segunda-feira, 29 de maio de 2017

ESTER, UMA MULHER PATRIOTA.

Porquanto se calares neste momento crucial, certamente socorro e salvação surgirão de outra parte para os judeus, mas tu e a casa de teu pai, os teus familiares, todos sereis aniquilados. Quem sabe se não foi para este dia que foste nomeada rainha da Pérsia?”(Ester, 4.14).

Ester era uma jovem judia, que estava entre os cativos, tornou-se a rainha da Pérsia, ao se casar com o imperador Assuero. Uma mulher corajosa e patriota, que lutou pela sobrevivência do seu povo, junto com o seu primo Mardoqueu, que mesmo arriscando a sua vida, não deixou que os intentos malignos de Hamã prevalecessem.
Esta mulher foi considerada uma heroína, mesmo estando em terra estranha ela não se dobrou ao sistema pagão daquele império, mas honrou o nome do seu Deus, o Deus de Israel e foi bem sucedida e vitoriosa nos seus feitos.

AS QUALIDADES DE ESTER.

* Ester era bonita e atraente.

Havia, então, um homem judeu na fortaleza de Susã, cujo nome era Mardoqueu. Este criara a Hadassa (que é Ester, filha do seu tio), porque não tinha pai nem mãe; era moça bela de aparência e formosa a vista; e, morrendo seu pai e sua mãe, Mardoqueu a tomara por sua filha (2.5,7).

* Ester era  graciosa (agradável).

E a moça pareceu formosa aos seus olhos e alcançou graça perante ele... (2.9).
... E alcançava Ester graça aos olhos de todos quantos a viam (2.15).
E o rei amou a Ester mais do que a todas as mulheres, e ela alcançou perante ele graça e benevolência mais do que todas as virgens; e pôs a coroa real na sua cabeça e a fez rainha em lugar de Vasti (2.17). 

* Ester era obediente.

Ester, porem, não declarava a sua parentela e o seu povo, como Mardoqueu lhe ordenara; porque Ester cumpria o mandado de Mardoqueu, como quando a criara (2.20).

* Ester era patriota (ela amava sua pátria).

Então, respondeu a rainha Ester e disse: Se, ó rei, achei graça aos teus olhos, e se bem parecer ao rei, dê-se-me a minha vida como minha petição e o meu povo como meu requerimento (7.3).
E estendeu o rei para Ester o cetro de ouro. Então, Ester se levantou, e se pôs em pé perante o rei, e disse: Se bem parecer ao rei, e se eu achei graça perante ele, e se este negócio é reto diante do rei, e se eu lhe agrade aos seus olhos, escreva-se que se revoguem as cartas e o intento de Hamã, folho de Hamedata, o agagita, as quais ele escreveu para lançar a perder os judeus que há em todas as províncias do rei (8.4,5).

* Ester era corajosa e determinada.

Então disse Ester que tornassem a dizer a Mardoqueu: Vai, e ajunta todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais nem bebais por três dias, nem de dia nem de noite, e eu e as minhas moças também assim jejuaremos; e assim irei ao ter com o rei, ainda que não é segundo a lei; e, perecendo, pereço. Então, Mardoqueu foi e fez conforme tudo quanto Ester lhe ordenou (4.15-17).

* Ester amava a justiça.

