Porém, depois disto, Josafá, rei de Judá, se aliou com Acasias, rei de Israel, que procedeu com toda impiedade. E aliou-se com ele para fazerem navios que fossem a Társis; e fizeram os navios em Eziom-Geber. Porém Eliezer, filho de Dodava, de Maressa, profetizou contra Josafá, dizendo: Porquanto te aliaste com Acazias, o SENHOR despedaçou as tuas obras. E os navios se quebraram, e não puderam ir a Társis (II Crônicas, 20.35-37).
O rei Josafá
foi um homem temente a Deus e o seu reinado foi prospero, durante o seu reinado
o povo sentia-se seguro e gozava de estabilidade financeira. Ele começou a
reinar sobre o reino de Judá com a idade de 35 anos, e reinou 25 anos (I Reis,
22.41,42). Ele teve o favor de Deus e foi grandemente abençoado. Porém, após
adquirir riquezas e fama, ele deixou-se seduzir pelas riquezas e fez aliança
com Acazias, rei de Israel, um homem ímpio e profano. Eles se aliaram e
fabricaram navios para irem a Ofir em busca de ouro, a fim de fazerem um grande
empreendimento (I Reis, 22.49). Mas Deus não se agradou deste negócio e
interveio, quebrando os navios.
Por que onde
um servo de Deus é bem sucedido, outro fracassa? Um conquista seu intento,
outro é frustrado? O rei Salomão já havia em tempos passados ido a Ofir (cidade
na Arábia meridional na rota comercial onde se trocava ouro por mercadorias),
em busca de preciosidades, e tivera sucesso (I Reis, 9.26-28. 10.22). Mas, por que
o rei Josafá cem anos depois, tentou fazer uma expedição a essa terra, isto acabou em desastre, e não logrou êxito fazendo o mesmo?
Atualmente,
Deus ainda “quebra navios”? O que se entende por quebra de navios em nosso
contexto atual? O “navio” aqui é literalmente uma embarcação, é claro, mas pode ser visto como projetos, ideias, planos, relacionamentos,
consórcios, empreendimentos, exercício de governos, etc. A “quebra” deles nada
mais é do que a “frustração” gerada única e exclusivamente por Deus, pois Ele
sabe colocar “areia” nas “engrenagens”. Isso para nosso bem.
QUATRO
RAZÕES PELAS QUAIS DEUS QUEBRA NOSSOS NAVIOS.
1. QUANDO
NÃO CONSULTAMOS A DEUS.
Por que muitas
coisas não dão certas, muitos dos nossos empreendimentos não prosperam, muitos
dos nossos planos e projetos fracassam? Porque agimos por conta própria e não
consultamos a Deus para pedirmos uma direção. Josafá foi bem sucedido até
enquanto ele se conduzia no temor do SENHOR e lhe consultava. Os navios de
Josafá foram quebrados porque ele não buscou resposta em Deus para tal
empreendimento (I Reis 22.49; II Cr 20.6). Assim também sucede com quem
não busca consultar a Deus em suas decisões.
Em outros
momentos da sua vida, Josafá consultara ao Senhor e obtivera respostas
positivas (I Reis 22.5,7, 8; II Reis 3.11). Mas agora, se aliando a
Acazias, viu os navios quebrados e os seus planos desfeitos, porque não buscou
resposta em Deus para tal construção (I Reis 22.49; II Crônicas 20.6).
Quando não consultamos a Deus e seguimos o nosso próprio coração, temos 100% de
chances de tudo dá errado (Provérbios 16.1-3).
2. QUANDO
NOS PRECIPITAMOS EM NOSSOS PROJETOS.
Acontece
muitas vezes quando fazemos planos movidos pela emoção ou pela influência de
alguém, e colocamos em prática as nossas ideias sem medirmos as consequências
que pode ocorrer. Percebemos que foi exatamente isso que levou o rei Josafá a
se precipitar em construir navios para ir à busca de ouro, sem pensar numa
possível reprovação de Deus por este ato precipitado. Muitas vezes temos que
aprender com nossos erros. Uma coisa é Deus “permitir” que empreendamos nossos
projetos, outra coisa é Ele nos “dirigir” a realizarmos seus projetos. Ele até
permite que façamos obtusamente nossos “navios”, mas eles com certeza se
quebrarão e não irão a lugar nenhum. Todos os nossos empreendimentos precisam
está aliados com Deus.
3. QUANDO
FAZEMOS ALIANÇA COM O ÍMPIO.
Josafá fez
aliança com o rei Acazias, um homem ímpio, idólatra, profano e sem temor a
Deus. Em toda história da bíblia, Deus nunca aprovou parcerias com os
pecadores, nem que o seu povo fizesse aliança com as nações pagãs. Negócios a
parte, se você insistir em fazer parcerias com pessoas que não tem compromisso
com Deus, você poderá ter seus navios quebrados por Deus (planos desfeitos).
Deus interveio nos projetos de Josafá e usou um profeta por nome de Eliézer,
filho de Dodavá, de Maressa, que profetizou contra Josafá dizendo: ”Eis
que o SENHOR destruiu as tuas obras porque te aliaste a Acazias”. (II Crônicas
20.35-37). O insucesso do investimento de Josafá foi por ele ter se aliado com
Acazias.
4. QUANDO A
INTENÇÃO DOS PROJETOS É PARA NOSSA GLÓRIA.
Portanto,
quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a
glória de Deus (I Coríntios, 10.31). Por que muitos dos nossos projetos e
empreendimentos Deus não aprova? Porque muitas vezes os fazemos para nossa
própria satisfação e glória. O sucesso do nosso empreendimento não resulta de
onde trabalhamos se em Társis, Eziom-Geber e Ofir, ou o que lá fazemos (navios
ou qualquer outra coisa). Mas se a intenção interior que nos impulsiona a
fazê-lo é para glória de Deus, o nosso sucesso será garantido. O insucesso de
Josafá também teve implicações relacionadas a glória humana. Se os seus
empreendimentos não for para glória de Deus, é melhor não insistir, porque Deus
pode frustrar seus planos e quebrar seus navios.
CONCLUSÃO:
Começar bem
é bom, mas terminar bem é melhor. A exemplo de Josafá tem pessoas que começam bem,
porém no final fracassam. Deus quer que o nosso final seja tão bem como o
começo. Muitas vezes nosso começo não é bom, nós erramos, vacilamos e demoramos
aprender, mas depois que amadurecemos acertamos. O sábio Salomão aconselha: Não
te apresses a sair da presença Dele, nem persistas em alguma coisa má, porque
Ele faz tudo o que quer (Eclesiastes, 8.3). Não é errado fazermos planos e
projetos, mas devemos buscar uma confirmação de Deus. Está escrito: Do homem
são as preparações do coração, mas do SENHOR, a resposta da boca. Confia ao
SENHOR as tuas obras, e teus planos serão bem-sucedidos (Provérbios, 16.1,3).
Amém!