domingo, 21 de julho de 2024

ELES PROFETIZARAM NU (Curiosidades Bíblicas).


E ele também despiu as suas vestes, e ele também profetizou diante de Samuel, e esteve nu por terra todo aquele dia e toda aquela noite; pelo que se diz: Está também Saul entre os profetas? (I Sm.19.24).

Saul se despiu voluntariamente e profetizou diante de Samuel e de todo o povo; ele esteve nu durante o dia e toda a noite. Este é um acontecimento inédito e inusitado na história bíblica.

Por causa disso chorarei e lamentarei; andarei descalço e nu... (Mq.1.8) NVI.

Miquéias lamentou a queda de Samaria, ele ficou profundamente triste por terem os israelitas rejeitado a Deus. Em protesto pela desobediência e derrota do seu povo, Miquéias chora, lamenta e decide voluntariamente andar nu e descalço.  

Falou o SENHOR, pelo mesmo tempo, pelo ministério de Isaías, filho de Amoz, dizendo: Vai, solta o cilício de teus lombos e descalça os sapatos dos teus pés. Assim o fez, indo nu e descalço. Então, disse o SENHOR: Assim como o meu servo Isaías andou três anos nu e descalço, por sinal e prodígio sobre o Egito e sobre a Etiópia, assim o rei da Assíria levará em cativeiro os presos do Egito e os exilados da Etiópia, tanto moços como velhos, nus, e descalços, e com as nádegas descobertas, para vergonha do Egito (Is.20.2-4).

Por ordem do SENHOR, Isaías devia aparecer em público, sem suas vestes externas durante três anos. Isaías obedece a Deus, embora isso lhe custasse vergonha e constrangimento durante três anos. Esta atitude escandalosa e ridícula de Isaías aos olhos das pessoas, seria como uma parábola viva ou sinal daquilo que iria acontecer ao Egito e Cuxe (Etiópia), quando a Assíria os levasse em cativeiro. A mensagem tinha o propósito de advertir a nação de Judá para não confiar em aliança com o Egito, e exortá-los a depender do seu Deus. É possível que Isaías andasse desse modo humilhante apenas numa parte de cada dia. Esta é mais uma maneira inusitada de Deus falar, mandando o profeta andar nu e descalço durante três longos anos. Aqui eu aprendi.

sexta-feira, 12 de julho de 2024

CRISTO, O CENTRO DAS ESCRITURAS.


Examinai as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam (Jo.5.39).

As Escrituras (a Bíblia) foi escrita com o propósito de testemunhar de Cristo. Em Cristo, o Messias, em Jesus, o Salvador, o Libertador e Redentor, estão todas as Verdades centrais da Bíblia. Todos os tipos, sombras e símbolos encontrados na Bíblia, apontam para Cristo. Dele todos os profetas falaram, todas as profecias dão testemunhos de Cristo. Toda a Glória das Escrituras, do Gênesis ao Apocalipse, culmina na Pessoa de Cristo! A Bíblia seria um livro comum sem Cristo, seria um livro sem sentido, seria um mistério inexplicável, mas nela Cristo se revela e explica tudo. Cristo é a chave de ouro que desbloqueia o tesouro divino da revelação Bíblica! Cristo é a substância das Escrituras, é a Bússola que nos leva ao porto seguro da salvação. Ele pode ser encontrado em todos os livros da Bíblia, se assim não fosse, que valor teria? Mas quando Cristo é encontrado, é uma revelação Gloriosa, porque todos os mistérios são abertos, todo enigma é explicado, toda discrepância é harmonizada, e toda Verdade é revelada. Nele estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência (Cl.2.3). Ele é o Alfa e o Ômega da Bíblia, desde o primeiro versículo em Gênesis até o último em Apocalipse. Estude as Escrituras com o objetivo de aprender e encontrar a Cristo. 

JESUS NOS LIVROS DA BÍBLIA.

Em Gênesis, Ele é o Descendente da mulher.

Em Êxodo, Ele é o Cordeiro pascal.

Em Levítico, Ele é o Sacrifício expiatório.

Em Números, Ele é a Rocha ferida.

Em Deuteronômio, Ele é o Profeta semelhante a Moisés.

Em Josué, Ele é o Capitão da nossa salvação.

Em Juízes, Ele é o nosso Libertador.

