domingo, 2 de abril de 2023

QUAL O SIGNIFICADO DO JURAMENTO SOB A COXA?


Então Abraão ordenou ao servo mais velho de sua casa, que governava todos os seus bens: "Põe tua mão por debaixo de minha coxa e jura; eis que te faço jurar pelo SENHOR, o Deus dos céus e o Deus da terra, que não buscarás para meu filho uma mulher entre as filhas dos cananeus, no meio dos quais estou vivendo. Mas irás à minha terra, à minha parentela, e escolherás uma mulher para meu amado filho Isaque!"(Gn.24.2-4).

Tudo indica que este servo fiel seja Eliézer de Damasco (Gn.15.2). Era importante para Abraão que seu servo considerasse a sua incumbência com grande seriedade, a ponto de lhe propor um juramento, quando disse: Põe a mão por baixo da minha coxa, para que eu te faça jurar pelo SENHOR... O conteúdo do juramento era: Não tomarás mulher para meu filho das filhas dos cananeus, mas irás à minha terra, à minha parentela, e escolherás uma mulher para meu filho Isaque.

Esse juramento tem sido chamado, ao longo da história, de "Juramento da Posteridade". O uso da expressão "coxa" é um eufemismo, comum nas traduções dos textos sagrados para as línguas ocidentais modernas, a fim de suavizar a linguagem para nossa cultura. Na verdade, a expressão hebraica é: "Yârêk". Esta expressão sempre aparece quando se refere a parte do corpo situado entre a cintura e a virilha, ao órgão reprodutor masculino, ou seja, o testículo, uma vez que o juramento tem a ver com a continuação da linhagem de Abraão por meio de Isaque e seus descendentes. Em outras palavras, Eliézer fez o juramento colocando a mão na virilha de Abraão, próximo aos testículos. Além de que, a etimologia da palavra "testículo" vem de testemunho.

Partes do conteúdo desta postagem foi extraído da Bíblia King James, p.74. 

sábado, 1 de abril de 2023

AS MULHERES DE DAVI.


O rei Davi foi um dos personagens mais importantes da história Sagrada, tanto que o próprio Jesus foi chamado "Filho de Davi", tendo em vista uma aliança que Deus fizera com o rei na qual lhe foi prometido que sempre haveria um rei que descendesse dele (II Sm.7.16). Davi foi escolhido por Deus como o homem segundo o coração de Deus e foi ungido rei de Israel, da sua descendência veio Jesus Cristo (At.13.21-23). Todavia, Davi não foi perfeito, teve suas falhas, como outros também tiveram. Uma das suas fraquezas era gostar muito de mulher, a ponto de ter adquirido nove mulheres, sem contar as concubinas. 

1- MICAL.

Mical, filha de Saul, foi a primeira esposa de Davi. O rei Saul desafiou Davi, propondo que lhe daria a sua filha como recompensa se ele lhe trouxesse cem prepúcios de filisteus. A o que Davi lhe trouxe duzentos prepúcios de filisteus (I Sm.18.25-27). Tempos depois, Saul tomou sua filha Mical de Davi, e deu a um homem chamado Paltiel (I Sm.25.44). Após a morte de Saul, Davi pede a restituição de Mical como sua esposa, e o seu pedido é atendido (II Sm.3.13-16). Mical criticou e repreendeu a Davi, por ele ter se alegrado perando o SENHOR, e dançado em público perante todo o povo (II Sm.6.14-22). Mical era mulher estéril e não gerou filhos (II Sm.6.23). 

2- ABIGAIL.

Abigail, esposa de um homem rico chamado Nabal, foi elogiada por Davi por sua atitude prudente, impedindo Davi de matar seu marido, quando este negou alimentar Davi e seus homens (I Sm.25.1-35). Havendo Deus ferido e matado Nabal, Davi manda chamar Abigail e a toma por esposa (I Sm.25.36-42).

3- AINOÃ.

