ADORADORES NA CASA DEUS.

SENHOR, quem habitará no teu Tabernáculo? Quem morará no teu santo Monte? (Sl.15.1).

Quem subirá ao Monte do SENHOR ou quem estará no seu lugar santo? (Sl.24.3).

SENHOR, eu tenho amado a habitação da tua Casa e o lugar onde permanece a tua glória (Sl.26.8).

Quão amáveis são os teus tabernáculos, SENHOR dos Exércitos! A minha alma está anelante e desfalece pelos átrios do SENHOR; o meu coração e a minha carne clamam pelo Deus vivo. Até o pardal encontrou casa, e a andorinha, ninho para si e para a sua prole, junto dos teus altares, SENHOR dos Exércitos, Rei meu e Deus meu. Bem-aventurados os que habitam em tua Casa; louvar-te-ão continuamente. Porque vale mais um dia nos teus átrios do que, em outra parte, mil. Preferiria estar à porta da Casa do meu Deus, a habitar nas tendas da impiedade (Sl.84.1-4,10).

Uma coisa pedi ao SENHOR e a buscarei; que possa morar na Casa do SENHOR todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do SENHOR e aprender no seu templo (Sl.27.4).

Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na Casa do SENHOR por longos dias (Sl.23.6).

No início da Salmo 15, o poeta pergunta ao SENHOR: SENHOR, quem habitará no teu Tabernáculo? Quem morará no teu santo Monte? A pergunta é feita de duas maneiras, mas não há nenhuma diferença de significado entre habitar no tabernáculo de Deus e morar no seu santo monte. Enquanto o tabernáculo era móvel, o templo que estava erguido sobre o monte de Sião, era fixo e permanente. 

Temos aqui uma pergunta importante que cada adorador deveria fazer a si mesmo ao ir à Casa de Deus para adorar. Os judeus levavam muito a sério a Casa de Deus na questão de adoração e reverência. Tanto os sacerdotes quanto os levitas não poderiam se apresentar a Deus de qualquer forma ou em falta diante de Deus. Também por sua vez os que iam ao templo prestar culto a Deus. Hoje, não deve ser diferente, devemos levar também muito a sério quando vamos ao templo cultuar a Deus. Não devemos adorar simplesmente por hábito; por mero costume, de forma mecânica. Precisamos refletir se estamos de fato honrando e adorando a Deus verdadeiramente em espírito e em verdade, ou apenas cultuando de maneira formal e conveniente. 

Buscar habitar na Casa de Deus, nos átrios do SENHOR, para aprender e sentir a glória de Deus na vida, é para crentes adoradores totalmente devoto ao SENHOR. O salmista diz: Eu pedi e buscarei (Sl.27.4). Na verdade, Deus não habita em templos feitos por mãos dos homens (At.17.24), mas habita nos verdadeiros adoradores que o adoram em espírito e em verdade (Jo.4.23,24). Paulo afirma por várias vezes que os crentes são templo de Deus e morada do Espírito Santo (I Co.3.16; II Co.6.16; Ef.2.21). Enquanto na Antiga Aliança era necessário ir ao templo para ver e sentir a glória de Deus, na Nova Aliança a glória de Deus está dentro dos verdadeiros cristãos, que sentem a presença de Deus e falam diretamente com Ele.

Enquanto na Antiga Aliança, os crentes tinham desejo ardente em habitar (morar) na Casa de Deus, para contemplar a sua formosura e aprender a sua Palavra, na Nova Aliança, nos tornamos Casa de Deus e Ele veio morar dentro de nós. Jesus disse: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada (Jo.14.23). Paulo pergunta aos crentes de Corintos: Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Em seguida ele afirma: Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus, que sois vós, é santo (I Co.3.16,17). Hoje nós vamos à Casa de Deus adorá-lo, prestando-lhe culto, porém, o Deus da Casa está dentro dos adoradores. Amém! 

A Casa de Deus não é uma estrutura feita de cimento em concreto armado, o que chamamos de igreja. Nós somos a igreja, é dentro de você que Deus habita ou deseja habitar.

SEM PRATA E SEM OURO, MAS COM UNÇÃO.

