sexta-feira, 21 de maio de 2021

QUEM ERAM OS ESCRIBAS E FARISEUS?

 

Então, falou Jesus à multidão e aos seus discípulos, dizendo: Na cadeira de Moisés, estão assentados os escribas e fariseus. Observai, pois, e praticai tudo o que vos disserem; mas não procedais em conformidade com as suas obras, porque dizem e não praticam (Mt.23.1-3).

As palavras de Jesus no capítulo 23 são palavras severas, são denúncias e juízo contra os escribas e fariseus. Os escribas e fariseus eram lideres religiosos, considerados os interpretes da Lei, os quais o povo os tinham em grande estima e admiração. Jesus censura os escribas e fariseus por suas hipocrisias, suas tradições e rejeição a genuína Palavra de Deus. Jesus pronuncia palavras de juízo contra os escribas e fariseus utilizando a expressão "Ai" por oito vezes. O zelo de Jesus pela Palavra de Deus o levou a denunciar os lideres religiosos com duras palavras, tais como: Hipócritas! Condutores de cegos! Filho do inferno! Insensatos e cegos! Sepulcros caiados! Serpentes! Raça de víboras! Assassinos! Jesus descreve o caráter dos lideres religiosos de sua época como pregadores que buscam popularidade e atenção do povo, que amam honrarias e títulos, gostam de destaques e assentassem nos primeiros lugares. Isto não é mera coincidência com os pregadores e lideres dos dias atuais que pregam e ensinam um evangelho distorcido para atender suas próprias conveniências. A Palavra de Deus nos adverte para estarmos atentos a esses falsos pregadores e lideres religioso que mercadejam a fé em nome de Deus. 

A ORIGEM DOS ESCRIBAS E SEU OFÍCIO.

O escriba ou escrivão era aquele que na antiguidade e também durante a idade média dominava a escrita e a usava para redigir as leis de sua região, a mando do governante, ou as normas de uma determinada religião, antes da invenção da prensa móvel. Também podia exercer as funções de contador, secretário, copista e arquivista. Na antiguidade, os escribas eram os profissionais que tinham a função de escrever textos, registrar dados numéricos, redigir leis, copiar e arquivar informações. Como poucas pessoas dominavam a arte da escrita, possuíam grande destaque social.

O ESCRIBA NO EGITO ANTIGO.

O escriba do Antigo Egito, ou sesh, era uma pessoa educada nas artes da escrita, usando tanto escritas hieróglifas e hieráticas, e da segunda metade do primeiro milênio a.C. a escrita demótica foi usada também e a aritmética. Filhos de escribas eram educados na mesma tradição escriba, enviados à escola e ao entrarem ao serviço civil, herdavam o mesmo cargo dos pais.
Muito do que é sabido do Antigo Egito provem das atividades dos escribas. Edifícios monumentais foram erigidos sob suas supervisões, atividades administrativas e econômicas eram documentadas por eles, e os contos das bocas das baixas classes egípcias ou de terras estrangeiras sobreviveram graças aos escribas.
Escribas também eram considerados parte da corte real e não eram obrigados a pagar tributos ou se juntar às forças armadas. A profissão do escriba possuía similares, como os pintores e artesãos que faziam decorações e outras relíquias com pinturas e textos hieróglifos. Um escriba era dispensado do trabalho manual pesado exigido às baixas classes. Era uma profissão privilegiada. 

O ESCRIBA NA BÍBLIA.

Nos livros sagrados para os cristãos e judeus, o termo escriba refere-se aos chamados doutores e mestres, ou seja, homens especializados no estudo e na explicação da lei ou Torá. O termo aparece pela primeira vez no livro veterotestamentário de I Crônicas 2.55, onde se ler: E os clãs de escribas que viviam em Jabez... Os dois primeiros homens a serem chamados de escribas na Bíblia foram: Baruque e Esdras. Então Jeremias pegou outro rolo e o deu ao escriba Baruque, filho de Nerias, para que escrevesse nele... (Jr.36.32). O escriba Esdras estava numa plataforma elevada, de madeira, construída para a ocasião... (Ne.8.4). 
Os escribas eram bem sucedidos no que faziam e sabe-se que tinham grande influência e eram muito estimados pelo povo, tendo existido escribas partidários de diferentes correntes do judaísmo, tais como os fariseus, que eram a maioria.  