Em Rute Ele é o nosso Remidor Divino.

Em 1,2 Samuel Ele é o Rei prometido.

Em 1,2 Reis Ele é o Rei esperado.

Em 1,2 Crônicas Ele é o Descendente de Davi.

Em Esdras Ele é o Ensinador Divino.  

Em Neemias Ele é o Reconstrutor das muralhas das nossas vidas.                    

Em Ester Ele é a  Providência Divina.

Em Jó Ele é o Redentor que vive.

Em Salmos Ele é nosso Pastor.

Em Provérbios Ele é a Sabedoria.

Em Eclesiastes Ele é o Mestre da congregação.

Em Cantares de Salomão Ele é o Amado.

Em Isaías Ele é o Servo do Senhor.

Em Jeremias Ele é o Renovo.

Em Lamentações Ele é o Consolador de Israel.

Em Ezequiel Ele é o Homem das quatro faces.

Em Daniel Ele é o quarto Homem da fornalha. 

 Em Oséias Ele é o Esposo.

Em Joel Ele é o Batizador.

Em Amós Ele é o Prumo.

Em Obadias Ele é o Refúgio.

Em Jonas Ele é a Salvação do SENHOR.

Em Miquéias Ele é o Governante de paz.

Em Naum Ele é o Cavaleiro da espada flamejante.

Em Habacuque Ele é o Puro de olhos.

Em Sofonias Ele é o Deus de fogo.

Em Ageu Ele é o Desejado de todas as nações.

Em Zacarias Ele é o Rei que virá.

Em Malaquias Ele é o Sol da justiça. 

*

Em Mateus Ele é o Rei.

Em Marcos Ele é o Servo.

Em Lucas Ele é o Filho do Homem.

Em João Ele é o Filho de Deus.

Em Atos Ele é o Senhor da igreja.

Em Romanos Ele é a Justiça de Deus.

Em 1,2 Coríntios Ele é as Primícias dos que dormem.

Em Gálatas Ele é o Cristo que liberta.

Em Efésios Ele é a Pedra da esquina.

Em Filipenses Ele é o Soberano Senhor.

Em Colossenses Ele é a Cabeça da igreja.

Em 1,2 Tessalonicenses Ele é o Senhor que virá.

Em 1,2 Timóteo Ele é o nosso Mediador.

Em Tito Ele é o nosso Salvador.

Em Filemom Ele é o Amigo reconciliador.

Em Hebreus Ele é o Sumo-sacerdote.

Em Tiago Ele é o Legislador.

Em 1,2 Pedro Ele é o Bispo das nossas almas.

Em 1,2,3 João Ele é o Amor revelado.

Em Judas Ele é o Senhor que virá com milhares dos seus santos.

Em Apocalipse Ele é o Alfa e o Ômega. 

O Príncipe dos reis da terra.

O Princípio da criação de Deus. 

O Primogênito dentre os mortos. 

O Cordeiro que foi morto.

O Leão da tribo de Judá. 

O Rei dos reis e Senhor dos senhores. 

A Raiz e a Geração de Davi.

A Palavra de Deus.

O Amém.

Jesus Cristo, é antes de todas as coisas; Ele é o começo, o meio e o fim da História.

Porque Dele, e por Ele, e para Ele são todas as coisas; glória, pois, a Ele eternamente. Amém! (Rm.11.36).

quarta-feira, 10 de julho de 2024

TEMPO DE CRESCER, FLORESCER, FRUTIFICAR.


O justo florescerá como a palmeira; crescerá como o cedro no Líbano. Os que estão plantados na Casa do SENHOR florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice ainda darão frutos; serão viçosos e florescentes, para anunciarem que o SENHOR é reto; Ele é a minha rocha, e nele não há injustiça (Salmos 92.12-15).

Bendito o varão que confia no SENHOR, e cuja esperança é o SENHOR. Porque ele será como a árvores plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e, no ano de sequidão, não se afadiga nem deixa de dar fruto (Jr.17.7,8).

Porque eis que passou o inverno: a chuva cessou e se foi. Aparecem as flores na terra, o tempo de cantar chega... (Cantares, 2.11,12).

Os dias são difíceis, os tempos são trabalhosos, os dias são maus e tenebrosos, mas o cristão que tem suas raízes firmada na Rocha que é Cristo e está plantado nos átrios do SENHOR, não deixa de dá frutos.