O rei e Hamã dirigiram-se ao banquete da rainha Ester, e neste segundo dia, durante o banquete, o rei novamente perguntou a Ester: “Pede-me o que quiseres, rainha Ester, e te será concedido. Ainda que me peças a metade do reino, tê-la-ás!” Então a rainha Ester respondeu: “Se realmente encontrei graça a teus olhos, ó rei, e se for de teu agrado, concede-me a vida, e a vida do meu povo, eis meu desejo e minha súplica. Falo deste modo porquanto meu povo e eu fomos sentenciados ao extermínio, à matança e ao aniquilamento. Se somente tivéssemos sido entregues como escravos e servas, eu ter-me-ia mantido em silêncio. No entanto, esta desgraça que se aproxima não irá compensar o prejuízo que dela resultará para o rei!”
Diante dessas palavras, o rei Xerxes indagou à rainha Ester: “Quem é esse que ousa pensar em praticar ato de tamanha abominação? E onde se encontra esse coração perverso?” Respondeu Ester: “O adversário e inimigo é Hamã!” Então Hamã ficou aterrorizado diante do rei e da rainha.
O rei, num arroubo de ódio, levantou-se abruptamente do banquete, abandonou o vinho que bebia e caminhou apressadamente para o jardim do palácio. Hamã notou claramente que o rei já havia determinado a sua sumária execução e por isso ficou para implorar por sua vida à rainha Ester. Entretanto, ao voltar o rei do jardim do palácio ao salão onde se realizava o banquete, viu Hamã debruçado sobre o divã em que se achava Ester. E então exclamou: “Seria tu néscio a ponto de tentar violentar a rainha da Pérsia na minha presença e dentro da minha própria casa?” Assim que o rei acabou de pronunciar estas palavras, cobriram o rosto de Hamã.  
Neste mesmo momento, Harbona, um dos eunucos oficiais que serviam diante do rei, mencionou ao rei: “Há uma forca de mais de vinte metros de altura bem próximo à casa de Hamã, que ele próprio construiu para enforcar Mardoqueu, aquele que intercedeu pela vida do rei!” 
Então o rei ordenou: “Portanto, enforcai-o nela agora mesmo!” E eles enforcaram Hamã na forca que ele próprio havia preparado para Mardoqueu. Depois disso, o furor do rei se aplacou (7.1-10).

CONCLUSÃO: 
Ester foi uma mulher notável pela sua fidelidade a Deus, e por sua coragem e determinação diante das investidas do inimigo do seu povo, Hamã. Ester entrou para história como heroína do povo judeu e tornou-se a rainha mais conhecida de todos os tempos. 
Que o seu exemplo de coragem e lealdade seja seguido por todas as mulheres que amam a Deus, a sua família e seu povo. Amém!

sábado, 27 de maio de 2017

DORCAS, UMA MULHER CARISMÁTICA.

E havia em Jope uma discípula chamada Tabita, que em grego significa Dorcas; que se dedicava ao ministério de boas obras e ajuda financeira aos pobres. E aconteceu que naqueles dias ela ficou muito doente e morreu. Seu corpo foi banhado e colocado em um quarto, no andar superior da casa. Como a cidade de Lida ficava próxima de Jope, quando os discípulos ficaram sabendo que Pedro estava ali, logo lhe enviaram dois homens com o seguinte pedido: Não te demores em vir até nós! Então, levantando-se Pedro partiu com eles. Assim que chegou, levaram-no ao aposento do andar de cima da casa. Todas as viúvas o rodearam, chorando e mostrando-lhe os vestidos e outras roupas que Dorcas havia feito para elas enquanto estava viva. Pedro pediu que todos deixassem o quarto; em seguida, ajoelhou-se e orou. Dirigindo-se à mulher morta, ordenou-lhe: Tabita, levanta-te! Ela abriu os olhos e, vendo a Pedro, sentou-se. A seguir, ele lhe deu a mão e ajudou-a a colocar-se em pé. Então, chamando os santos, principalmente as viúvas, apresentou-a viva. Este fato se tornou conhecido por toda a cidade de Jope, e foram muitos os que passaram a crer no Senhor (Atos, 9.36-42).

QUEM ERA DORCAS?

Dorcas, era uma discípula de Jesus, que morava em Jope, conhecida também pelo nome de Tabita, ela ficou conhecida em toda a cidade de Jope, pelo fato de ela ter o talento de tecer túnicas e vestidos, e de costurar para os pobres e necessitados. Diz a bíblia, que Dorcas, adoeceu e veio a morrer, e a notícia se espalhou por toda a Jope, e as mulheres chegando em sua casa, choravam inconsoladas, e mandaram chamar a Pedro. E, vindo ele, e vendo que havia muita gente chorando a sua morte, pediu que saíssem do quarto, e pôs-se de joelhos e orou; e voltando-se para o corpo, disse: Tabita levanta-te. E ela ressuscitou. Dorcas, é uma das mulheres mais notável do novo testamento, ficou conhecida pelas suas obras e generosidade, além do seu bom testemunho, como serva de Jesus.

DORCAS, UMA DISCÍPULA NOTÁVEL.