E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda (Atos.3.6).

Um homem paralítico, com mais de 40 anos (At.4.22), o qual era coxo desde o ventre da sua mãe, mendigava em uma das entrada que dava acesso ao templo, na porta chamada formosa. Este era posto ali todos os dias para pedir esmolas aos que ali passassem. Quando o coxo viu Pedro e João se aproximarem da porta, ele como de costume lhe pediu uma esmola. Estando ele de cabeça baixa em estado de humilhação, Pedro e João fixando os olhos nele diz: Olha para nós. O coxo levantou a cabeça e olhou para eles esperando receber algum dinheiro, porém foi surpreendido. Ele recebeu algo muito mais valioso do que dinheiro. Pedro disse: Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda. E tomando-o pela mão direita, o levantou, e logo os seus pés e tornozelos se firmaram. O coxo de nascença foi curado, ele recebeu saúde. O homem paralítico não recebeu o que pediu, e sim o que estava precisando. Muitas vezes é assim, Deus não nos dar o que pedimos, mas o que precisamos. 

DEUS MUDOU A HISTÓRIA DO COXO - Parecia não ter mais jeito.

Um homem sem esperança, sem perspectiva de vida e já acostumado com sua rotina cotidiana, era aquele coxo que mendigava a entrada da porta formosa do templo. Ele era trazido todos os dias para a porta formosa, e ali mendigava. Imagine a humilhação que ele passava, poucas pessoas lhe davam atenção, alguns, vez por outra lhe davam alguma moeda. Ele precisava de compaixão, de um olhar de misericórdia, porém era desprezado e o seu destino era uma vida de miséria.

Mas, já estava na agenda de Deus, que naquele determinado dia, a sua vida iria mudar. Deus teve misericórdia daquele homem, usando os apóstolos Pedro e João para lhe beneficiar através do milagre da cura. Com você não será diferente, Deus tem seus planos e seus propósitos, Ele age na hora certa, assim como ele levantou e curou o paralítico, fará também na sua vida. O tempo da sua humilhação vai acabar e você vai se levantar em meio a todas as adversidades e vai saltar de alegria e louvar a Deus pela vitória alcançada.

LIÇÕES DO MILAGRE DA PORTA FORMOSA.

* O homem que foi curado era coxo de nascença e vivia mendigando. 

Um retrato do mundo sem Deus.

Os pecadores estão perdidos desde o nascimento e vivem como coxos e mendigos espirituais.

* Ele estava à porta do templo e vivia sem esperança.

O mundo rejeita entrar pela porta que é Jesus, por isso vive sem esperança.

* Ele esperava receber alguma coisa dos apóstolos. 

O mundo espera receber alguma coisa da igreja. A igreja tem Jesus para oferecer.

* O paralítico precisava ser curado para depois glorificar a Deus.

O coxo foi curado pelo poder do nome de Jesus, em seguida entrou no templo e glorificando a Deus.

O mundo precisa ser curado da lepra do pecado, para depois glorificar a Deus.

A igreja tem autoridade no nome de Jesus para falar do Evangelho que cura o corpo e a alma dos pecadores. 

TRISTE REALIDADE.

Pedro não tinha prata nem ouro, mas tinha a unção do Espírito sobre a sua vida. Hoje com a modernidade temos quase tudo, temos belos templos e catedrais magnificas; porém, nos falta autoridade para ordenar em nome de Jesus o Nazareno, e o milagre acontecer.

A história nos conta que Tomás de Aquino, viajou para Roma, e o papa convidou-lhe para visitar a grande catedral, entrando na catedral, mostrou-lhe o ouro e a prata que havia no teto e nos muros. Observando a beleza da catedral toda adornada de ouro e prata, Tomás de Aquino fez este comentário: "Você se lembra o que o nosso primeiro papa, Pedro, disse: "Não tenho prata nem ouro?". O papa respondeu: "O nosso primeiro papa disse isso, mas hoje já não dizemos isso. "Olhe o teto, olhe os muros; agora temos ouro e temos prata". Tomás de Aquino disse: "Sim, agora temos ouro e prata, mas, podemos dizer: Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levante-te e anda? O papa de Roma, ficou sem palavras. A verdade é que, temos ouro e prata, mas não temos aquele poder".

