De fato, não seguimos fábulas engenhosamente inventadas, quando lhes falamos a respeito do poder e da vinda de nosso Senhor Jesus Cristo; ao contrário, nós fomos testemunhas oculares da sua majestade (II Pe.1.16). NVI.
Os apóstolos e mais de quinhentos irmãos viram o Senhor pessoalmente e foram testemunhas das grandes obras que Ele realizou. A grande diferença é que os apóstolos conviveram com Jesus e participaram com Ele na sua intimidade. O apóstolo João falando da intimidade com Jesus escreveu: O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e as nossas mãos apalparam; isto proclamamos a respeito da Palavra da vida (I Jo.1.1). O poder do testemunho dos apóstolos a respeito do Senhor era algo impressionante, ao ponto de muitos aceitarem e se converterem ao Evangelho. Eles foram testemunhas oculares do Senhor durante a sua vida ministerial, bem como da sua morte e ressurreição. Os que viram creram, mas os que não viram também creram. Jesus falou repreendendo Tomé: Porque me viste, Tomé, creste? bem-aventurados os que não viram e creram! (Jo.20.29). Portanto, há dois tipos de testemunhas de Jesus: As testemunhas oculares e as testemunhas dos que crêem pela fé.
O escritor, NORMAN GEISLER no livro intitulado: "Não Tenho Fé Suficiente Para Ser Ateu", escreveu:
Pedro, Paulo e João afirmam ser testemunhas oculares, e Lucas e o autor de Hebreus afirmam terem sido informados por testemunhas oculares. Além disso, os autores do NT citam outros que viram a ressurreição de Jesus. Paulo lista especificamente 14 pessoas cujos nomes são conhecidos como testemunhas oculares da ressurreição (os doze apóstolos, Tiago e ele mesmo) e afirma que havia mais de outras 500 pessoas. Mateus e Lucas confirmam as aparições aos apóstolos. Todos os quatro evangelhos mencionam as mulheres como testemunhas, e Marcos as identifica como Maria Madalena; Maria, mãe de Tiago, e Salomé.
Lucas acrescenta Joana. Isso equivale a mais quatro. O primeiro capítulo de Atos também revela que José, chamado Barsabás, também foi testemunha ocular (At.1.22,23). Os apóstolos não apenas afirmam ser testemunhas oculares, como, em diversas ocasiões, dizem a seus ouvintes que todo mundo sabe que aquilo que estão dizendo é verdade. Não se trata de um comentário improvisado, mas uma ousada declaração a pessoas de poder.
Talvez a mais ousada declaração de uma testemunha ocular venha de Paulo, quando se coloca diante do tribunal do rei Agripa e do governador Festo. Paulo acabara de começar a dizer a Agripa e a Festo por que se convertera ao cristianismo e como Cristo ressuscitara dos mortos, como fora predito no Antigo Testamento, quando repentinamente Festo o interrompe e diz que Paulo está louco! A dramática inversão foi registrada por Lucas em Atos 26.24-28.
Você vê como Paulo está sendo ousado e impetuoso? Ele não apenas testemunha de maneira ousada ao rei e ao governador, mas também tem a audácia de dizer ao rei que este sabe que o que se está dizendo é a verdade! Por que Paulo tem tanta certeza disso? Porque os acontecimentos do cristianismo não aconteceram "num lugar qualquer". Os fatos eram de conhecimento geral, e certamente nada "escapou do conhecimento do rei". Imagine um réu desafiando o governador ou o juiz dessa maneira! Tal testemunha deve saber que os fatos que descreve são bem conhecidos.
FONTE: Livro, GEISLER, Norman. Não Tenho Fé Suficiente Para Ser Ateu. Editora vida acadêmica, p. 186.
Hoje, em pleno século XXI Jesus continua dizendo para os seus discípulos: "Vós sereis minhas testemunhas". Amém!