Iniciaram sua atuação ainda no final do período do Antigo Testamento, durante e após o exílio babilônico, enquanto a figura do profeta desvanecia. Já no Novo Testamento, é possível verificar que a maioria dos escribas da época se opôs aos ensinamentos de Jesus, que os criticava duramente por causa do seu proceder legalista e hipócrita, no mesmo contexto das críticas aos fariseus, a corrente majoritária dos escribas. Após a destruição do templo de Jerusalém no ano 70 d.C., seguido do desaparecimento da figura do sacerdócio judaico, sua influência passaria a ser ainda maior no âmbito do judaísmo.

Alguns escribas ficariam famosos, tais como Hilel e Shamai (pouco antes de Cristo), tendo sido ambos líderes de tendências opostas na interpretação da lei, sendo menos rigoroso o primeiro e mais rigoroso o segundo. Gamaliel, discípulo de Hilel, foi mestre de Paulo, tendo existido também outros escribas simpatizantes com os cristãos.

NOTAS HISTÓRICAS E CULTURAIS.

Os escribas constituíam uma importante classe profissional na sociedade do mundo antigo. A arte dos escribas na leitura, escrita e interpretação de documentos escritos, proporcionava-lhes um papel fundamental em questões pessoais, estatais e religiosas. Geralmente o texto era redigido a partir de um ditado (Jr.36.32), utilizando uma ponteira de junco afiada com uma "faca de escrivão" (Jr.36.23). A formação de um escriba era adquirida na escola, e a profissão às vezes era vista como um negócio familiar (I Cr.2.55). Algumas personagens importantes da Bíblia foram escribas: Safã, que leu o Livro da Lei ao rei Josias (II Rs.22.10); Baruque, que documentou as palavras do profeta Jeremias (Jr.36.4); Esdras, que copiou e leu os decretos do rei da Pérsia e a Lei de Moisés (Ed.7.6-11); o evangelista Mateus, que usou suas habilidades de escrita para compor o primeiro evangelho canônico (Mt.8.19; 13.52).
A Bíblia apresenta corretamente a função dos escribas como sendo documentar e preservar a vontade dos reis (I Cr.24.6; Et.3.12). Eles desempenhavam importantes funções dentro da hierarquia militar (II Rs.25.19; Jr.52.25) e geralmente são apresentados como conselheiros dos reis ao lado do sumo sacerdote (II Rs.1210; 18.18,37; Mt.2.4). Muitos escribas também eram sacerdotes e estavam incumbidos de preservar, interpretar e explicar as Escrituras (Ne.8.9; Mt.17.10; 23.2). Por causa da sua importância e responsabilidade como guardiões da tradição, os escribas também estavam sujeitos ao escrutínio da crítica profética. Jeremias denunciou "a pena mentirosa dos escribas" que haviam abandonado a Lei do SENHOR (Jr.8.8). O próprio Jesus pronunciou uma extensa lista de acusações contra os escribas e fariseus (Mt.23).

A ORIGEM DOS FARISEUS E SEU OFÍCIO.

Fariseus são um grupo de judeus devotos ao Torá (5 primeiros livros da bíblia), surgidos no século II a.C.. Opositores dos saduceus, criam numa Lei Oral, em conjunto com a Lei escrita, e foram os criadores da instituição da sinagoga. Com a destruição de Jerusalém em 70 d.C. e a queda do poder dos saduceus, cresceu sua influência dentro da comunidade judaica e se tornaram os precursores do judaísmo rabínico. A palavra Fariseu tem o significado de "separados", " a verdadeira comunidade de Israel", "santos".