Ainoã é um nome hebraico que significa literalmente "Meu irmão (Deus) é deleite". Este nome aparece na bíblia para se referir a duas mulheres:

(1) A filha de Aimaaz, da tribo de Benjamin, que se tornou esposa de Saul (1 Samuel 14:50). Aparentemente, ela era a mãe de Jônatas, Abinadabe, Malquisua, Merabe, Mical e Esbaal ou Is-bosete.

(2) Uma mulher de Jezreel, da tribo de Judá. David a tomou como esposa (junto com Abigail) depois que Mical foi entregue a outro homem. (1 Samuel 25:43 e 1 Samuel 27:3). Ela acompanhou Davi ao seu exílio na Filístia, foi capturada por incursores amalequitas em Ziclague, e foi resgatada ilesa. Mais tarde, em Hébron, ela se tornou mãe do primogênito de Davi, Amom (II Sm.3.2).

Ainoã foi a terceira esposa de Davi, havendo Saul entregue Mical a outro homem. Esta informação está registrada em I Samuel, 25.43,44. 

Esta Ainoã não foi a mulher de Saul, que após a morte de Saul, Davi a toma por mulher, o que alguns afirmam erradamente.

4- MAACA.

Maaca, foi a quarta esposa de Davi, uma mulher notável pela sua beleza. Maaca era estrangeira, o seu pai Talmai, era rei de Gesur (II Sm.3.3; I Cr.3.2). Foi mãe de Absalão (que diz as Escrituras que era um homem belo e vaidoso) e de Tamar, que chamou a atenção de seu meio irmão Amnom e fora por ele estuprada, que também era muito bela (II Sm.13.1-22). 

5- HAGITE.

Hagite, foi a quinta esposa de Davi, não há muita informações na Bíblia a seu respeito, apenas que ela foi mãe de Adonias, o qual tentou usurpar o reino de Davi, quando Davi já estava com a idade avançada. Sobre Adonias, o texto sagrado diz, que Davi nunca o havia contrariado, ou seja, o respreendido, era um filho mimado. Leia: (II Sm.3.4; I Rs.1.5,6).

6- ABITAL.

Abital é mencionada na Bíblia como uma das esposas do rei Davi e mãe do seu quinto filho, Sefatias, nascido em Hebrom (II Sm.3.4). 

Em hebraico, Abital provavelmente significa "meu pai é o orvalho".

7- EGLÁ.

Eglá foi a sétima esposa de Davi e mãe de Itreão, o sexto filho de Davi nascido em Hebrom (II Sm.3.5; I Cr.3.3).

Em hebraico, Eglah significa "uma novilha".

8- BATE-SEBA.

Bate-Seba, a formosa esposa de Urias, a qual foi depois mulher de Davi e mãe de Salomão (II Sm.11.3 e 12.24). Bate-Seba também é chamada de Bate-Sua em I Crônicas 3.5. Em hebraico, seu nome pode ser traduzido por "filha do juramento".

O pecado de Davi com Bate-Seba tornou-se mais negro ainda quando ele buscou a morte de seu marido, Urias, que era oficial do exército e homem dedicado ao seu rei (II Sm.11.6). Realizado este ato desleal e vil, casou Davi com a viúva. Instigada pelo profeta Natã, ela fala a Davi já velho acerca da conspiração de Adonias para o suceder no trono (I Rs.1.16-31). Mais tarde ela é persuadida por Adonias a ir ter com Salomão, para que este permitisse o casamento dele com Abisague. Nesta ocasião é ela recebida honrosamente por Salomão como rainha-mãe, mas o rei vê na própria petição o plano astucioso de Adonias (I Rs.2.13 a 25). Bate-Seba teve, além de Salomão, mais três filhos: Siméia, Sobabe e Natã (I Cr.3.5). Ela também era neta do sabio Aitofel, o qual se rebelou contra Davi (II Sm.11.3; 23.34).

9- ABISAGUE.

Abisague, uma donzela muito bela, a mulher da velhice de Davi, esta ele não a possuiu (I Rs.1.1-4). 