Em Atos 9:36 a Bíblia diz que Dorcas era uma discípula. Uma pessoa da Igreja que se dedicava a aprender e viver os ensinamentos de Jesus Cristo. Após sua morte, um grupo de discípulos teve a ideia de mandar chamar o apóstolo Pedro que estava em Lida, cidade vizinha a Jope, cerca de 14 Km de distância (Atos 9:38). No decorrer do texto, os discípulos são chamados de “os santos” – separados para Deus (Atos 9:41). Assim, Dorcas era uma discípula de Jesus, fazia parte de uma comunidade de santos e tinha o testemunho de todos, especialmente de um grupo de viúvas, quão bondosa e prestativa ela era. Dorcas era uma serva de Deus que revelava compromisso com o Mestre,  sendo chamada de discípula. Dorcas nos desafia a também sermos servos discípulos de Jesus em nosso tempo e em nossa geração. 

DORCAS, UMA MULHER CARISMÁTICA.  

Dorcas era uma mulher generosa e carismática, que atraia as pessoas com seu carisma. Mesmo depois da sua morte, colheu frutos gloriosos por suas excelentes obras, sendo o primeiro caso de ressurreição depois da ascensão de Jesus Cristo. O milagre aconteceu porque os irmãos da cidade de Jope, principalmente os beneficiados pela bondade de Dorcas, se mobilizaram em clamor, recorrendo a Pedro para que este orasse pelo “improvável” milagre. E o milagre aconteceu. Pensar no próximo antes de nós mesmos pode ser a chave para as nossas maiores conquistas. 
A ajuda prestada a outros mostra que a Palavra de Deus está na vida do servo de Deus. O cuidado com as necessidades diárias das pessoas prepara o solo do coração delas para que a Palavra de Deus crie raízes. Dorcas era fervorosa e abnegada. Para ela, tudo era fácil. Ela não contava o tempo, nem media esforços; não barganhava com as pessoas, nem com Deus. O que ela tinha não era absolutamente dela e sentia um prazer tremendo em ajudar os outros, em deixar os outros felizes. Dorcas era uma pessoa que procurava sempre elevar o espírito e o ânimo daqueles que a rodeavam. Ela sabia como suprir as necessidades de cada um. Era extremamente caprichosa e tudo quanto fazia refletia sua beleza interior. 

CONCLUSÃO:
Concluímos que, fazer o bem nunca será uma tarefa enfadonha para quem ama a Deus e ao próximo como a si mesmo. Dorcas foi uma mulher notável porque ela deixou uma marca de bondade através das suas boas obras. Que possamos seguir o seu exemplo, que sejamos cristãos abnegados a serviço do Reino de Deus. Amém!

sexta-feira, 26 de maio de 2017

UMA MULHER SÁBIA LIVROU UMA CIDADE.

Esta mulher cujo nome a bíblia não revela, ela livrou uma cidade de ser destruída. Diz a bíblia: Vindo o general Joabe, e com ele todo o seu exército em perseguição a um homem chamado Seba, o qual havia se rebelado contra o rei Davi; cercaram a cidade e batiam no muro, para o derrubar. Então, uma mulher sábia gritou de dentro da cidade: Ouvi, ouvi, peço-vos que digais a Joabe: Chega-te cá, para que eu te fale. Chegou-se a ela, e disse a mulher: Tu és Joabe? E disse ele: Eu sou. E ela lhe disse: Ouve as palavras de tua serva. E disse ele: Ouço. Então, falou ela dizendo: Antigamente, costumava-se falar, dizendo: Certamente, pediram conselho a Abel; e assim o cumpriam. Eu sou uma das pacíficas e das fiéis em Israel; e tu procuras matar uma cidade que é mãe em Israel; por que, pois, devorarias a herança do SENHOR? Então, respondeu Joabe e disse: Longe de mim que eu tal faça, que eu devore ou arruíne! A coisa não é assim; porém um só homem do monte de Efraim, cujo nome é Seba, filho de Bicri, levantou a mão contra o rei, contra Davi; entrega-me só este, e retirar-me-ei da cidade, então disse a mulher a Joabe: Eis que te será lançada a sua cabeça pelo muro. 
E a mulher, na sua sabedoria, entrou a todo o povo, e cortaram a cabeça de Seba, filho de Bicri, e a lançaram a Joabe; então, tocou este a buzina, e se retiraram da cidade, cada um para as suas tendas. E Joabe voltou a Jerusalém, ao rei (II Samuel, 20.1-22). 
A sabedoria desta mulher evitou que acontecesse uma grande tragédia, ela não levantou nenhuma arma de guerra, mas venceu com sua sabedoria.
Disse o sábio Salomão: As palavras dos sábios devem em silêncio ser ouvidas, mas do que o clamor do que domina sobre os tolos. Melhor é a sabedoria do que as armas de guerra, mas um só pecador destrói muitos bens (Ec.9.17,18). 