A origem mais próxima do nome fariseu está no latim pharisaeus, que por sua vez deriva do grego antigo ϕαρισαῖος, assentado no hebraico פרושים prushim. Esta palavra vem da raiz parash que basicamente quer dizer "separar", "afastar". Assim, o nome prushim ou perushim é normalmente interpretado como "aqueles que se separaram" do resto da população comum para se consagrar ao estudo da Torá e das suas tradições. Todavia, sua separação não envolvia um ascetismo, já que julgavam ser importante o ensino à população das escrituras e das tradições dos pais.

A origem mais provável dos perushim é que tenham surgido do grupo religioso judaico chamado hassidim (os piedosos), que apoiaram a revolta dos macabeus (168-142 a.C.) contra Antíoco IV Epifânio, rei do Império Selêucida, que incentivou a eliminação de toda cultura não-grega através da assimilação forçada e da proibição de qualquer fé particular. Uma parte da aristocracia da época e dos círculos dos sacerdotes apoiaram as intenções de Antíoco, mas o povo em geral, sob a liderança de Yehudah Makkabi (Judas Macabeu) e sua família revoltou-se.

Os judeus conseguiram vencer os exércitos helênicos e estabelecer um reino judaico independente na região entre 142-63 a.C., quando então foram dominados pelos romanos. Durante este período de 142-63 a.C., a família dos macabeus estabeleceu-se no poder e inaugurou o período independente do Reino da Judéia, que durou de 110a.C até 37a.C. Os Macabeus eram de ascendência levítica e restauraram a adoração e os sacrifícios no Templo de Jerusalém. Este acontecimento é comemorado até hoje pelas comunidades judaicas, chamado de Festa da Dedicação do Templo ou Hanuká

E foi provavelmente nesta época que alguns grupos apareceram dentro da sociedade judaica, começando a estabelecer um certo tipo de divisão de posturas, normalmente com relação a política e/ou religião e com a vida em geral, e com isso se relacionando com a maneira de pensar e de se encaixar na sociedade da época. Dois dos grupos são: Os tzadokim (saduceus), clamando ser os legítimos descendentes de Tzadoque e portanto os legítimos detentores do sumo-sacerdócio e da liderança religiosa em Israel; e os perushim (fariseus), oriundos dos hassidim que, geralmente, desiludidos com a política, voltaram-se para a vida religiosa e estudo da Torá, esperando pela vinda do Messias e do reino de Deus. Outras linhas já existiam há algum tempo e tiveram também seu papel neste cenário, mesmo que de maneira indireta ou subjetiva, um exemplo são os Essênios, que viviam mais em uma vida de consagração ao Criador se estabeleciam na região do deserto, nos montes, como o carmelo, e em algumas outras regiões a fim de preparar o caminho para a vinda do Rei Messias.

Os perushim agrupavam-se em "havurot", associações religiosas que tinham os seus líderes e suas assembleias, e que tomavam juntos as suas refeições. Segundo Flávio Josefo, historiador judeu do século I d.C., o número de perushim na época era de pouco mais de seis mil pessoas (Antigüidades Judaicas 17, 2, 4; § 42). Eles estavam intimamente ligados à liderança das sinagogas, ao seu culto e escolas. Eles também participavam como um grupo importante, ainda que minoritário, do Sinédrio, a suprema corte religiosa e política do Judaísmo da época. Muitos dentre os "perushim" tinham a profissão de sofer (escriba), ou seja, a pessoa responsável pela transmissão escrita dos manuscritos e da interpretação dos mesmos. Duas escolas de interpretação religiosa se desenvolveram no seio dos perushim e se tornaram famosas: a escola de Hillel e a escola de Shammai. A escola de Hillel era considerada mais "liberal" na sua interpretação da Lei, enquanto a de Shamai era mais "estrita".