Pedro declarou ao coxo que mendigava, que não tinha prata nem ouro, mas deu a ele algo muito mais valioso. As igrejas que desfrutam de prosperidade material devem refletir sobre estas palavras de Pedro. Muitas igrejas na época atual podem até dizer: "Tenho prata e tenho ouro," mas também não tem condições de dizer: "Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda".

Voltemos ao altar da oração.

OS SOBERBOS SERÃO ABATIDOS.

A soberba do teu coração te enganou, como o que habita nas fendas das rochas, na sua alta morada, que diz no seu coração: Quem me derrubará em terra? Se te elevares como águia e puseres o teu ninho entre as estrelas, dali te derrubarei, diz o SENHOR (Obadias,1.3,4). 

Quanto à tua terribilidade, a arrogância do teu coração te enganou. Tu, que habitas nas cavernas das rochas, que ocupas as alturas dos outeiros, ainda que eleves o teu ninho como a águia, de lá te derrubarei, diz o SENHOR (Jr.49.16).

O livro de Obadias contém apenas 21 versículos, é o livro mais breve do Antigo Testamento, a sua mensagem é direcionada a nação de Edom. Obadias profetizou a respeito do juízo divino contra Edom, cerca de 840 anos a.C. 

A RESPEITO DE EDOM. 

Os edomitas eram descendentes de Esaú, irmão gêmeo de Jacó (Gn.36.1). Habitavam na região montanhosa ao sul do mar morto, na sua arrogância, consideravam-se seguros e orgulhavam-se de sua auto-suficiência e poder. Apesar de Edom ser parentesco com Israel, mesmo assim, se tornara inimigo ferrenho, vivendo em constante conflito. Edom ajudava os exércitos inimigos que atacavam Israel e torcia para ver a sua derrota. Sobre Edom o poeta do salmo 137 diz: Lembra-te, SENHOR, dos filhos de Edom no dia de Jerusalém, porque diziam: Arrasai-a, arrasai-a, até aos seus alicerces. Ah! Filha da Babilônia, que vais ser assolada! Feliz aquele que te retribuir consoante nos fizestes a nós! Feliz aquele que pegar em teus filhos e der com eles nas pedras! (137.7-9). Devido a prolongada hostilidade de Edom, aliada ao ódio contra os israelitas, a ira divina viria sobre eles. 

A SOBERBA E O ORGULHO DE EDOM.

Os edomitas eram soberbos, orgulhosos e arrogantes. Apesar de serem um povo pequeno, eles se julgavam auto-suficiente e não aceitavam serem submissos a nação de Israel. Habitavam nas altas colinas e achavam-se seguros e independentes. Os grandes pecados de Edom eram seu orgulho e o seu ódio intenso a Israel. A sua soberba era tão grande, que chegou ao ponto de perguntar: "Quem me derrubará em terra?". O que causou a ruína dos edomitas foi o seu orgulho e a soberba do seu coração. Eles se achavam auto-confiantes ao extremo. Julgavam que nunca seriam vencidos por causa das suas formidáveis fortificações. Por estas e outras Deus não revogou a sua destruição e entrou em juízo contra Edom. 

Há uma grande diferença entre os soberbos e os humildes. Está escrito: Deus resisti aos soberbos, porém, dá graça aos humildes (Tg.4.6). A soberba leva o homem a queda e a ruína. O sábio Salomão diz: A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda (Pv,16.18). Quem eleva o seu coração e se julga auto-suficiente, será envergonhado. Todavia, os humildes aprendem a depender de Deus e a viver debaixo da sua graça. Há muitas promessas de bênçãos para os humildes, mas os soberbos Deus conhece de longe. O crente não deve ser enganado pelo orgulho e sentir-se auto-confiante, ao ponto de não precisar depender mais de Deus para receber a sua ajuda e graça. A nação de Edom foi destruída por causa da sua soberba e arrogância. Sejamos humildes como o Mestre nos ensinou, só assim receberemos a graça de Deus em abundância e seremos vitoriosos. Amém! 