Há árvores que florescem na primavera, há árvores que florescem no deserto, há árvores que florescem no ano de sequidão, há árvores que florescem entre pedras e espinhos. Independente das circunstâncias, do tempo e do ambiente, quem está ligado em Cristo que é a videira verdadeira, nunca deixa de frutificar. 

Sem crescimento não há flores e sem flores não há frutos. O crescimento espiritual do crente, implica em ter maturidade, equilíbrio e experiência de vida.

As raízes nos fala de firmeza, as flores nos fala de beleza, os frutos nos fala de alimento. 

A palmeira é uma árvore reta, na primavera ela floresce e a sua beleza desabrocha.

O cedro é uma árvore frondosa de proporção gigantesca, as suas raízes são profundas, isto nos fala de estabilidade. 

Florescer no deserto solitário e com o vento contrario é para poucos, muitos querem florescer em lugares prósperos com o vento soprando a seu favor, onde todos lhe aceitam e lhe aplaudem.

É melhor estar no DESERTO dentro da vontade de DEUS, do que estar na MÍDIA sendo aplaudido e ovacionado pelo público, mas fora da vontade de DEUS.

Toda árvore que dá fruto precisa ser podada para continuar dando mais fruto. Toda árvore que não dá fruto será cortada, porque está ocupando o terreno em vão.

Disse Jesus: Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda a vara em mim que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto. Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado. Estai em mim, e eu, em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim. Eu sou a videira, vós, as varas; quem está em mim, e eu nele, este dá muito fruto, porque sem mim nada podereis fazer. Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem. Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai; que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos. Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vos conceda (Jo.15.1-8,16). 

Nesta alegoria, Jesus se descreve como " a videira verdadeira" e os seus discípulos como "os ramos". Ao permanecerem ligados nEle como a fonte da vida, frutificam. Deus, o Pai é o lavrador que cuida dos ramos, para que dêem  fruto. Jesus fala de duas categorias de varas: Frutíferas e infrutíferas. As varas que dão fruto são aquelas que estão ligadas na videira que é Cristo. Estes são os crentes perseverantes na fé, na comunhão e no amor para com Cristo. A essas varas o Pai limpa, poda, a fim de ficarem mais frutíferas. Isso quer dizer que Ele remove de suas vidas qualquer coisa que impede ou desvia o fluxo vital de Cristo. Todos os cristãos são chamados e escolhidos "do mundo" para dar fruto para glória de Deus. Essa frutificação implica em muitas coisas, bem como: Seu caráter santo manifestado no meio de uma sociedade corrupta e perversa. Essa frutificação também refere-se ao fruto do Espírito manifesto na vida do crente, descrito em Gálatas, 5.22,23 e também em ser um sábio ganhador de almas, conforme está escrito em provérbios 11.30: O fruto do justo é árvore de vida, e o que ganha almas sábio é. Enfim, o crente ligado em Cristo, tem uma vida abundante e nunca deixa de crescer, florescer e de dá frutos para glória de Deus. Amém! 

domingo, 7 de julho de 2024

O DIA DA EXPIAÇÃO X SACRIFÍCIO DE CRISTO.


A palavra "expiação" no hebraico "kippurim" derivado de kaphar, que significa "cobrir" comunica a idéia de cobrir o pecado mediante um "resgate" de modo que haja uma reparação ou restituição adequada pelo delito cometido.

A necessidade da expiação surgiu do fato que os pecados da nação de Israel, caso não fossem expiados, sujeitariam os israelitas à ira de Deus. Por conseguinte, o propósito do Dia da Expiação era prover um sacrifício de amplitude ilimitada, por todos os pecados que porventura não tivessem sido expiados pelos sacrifícios oferecidos no decurso do ano que findava. Dessa maneira, o povo seria purificado dos seus pecados do ano presente, afastaria a ira de Deus contra eles e manteria a sua comunhão com Deus (Lv.16.30-34; Hb.9.7). 

