, quando somos chamados e vocacionados por Deus para cumprirmos o seu propósito em nossa vida. Quem tem convicção do seu chamado, não fica com o coração dividido, nem preso ao passado; mas desfaz as pontes do passado para nunca mais tornar ao que era antes. Esqueça o passado, o alvo está na frente, a missão é árdua, mas vale a pena. Deus é contigo! Amém!