Se te elevares como águia e puseres o teu ninho entre as estrelas, dali te derrubarei, diz o SENHOR (Obadias,1.4).

O homem pode até usar a ciência para tentar fugir de Deus, mas de Deus ninguém escapa.

DEZ REQUISITOS BÁSICOS PARA UM PLENO AVIVAMENTO.

Ouvi, SENHOR, a tua palavra, e temi; aviva, ó SENHOR, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos faze-a conhecida; na tua ira lembra-te da misericórdia (Hc.3.2).

A nação de Judá estava mergulhada na idolatria, em plena decadência espiritual, na expectativa de uma iminente invasão da Babilônia, preste a ser destruída e levada para o cativeiro. No primeiro capítulo do livro, o profeta Habacuque questiona: Até quando? Por quê? Por quê os ímpios são tão perversos e não são punidos de imediato? Habacuque reclama que os perversos impõem injustiça e sofrimento a seu país enquanto Deus permanece calado e passivo. A pergunta Até quando? Indica que aquela situação ocorria há muito tempo e persistia (1.2). No segundo capítulo Deus responde os questionamentos e indagações de Habacuque. No capítulo três Habacuque ora a Deus em forma de cântico e clama por um avivamento, ele também pede ao SENHOR, que na sua ira, lembrar da misericórdia. 

AVIVAMENTO significa: Ação ou efeito de avivar, tornar vivo o que está se apagando, avivar-se, tornar mais vivo. Avivamento é o que todos querem, porém há um preço a pagar para que venha o pleno avivamento. Habacuque ora e pede ao SENHOR um avivamento no meio dos anos. No começo é só festa, e muita emoção, é popularidade, é abraços, é aplausos... Mas, do meio para o fim vem as oposições, as lutas, as adversidades e o desgaste. Geralmente no meio as oposições tende a aumentar, as perseguições se multiplicam, as adversidades e as lutas se intensificam, e com tudo isto vem o desgaste espiritual. É do meio para o fim que precisamos nos renovar, nos reabastecer, nos revigorar, nos reavivar, para permanecermos firmes e inabalável, na reta final rumo a vitória. 

Muitos ministério fracassaram porque do meio para o fim não se renovaram, não buscaram força em Deus para viverem um reavivamento espiritual. Muitos casamentos foram desfeitos, porque do meio para o fim, caíram na rotina e não se renovaram, nem buscaram forças em Deus. Muitos cristãos estão vivendo uma vida espiritual medíocre, porque já se conformaram e pararam no meio; não buscam um avivamento e preferem viver apagados espiritualmente.

1- Avivamento começa através da oração e pela leitura e exposição da Palavra.

2- Vidas transformadas pelo poder do Espírito gera avivamento.

3- Impossível ter avivamento sem humilhação e quebrantamento.

4- Viver o avivamento constante é ter uma vida de comunhão com o Espírito.

5- Andar no Espírito é um dos requisitos para um pleno avivamento.

6- Menos de nós e mais de Deus é o caminho para o avivamento.

7- Espírito Santo é o agente do pleno avivamento.

8- Não por força, nem por violência, mas pelo Espírito de Deus (Zc.4.6), assim virá o avivamento.

9- Todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam com ousadia a Palavra de Deus (At.4.31).

10- Orar, se humilhar, buscar ao SENHOR e se converter dos maus caminhos é a chave para o verdadeiro Avivamento (II Cr.7.14).

Não espere o avivamento por parte dos outros, seja você um crente avivado e faça a diferença no meio desta geração. Busque viver na plenitude do Espírito e rejeitar tudo o que é contrário a vontade de Deus. O avivamento vem, se eu o buscar. Amém!

SEM IMPEDIMENTO ALGUM.

E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo. Pregando o Reino de Deus, e ensinando com toda a liberdade as coisas pertencentes ao Senhor Jesus Cristo, SEM IMPEDIMENTO ALGUM (Atos, 28.30,31).

