domingo, 17 de abril de 2022

DEUS Não Aprova Aliança Com o Ímpio.


E Josafá, rei de Judá, voltou à sua casa em paz, a Jerusalém. E Jeú, filho de Hanani, o vidente, lhe saiu ao encontro e disse ao rei Josafá: Devias tu ajudar ao ímpio e amar aqueles que ao SENHOR aborrecem? Por isso, virá sobre ti grande ira da parte do SENHOR (II Cr.19.1,2).

O capítulo 18 do segundo livro das crônicas nos informa em que ocasião Josafá fez aliança com Acabe. Diz o texto: Tinha, pois, Josafá riquezas e glória em abundância e aparentou-se com Acabe. E, ao cabo de alguns anos, foi ter com Acabe, a Samaria; e Acabe matou ovelhas e bois em abundância, para ele e para o povo que vinha com ele, e o persuadiu a subir com ele a Ramote-Gileade. Porque Acabe, rei de Israel, disse a josafá, rei de Judá: Irás tu comigo a Ramote-Gileade? E ele lhe disse: Como tu és, serei eu; e o meu povo, como o teu povo; seremos contigo nesta guerra (18.1-3). 

Josafá foi um rei prospero e grandemente abençoado por Deus, isto está registrado de forma resumida no capítulo 17 de II Crônicas. O reinado quase perfeito de Josafá é maculado por sua associação com Acabe, rei de Israel. O capítulo 18 se inicia com uma nota irônica, fazendo menção das riquezas e glória de Josafá. O que nos leva a questionar, por que ele faria uma aliança com Acabe? Tal aliança não era necessária para um rei prospero, protegido e abençoado por Deus. Ao aliar-se a Acabe, Josafá foi infiel ao SENHOR. As palavras do profeta, "devias tu ajudar ao ímpio e amar aqueles que o SENHOR aborrecem"?, são palavras de repreensão muito grave para Josafá.

Josafá foi repreendido por associar-se ao rei Acabe e ajuda-lo numa empreitada de guerra contra o rei da Síria em Ramote-Gileade. Acabe era ímpio, inimigo de Deus e não aceitava perder a guerra. Acabe reuniu 400 profetas que comiam na sua mesa e todos profetizaram a seu favor, prometendo-lhe vitória. Porém, ele não deu ouvidos ao verdadeiro profeta do SENHOR, Micaías, que profetizou a verdade, dizendo-lhe que ele seria derrotado (II Cr.18.4-27). Resultado, Acabe foi à guerra e teve uma trágica derrota (II Cr.18.28-34). Por bondade e misericórdia de Deus, o rei Josafá escapou ileso e voltou em paz para sua casa.

Este é um exemplo clássico de que Deus não aprova que os crentes, seus servos, façam aliança e nem deve unir-se aos ímpios. Geralmente esta junção com o ímpio não dar certo. Esse relacionamento propaga a causa da iniquidade, põe em risco a nossa dedicação a Deus, e deturpa a verdade da sua Palavra e os princípios nela estabelecidos. Devemos ter cuidado e vigiar para não fazermos aliança nem qualquer tipo de acordo com aqueles que são declaradamente inimigos da igreja do Senhor. Paulo nos adverte e pergunta: Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? (II Co.6.14-16). Finalmente, terminantemente, não dar certo, Deus não aprova os seus servos fazerem aliança com o ímpio, com aqueles que aborrecem o Senhor. 

sábado, 16 de abril de 2022

O PARADOXO DA CRUZ.

 

A mensagem da cruz é a mais impactante, revolucionária e paradoxal de todos os tempos. A cruz de Cristo para muitos é a mais contraditória de todos os tempos. Para os gregos é loucura, para os judeus é escândalo, para outros povos é maldição. Mas para os cristãos é poder de Deus para salvação de todos os que crêem.

SETE PARADOXOS DA CRUZ DE CRISTO.