No entanto os "perushim" eram uma seita de grande influência em Israel devido ao ensino religioso e político. Aceitavam a Torá escrita e as tradições da Torá oral; criam na unicidade do Criador, na ressurreição dos mortos, em anjos e demônios, no julgamento futuro e na vinda do rei Messias. Eram os principais mestres nas sinagogas, o que os favoreceu como elemento de influência dentro do judaísmo após a destruição do Templo. São precursores por suas filosofias e ideias do judaísmo rabínico.

Fonte 1: wikipedia.org
Fonte 2: Bíblia de Estudo Arqueológica NVI - pg.683.

terça-feira, 18 de maio de 2021

Jesus Cristo - O Evangelista Modelo.

E percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do Reino de Deus, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo. E a sua fama correu por toda a Síria; e traziam-lhe todos os que padeciam acometidos de várias enfermidades e tormentos, os endemoninhados, os lunáticos e os paralíticos, e ele os curava. E seguia-o uma grande multidão da Galileia, de Decápolis, de Jerusalém, da Judéia e dalém do Jordão (Mt.4.23-25).

Jesus é o modelo de Evangelista para todas as gerações de pregadores e ganhadores de almas de todos os tempos. Jesus como pregador, cumpriu sua missão de pregar o evangelho do Reino de Deus, ensinar e curar. Jesus foi perfeito e completo em tudo que falou e realizou. Como pregador (Evangelista) Ele foi excelente, cumprindo na integra o seu papel de ganhador de almas. O seu publico era os mais variados possíveis, Ele não escolhia um publico seleto de pessoas cultas e intelectuais para ouvirem a sua mensagem. O seu púlpito também eram diversos, por vezes utilizava barco de pesca para pregar, muitas vezes estava nos púlpitos das sinagogas, no Templo e nos campos ao ar livre. Os temas dos seus sermões eram os mais variados possíveis, as suas mensagens eram eficazes e tocava os corações. Como bom Evangelista, Ele não pregava apenas para as multidões, mas também pregava e dava atenção a uma única pessoa. Por estas e outras razões, Jesus foi e sempre será o Evangelista Modelo. Amém! 

domingo, 16 de maio de 2021

MINISTÉRIO DE EVANGELISTA.

E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores (Ef.4.11). Mas tu sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faz a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério (II Tm.4.5).

O termo "Evangelista" aparece apenas três vezes no texto sagrado: Em Atos 21.8; Efésios, 4.11; II Timóteo, 4.5. O ministério de evangelista é o terceiro entre os cinco relacionados por Paulo na carta aos efésios 4.11. Na sua citação Paulo classifica cinco tipos de ministros: Apóstolos, profetas, evangelistas, pastores, mestres. O ministério de evangelista é dinâmico e extraordinário, um verdadeiro evangelista não se detêm em ficar fixo em uma igreja. Nos dias atuais parece haver muitos "avivalistas" e poucos evangelistas. Existem Igrejas super lotadas de pregadores, mas vazias de ganhadores de almas. E, além disso, a verdadeira função do evangelista, é que ele deve ser visto mais fora da Igreja do que dentro dela, isto é, que ele não seja somente visto numa função local; mas que sempre avance na direção das almas perdidas sem Cristo. A sua vocação é pregar o evangelho, ganhar almas para o Reino de Deus e fundar novas igrejas nas comunidades.

PODEMOS IDENTIFICAR TRÊS TIPOS DE EVANGELISTAS:

- Todos os crentes que evangelizam e falam do amor de Cristo para as pessoas.

- Um obreiro que recebeu o título de evangelista, mesmo que não seja a sua vocação.

- O evangelista vocacionado, chamado e consagrado nesta função ministerial.

FILIPE, UM EVANGELISTA  AUTÊNTICO.

Filipe é o único homem na bíblia que é chamado de evangelista. Este Filipe estava entre os sete que foram escolhidos para servirem as mesas na função de diácono (Atos, 6.1-6). Filipe logo se destacou na pregação do evangelho, e, depois de vinte anos ele aparece como evangelista. O escritor Lucas, diz: No dia seguinte, partindo dali Paulo e nós que com ele estávamos, chegamos a Cesaréia; e, entrando em casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele (Atos, 21.8).