O livro de Atos "termina" de forma dramática e ao mesmo tempo vitoriosa. O escritor Lucas nos informa que Paulo pregou o evangelho livremente em sua própria casa, onde recebia a todos que o procuravam, ele recebia tanto judeus como gentios. De acordo com Lucas, Paulo ficou dois anos em Roma, durante os quais pregou sobre o Reino de Deus com toda ousadia, e sem impedimento algum ensinava as coisas referentes ao Senhor Jesus Cristo. Apesar dos ataques do Maligno, o evangelho de Jesus é sempre vitorioso. Paulo escrevendo da prisão, na sua segunda prisão, ao jovem pastor Timóteo diz: Pelo que sofro trabalhos e até prisões, como um malfeitor; mas a palavra de Deus não está presa (II Tm.2.9). Mesmo estando preso, Paulo não parou de ensinar e pregar, mas continuou frutificando. Paulo escrevendo aos filipenses afirma que sua prisão serviu para encorajar e incentivar a muitos irmãos a pregar a mensagem do evangelho com ousadia. E quero, irmãos, que saibais que as coisas que me aconteceram contribuíram para maior proveito do evangelho. De maneira que as minhas prisões em Cristo foram manifestas por toda a guarda pretoriana e por todos os demais lugares; e muitos dos irmãos no Senhor, tomando ânimo com as minhas prisões, ousam falar a palavra mais confiadamente, sem temor (Fp.1.12-14). Nos dois anos em que Paulo ficou preso em Roma, aproveitou o ensejo para evangelizar cada soldado encarregado de sua segurança. O rodízio dessa guarda era um verdadeiro campo missionário para o embaixador em cadeias. Que homem extraordinário era Paulo, ele nunca reclamou por está sofrendo na prisão, mas tirava proveito da situação e ganhava almas para Cristo. Aleluia! Paulo era um evangelista inflamado pelo fogo do Espírito. 

Quando Paulo escreveu sua carta aos filipenses, ele estava preso em Roma, no final da carta ao remeter saudações à igreja de Filipos, os crentes de Roma enviam saudações àquela igreja coirmã, Paulo assim escreve: “Todos os santos vos saúdam, especialmente os da casa de César” (Fp 4.22). 

Lucas não diz o que aconteceu com Paulo depois do período de dois anos em que ficou preso em sua prisão domiciliar. Segundo a tradição, o apóstolo foi libertado e voltou a visitar algumas igrejas que havia fundado. Dessa prisão, Paulo saiu. E, ao sair, visitou as igrejas, deixando Timóteo em Éfeso, Tito em Creta, e percorrendo outras regiões continuava pregando a palavra de Deus. 

É provável que tenha sido preso novamente durante o governo do imperador Nero e posteriormente executado por volta do ano 64 d.C. , no ano da perseguição aos cristãos promovida pelo malvado Nero, quando mandou incendiar Roma e colocou a culpa nos cristãos. 

No espaço entre sua primeira e segunda prisões, Paulo escreveu duas cartas pastorais: a primeira carta a Timóteo e a carta a Tito, nas quais orientou seus cooperadores como proceder na igreja de Deus.

O velho apóstolo era como uma tocha acesa que brilhava com a mesma intensidade até acabar. Paulo era um homem incansável, um espírito irrequieto, um evangelista autêntico, um pregador vibrante e inflamado pelo Espírito Santo.

Paulo não granjeou riquezas, mas enriqueceu muitos. Paulo não tinha nada, mas possuía tudo. Paulo não teve filhos naturais, mas gerou milhares de filhos espirituais. Paulo deixou um legado para a igreja em todos os tempos. Suas cadeias são fonte de inspiração para todos os cristãos.

Na verdade o livro de Atos não terminou, porque a história da igreja ainda continua. Mesmo enfrentando as investidas do Inimigo, sendo perseguida e desprezada, a igreja continua viva e dinâmica, pregando a Palavra do Senhor. Tentaram impedir a marcha da igreja, mas ela ressurgiu das cinzas e continua pregando o Reino de Deus, sem impedimento algum. Amém! 

ARCO-ÍRIS OU ARCO DA ALIANÇA.