1- A Loucura da Cruz é o poder Deus para nossa salvação.

2- A Crueldade da Cruz nos trouxe a doçura da Graça.

3- A Solidão da Cruz resultou na adoção de muitos filhos de Deus.

4- A Humilhação da Cruz foi a Exaltação do Cristo.

5- A Maldição da Cruz proporcionou Bênçãos para os malditos pecadores.

6- A Vergonha e o Sofrimento da Cruz resultou em Glória para o Rei da Glória.

7- A Aparente Derrota da Cruz foi a Grande Vitória de Cristo sobre Satanás, a Morte e o Inferno.

Na Cruz Ele foi capaz de manifestar vida através da sua morte.
Na Cruz Jesus foi humilhado, zombado e desprezado, mas para todo o sempre Ele está Exaltado.
Na Cruz o seu nome foi ridicularizado, mas agora, Deus Pai o exaltou e lhe deu um Nome que está acima de todos os nomes, seja no céu, na terra e debaixo da terra. Amém!

sexta-feira, 15 de abril de 2022

JUDAS - O "amigo" TRAIDOR.

 

Então, um dos doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os príncipes dos sacerdotes e disse: Que quereis dar, e eu vo-lo entregarei? E eles lhes pesaram trinta moedas de prata. E, desde então, buscava oportunidade para o entregar (Mt.26.14-16).

Judas foi um homem privilegiado por ter sido um dos doze escolhidos para ser discípulo de Jesus. Ele tinha um cargo de confiança, era o tesoureiro, o homem que administrava as finanças e fazia prestação de contas ao Mestre e a todo colegiado apostólico (Jo.12.6; 13.29). Judas não foi chamado nem escolhido para ser o traidor, mas ele próprio decidiu ser. Qualquer um dos apóstolos poderiam ter sido o traidor, porém, Satanás encontrou lugar em Judas. 

INFORMAÇÕES SOBRE JUDAS:

Judas em grego é Ioudas, que no hebraico corresponde o nome Yehudah ou Judá, que significa abençoado ou louvado. Judas é o nome que aparece mais vezes nos evangelhos (20 vezes), depois de Simão Pedro.

Todos os apóstolos eram oriundos da Galileia, exceto Judas. O sobrenome Iscariotes indica a região de onde ele veio. "Iscariotes" é um termo que tem a junção de duas palavras hebraicas: "Ish" (que significa homem), e Quiryot ou Quiryat, que é o nome de uma cidade. Sendo assim, ele era chamado "homem de Quiriote". É bem provável que Judas fosse de uma cidade ao sul da Judeia, chamada Quiriote-Hezrom (Js.15.25). Seu pai chamava-se Simão (Jo.6.71). A morte de judas é relatada com detalhe no livro de Atos 1.16-20. 

JESUS CHAMA JUDAS DE AMIGO.

E, estando ele ainda a falar, eis que chegou Judas, um dos doze, e com ele grande multidão com espadas e porretes, vinda da parte dos príncipes dos sacerdotes e dos anciãos do povo. E o traidor tinha-lhes dado um sinal, dizendo: O que eu beijar é esse; prendei-o. E logo, aproximando-se de Jesus, disse: Eu te saúdo, Rabi. E beijou-o. Jesus, porém, lhe disse: Amigo, a que vieste? Então, aproximando-se eles, lançaram mão de Jesus e o prenderam (Mt.26.47-50).

A profecia já dizia que o Messias seria traído por um amigo íntimo: Até o meu próprio amigo íntimo, em quem eu tanto confiava, que comia do meu pão, levantou contra mim o seu calcanhar (Sl.41.9). Jesus não foi pegue de surpresa, ele já sabia o dia e a hora em que Judas o haveria de trai-lo. Todavia, Ele disse a Judas: "Amigo, a que vieste"? Jesus não chamou Judas de amigo por hipocrisia, nem em tom de ironia, mas de forma verdadeira, como Ele sempre foi. O caráter de Judas é que não correspondeu a lealdade do seu amigo Jesus, mas Cristo não mudou, lhe chamou de amigo.