Além dessas, Davi também teve concubinas. O livro das Crônicas informa que, Davi teve seis filhos em Hebrom e treze filhos em Jerusalém, totalizando 19 filhos, além dos filhos das concubinas (I Cr.3.1-9).

POR QUE DAVI TINHA TANTAS MULHERES?

Era costume dos reis das nações cananeias que possuíssem muitas mulheres. Essa cultura que era tão comum nas nações pagãs, foi assimilada e também praticada pela nação de Israel. Os casamentos com muitas esposas tinham em vista a formação de uma família grande que refletia na grandeza do reino, e em sua maioria eram fruto de alianças políticas com outros povos de maneira que o rei pudesse manter relações pacíficas com as nações ao redor. Mas havia ordens expressas de Deus deixadas por Moisés na lei, que desaprovavam essa prática (Dt.17.15-17).

E tomou Davi mais concubinas e mulheres de Jerusalém, depois que viera de Hebrom; e nasceram a Davi mais filhos e filhas (II Sm.5.13).

Este versículo revela o defeito mais grave do caráter de Davi; sua forte propensão por mulher. Por Davi omitir-se a resistir e controlar seus apetites sensuais, isso o levou a violar o mandamento de Deus, em Dt.17.15-17 (que veda aos reis de Israel o multiplicar esposas para si mesmos). A paixão carnal de Davi pelas mulheres deu origem a muitos pecados, tristeza e sofrimento na sua família. Depois do pecado de Davi com Bete-Seba, Deus enviou castigos e calamidades sobre ele pelo resto da sua vida (II Sm.12.10). De fato, Davi era demais atraído pelo sexo oposto e gostava de colecionar mulheres.

POR QUE DEUS NÃO CONDENOU A POLIGAMIA DE DAVI?

A poligamia sempre foi desaconselhada de forma geral, não era condenada diretamente na Bíblia em alguns aspectos. Na verdade, Deus nunca aprovou a poligamia, mas tolerou até certo ponto. Para os costumes da época, era uma situação de certa forma tolerada, e por vezes até estimulada, tendo em vista todos os fatores culturais do contexto de época. Jesus disse que Deus "permitiu" algumas coisas por causa da dureza do coração dos homens (Mt.19.8).

No entanto, pode-se constatar as consequências funestas na vida de Davi e de seus filhos dessa escolha errada. As famílias de Davi vivia em constantes conflitos, cada filho procurando a supremacia sobre os demais, tendo em vista os interesses materiais do reino. Isso foi prova suficiente do desagrado de Deus sobre os casamentos poligâmicos de Davi, apesar de não vermos repreensões diretas de Deus sobre Davi, exceto no caso de Bate-Seba, mulher de Urias. 

quinta-feira, 30 de março de 2023

"Onde Está DEUS"?

 

Esta pergunta é feita por muitas pessoas que, na hora da tragédia, na hora do sofrimento, cobram do Criador a responsabilidade de prover o socorro urgente, e livrar de situações desconfortáveis. O que pode ser um grande equívoco das pessoas. A inquietude nesses momentos revela uma falta de confiança no poder de Deus. Além de impedir a manifestação da fé para que encontremos forças para continuar e superar as mazelas da vida. Por outro lado, quando você consegue ter paz em meio ao caos, é sinal que a sua fé não está apenas atrelada aos tempos de bonanças, mas se mantém firme nas adversidades da vida. As vezes pensamos que o nosso nível de fé é bastante para vivermos na vontade de Deus, mas é quando surgem as dificuldades, que a verdadeira fé se manifesta. 

Muitas vezes queremos jogar a culpa em Deus pelas tragédias e sofrimentos, quando na verdade muitas tragédias e sofrimentos que nos sobrevêm são frutos da nossa irresponsabilidade e má semeadura. O sofrimento faz parte da vida, existe uma inclinação natural humana para o sofrimento. Todavia, há um Deus pronto para nos socorrer, e ser o nosso refúgio na hora da angústia.