E falou Deus a Noé e a seus filhos com ele, dizendo: E eu, eis que estabeleço a minha aliança convosco e com a vossa descendência depois de vós. E disse Deus: Este é o sinal da aliança que ponho entre mim e vós, e entre toda a alma vivente, que está convosco, por gerações eternas. O meu arco tenho posto nas nuvens; este será por sinal da aliança entre mim e a terra. E estará o arco nas nuvens, e eu o verei, para lembrar da aliança eterna entre Deus e toda a alma vivente de toda a carne, que está sobre a terra (Gn.9.8,9,12,13,16).

O arco-íris é um fenómeno meteorológico muito conhecido, causado pela reflexão da luz do sol em partículas de água, que gera uma ilusão de ótica colorida em 7 cores. Normalmente eles aparecem no lado oposto do sol, e nem sempre tiveram essa breve explicação como temos nos tempos modernos, eram sempre vistos como uma beleza mística e enigmática, sempre descrita com aspectos mágicos e fantásticos.

O SENHOR estabeleceu uma Aliança eterna com Noé, enfatizada pela expressão "nunca mais haverá dilúvio para destruir a terra" (9.11). Os sinais pactuais de Deus para a humanidade passaram a ser um selo representativo entre a humanidade e o Eterno. O arco de Deus foi um dos primeiros sinais pactuais entre Deus e a humanidade. Assim, mais tarde, seria instituído o sinal da circuncisão como marca da aliança entre Deus e Abraão (Gn.17.11), o sábado como sinal da aliança entre Deus e Israel no Sinai (Êx.31.16,17), e o sangue de Cristo como derradeiro símbolo da nova e definitiva Aliança entre Deus e a humanidade (Mt.26.28; Hb.9.15,20; 12.24; 13.20). 

Quanto ao Arco de Deus, mais conhecido como "arco-íris", embora esta expressão "arco-íris" não consta no original hebraico das Escrituras, tornou-se um sinal visível da Aliança de Deus com Noé e toda humanidade. O uso do nome "arco-íris" é impróprio, esta expressão se refere a tempos e contextos totalmente diferentes e opostos. Íris faz parte da mitologia grega, como filha de Thaumas e Electra; Íris na mitologia grega é a mensageira dos deuses e a personificação do "arco-íris", a sua missão é unir a terra e o céu. Ela é mencionada em Ilíada de Homero, poema épico grego do século VIII a.C., que narra os últimos 50 dias dos dez anos da guerra de Tróia. Portanto, a expressão "arco-íris" é mitológica e não faz parte do Sagrado, nem representa o pacto de Deus com Noé e a humanidade. 

* Obs.: Há algumas versões da Bíblia que trazem a expressão "arco-íris", onde na verdade seria simplesmente "arco" ou "meu arco" (9.13).

Quando eu trouxer nuvens sobre a terra e nelas aparecerem o arco-íris, ... (Gn.9.14).

Toda vez que o arco-íris estiver nas nuvens, olharei para ele e me lembrarei da aliança eterna... (9.16). Versão NVI - Nova Versão Internacional.

Quando Eu reunir as nuvens sobre a terra e o arco surgir por entre as nuvens, ... (9.14).

Quando o arco estiver na nuvem, Eu o verei e me lembrarei da Aliança eterna... (9.16). Versão KJA - king James Atualizada.

E acontecerá que, quando eu trouxer nuvens sobre a terra, aparecerá o arco nas nuvens (9.14).

E estará o arco nas nuvens, e eu o verei, para me lembrar do concerto eterno ... (9.16).

Versão ARC - Almeida Revista Corrigida.

LENDAS SOBRE O ARCO-ÍRIS.

Na mitologia nórdica, o Arco-íris representa a conexão do mundo dos homens (Midgard) com o reino dos deuses (Asgard), como uma ponte que era chamada de Bifröst, era protegida pelo guardião Heimdall e sua cor vermelha representava o fogo como proteção para os Jotuns, gigantes de gelo.

Em outras crenças populares, o Arco-íris poderia ser como um portal, que aparecia depois das chuvas indicando o lugar onde vários tesouros estariam escondidos. Essa lenda é similar a Cuchavira, o Deus Arco-Íris das civilizações antigas Colombiana, quando ele aparecia no céu, seus súditos o ofereciam jóias e todos os tipos de riquezas.