Na verdade, o traidor não um inimigo, e sim um "amigo". Geralmente para o inimigo nós fechamos a guarda e o mantemos em alerta. Já para o amigo nós abrimos a guarda e até confidenciamos coisas da nossa intimidade. Mas aí é onde mora o perigo, porque quem trai não é o inimigo e sim o "amigo". O salmo de Davi que retrata o sofrimento de Cristo, diz: Pois não era um inimigo que me afrontava; então, eu o teria suportado; nem era o que me aborrecia que se engrandecia contra mim, porque dele me teria escondido, mas eras tu, homem meu igual, meu guia e meu íntimo amigo. Praticávamos juntos suavemente, e íamos com a multidão à Casa de Deus (Sl.55.12-14). Quanto mais íntimo for o amigo, maior será a dor da traição no coração do que foi traído ou traída. Cuidado! Aqueles que você pensa ser seus amigos, muitas vezes não são, mas estão te apunhalando pelas costas. 

O ARREPENDIMENTO DE JUDAS.

Então, Judas, o que o traíra, vendo que fora condenado, trouxe, arrependido, as trinta moedas de prata aos príncipes dos sacerdotes e aos anciãos, dizendo: Pequei, traindo sangue inocente. Eles, porém, disseram: Que nos importa? Isso é contigo. E ele, atirando para o templo as moedas de prata, retirou-se e foi-se enforcar (Mt.27.3-5).

Judas ficou sabendo que o seu pecado levaria Jesus à morte, por isso procurou os príncipes dos sacerdotes para se desfazer das trinta moedas de prata. Aos quais ele disse: Pequei, traindo sangue inocente. Eles disseram: Que nos importa? Esse problema é contigo. Satanás seduziu e induziu Judas ao erro, para em seguida desmoralizá-lo e deixa-lo perturbado. Com profundo pesar em sua consciência, vendo-se sem saída, Judas desesperadamente lança as moedas no templo e vai enforca-se.

30 MOEDAS DE PRATA era o preço de um escravo que determinava a lei de Moisés (Ex.21.32). Esta não era uma grande quantia em valor monetário, mas foi o preço acertado pelo avarento Judas com os príncipes dos sacerdotes para trair o Cristo. 

ACELDAMA - O CAMPO DE SANGUE que foi comprado com as moedas de prata da traição.

E os príncipes dos sacerdotes, tomaram as moedas de prata, disseram: Não é lícito metê-las no cofre das ofertas, porque são preço de sangue. E, tendo deliberado em conselho, compraram com elas o campo de um oleiro, para sepultura dos estrangeiros. Por isso, foi chamado aquele campo, até ao dia de hoje, Campo de Sangue (Mt.27.6-8; At.1.16-19). 

Mateus declara que Judas retirou-se e foi-se enforcar (25.5). Atos 1.18 registra que ele morreu ao cair: ... precipitou-se, rebentou pelo meio, e todas as suas entranhas se derramaram. O que Judas provavelmente fez foi lançar-se sobre uma estaca pontiaguda. Triste fim de Judas, um amigo de Jesus que lhe foi confiado o cargo de tesoureiro do grupo. Um homem que estava sendo treinado para ser um apóstolo poderoso no Reino de Deus, mas infelizmente não vigiou e foi enganado pela sedução do Tentador. 

terça-feira, 12 de abril de 2022

SALMOS 24 - Três Verdades.


Este salmo de Davi faz alusão a três eventos que são verdadeiros dignos de cântico de louvor. Segundo C. H. Spurgeon, este hino sacro provavelmente foi escrito para ser cantado quando a Arca da Aliança foi tirada da casa de Obede-Edom, para permanecer dentro de cortinas sobre o monte de Sião. Este salmo era cantado na subida para Sião, lugar onde ficou a Arca por longos anos. A visão de Davi olhava além da subida da Arca, ele via a sublime ascensão do Rei da glória. 