Precisamos entender que, apesar da confusão do mundo, Deus não perdeu o controle, mas Ele permanece no domínio de tudo. 

Deus está observando tudo, e tem coisas contrarias que Ele permite passar com o objetivo de nos ensinar algo. As vezes Deus não nos livra da tempestade, mas Ele nos socorre na tempestade.

Se a pergunta é: "Onde Está Deus"?, a resposta é: Deus está no controle de todas as coisas. Amém! 

quarta-feira, 29 de março de 2023

QUEM FOI MAACA?


Maaca foi uma das mulheres de Davi. Este nome na bíblia é aplicado tanto para homem, quanto para mulher. Este nome se repete por várias vezes no texto sagrado.

Maaca, foi uma ascendente ou antecessora do rei Saul.

Maaca, era esposa de Jeiel (Benjamita, que era pai de Gibeão), o casal que principia os primeiros relatos da história de Davi e dos reis de Judá no primeiro livro das Crônicas (1 Cr 8:29-33; 9:35-39). Maaca significa "compressão ou opressão" e é um nome, que, na Bíblia é usado para ambos os sexos. Há também várias mulheres na Bíblia que se chamaram Maaca, vejamos:

1. Uma filha de Naor, irmão de Abraão (Gn 22:24).

2. Uma das esposas do rei Davi (mãe de Absalão e Tamar) - (2 Sm 3:3; 1 Cr 3:2).

3. Uma filha de Absalão que casou-se com Roboão (seu primo) e tornou-se avó do rei Asa (1 Rs 15:3).

4. Uma concubina de um homem chamado Calebe ( 1 Cr 2:48,49).

5. A mulher de Maquir, filho de Manassés (1 Cr 7:15,16).

6. Mãe de Hanã, um dos valentes de Davi (1 Cr.11.43).

Cada uma destas mulheres tiveram suas histórias diferentes, nada tinham em comum, exceto o nome que foi dado a elas por seus pais. Nenhuma destas mulheres destacou-se, por assim dizer em algo para o SENHOR. Algumas delas, provavelmente, destacaram-se por sua beleza e ainda por ensinarem mal aos seus filhos a idolatria.

Por exemplo: Maaca, uma das esposas do rei Davi, foi mãe de Absalão (que diz as Escrituras que era um homem belo e vaidoso) e de Tamar (a filha de Davi que chamou a atenção de seu meio irmão Amnom e fora por ele estuprada), provavelmente era bela.

E também a Maaca que era filha de Absalão (perceba que ele deu a filha o mesmo nome de sua mãe) era a mais amada de Roboão (eram primos e ele casou-se com ela e a amava mais que as outras mulheres que ele tinha, tanto esposas quanto concubinas - 2 Cr 11:21). esta mesma Maaca viu e acompanhou seu marido Roboão quando este abandonou a lei do Senhor e conduziu Israel a Idolatria, e ensinou seu filho assim, então este tornou-se um rei perverso (1 Rs 15:3). Só que Deus teve misericórdia, e ela veio a ser a avó do rei Asa, que seguiu os exemplos de Davi e não de seus pais, ao ponto de até depor a Maaca, sua avó, porquanto ela havia feito ao poste ídolo uma abominável imagem do deus Príapo, 2 Cr 15:16, e Asa destroi essa abominação de sua avó e a deporta (expulsa-na para fora de seu reino).

CONCLUSÃO:

Aqui cabe-nos uma reflexão: Muitas vezes recebemos nomes de pessoas as quais nossos pais admiram, ou que eles gostariam que nos parecêssemos ou fossêmos como elas, mas, o que realmente importa é que nós sejamos fieis ao Senhor Jesus. Porque na verdade, o nome não tem nada a ver com o caráter da pessoa.

Fonte: Pequena Enciclopédia Bíblica de Temas Femininos de Alaid Schimidt.

domingo, 26 de março de 2023

LEI e GRAÇA - O Confronto.


Fiz-me, acaso, vosso inimigo, dizendo a verdade? (Gl.4.16).