No livro de Levítico capítulo 16, descreve a cerimônia do Dia da Expiação. O dia dez do sétimo mês do calendário judaico, tornou-se o dia santo mais importante do ano judaico. Nesse dia, o sumo sacerdote, vestia as vestes sagradas, e de início preparava-se mediante um banho cerimonial com água. Em seguida, antes do ato da expiação pelos pecados do povo, ele tinha de oferecer um novilho pelos seus próprios pecados. A seguir, tomava dois bodes e, sobre eles, lançava sortes: Um tornava-se o bode do sacrifício, e o outro tornava-se o bode emissário (16.8). Sacrificava o primeiro bode, levava-o ao propiciatório, o qual era a tampa que cobria a arca da Aliança e ali derramava o sangue sobre o propiciatório, e assim se fazia expiação pelos pecados da nação inteira (16.15,16). Como etapa final, o sumo sacerdote tomava o bode vivo, impunha as mãos sobre a sua cabeça, confessava sobre ele todos os pecados dos israelitas e o enviava ao deserto, simbolizando isto que os pecados deles eram levados para fora do arraial para serem aniquilados no deserto (16.21,22).

CRISTO E O DIA DA EXPIAÇÃO.

Os dois bodes representam a expiação, o perdão, a reconciliação e a purificação dos pecados consumados por Cristo em um único sacrifício na cruz. O bode que era sacrificado representa a morte vicária e sacrificial de Cristo pelos pecados da humanidade. O bode emissário ou bode expiatório, era conduzido para longe, para o deserto, levando os pecados da nação, tipifica Cristo, que removeu os nossos pecados e os lançou para bem longe, havendo lançado no mar do esquecimento. Tornará a apiedar-se de nós, subjugará as nossas iniquidades e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar (Mq.7.19). 

O Dia da Expiação está repleto de simbolismo que prenuncia a obra de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. O fato de que os sacrifícios do Antigo Testamento tinham de ser repetidos anualmente indica que eles eram provisórios. Apontavam para um tempo futuro quando, então, Cristo viria para remover de modo permanente todo o pecado confessado. No Novo Testamento, o escritor aos hebreus realça a cumprimento, no novo concerto, da tipologia do Dia da Expiação que se cumpriram cabalmente em Cristo o Salvador Perfeito (Hb.9.1-28; 10.1-23). 

Os sacrifícios no Dia da Expiação proviam uma "cobertura" pelo pecado, e não a remoção do pecado. O sangue de Cristo derramado no cruz, no entanto, é a expiação plena e definitiva que Deus oferece à raça humana; expiação esta que remove o pecado de modo permanente (Hb.10.4,10,11). Cristo como sacrifício perfeito (Hb.9.26; 10.5-10) pagou a inteira penalidade dos nossos pecados (Rm.3.25,26; 6.23; Gl.3.13; II Co.5.21) e levou a efeito o sacrifício expiador que afasta a ira de Deus, que nos reconcilia co Ele e restaura a nossa comunhão com Ele (Rm.5.6-11; II Co.5.18,19; I Pe.1.18,19; I Jo.2.2).

O lugar santíssimo onde o sumo sacerdote entrava com sangue, para fazer expiação, representa o trono de Deus no céu. Cristo entrou nesse "Lugar Santíssimo" após sua morte e, com seu próprio sangue, fez a expiação perfeita perante o trono de Deus (Êx.30.10; Hb.9.7-28).

Finalmente, visto que os sacrifícios de animais no A.T. tipificavam o sacrifício perfeito de Cristo pelo pecado de toda humanidade, não há mais necessidade de sacrifícios de animais ou quaisquer outros tipos de sacrifícios depois da morte expiatória de Cristo na cruz (Hb.9.12-28). Amém!  

(Estudo extraído da Bíblia de Estudo Pentecostal, com alguns acréscimos e articulações de palavras do autor deste Blog).   

domingo, 30 de junho de 2024

"Amigo De Pecadores"


Porque veio João Batista, que não comia pão nem bebia vinho, e dizeis: Tem demônio. Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizeis: Eis aí um homem comilão e bebedor de vinho, amigo dos publicanos e dos pecadores (Lc.7.33,34).