Este Salmo Forma Uma Tríade:

O Salmo 22 apresenta o Messias Sofredor.

O Salmo 23 apresenta o Pastor Excelente.

O Salmo 24 apresenta o Rei da Glória. 

ESTE SALMO CONSISTE EM TRÊS PARTES:

1- Glorifica o Verdadeiro SENHOR e louva o seu Domínio Universal.

Do SENHOR é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam. Porque Ele a fundou sobre os mares e a firmou sobre os rios (1,2).

O SENHOR  é o Grande proprietário da terra, e de tudo o nela há, inclusive dos homens. Existiram e ainda existem muitos requerentes que insistem em serem os proprietários da terra. Porém, a terra não é propriedade legitima de ninguém. Não é dos grandes conquistadores, nem dos imperadores, nem do papado quando governava na idade média, nem dos ídolos dos homens, nem do Diabo. O único e exclusivo proprietário da terra é o SENHOR. Aleluia! 

2- Identifica a Geração dos Verdadeiros Adoradores.

Quem subirá ao monte do SENHOR ou quem estará no seu lugar santo? Aquele que limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura com engano. Este receberá a bênção do SENHOR e a justiça do Deus da sua salvação. Esta é a geração daqueles que buscam, daqueles que buscam a tua face, ó Deus de Jacó (3-6).

Esta geração são aqueles que podem e vivem em comunhão com Deus. São aqueles que vivem de forma verdadeira, sem hipocrisia e sem maldade; que buscam verdadeiramente a face do SENHOR. 

3- Retrata a Ascensão do Verdadeiro Redentor, o Rei da Glória.

Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos , ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória. 

Quem é este Rei da Glória? O SENHOR forte e poderoso, o SENHOR poderoso na guerra. 

Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da Glória.

Quem é este Rei da glória? O SENHOR dos Exércitos; Ele é o Rei da Glória (7-10).

Este Rei da Glória que é proclamado por duas vezes no salmo, não é outro, Ele é o Redentor da humanidade, Jesus Cristo. Ele é o Rei da Glória, o SENHOR dos Exércitos, que venceu as nossas guerras. Ele venceu o mundo, venceu o pecado, venceu Satanás, venceu a morte, venceu o inferno e foi eleito por Deus o nosso verdadeiro Redentor, Senhor e Salvador. Ele subiu ao céu e abriu as portas do céu para a entrada de seus eleitos (a sua igreja). Aleluia! 

domingo, 10 de abril de 2022

Cristo Nossa Páscoa.


Limpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós. 
Pelo que façamos festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os asmos da sinceridade e da verdade (I Co.5.7,8).

Fermento na Bíblia é símbolo do pecado. Fermento velho fala da nossa condição espiritual do passado, a velha natureza. Uma nova massa sem fermento diz respeito a nossa vida regenerada, nova criatura em Cristo (II Co.5.17). Cristo como nosso Cordeiro pascal, foi sacrificado por nós. Por isso devemos celebrar a festa, não com o fermento velho da maldade, nem da malícia, mas com os pães sem fermento, pães da sinceridade e da verdade. Precisamos valorizar e fazer valer o grande sacrifício que Cristo fez por nós. Ele quer que sempre nos lembremos do seu sacrifício e da Nova Aliança que Ele nos fez pelo seu sangue. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice dizendo: Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim (ICo.11.25).

TRÊS ACONTECIMENTOS QUE MARCARAM A PÁSCOA.