Uma das mais famosas lendas sobre o Arco-íris se encontra na Irlanda, onde vivem os Leprechauns, reza a lenda que o pote de ouro de um Leprechaun estaria escondido no final do arco-íris, o que seria impossível de alcançar, a não ser que você conseguisse arrancar sua barba, e ele perderia seus poderes.

Na Bulgária, uma crença popular dizia que, se você conseguir atravessar um Arco-íris e fosse homem, se tornaria mulher, o mesmo aconteceria com uma mulher, ela se transformaria um homem. Esta crença se tornou popular mundialmente que talvez tenha sido o motivo do arco-íris ser um símbolo da comunidade LGBT.

DEMAS ME DESAMPAROU...

Procura vir ter comigo depressa. Porque Demas me desamparou, amando o presente século ... (II Tm.4.9,10).

Paulo estava passando por mais uma experiência desagradável, ele sentia-se abandonado na prisão, quando ele mais precisava do apoio dos seus amigos e companheiros de ministério, todos lhe abandonaram, exceto Lucas, como ele mesmo disse: "Só Lucas está comigo" (4.11). Será que o ministério de Paulo havia sido tão ruim e infrutífero a ponto de seus amigos o abandonarem no pior momento da sua vida? Claro que não, longe disso, pois o apóstolo ainda tinha amigos fiéis. Paulo na prisão sentindo-se abandonado escreve a Timóteo dizendo: Procura vir ter comigo depressa. Porque Demas me desamparou, amando o presente século, e foi para Tessalônica; Crescente, para a Galácia, Tito, para Dalmácia. Só Lucas está comigo... Alexandre, o latoeiro, causou-me muitos males; o Senhor lhe pague segundo as suas obras. Ninguém me assistiu na minha primeira defesa; antes, todos me desampararam. Que isto lhes não seja imputado. Mas o Senhor assistiu-me e fortaleceu-me.. (4.9-11,14,16,17). Paulo admite que foi uma experiência desagradável enfrentar sua primeira audiência no tribunal sem o apoio de seus amigos (4.16). Ele se sentiu como se estivesse na boca do leão (4.17). Contudo, embora o apóstolo não contasse com o apoio dos amigos, ele tinha a certeza que o Senhor estava com ele, lhe assistindo e fortalecendo. 

QUEM ERA DEMAS?

Demas era um vibrante ajudador e cooperador do evangelho no ministério de Paulo. Demas estava em plena atividade na obra, era um dos homens de confiança de Paulo e tinha o respeito de todos os seus companheiros de ministério. O nome Demas é uma abreviação de Demétrio, que no hebraico significa consagrado a Demetér.

Demas é citado pelo menos três vezes nas cartas paulinas: Saudai-vos Lucas, o médico amado, e Demas (Cl.4.14). Saúdam-te Epafras, meu companheiro de prisão por Cristo Jesus, Marcos, Aristarco, Demas e Lucas, meus cooperadores (Fm.1.23,34). Porque Demas me desamparou, amando o presente século, e foi para Tessalônica... (II Tm.4.10).

Paulo fala que Demas teria o desamparado amando o presente século, o que pode significar que seu cooperador tenha sido atraído pelos prazeres mundanos e também se acovardado diante das duras perseguições promovidas pelo imperador Nero contra os cristãos. 

Na atualidade temos muitos cristãos tomando o mesmo caminho de Demas, amando o presente século (os prazeres mundanos) e se desviando da fé salvívica em Cristo. Assim como Demas não resistiu aos apelos do mundo, também muitos cristãos estão se rendendo ao sistema e preferindo viver os prazeres mundanos. Demas tornou-se adepto do hedonismo, passando a ser amante desenfreado dos prazeres e a viver apenas para os prazeres pecaminosos da carne. Não há nenhum registro sobre um possível retorno de Demas a Cristo. Infelizmente, muitos se desviam da fé e não retornam mais. O naufrágio na fé é o pior de todos os naufrágios que possa existir. Não desista da sua fé em Cristo, mas lute e relute até o fim. Assim está escrito: Sê fiel até à morte e dar-te-ei a coroa da vida (Ap.2.10). Amém!