Jesus era chamado de muitos nomes e títulos; porém, um dos nomes que lhe rotularam foi "amigo de pecadores". Tudo o que Ele fez foi amar e ajudar as pessoas, mas também teve aqueles que só queriam vê-lo cair em contradição, na intenção de condená-lo. Muitos líderes religiosos da época tinham inveja do sucesso de Jesus e temiam que Ele fosse causar uma revolução contra Roma e levar rebeldia à população. No desejo de desacreditá-lo aos olhos do público, diziam todo tipo de atrocidade sobre Ele. Denunciaram-no às autoridades romanas como desordeiro e uma ameaça à paz pública. O ódio e as ameaças contra Jesus era algo comum e repetitivo por parte das autoridades civis e religiosas. O Filho de Deus não merecia tamanho ódio, mas um dos apelidos que lhe colocaram era verdadeiro: "amigo de pecadores". Para Jesus, esse título não era uma vergonha, mas um sinal do seu sucesso, era a definição da sua missão. 

Qualquer um que conheça alguma coisa sobre os evangelhos – e mesmo aqueles que não conhecem – sabe que Jesus era amigo de pecadores. Ele muitas vezes atraia a ira dos escribas e fariseus por comer com pecadores (Lucas 15.2). Jesus claramente reconheceu que um dos insultos atirados contra ele era que ele era “um glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores” (Lc.7.34). 

Jesus estava mais interessado em demonstrar amor aos pecadores do que tomar partido dos religiosos para agradá-los. Jesus sempre estava do lado dos não religiosos, Jesus pouco se importava com as violações das leis e tradições dos homens. 

Jesus foi  repreendido por estar perto demais dos pecadores pelos religiosos da sua época. No relatos de Mateus 9.9-13 conta a história do chamado de Mateus, o coletor de impostos, para ser seu discípulo. Em Marcos 2.15-17 vemos Jesus tomando lugar à mesa com muitos coletores de impostos e pecadores “porque estes eram em grande número e também o seguiam”. Quando os escribas e os fariseus murmuram a respeito de suas companhias, Jesus diz a eles: Os são não necessitam de médicos, mas sim os que estão doentes; eu não vim “chamar os justos, e sim pecadores, ao arrependimento” (Lc.5.31,32).

Em Lucas 19.1-10, novamente, os líderes judeus murmuram porque Jesus se hospedara com homem pecador (Lc.19.7). Por mais que Zaqueu tenha se arrependido e mudado, os judeus simplesmente não conseguem aceitar que esse publicano famoso tenha sido salvo (19.9) e nem acreditar que Filho do Homem tenha vindo para buscar e salvar os perdidos (19.10).

Quais lições podemos tirar desses episódios? De que forma Jesus era amigo de pecadores? Ele tinha uma estratégia para alcançar coletores de impostos? Ele "andava” indiscriminadamente com beberrões e prostitutas? Ele era um homem relaxado, do tipo “deixa a vida me levar”? O que lemos é que os pecadores eram atraídos por Jesus, porque Jesus gastava tempo com esses pecadores que estavam abertos a seus ensinamentos, e que Jesus perdoava pecadores arrependidos e Jesus abraçava os pecadores que criam nele.

Jesus era amigo de pecadores não porque fazia vista grossa ou ignorava o pecado ou gostava de uma festinha com aqueles que se envolviam com imoralidade. Jesus era amigo de pecadores no sentido de que veio para salvar pecadores e ficava muito feliz em receber aqueles que estavam abertos ao evangelho, que se arrependiam de seus pecados e acreditavam ser Jesus o Messias de Deus.

Finalmente, do que tem o mundo (as pessoas) te chamado? Não importa de que alguém te rotula ou pensa de você, o que importa é que Deus conhece a intenção do seu coração. Amém!  

segunda-feira, 24 de junho de 2024

PROSPERIDADE DE DAVI (Reflexão).


Eu dizia na minha prosperidade: Não vacilarei jamais. Tu, SENHOR, pelo teu favor fizeste forte a minha montanha; tu encobriste o teu rosto, e fiquei perturbado (Sl.30.6,7).