Na verdade, a vocação precede a chamada, Filipe que no começo foi chamado para servir as mesas como diácono, tempos depois se revelou com aptidão de evangelista. O escritor Lucas o chamou de evangelista, porque percebeu nele esta vocação. Bom é quando o povo ver e a igreja percebe em nós a vocação para o ministério.

Filipe inicia um grande projeto evangelístico; ele começou com os samaritanos e depois foi enviado pelo Espírito Santo a região de Gaza, a fim de levar o evangelho ao eunuco da rainha da Etiópia, que estava sedento da palavra de Deus. Em seguida esteve em Azoto, e passando anunciava o evangelho em todas as cidades, até que chegou em Cesaréia, onde estabeleceu sua residência (Atos, 8.26-40).

COMO DEVE ATUAR UM EVANGELISTA NA ÉPOCA ATUAL.

- Promover e organizar junto a igreja local eventos evangelísticos.

- Instruir os crentes através de estudos, seminários e palestras acerca de evangelismo.

- Pregar sempre mensagens evangelísticas nas ocasiões oportunas.

- Procurar utilizar a mídia (todos os meios de comunicação) para propagar o Evangelho.

- Ir em busca das almas através do evangelismo pessoal, promover evangelismo nos lares através de curso bíblico, pregar em concentrações e cruzadas evangelísticas.

- Orar sempre pela obra missionária, por salvação de almas e crescimento do Reino de Deus.

DEZ QUALIDADES DE UM AUTÊNTICO EVANGELISTA:

1- O Evangelista é um homem comprometido com a igreja.

2- O Evangelista é um homem de caráter ilibado.

3- O Evangelista é um homem cheio do Espírito Santo.

4- O Evangelista é um homem dinâmico e corajoso.

5- O Evangelista é um homem desbravador na obra da evangelização.

6- O Evangelista é um homem que tem paixão pelas almas.

7- O Evangelista é um homem que segue a direção do Espírito Santo.

8- O Evangelista é um homem que sabe ensinar as Escrituras.

9- O Evangelista centraliza sua mensagem em Cristo.

10- O Evangelista tem o seu ministério focado na Palavra de Deus.

SETE CARACTERÍSTICAS DO EVANGELISTA:

1- Evangelista prega a mensagem do Evangelho (Mc.16.20).

2- Evangelista prega liberdade aos cativos (Lc.4.18,19).

3- Evangelista é um ganhador de almas (Pv.11.30).

4- Evangelista é um pregador ousado (Rm.1.16).

5- Evangelista é um conhecedor das Escrituras (At.8.30-35).

6- Evangelista é um Arauto do Evangelho (I Co.9.16).

7- Evangelista é um embaixador de Cristo (II Co.5.20).

O segredo é pregar a Cristo. Que Deus levante muitos evangelistas inflamados pelo fogo do Espírito para invadirem o território de Satanás e libertarem as almas para o Reino de Deus. 

sábado, 15 de maio de 2021

MINISTÉRIO DE PROFETA NA NOVA ALIANÇA.

E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores (Ef.4.11). E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente, apóstolos, em segundo lugar, profetas, em terceiro, doutores... Porventura, são todos apóstolos? São todos profetas? São todos doutores? São todos operadores de milagres? (I Co.12.28,29).

O ministério de profeta como dom ministerial, ainda existe e está em evidência; porém, este título "Profeta" não é dado diretamente a nenhum ministro no sentido de apresentação e consagração para o ofício de profeta. Segundo Donald C. Stamps, o comentarista da Bíblia de Estudo Pentecostal, os profetas eram homens que falavam sob o impulso direto do Espírito Santo, e cuja motivação e interesse principais eram a vida espiritual e pureza da igreja. Sob o novo concerto, foram levantados pelo Espírito Santo e revestidos pelo seu poder para trazerem uma mensagem da parte de Deus ao seu povo.