1- GETSÊMANE - 

A palavra getsêmani significa “prensa de azeite”, ou seja, local onde a oliveira é esmagada para produção do azeite. Era um jardim situado no monte das Oliveiras em Jerusalém. Na hora mais difícil, após Jesus haver celebrado a páscoa com os seus discípulos, Ele cantou um hino, e saiu para o monte das Oliveiras (Mt.26.30). O monte das Oliveiras era um lugar especial que Jesus costumava ir (Lc.22.39). 
Jesus precisava passar pelo Getsêmani, Ele precisava conversar em secreto com o Pai, a sua alma estava aflita. Ele disse para os seus discípulos: A minha alma está profundamente triste até a morte; ficai aqui e vigiai (Mc.14.34). 
Jesus já sentia o pavor das trevas que estava prestes a se manifestar. No Getsêmani Ele entrou em uma batalha de oração para enfrentar as forças das trevas. Enquanto os discípulos descansavam e dormiam, Jesus orava ao Pai e agonizava diante da luta que teria de enfrentar. No Getsêmani todos nos abandonam e ficamos na solidão, a sois com Deus.

Havia oito frondosas árvore de oliveira ao pé do monte onde fica o jardim das oliveiras.

Jesus como Oliveira verdadeira foi prensado na aflição para em seguida enfrentar a traição, os açoites, os escárnios e por fim a cruz.

O Getsêmane foi o processo de preparação para o Calvário.

E, tendo cantado um hino, saíram para o monte das Oliveiras (Mt.26.30).

Então, chegou Jesus com eles a um lugar chamado Getsêmani... (Mt.26.36).

E foram a um lugar chamado Getsêmani... (Mc.14.32).

E, saindo, foi, como costumava, para o monte das Oliveiras; e também os seus discípulos o seguiram (Lc.22.39).

Tendo Jesus dito isso, saiu com os seus discípulos para além do ribeiro de Cedrom, onde havia um horto, no qual ele entrou com os seus discípulos (Jo.18.1).

2- CALVÁRIO - Gólgota ou Monte Caveira, era um monte fora dos muros de Jerusalém que tinha um formato semelhante a um crânio humano. Por isso era conhecido como lugar da caveira.

Foi no alto do Gólgata que Cristo conquistou a nossa vitória.

Na cruz Satanás foi derrotado, o pecado foi vencido e a nossa dívida foi paga.

Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo (Cl.2.14,15).

3- RESSURREIÇÃO - 

A ressurreição de Cristo foi o divisor de águas que proclamou a vitória sobre o pecado, sobre a morte e sobre Satanás.
Cristo ressuscitou para fazer valer a nossa salvação e nos garantir a vitória (I Co.15.19,20).

Paulo diz: Se Cristo não ressuscitou é vã a nossa fé e a nossa pregação, mas agora Cristo ressuscitou e foi feito as primícias dos que dormem (I Co.15.14,20). 

Podemos afirmar com todas as letras, e proclamar em alto e bom som: Jesus Cristo ressuscitou! Ele está vivo! 

Ele apareceu ao apóstolo João na ilha de Patmos e disse-lhe: Não temas; eu sou o Primeiro e o Último e o que vive; fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém! E tenho as chaves da morte e do inferno! (Ap.1.17,18).

O túmulo de Jesus está vazio, mas o trono está ocupado. 

As religiões valorizam os túmulos dos seus fundadores e até os visitam. A cristandade não precisa valorizar túmulo nem visitar, porque nosso Cristo não ficou no túmulo, Ele ressuscitou, subiu ao céu e está assentado a destra da Majestade. Aleluia!  

Cristo Nossa Páscoa.
Na Páscoa há Livramento.
Na Páscoa há Salvação.
Na Páscoa há Libertação.
Na Páscoa nós passamos da Morte para Vida.
Feliz Páscoa!

sábado, 9 de abril de 2022

Ele Escolheu Os Improváveis.


E subiu ao monte e chamou para si os que Ele quis; e vieram a Ele (Mc.3.13).

E aconteceu que, naqueles dias, subiu ao monte a orar e passou a noite em oração a Deus. E, quando já era dia, chamou a si os seus discípulos, e escolheu doze deles, a quem também deu o nome de apóstolos (Lc.6.12,13).