Neste salmo Davi confessa a sua presunção, imaginando estar seguro em sua prosperidade. Davi passou a confiar nas suas riquezas, acreditando estar seguro por viver uma vida prospera. Confiando na segurança da prosperidade, Davi supunha que pela sua riqueza e sucesso ele se tornara tão forte que nada poderia destruir a sua prosperidade. Deus, então, retirou a sua mão protetora, o que lhe resultou em problemas e lhe causou perturbação. Ainda em tempo Davi reconheceu a sua precipitação ao declara: "Não vacilarei jamais" e clamou ao SENHOR. Toda prosperidade sob a proteção de Deus tem estabilidade e segurança. Todavia, quando as pessoas prosperam e exaltam o seu poder financeiro, acreditando estarem seguras, com o passar do tempo verão tudo desmoronar. Todas as pessoas, crentes ou não crentes, que confia em si mesmo, e nas riquezas temporais, e que não dá o primeiro lugar a Deus, será decepcionado e terá todos os seus planos frustrados. No salmo 62 o próprio Davi diz: "Se as vossas riquezas aumentam, não ponhais nelas o coração" (62.10b). Ser rico é bom, não há nada de errado nisso, porém as nossas prioridades e confiança deve está em Deus e nunca nas incertezas das riquezas. Amém!  

sábado, 22 de junho de 2024

JOÃO BATISTA, MORTO POR CONFRONTAR O PECADO DE HERODES.

 

E aconteceu que, acabando Jesus de dar instruções aos seus doze discípulos, partiu dali a ensinar e a pregar nas cidades deles. E João, ouvindo o cárcere falar dos feitos de Cristo, enviou dois dos seus discípulos a dizer-lhe: És tu aquele que havia de vir ou esperamos outro? E Jesus, respondendo, disse-lhe: Ide e anunciai a João as coisas que ouvis e vedes: Os cegos vêem, e os coxos andam; os leprosos são limpos, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o evangelho. E bem-aventurado é aquele que se não escandalizar em mim.

E, partindo eles, começou Jesus a dizer às turbas a respeito de João: Que foste ver no deserto? Uma cana agitada pelo vento? Sim, que foste ver? Um homem ricamente vestido? Os que se trajam ricamente estão nas casas dos reis. Mas, então, que foste ver? Um profeta? Sim, vos digo eu, e muito mais do que profeta; porque é este de quem está escrito: Eis que diante da tua face envio o meu anjo, que preparará diante de ti o teu caminho. Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João Batista; mas aquele que é o menor no Reino dos céus é maior do que ele (Mt.11.1-11).

João Batista é o único homem do qual o Senhor Jesus Cristo dá testemunho. Cristo declara que João não era apenas um profeta, era muito mais do que profeta (Mt.11.9). Jesus faz menção ao caráter justo de João e ao fato de ser ele um pregador que não transigia com o erro. João pregava a verdade e os mandamentos de Deus, sem temer os homens e sem jamais temer a opinião popular. As autoridades judaicas ignoraram o pecado de Herodes, mas João não dissimulou, chegando a ponto de confrontá-lo e repreendê-lo. Ele opôs-se ao tal pecado, com firmeza total, demonstrando nisso fidelidade  absoluta a Deus e à sua Palavra. Ele foi fiel a Deus ao condenar o pecado, embora tal atitude viesse a custar-lhe a vida. Que todo pregador da Palavra de Deus lembre-se disso: Cristo, também, julgará seu ministério, seu caráter e sua posição em relação ao pecado. (Partes deste comentário foi extraído da Bíblia de Estudo Pentecostal, pg.1408).

UMA DANÇA QUE CUSTOU A CABEÇA DE JOÃO BATISTA. 

O rei Herodes ouviu falar dessas coisas, pois o nome de Jesus havia se tornado bem conhecido. Algumas pessoas estavam dizendo: "João Batista ressuscitou dos mortos! Por isso estão operando nele poderes miraculosos".

Outros diziam: "Ele é Elias". E ainda outros afirmavam: "Ele é um profeta, como um dos antigos profetas".

Mas quando Herodes ouviu essas coisas, disse: "João, o homem a quem decapitei, ressuscitou dos mortos! "

Pois o próprio Herodes tinha dado ordens para que prendessem João, o amarrassem e o colocassem na prisão, por causa de Herodias, mulher de Filipe, seu irmão, com a qual se casara.

Porquanto João dizia a Herodes: "Não te é permitido viver com a mulher do teu irmão".

Assim, Herodias o odiava e queria matá-lo. Mas não podia fazê-lo,

porque Herodes temia a João e o protegia, sabendo que ele era um homem justo e santo; e quando o ouvia, ficava perplexo. Mesmo assim gostava de ouvi-lo.

Finalmente chegou uma ocasião oportuna. No seu aniversário, Herodes ofereceu um banquete aos seus líderes mais importantes, aos comandantes militares e às principais personalidades da Galiléia.