QUAL A FUNÇÃO DO PROFETA NA IGREJA?

A função do profeta na igreja incluía o seguinte: (1) Proclamar e interpretar, cheio do Espírito Santo, a Palavra de Deus, por chamada divina. (2) Admoestar, exortar, animar, consolar e edificar a igreja com sua mensagem. Em Atos 15.32 está escrito: Depois, Judas e Silas, que também eram profetas, exortavam e confirmavam os irmãos com muitas palavras. (3) Também faziam previsão sobre acontecimentos futuros: Naqueles dias, desceram profetas de Jerusalém para Antioquia. E, levantando-se um deles, por nome Ágabo, dava a entender, pelo Espírito, que haveria uma grande fome em todo o mundo, e isso aconteceu no tempo de Cláudio César (At.11.27,28). Este mesmo profeta Ágabo, profetizou sobre a prisão de Paulo. E, demorando-nos ali por muitos dias, chegou da Judéia um profeta, por nome Ágabo; e, vindo ter conosco, tomou a cinta de Paulo e, ligando-a aos seus próprios pés e mãos, disse: Isto diz o Espírito Santo: Assim ligarão os judeus, em Jerusalém, o varão de quem é esta cinta e o entregarão nas mãos dos gentios (At.21.10,11).

Era dever do profeta tanto no Antigo Testamento como no Novo Testamento, desmascarar o pecado, proclamar a justiça, advertir sobre o juízo vindouro e combater o mundanismo e frieza espiritual entre o povo de Deus. Na atualidade, não deve ser diferente. Por causa da sua mensagem de justiça e correção, vinda da parte de Deus, o profeta pode esperar ser rejeitado por muitos nas igrejas, neste tempo de mornidão e apostasia.

O caráter de um verdadeiro profeta neotestamentário deve ser aprovado por Deus e ter o testemunho da igreja. Os profetas continuam sendo imprescindíveis ao propósito de Deus para a igreja. A igreja que rejeitar os profetas de Deus caminhará para a decadência espiritual, desviando-se para o mundanismo e o desprezo a Palavra de Deus. Se ao profeta não for permitido trazer a mensagem de repreensão e de advertência denunciando o pecado e a injustiça, então a igreja já não será o lugar onde se possa ouvir a voz do Espírito de Deus. 

Infelizmente, a política eclesiástica e a direção humana vem tomando o lugar do Espírito. Todavia, há um remanescente fiel de pastores e lideres que são dirigidos pelo Espírito Santo, e dão ouvidos a mensagem de Deus que impulsiona a renovação espiritual da igreja. Não havendo profecia (revelação divina), o povo se corrompe... (Pv.29.18). Quando a igreja ouve a Palavra e a guarda em seus coração, o pecado será abandonado, a presença e a santidade do Espírito serão evidentes entre os fiéis. Amém!  

quinta-feira, 13 de maio de 2021

OS TEMPOS DOS GENTIOS.

E cairão a fio de espada e para todas as nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem (Lucas, 21.24).

Os tempos dos gentios é o período em que Israel estará sob o controle e domínio de povos de outras nações. Este período chamado "Os tempos dos gentios" teve início quando os judeus foram levados cativos para Babilônia em 586 a.C. (II Cr.36.1-21; Dn.1.1,2), e terminará quando Cristo estabelecer o seu Reino terreno e governar sobre todas as nações, conforme nos assegura as profecias Bíblicas (Dn.1.31-35; Jr.23.5,6; Zc.6.12,13; 9.10; Rm.11.25,26; Ap.20.4). 

Na profecia das setenta semanas, registrada no livro do profeta Daniel, já se passaram 69 semanas, restando apenas uma semana. Estas setenta semanas de anos são descritas pelo anjo Gabriel a Daniel em resposta a sua oração.