Paulo confrontou os crentes da Galácia porque estavam inseguros quanto a fé em Cristo. Paulo diz: "Ó insensatos gálatas! Quem vos fascinou para não obedecerdes à verdade?" (Gl.3.1). "Vocês corriam bem. Quem os impediu de continuar obedecendo à verdade? Tal persuasão não provém daquele que os chama" (Gl.5.7). Havia falsos mestres infiltrados no meio do povo causando dúvidas e inquietações com seus ensinos legalistas, ensinando ao povo a permanecerem nos antigos costumes e rituais da Lei e desprezarem a graça de Cristo como meio eficaz para salvação. Paulo confronta e refuta os legalistas: "Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Portanto, permaneçam firmes e não se deixem submeter novamente a um jugo de escravidão" (Gl.5.1). Falsos mestres foram aos gálatas, procurando persuadi-los a rejeitar os ensinos de Paulo e aceitar "outro evangelho". Este outro evangelho consistia não somente em crer em Cristo, mas também ligar-se à fé judaica mediante as obras da Lei e seus rituais, tais como: Guarda do sábado, festas judaicas, circuncisão, sacrifícios... Misturar o Evangelho original com qualquer outro tipo de ritual ou crença, é transtornar o verdadeiro Evangelho de Cristo. 

DA GRAÇA TENDES CAÍDO - Paulo continua o confronto: "Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela Lei; da graça tendes caído (Gl.5.4). Alguns dos gálatas tinham subtituído sua fé em Cristo pela fé na obediência à Lei. Admiro-me de que vocês estejam abandonando tão rapidamente aquele que os chamou pela graça de Cristo, para seguirem outro evangelho que, na realidade, não é o evangelho. O que ocorre é que algumas pessoas os estão perturbando, querendo perverter o evangelho de Cristo (Gl.1.6,7). Paulo declara que os tais caíram da graça. Cair da graça é estar alienado de Cristo. É abandonar o princípio da graça de Deus que nos traz salvação. É anular a nossa associação com Cristo e deixar de permanecer nEle. 

MUITOS CAÍRAM DA GRAÇA - Na atualidade muitos cristãos estão caindo da graça e vivendo um "evangelho" de facilidades baseado nos seus próprios conceitos. Ninguém pode viver um autêntico Evangelho e, ao mesmo tempo, procurar agradar aos outros, tendo comunhão com o pecado. O verdadeiro Evangelho requer renúncia e vida separada para Cristo. Há quem afirme que podemos viver na graça de Cristo sendo ecléticos, agradando a gregos e troianos. Quando na verdade isto se constitui uma grande farsa e armadilha do Inimigo. Infelizmente, muitos começaram pelo Espírito e estão terminando pela carne. Que muitos possam reconhecer e retornar a verdadeira graça de Cristo. Amém! 

sábado, 25 de março de 2023

Dons Ministeriais Na Igreja.


E Ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres (Ef.4.11). NVI 

Neste versículo Paulo cita cinco ministérios dados por Deus a igreja, com o propósito de edificar o corpo de Cristo. Segundo Paulo, estes ministérios tem como objetivo o aperfeiçoamento dos santos, para obra do ministério, edificação do corpo de Cristo, unidade da fé, conhecimento do Filho de Deus e maturidade espiritual plena dos crentes em geral (4.11-14). 

1- APÓSTOLOS.

O título "apóstolo" se aplica a certos líderes cristãos no N.T. O verbo apostello significa enviar alguém em missão especial como mensageiro e representante pessoal de quem o envia. O título é usado para Cristo (Hb.3.1), os doze discípulos escolhidos por Jesus (Mt.10.2), o apóstolo Paulo (Rm.1.1; II Co.1.1; Gl.1.1) e outros (At.14.4,14; Rm.16.7; Gl.1.19; 2.8,9; I Ts.2.6,7). 