Quando a filha de Herodias entrou e dançou, agradou a Herodes e aos convidados. O rei disse à jovem: "Peça-me qualquer coisa que você quiser, e eu lhe darei".

E prometeu-lhe sob juramento: "Seja o que for que me pedir, eu lhe darei, até a metade do meu reino".

Ela saiu e disse à sua mãe: "Que pedirei? " "A cabeça de João Batista", respondeu ela.

Imediatamente a jovem apressou-se em apresentar-se ao rei com o pedido: "Desejo que me dês agora mesmo a cabeça de João Batista num prato".

O rei ficou muito aflito, mas por causa do seu juramento e dos convidados, não quis negar o pedido à jovem.

Assim enviou imediatamente um carrasco com ordens para trazer a cabeça de João. O homem foi, decapitou João na prisão e trouxe sua cabeça num prato. Ele a entregou à jovem, e esta a deu à sua mãe.

Tendo ouvido isso, os discípulos de João vieram, levaram o seu corpo e o colocaram num túmulo (Mc.6.14-29).

Festejando-se, porém, o dia natalício de Herodes, dançou a filha de Herodias diante dele e agradou a Herodes (Mt.14.6). 

Uma moça ímpia que dançou em público diante dos homens para agradar a um rei profano, foi a causa da morte de um dos mais santos dentre os homens. A dança da filha de Herodias na festa de aniversário de Herodes era uma prática pagã que sempre se repetia nas grandes comemorações das festas reais promovida pelos reis e seus governantes.

Segundo informações do Site bbc.com, os Evangelhos nos contam sobre o assassinato de João Batista no final de um famoso banquete por volta do ano 29 em que se diz que Salomé teria ralizado uma dança perante os convidados. O objetivo da festa era comemorar o aniversário de Herodes Antipas, o tio-avô da jovem e tetrarca, ou seja, governador de alguns territórios no sul do Oriente Médio em nome dos romanos. A dança de Salomé ocorreu em uma das fortalezas de Antipas.

Antipas havia prendido e encarcerado João Batista, um pregador popular cujas violentas críticas contra a ordem estabelecida poderiam ter incitado uma revolta. João Batista também foi considerado culpado de insultos contra Herodíade, esposa de Antipas. Herodíade não se cansava de exigir que o insolente profeta fosse executado.

Mas Antipas não estava certo disso, porque sabia que João Batista era tido como um homem justo e santo, como podemos ler no Evangelho segundo São Marcos.

O aniversário de Antipas ofereceu a Herodíade o momento propício de alcançar seu objetivo. A esposa do tetrarca compareceu à festa acompanhada da filha Salomé, fruto de um casamento anterior.

Durante o banquete, a filha de Herodíade começou a dançar, agradando a Herodes e seus convidados. O tetrarca, como um gesto de gratidão, lhe fez uma promessa: "Tudo o que você me pedir, eu darei a você, mesmo que seja metade do meu reino." Salomé, então, sob a influência de sua mãe, reivindicou "em um prato, a cabeça de João Batista".

O tetrarca não se atreveu a recusar, para não ficar mal diante de seus convidados. Ele imediatamente enviou um guarda para decapitar João Batista em sua cela. E Salomé recebeu a cabeça, que deu à sua mãe.
A princesa Salomé nasceu no ano 18 e, portanto, tinha apenas 11 ou 12 anos naquela época. O termo grego pelo qual ela é definida no Evangelho é "korasion", um diminutivo neutro de "korè" (menina). A palavra "korasion" não apenas evoca uma garota, mas também a priva de toda feminilidade.

A dança de Salomé não era, portanto, uma dança erótica - a menos que os evangelistas estivessem sendo irônicos. Ou seja, a hipótese de que uma mulher sedutora tivesse realizado aquela dança parece improvável, de acordo com as escrituras.

Na origem do mito da dança de Salomé, talvez não houvesse nada mais do que a performance de uma menina por ocasião do aniversário de seu tio-avô.

Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/geral

Geralmente quem fala a verdade e vive na verdade, sempre será rejeitado, perseguido e morto. Quem não abre mão das suas convicções e dos seus bons princípios, vai desagradar a muita gente, mas o que importa é agradar a Deus. Amém!