CONCLUSÃO:
A sabedoria e a prudência andam juntas, é como um barco a remo, temos que remar de ambos os lados para seguirmos na direção certa. Muitas guerras poderiam ser evitadas se os homens usassem de sabedoria, o mundo seria menos violento se as pessoas agissem com prudência e sabedoria, muitas questões seriam resolvidas pacificamente sem precisar ir a julgamento, se as pessoas fossem coerentes e usassem de sabedoria. 
Finalmente, a bíblia diz: E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não o lança em rosto; e ser-lhe-á dada (Tiago, 1.5). 

quinta-feira, 25 de maio de 2017

O ÚLTIMO MILAGRE DE ELISEU

Depois, morreu Eliseu, e o sepultaram. Ora, as tropas dos moabitas invadiram a terra de Israel, à entrada do ano. E sucedeu que, enterrando eles um homem, eis que viram um bando e lançaram o homem na sepultura de Eliseu; e, caindo nela o homem e tocando os ossos de Eliseu, reviveu e se levantou sobre os seus pés
(II Reis, 13.20,21).

É interessante observarmos que o último milagre de Eliseu aconteceu após sua morte. Eliseu já estava morto quando ocorre algo que desafia a razão humana. Como pode os restos mortais de um homem ter o poder de ressuscitar um defunto? Entendemos que, quando Deus quer tudo é possível. O texto sagrado relata: Certa ocasião, enquanto alguns israelitas sepultavam o corpo de um homem, avistaram de repente um bando de moabitas; então, apavorados, jogaram o cadáver no túmulo de Eliseu e fugiram. Assim que o corpo do homem encostou nos ossos de Eliseu, o homem voltou à vida e se levantou da sepultura. 
Essa passagem revela pelo menos dois aspectos dos atributos de Deus: Sua eternidade e soberania. 
Suas promessas não morrem quando morrer um profeta de Deus; nem tão pouco deixa de cumprir a sua palavra quando as circunstâncias parecem dizer o contrário. Ao permitir que o toque nos restos mortais de Eliseu desse vida a um morto, Deus mostrava ao rei Jeoás que a morte de Eliseu não iria impedir aquilo que há algum tempo Ele havia prometido. Deus é fiel e zela pela sua palavra para a cumprir. Aqui é possível perceber que, mesmo depois de morto, o nome de Eliseu continuaria a ser lembrado como um autêntico homem de Deus. 
Os estudiosos da bíblia destacam que esse milagre, envolvendo os restos mortais de Eliseu mostra que o SENHOR cumpri com a sua palavra, conferindo a Eliseu o título de profeta da porção dobrada.
O último pedido de Eliseu a Elias foi: "Peço-te que haja porção dobrada de teu espírito sobre mim"(II Reis, 2.9). Durante todo o ministério de Elias há registros de sete milagres operados por ele. Ao ponto que, durante todo ministério de Eliseu, há registros de quatorze, treze em vida e o décimo quarto depois de morto. Eliseu foi o profeta da porção dobrada porque fez muito mais; teve uma participação ativa na vida espiritual, moral e social da nação.

SETE MILAGRES OPERADOS POR ELIAS:

1. Elias detêm a força da natureza ao predizer falta de chuva (I Reis, 17.1).

2. Elias multiplica a farinha e o azeite da viúva (I Reis, 17.8-16).

3. Elias ressuscita o filho da viúva (I Reis, 17.17-24).

4. Elias faz descer fogo do céu diante dos profetas de Baal e Aserá, e do povo de Israel (I Reis, 18.17-40).

5. Elias ora e faz chover (I Reis, 18.41-46; Tiago, 5.17,18).

6. Elias faz descer fogo do céu por duas vezes e morrem 102 homens (II Reis, 1.9-18).

7. Elias fere o rio Jordão com a sua capa e as águas se separam (II Reis, 2.7,8). 

QUATORZE MILAGRES OPERADOS POR ELISEU:

1. Eliseu abre o rio Jordão com a capa de Elias (II Reis, 2.12-14).

2. Eliseu sara as águas de uma cidade (II Reis, 2.19-22).

3. Eliseu amaldiçoa os rapazes que zombaram dele e duas ursas saíram do bosque e despedaçaram 42 rapazes (II Reis, 2.23-25).