Enquanto eu estava falando e orando, confessando o meu pecado e o pecado de Israel, meu povo, e trazendo o meu pedido ao SENHOR, o meu Deus, em favor do seu santo monte. Estando eu, digo, ainda falando na oração, o varão Gabriel, que eu tinha visto na minha visão ao princípio, veio voando rapidamente e tocou-me à hora do sacrifício da tarde. E me instruiu, e falou comigo, e disse: Daniel, agora, sai para fazer-te entender o sentido. No princípio das tuas súplicas, saiu a ordem, e eu vim, para to declarar, porque és mui amado; toma, pois, bem sentido na palavra e entende a visão. Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para extinguir a transgressão, e dar fim aos pecados, e expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e ungir o Santo dos santos. Sabe e entende: Deste a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, venha, haverá sete semanas, e sessenta e duas semanas. Ela será reconstruída com ruas e muros, mas em tempos difíceis. Depois das sessenta e duas semanas, o Ungido será morto, e já não haverá lugar para Ele. A cidade e o ligar Santo serão destruídos pelo povo do governante que virá. O fim virá como uma inundação; guerras continuarão até o fim, e desolações foram decretadas. Com muitos ele fará uma aliança que durará uma semana. No meio da semana ele dará fim ao sacrifício e à oferta. E numa ala do templo será colocado o sacrifício terrível, até que chegue sobre ele o fim que lhe está decretado (Dn.9.20-27).

A Bíblia de Estudo Pentecostal, comentada por Donald C. Stamps, na página 1263 nos relata o seguinte comentário: Esta profecia de Daniel a respeito de Israel e da Cidade Santa é fundamentada para os últimos tempos. A palavra traduzida por "semanas" significa, aqui, uma unidade numérica de sete anos; portanto, "setenta semanas" equivalem a um período de 490 anos. Seis coisas específicas seriam realizadas em favor de Israel durante 490 anos.

(1) A expiação da iniquidade efetuada pela morte de Jesus.

(2) O "fim dos pecados", Israel (i.e., o remanescente voltará para Deus e viverá em retidão, Rm.11.26).

(3) A extinção da "transgressão", i.e., a transgressão nacional da incredulidade cessará (Jr.33.7,8; Ez.37.21-23).

(4) Um governo de "justiça eterna"  terá início (Is.59.2-21; Jr.31.31-34).

(5) As profecias terão o seu pleno cumprimento e também seu término (At.1.6,7; 3.19-21).

(6) Jesus Cristo ungido Rei (Ez.21.26,27).

Deus revelou a Daniel que sessenta e nove períodos de sete anos, somando portanto 483 anos, transcorreriam entre a data da ordem para reconstruir Jerusalém e a vinda do Messias, o Ungido. Certos expositores da Bíblia diferem de opinião quanto ao tempo exato em que os 483 anos começaram. Alguns concluem que foi em 538 a.C., quando Ciro promulgou em favor dos exilados judeus. Porém esse decreto visava à reedificação do templo, e não da cidade. É mais provável que a data inicial seja 457 a.C., o ano em que Esdras voltou a Jerusalém e começou a reedificar a cidade (Ed.4.1213,16); neste caso, os 483 anos terminaram em 27 d.C.. que foi aproximadamente o ano em que Jesus começou seu ministério. 

Depois de sete semanas e mais sessenta e duas semanas, i.e., um total de sessenta e nove semanas (483 anos), duas coisas aconteceriam: (1) O Messias seria tirado, ou crucificado (Is.53.8). (2) O "povo do príncipe que há de vir", destruiria Jerusalém e o templo. O "povo" refere-se ao exército romano, que destruiu Jerusalém em 70 d.C. (Lc.21.24). O príncipe refere-se ao Anticristo no fim dos tempos. Note que a destruição de Jerusalém não ocorreu imediatamente após a crucificação de Cristo. Portanto, há um hiato de tempo entre o final das sessenta e nove semanas e o início da septuagésima semana. Os exegetas concluem que esse período de tempo corresponda ao período da igreja. 