O termo "apóstolo" era usado no NT em sentido geral, para um representante designado por uma igreja, como por exmplo, os primeiros missionários cristãos. Logo, no NT o termo se refere a um mensageiro nomeado e enviado como missionário ou para alguma outra responsabilidade especial (ver At.14.4,14; Rm.16.7; II Co.8.23; Fp.2.25). Eram homens de reconhecida e destacada liderança espiritual, ungidos com poder para defrontar-se com os poderes das trevas e confirmar o Evangelho com milagres. Cuidavam do estabelecimento de igrejas segundo a verdade e pureza apostólicas. Eram servos itinerantes que arriscavam suas vidas em favor do nome de nosso Senhor Jesus Cristo e da propagação do Evangelho.

O termo "apóstolo" também é usado no NT em sentido especial, em referência àqueles que viram Jesus após a sua ressurreição e que foram pessoalmente comissionados por Ele a pregar o Evangelho e estabelecer a igreja (os doze discípulos e Paulo). Tinham autoridade ímpar na igreja, no tocante à revelação divina e à mensagem original do Evangelho, como ninguém mais até hoje. O ministério de apóstolo nesse sentido restrito é exclusivo, e dele não há repetição. Os apóstolos originais no NT não têm sucessores. (Comentário Bíblia de Estudo Pentecostal p.1814)

2- PROFETAS.

O termo "profeta" ou "profetas" aparece várias vezes no livro de Atos.
Naqueles dias, desceram profetas de Jerusalém para Antioquia. E, levantando-se um deles, por nome Ágabo, dava a entender, pelo Espírito, que haveria uma grande fome em todo o mundo, e isso aconteceu no tempo de Cláudio César (At.11.27,28).
Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé, Simeão, chamado Níger, Lúcio de Cirene, Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo (At.13.1).
Depois, Judas e Silas, que também eram profetas, exortaram e confirmaram os irmãos com muitas palavras (At.15.32). E, demorando-nos ali por muitos dias, chegou da Judéia um profeta, por nome Ágabo (At.21.10). 

* Kistemaker não encontra evidência de que os profetas desempenhassem um cargo permanente nas comunidades cristãs primitivas. Seu dom era a capacitação que tinham para profetizar, ou seja, de receber a revelação de Deus e pregar sua Palavra (KISTEMAKER, ibid.,p.613). 

Donald C. Stamps, autor das notas e estudos da Bíblia de Estudo Pentecostal, em seu estudo sobre o dom ministerial de profetas, comenta: Os profetas eram homens que falavam sob o impulso direto do Espírito Santo, e cuja motivação e interesse principais eram a vida espiritual e pureza da igreja. Sob o novo concerto, foram levantados pelo Espírito Santo e revestidos pelo seu poder para trazerem uma mensagem da parte de Deus ao seu povo (At.2.17; 4.8; 21.4).

A função do profeta na igreja incluía o seguinte: Proclamar e interpretar cheio do Espírito Santo, a Palavra de Deus. Sua mensagem visava admoestar, exortar, animar, consolar e edificar os crentes na fé.

O ministério de profeta ainda continua sendo imprescindível ao propósito de Deus para a igreja. A igreja que rejeita os profetas de Deus caminhará para a decadência, desviando-se para o mundanismo. Se ao profeta não for permitido trazer a mensagem de repreensão e de advertência denunciando o pecado e a injustiça, então a igreja já não será o lugar onde se possa ouvir a voz do Espírito (B.E.P.p.1814).

Infelizmente, a política eclesiástica e a direção humana tomaram o lugar do Espírito e já quase não se ouve a voz profética na igreja. Por outro lado, muitos se autopromoveram a "profeta", criando uma verdadeira desordem no culto. 

3- EVANGELISTAS.

Filipe é o único homem na Bíblia que é chamado de Evangelista. Mas isso não significa dizer que ele foi o único evangelista na época dos apóstolos. O escritor lucas escreve: No dia seguinte, partindo dali Paulo e nós que com ele estávamos, chegamos a Cesaréia; e, entrando em casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele (At.21.8). Este termo "evangelista" aparece apenas três vezes no texto sagrado: Atos, 21.8; II Tm.4.5; Ef.4.11, sendo esta última no plural. 