4. Eliseu prever muitas águas, e acontece de forma sobrenatural (II Reis, 3.1-27).

5. Eliseu aumente o azeita da viúva (II Reis, 4.1-7).

6. Eliseu ressuscita o filho da viúva ( II Reis, 4.8-37).

7. Eliseu desfaz o veneno que havia na panela (II Reis, 4.38-41).

8. Eliseu multiplica vinte pães e alimenta cem homens (II Reis, 42-44).

9. Eliseu cura o comandante Naamã de lepra (II Reis, 5.1-14).

10. Eliseu traz juízo de lepra sobre Geazi por causa da sua desobediência (II Reis, 5.20-27).

11. Eliseu faz flutuar o ferro de um machado ( II Reis, 6. 1-7).

12. Eliseu salva o exército de Israel de forma sobrenatural (II Reis, 6.8-23).

13. Eliseu prediz uma abundância de comida que acontece de forma inusitada (II Reis, 7.1-20).

14. Eliseu depois de morto, seus ossos ressuscita um homem ( II Reis, 13.20,21). 

CONCLUSÃO:
Eliseu foi um profeta que realizou grandes milagres, ele sobrepujou a todos os outros profetas por ter feito mais milagres. Todavia ele morre de forma irônica, um homem que curou a muitos morreu acometido de uma doença. Isto nos mostra a soberania de Deus, e que nem tudo acontece de forma que queremos. Pense nisso.

quarta-feira, 24 de maio de 2017

DÉBORA, UMA JUÍZA QUE REVOLUCIONOU.

E Débora, mulher profetisa, mulher de Lapidote, julgava a Israel naquele tempo. E habitava debaixo das palmeiras de Débora, entre Ramá e Bete, nas montanhas de Efraim; e os filhos de Israel subiam a ela a juízo (Juízes, 4.4,5).

Débora, cujo nome significa "abelha", foi a única mulher a julgar sobre Israel. Débora também é conhecida como mulher profetisa e mãe em Israel (4.4; 5.7). Apesar de viver em uma cultura dominada pelos homens, foi chefe de Estado, comandante dos exércitos e ocupou um cargo equivalente ao presidente do tribunal superior (4.4,5; 5.7). Suas realizações deveriam colocar um ponto final nas discussões quanto à liderança feminina.
Débora também foi a única dentre os doze juízes a exercer uma função profética, falando em nome de Deus (4.6). O exemplo de Débora, mostra claramente que liderança é um dom de Deus conferido a ambos os gêneros.

TÍTULOS CONFERIDOS A DÉBORA:

Débora, a profetisa (Jz.4.4).

Antes de julgar Israel, Débora já atuava no ministério profético (4.4). Na Bíblia, há várias mulheres que se dedicaram a esse ofício: Miriã (Êx 15.20), Hulda (2 Rs 22.14), Noadias (Ne 6.14) e Ana (Lc 2.36).
Como profetisa, Débora não se acovardou. Entregou a mensagem divina a Baraque com segurança e determinação (Jz 4.6,7). O Eterno confiou a essa grande mulher as estratégias de guerra, o comando e a vitória. Em seu belíssimo cântico, louva ao Senhor com ênfase e ousadia dizendo: " Ouvi, reis; dai ouvidos, príncipes; eu, eu cantarei ao SENHOR, Deus de Israel "(Jz 5.3).
 
Débora, a juíza (Jz.4.4,5).

Débora como juíza era capaz, e profundamente espiritual. Ela Sabia discernir e julgar com retidão as causas do povo. Sob orientação Divina estabeleceu um fórum público ao ar livre, facilitando o acesso de qualquer pessoa que desejasse receber seus conselhos (Jz 4.5).
De juíza local, estabelecida nas montanhas de Efraim (Jz 4.5), Deus a elevou à categoria de juíza geral de Israel. Isso faz o Todo-Poderoso com todos aqueles que se colocam à disposição de sua soberana vontade. Que sejamos assim. Nada de forjar posições de honra, quando Deus não determinou. Muitos assim o fazem, e depois vem dizer que tudo veio do Senhor.
Débora não forçou a porta para alcançar posição de destaque, mas agiu na direção de Deus, estando no lugar certo. O Senhor continua buscando homens e mulheres fiéis, que estejam com a visão correta, no lugar certo e no tempo de Deus.