Conclusão: Portanto, das setenta semanas da profecia de Daniel, restam apenas uma semana, que corresponde exatamente ao período do governo do Anticristo, que será de sete anos. Enquanto isso, os tempos dos gentios já se passaram mais de 2.500 anos; e o período da igreja a contar da morte e ressurreição de Jesus Cristo, quase 2.000 anos. Ambos caminham juntos para um desfecho final do cumprimento das profecias Bíblicas. Amém! 

segunda-feira, 10 de maio de 2021

TORRE FORTE É O NOME DO SENHOR.


Torre forte é o nome do SENHOR; para ela correrá o justo e estará em alto retiro (Pv.18.10).

Na antiguidade uma cidade para estar segura, além dos muros, teria que ter uma torre. A torre era um lugar de refúgio de onde se visualizava o inimigo e o atacava com flechas e pedras.

Há muitas torres e fortalezas no mundo, algumas são belas e famosas; porém, a torre mais forte e poderosa é o nome do SENHOR. O nome do SENHOR representa a sua pessoa, a sua autoridade e o seu caráter. O nome do SENHOR expressa força, poder e autoridade. Os que confiam no SENHOR, procuram refúgio e ajuda em tempos de aflição. Por outro lado, os soberbos e avarentos, equivocados, acreditam que o dinheiro é a sua fonte de segurança nos reveses da vida. Todavia, os que buscam refúgio no nome do SENHOR, estarão seguros.

O nome do SENHOR é mais forte do que a força motora das usinas hidroelétricas.

O nome do SENHOR é mais forte do que as quedas das águas das cataratas.

O nome do SENHOR é mais forte do que a grande muralha da China.

O nome do SENHOR é mais forte do que as grandes pirâmides do Egito.

O nome do SENHOR é mais forte do que as pedras vulcânicas de El-Salvador.

O nome do SENHOR é mais forte do que todos os nomes dos grandes homens que marcaram a história da humanidade.

Finalmente, corra em direção a Torre Forte, e no nome do SENHOR você estará seguro. Este nome é refúgio e fortaleza. Ele é a Torre que protege a nossa cidade (vida) e garante a nossa vitória. Amém! 

sábado, 8 de maio de 2021

JESUS - INCOMPARÁVEL.

E aqueles homens se maravilharam, dizendo: Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem? (Mt.8.27).

Jesus, o homem incomparável, sempre nos surpreende. Os discípulos andavam com Jesus, comiam com Ele, viam as suas maravilhas, ouviam os seus ensinamentos, mas eles não conheciam a Jesus em sua plenitude. Eles ficaram maravilhados com o seu poder, a ponto de perguntarem: Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem? 

O nome dos grandes filósofos, cientistas, estadistas, escritores, poetas, historiadores e teólogos marcaram a história e passaram com o tempo. Mas, o nome de Jesus Cristo permanece inabalável e atual. O próprio calendário está baseado em seu nascimento. Ele não somente fez a História, mas mudou a História.

Jesus na sua humanidade, como homem ele é incomparável. No decorrer dos tempos e épocas, a história registra vários nomes de homens que se destacaram e deixaram um legado para as futuras gerações. Porém, apesar dos seus feitos, fama, nome e renome, eles jamais serão igualados ou comparados com Jesus Cristo. Jesus Cristo, não é mais um, Ele é único e incomparável.

JESUS - SETE VEZES INCOMPARÁVEL:

1- Incomparável em seu Nascimento.

2- Incomparável em seu Ministério.

3- Incomparável em seu Caráter.

4- Incomparável em sua Unção.

5- Incomparável em sua Morte.

6- Incomparável em sua Ressurreição.

7- Incomparável em sua Volta Triunfal.

DEZ COISAS ÚNICAS EM JESUS:

1- Inigualável.

2- Imutável.

3- Inimitável.

4- Invencível.

5- Incomparável.

6- Inconfudível.

7- Imensurável.

8- Insubstituível.

9- Incomum.

10- Imortal.

Nunca compare JESUS com ninguém, Ele é Incomparável.