ELE PASSOU A NOITE EM ORAÇÃO. 

Jesus vivia uma vida de oração e buscava estar a sóis com Pai em constante oração, principalmente nos momentos de grandes decisões. Vez por outra Ele se afastava da multidão para orar ao Pai em secreto. O evangelista Lucas diz: A sua fama se propagava ainda mais, e ajuntava-se muita gente para o ouvir e para ser por ele curada das suas enfermidades. Porém Ele retirava-se para os desertos e ali orava (Lc.5.15,16). Uma noite inteira em fervente oração dará resultados surpreendentes. Depois de passar aquela noite em oração, Jesus desceu do monte e escolheu os doze para serem apóstolos. Observemos que foi primeiro a oração e depois a escolha. Se Jesus, o perfeito Filho de Deus, passou uma noite toda em oração ao Pai, para tomar uma importante decisão, quanto mais nós, com nossas fraquezas e limitações. Precisamos orar e vivermos uma íntima comunhão com o nosso Pai celestial. 

Jesus escolheu homens simples e sem cultura, até mesmo tidos como improváveis para muitos. Jesus escolheu homens da Galileia, uma região mista onde moravam judeus e gentios, lugar desprezado pelos intelectuais da época. A Galileia era conhecida como uma região marginalizada, onde muitos eram desprezados e desacreditados pela sociedade da época, e até se dizia: Pode vir alguma coisa boa de Nazaré? A Galileia era a maior região da Palestina, região onde Jesus exerceu maior parte do seu ministério. 

Observe que Jesus não chamou os "capacitados", e sim os incapazes para fazerem parte do colégio apostólico, que depois de pouco mais de três anos os revestiu de poder e os capacitou para incendiarem o mundo com a propagação do Evangelho. 

ELE CHAMOU PARA SI OS QUE ELE QUIS. 

Ele não chamou os que se ofereceram. Ele não chamou os que foram indicados. Ele não chamou os intelectuais. Ele não chamou os conhecedores da Torá. Ele não chamou os da cúpula romana. Ele não chamou os religiosos do Sinédrio. Ele não chamou os que tinham condição social elevada. Mas, Ele chamou homens simples, tidos como indoutos, desaculturados e incapazes, para transforma-los em discípulos poderosos, para propagarem a sua Palavra até os confins da terra e em seguida morrerem por amor ao Mestre e por causa do Evangelho.

Ser escolhido pelos homens por razões óbvias é fácil, mas Deus ainda escolhe os improváveis, os incapazes e os capacita para realizarem grandes obras para glória do seu nome. Amém!  

sexta-feira, 8 de abril de 2022

A ASTÚCIA DOS GIBEONITAS.




O capítulo 9 do livro de Josué nos traz uma narração de um fato curioso. O fato é que, os moradores de Gibeão temendo um ataque do exército de Israel, buscaram fazer uma aliança com Josué usando de astúcia. A notícia da derrota de Jericó e Ai logo se espalhou, provocando medo em vários reis cananeus. Eles se reuniram e fizeram acordo, para fazerem estratégias e pelejarem contra Josué e toda nação de Israel. Porém, os moradores de Gibeão não aderiram a essa estratégia, sabendo que não tinham a mínima chance de derrotar Israel. Os gibeonitas optaram por usar de astúcia se desfasando de embaixadores derrotados vindo de uma terra distante. A trapaça infelizmente funcionou e Josué e toda nação de Israel foram enganados e obrigados a aceitar os gibeonitas no meio deles, porque fizeram aliança com eles. Quais as lições podemos extrair deste texto e aprender com os erros.

LIÇÕES QUE PODEMOS APRENDER:

1- Foram enganados pela aparência (3-6).

Roupas velhas, sapatos desgastadas, sacos velhos sobre os seus jumentos, odres de vinho velhos e rotos, pão bolorento e aparentemente cansados. 