Evangelista é aquele que tem de Deus o dom e a vocação para anunciar as Boas Novas de salvação aos perdidos e conduzi-los a Cristo. O evangelista é um desbravador na obra da evangelização. Um verdadeiro evangelista não fica parado na igreja local, mas uni-se ao pastor da igreja afim de promover eventos evangelísticos na intenção de ganhar almas para o Reino de Deus. O ministério de evangelista é de grande importância para igreja. A igreja que deixa de apoiar e promover o ministério de evangelista cessará de ganhar almas e tornar-se á uma igreja estática e sem crescimento. A igreja que reconhece o dom ministerial de evangelistas, terá sempre novos convertidos para serem discipulados e novos crentes para serem batizados em águas.  

4- PASTORES.

Pastores, que também são chamados "presbíteros" (At.15.6; 20.17; Tt.1.5) ou bispos (At.20.28; I Tm.3.1; Tt.1.7), são homens chamados por Deus que receberam o dom de pastorear o rebanho do Senhor. Portanto, pastor, presbítero e bispo são palavras sinônimas, que correspodem ao mesmo cargo ou ofício pastoral. 
A tarefa do pastor é cuidar do rebanho do Senhor, da sã doutrina, ensinar a Palavra de Deus e refutar as heresias. Pastores são ministros que cuidam do rebanho, tendo como modelo Jesus, o bom Pastor. Os pastores devem ser escolhidos, não por política eclesiástica, mas segundo a direção do Espírito. O ministério pastoral é essencial ao propósito de Deus para sua igreja. Deus não deu igreja a pastor, mas deu pastores à igreja. Todo pastor deve ter consciência que o rebanho é do Senhor Jesus, e nunca propriedade sua. O apóstolo Pedro aconselha os pastores dizendo: Apascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho (I Pe.5.2,3). Os pastores são líderes que dirigem a congregação local, cuidando das suas necessidades espirituais. O escritor aos hebreus pede aos irmãos para lembrar e imitar a fé dos pastores (13.7), e também a obedecer e se sujeitar a eles (13.17). Que o Espírito Santo continue escolhendo homens vocacionados por Deus para apascentar com amor o rebanho do Senhor.

5- MESTRES.

Mestres ou doutores, são aqueles que têm de Deus um dom especial para esclarecer, expor e ensinar a Palavra de Deus de formar simples e compreensiva a todos, afim de edificar a igreja do Senhor.
O ofício de mestre é de grande importância para a igreja de Cristo. A igreja que rejeita o ministério de mestre, corre o risco de desvios doutrinários e de entrar pelo caminho das inovações e heresias. Por outro lado, a igreja que aceita e apoia o ministério de mestre, terá uma boa base doutrinária e saúde espiritual no que diz respeito ao bom ensino da Palavra de Deus. Que Deus continue vocacionando mestres comprometidos em ensinar a Palavra de Deus com fidelidade, sem adulterá-la.

TÍTULOS QUE NÃO CORRESPONDEM AO OFÍCIO.
APÓSTOLO - Que se autoconsagrou e nunca teve aprovação de Deus.
PASTOR - Que nunca pastoreou uma igreja e anda como itinerante pregando e danda palestras.
EVANGELISTA - Que nunca pregou uma mensagem evangelística nem ganhou uma só alma para Jesus.
PRESBÍTERO - Que não serve para auxiliar o pastor e não tem aptidão para ensinar a Palavra.
MISSIONÁRIO (A) - Que nunca foi ao campo fazer missão, nunca ganhou uma alma, nem abriu nenhuma igreja como fruto da obra missionária.
DIÁCONO - Que não serve a igreja e já quer ser consagrado a presbítero.
Desejar o episcopado é salutar, mas é preciso ter vocação. Muitos desejam títulos para ostentar o status, mas não correspondem ao ofício para o qual foram chamados.

quarta-feira, 22 de março de 2023

A VIDA DE ORAÇÃO DE JESUS.


