O texto de 1 João 5.7,8 tem o crédito de muitos cristãos por expressar claramente a Doutrina da Trindade. O texto de 1 João 5.7,8 nas traduções bíblicas clássicas, baseadas no principal texto grego do Novo Testamento usado nos séculos 16 a 19, encontra-se assim: “7 Porque três são os que testificam no céu: o Pai, a Palavra, e o Espírito Santo; e estes três são um. 8 E três são os que testificam na terra: o Espírito, e a água e o sangue; e estes três concordam num.” (Bíblia Almeida Corrigida Fiel – ACF). No entanto, o texto foi subtraído nas Bíblias modernas. Vejamos algumas traduções:
Porque três são os que testificam no céu: O Pai, a Palavra e o Espírito Santo; e estes três são um. E três são os que testificam na terra: O Espírito, e a água, e o sangue; e estes três concordam num (I Jo.5.7,8). ARC
Porque três são os que testificam no céu: O Pai, a Palavra e o Espírito Santo; e estes três são um. E três são os que testificam na terra: O Espírito, e a água, e o sangue; e estes três concordam num (I Jo.5.7,8). ACF
Porque três são os que testificam no céu: O Pai, a Palavra e o Espírito Santo; e estes três são um. E três são os que testificam na terra: O Espírito, e a água, e o sangue; e estes três concordam num (I Jo.5.7,8). DAKE, Versão Almeida Revista e Corrigida Edição 1995.
Nota de rodapé da DAKE. O que está escrito desde aqui até "na terra", no v.8, não consta em alguns manuscritos mais antigos, mas isto não é prova de que estivesse fora do livro original. Cíprio, bispo de Cartago, 200-258 d.C. cita estes vv. como sendo escritos por João (vol.v,418,423, Pais Ante-Nicenos). Vigílio de Tasus os citam no século V. O Codex Montfortil e a Vulgata os contêm. As palavras estão em perfeita harmonia com a doutrina da trindade.
Assim, há três que proclamam testemunho: O Espírito, a água e o sangue, e há plena concordância entre os três (I Jo.5.7,8). KJA
Nota de rodapé da KJA. A lei exigia duas ou três testemunhas para assuntos de grande importância, geralmente julgamento de vida ou morte ou que envolvessem a reputação de alguém (Dt.17.6; 19.15; I Tm.5.19). Na Vulgata e na antiga King James, esses versículos vêm com alguns acréscimos: "... testemunho no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo, e estes três são um. E há três os que testificam na terra: o Espírito, a água e o sangue..." Como os acréscimos não são ancontrados em nenhum manuscrito original ou mesmo tradução antes do século XII, o comitê de tradução da KJA decidiu manter o texto em português de acordo com a compilação dos mais antigos e fiéis manuscritos (Majoritário e Grego Crítico).
Há três que dão testemunho: o Espírito, a água e o sangue; e os três são unânimes (I Jo.5.7,8). NVI
Nota de rodapé da NVI. Alguns manuscritos da Vulgata dizem testemunho no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo, e estes três são um. 8 E há três que testificam no terra: o Espírito, (isto não consta em nenhum manuscrito grego anterior ao século doze).
Na Bíblia PESHITTA, Tradução dos Antigos Manuscritos Aramaicos, diz: E o Espírito dá testemunho, porque o Espírito é a verdade. E três são as testemunhas: o Espírito, a água e o sangue, e os três concordam (I Jo.5.7,8).
Nota de rodapé da PESHITTA. No texto Peshitta não aparece a leitura "...no céu, o Pai, o Verbo e o Espírito Santo, e estes três são um. E três são os que dão testemunho na terra". Tampouco aparece nos manuscritos gregos mais antigos.
Portanto, as traduções bíblicas que tem o texto de 1 João 5:7-8 com “as três testemunhas” se basearam na edição do Texto Recebido de 1522 (a terceira) e nas revisões seguintes. Como o texto bíblico em português foi publicado pela primeira vez em 1681, e esse era o texto grego que João Ferreira de Almeida tinha em mãos para traduzir, então a adição veio junto.
Antigamente era difícil se chegar ao conhecimento de que este texto era uma adição não autêntica, isto é, não foi escrito pelo apóstolo João, pois o acesso ao conhecimento era difícil. No entanto, com as pesquisas dos historiadores publicadas na internet em nosso século, já podemos chegar ao conhecimento verdadeiro.
Conclusão: As traduções diferem uma da outra, mas isto não significa dizer uma grande contradição, a verdade é que, uma complementa a outra e não contradiz a doutrina da trindade, antes fortalece.