Devemos ter cuidado com as aparências, porque as aparências enganam. Deus disse ao profeta Samuel: Não atentes para sua aparência ... (I Sm.16.7).

2- Foram enganados pelas palavras de elogios.

A segunda astúcia dos gibeonitas foi a lisonja. Quando Josué começou a questionar eles, perguntando: Quem sois vós e de onde vindes? Os gibeonitas desviaram o foco da atenção de si, para elogiar a fama do Deus de Israel. Disseram: Por causa do nome do SENHOR, teu Deus; ouvimos a sua fama e tudo quanto fez no Egito (9). Devemos ter muito cuidado com os elogios e bajulações, que muitas vezes vem como laço para arruinar lideres, ministérios, vida pessoal e até conjugal. Maior maturidade tem quem não é levado pelos elogios. Em provérbios está escrito: O crisol é para a prata, e o forno, para o ouro, e o homem é provado pelos louvores (Pv.27.21). 

3- Não pediram conselho à boca do SENHOR (14).

Josué e os lideres de Israel não oraram, nem buscaram saber a vontade de Deus no tocante aos gibeonitas. Fizeram precipitadamente um acordo irrevogável com os gibeonitas que lhes trouxeram problemas por muitos anos, e não podiam destruí-los (v.18; II Sm.21.1,2). Essa decisão imprudente trouxe os cananeus ímpios para dentro de Israel (atitude esta proibida em Ex.34.12; Dt.7). Em todas as decisões da vida devemos buscar a vontade de Deus e orar pedindo sua orientação e sabedoria. Isso nos poupará de tristezas e tragédias. 

4- Tomaram uma decisão imprudente fazendo uma aliança irrevogável com os gibeonitas (15).

A decisão foi tão séria que fizeram uma aliança em nome do SENHOR. Esta aliança não poderia ser quebrada (v.18), e quando o rei Saul a quebrou Deus enviou uma fome de três anos sobre a nação de Israel (II Sm.21.1,2). Devemos ter cuidado, porque voto e juramento em nome do SENHOR é coisa séria.

5- Não discerniram o inimigo e depois de três dias a farsa foi descoberta (16).

Os gibeonitas conseguiram se desfasar muito bem e conseguiram o seu objetivo. O grande problema muitas vezes, é a falta de discernimento espiritual no meio do povo de Deus. Antigamente se dizia: "Cuidado com o inimigo, ele vem de mansinho com sapatinhos de lã e desfasado de crente". Hoje, infelizmente, Satanás está enviando seus emissários de tamancos, fazendo barulho, e muitos crentes não percebem. Precisamos buscar discernir as coisas que vem de Deus e as que não vem, para não sermos enganados pelo inimigo e por muitos que se dizem de Deus e não são. O apóstolo João nos adverte: Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus (I Jo.4.1).

Por causa da aliança dos gibeonitas com Israel, Adoni-Zedeque, rei de Jerusalém fez uma coalizão com quatro reis para guerrear contra os gibeonitas.  Os gibeonitas sentindo-se impotentes diante de cinco exércitos que vinha contra eles, pediram socorro a Josué (10.6). Mesmo havendo cometido um erro por ter feito aliança com os gibeonitas, o SENHOR falou com Josué lhe garantindo a vitória: Não os temas, porque os tenho dado na tua mão; nenhum deles te poderá resistir (10.8). Que notícia maravilhosa para um homem atormentado pela culpa decorrente de um erro do passando! Esta é mais uma manifestação da graça de Deus, que não olha para nossas fraquezas, mas nos favorece com a sua graça e misericórdia. Deus tinha planos excelentes para Josué e seu povo, planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de conquistas e vitórias. Que seja assim com o povo de Deus na atualidade, as vezes nós erramos, mas a nossa intenção é acertar. Deus conhece as intenções dos corações. Amém!