Enquanto estava neste mundo, Jesus frequentemente procurava estar a sós com Deus em oração. Os evangelhos registram com frequencia os momentos de oração de Jesus. Como homem Jesus buscava ao Pai em oração, porque dependia inteiramente dEle em todas as circunstâncias da sua vida. O escritor aos hebreus, faz referência a Jesus, quando diz: O qual, nos dias da sua carne, oferecendo, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao que temia (Hb.5.7). A oração de Jesus foi ouvida, não no sentido de Deus ter removido tudo o que levaria à sua morte, mas no sentido de Ele receber ajuda de Deus para suportar o sofrimento que lhe aguardava. A vida de Jesus foi marcada pela pratica da oração, em seus momentos em particular com o Pai. Seguindo o exemplo de Jesus, passar tempo a sós com Deus é essencial para nosso bem-estar espiritual. Devemos estar conscientes de que a falta de oração individual ao nosso Pai celestial é um sinal de que a vida espiritual dentro de nós está em declínio. O cristão que não vive na prática da oração, poderá não desfrutar da intimidade com o Pai. A verdade é que, muitos de nós temos tempo pra tudo, menos para orar. A grande estratégia do Inimigo é fazer com que fiquemos sem orar, presos nos entretenimentos e em outras atividades secundárias. Se assim acontece, devemos repudiar tudo o que nos distrai, nos impedindo de buscarmos ao Senhor em oração e renovar nosso compromisso de perseverar sempre em oração. 

SETE MOMENTOS DE ORAÇÃO DE JESUS.

1- E, despedida a multidão, subiu ao monte para orar à parte. E, chegada já a tarde, estava ali só (Mt.14.23).

2- E, levantando-se de manhã muito cedo, estando ainda escuro, saui, e foi para um lugar deserto, e ali orava (Mc.1.35).

3- E, tendo-os despedido, foi ao monte para orar (Mc.6.46).

4- Porém Ele retirava-se para os desertos e ali orava (Lc.5.16).

5- E aconteceu que, naqueles dias, subiu ao monte a orar e passou a noite em oração a Deus (Lc.6.12).

6- E aconteceu que, estando Ele orando em particular, estavam com Ele os discípulos... (Lc.9.18).

7- E aconteceu que, estando Ele a orar num certo lugar, quando acabou, lhe disse um dos seus discípulos: Senhor, ensina-nos a orar... (Lc.11.1).

Lucas ressalta mais do que os outros Evangelhos a prática da oração na vida de Jesus. Quando o Espírito Santo desceu sobre Jesus no rio Jordão, Ele estava orando (Lc.3.21). Em certas ocasiões, afastava-se das multidões para orar (Lc.5.16). Ele passou a noite em oração antes de escolher os doze apóstolos (Lc.6.12). Ficou orando em particular antes de fazer uma pergunta importante aos seus discípulos (Lc.9.18). Por ocasião da sua transfiguração, Ele subiu ao monte a orar (Lc.9.28). Sua transfiguração ocorreu estando Ele orando (Lc.9.29). Ele havia acabado de orar, antes de ensinar aos discípulos a orar (Lc.11.1). No Getsêmani, Ele orava mais intensamente (Lc.22.44). Na cruz, Ele orou pelos pecadores 9Lc.23.34). Suas últimas palavras antes de morrer foram uma oração (Lc.23.46). Está registrado que Ele também orou depois da sua ressurreição (Lc.24.30). Ao observarmos a vida de Jesus nos outros Evangelhos, nota-se que Ele orou antes do convite aos cansados e oprimidos (Mt.11.25-28). Ele orou junto ao túmulo de Lázaro (Jo.11.41,42). Também orou durante a instituição da Santa Ceia (Mt.26.26). Finalmente, a vida de JESUS foi marcada pela prática constante da oração em sua íntima comunhão com o Pai. JESUS teve completa vitória, porque sempre viveu em oração. Que possamos seguir o exemplo do nosso Mestre, e trilharmos o caminho da oração. Amém!