Débora, mãe em Israel (Jz.5.7).

Na Bíblia, os nomes quase sempre estão relacionados ao contexto social em que a pessoa vive, ou ao ofício que desempenha na comunidade. O nome Débora, no hebraico, significa "abelha". O título "mãe de Israel" pode ser uma alusão às funções e à importância da "abelha-rainha" em seu meio.
Débora era casada com Lapidote e, provavelmente, descendia da tribo de Efraim (Jz.4.4,5). Mulher madura, séria, determinada e de conduta moral elevada. Além do mais, era muito corajosa. Em nenhum momento temeu estar à frente da batalha com Baraque, o grande general dos exércitos de Israel (4.8). Débora foi considerada mãe em Israel porque ela inspirava confiança, e pelo cuidado que tinha pela nação.

A VITÓRIA DE ISRAEL DIANTE DO PERIGO.

A nação de Israel estava sob ameaça diante das tropas do grande exército do general Sísera.
Débora agiu com urgência e precisão. Ela ordenou que Baraque viesse imediatamente à sua presença (Jz.4.6), a fim de comunicar-lhe os planos de Deus. Assim cantou: "Cessaram as aldeias em Israel, cessaram, até que eu, Débora, me levantei, por mãe em Israel me levantei" (Jz.5.7). O verbo "levantar" denota desprendimento, coragem, fé e determinação. Com liderança e autoridade, essa autêntica heroína israelita ordenou que o exército hebreu enfrentasse seus inimigos com ousadia e veemência (Jz.4.6-8). Providencialmente, Débora estava no lugar certo, no momento certo e com a estratégia certa. É surpreendente notar, que Baraque é citado como um dos heróis da fé em Hebreus 11.32 e não Débora.

CONCLUSÃO:
Débora foi a única juíza de Israel. Sua história revela a mais retumbante das vitórias registrada na Bíblia. Deus usa quem quer, como quer e onde quer; sua multiforme graça e sabedoria Ele dar a quem lhe aprouver. Deus é o mesmo, Ele continua levantando mulheres destemidas e corajosas como Débora para revolucionarem e fazerem a diferença em pleno século XXI. Amém!

terça-feira, 23 de maio de 2017

HULDA, A PROFETISA QUE REVOLUCIONOU.

Assim que ouviu a leitura do Livro da Lei, o rei levantou-se e indignado rasgou as suas vestes.  
Então, imediatamente, deu a seguinte ordem ao sacerdote Hilquias, a Aicão, filho de Safã, a Acbor, filho de Micaías, ao escrivão e seu secretário Safã e ao oficial real Asaías: “Ide, consultai o SENHOR por mim, pelo povo e por todo o Judá, acerca das palavras deste Livro que foi achado; porque grande é o furor do SENHOR, que se acendeu contra nós, porquanto nossos antepassados não obedeceram às palavras deste Livro, para cumprirem tudo quanto está escrito a nosso respeito!”

Em seguida, o sacerdote Hilquias, Aicão, Acbor, Safã e Asaías partiram e foram consultar a profetiza Hulda, esposa de Salum, filho de Ticvá e neto de Harás, responsável pelo guarda-roupa e as vestes sagradas do templo. Naquela ocasião ela morava na parte baixa de Jerusalém, um bairro novo que ali se formara.  
Então a profetiza lhes comunicou: “Assim diz o SENHOR, o Deus de Israel: ‘Dizei ao homem que vos enviou à minha presença: Eis que isto declara o SENHOR: Eu trarei castigo sobre este lugar e seus moradores, de acordo com todas as palavras do Livro que o rei de Judá leu! Porquanto me desprezaram e queimaram incenso sagrado a outros deuses, provocando-me à ira por meio de todas as obras das suas mãos, o meu furor se acendeu contra este lugar e não se extinguirá’ E direis mais ao rei de Judá, que vos mandou para consultar o SENHOR: ‘Assim diz o SENHOR, Deus de Israel: ‘Quanto às palavras que ouviste, porque teu coração se moveu e te humilhaste na presença do SENHOR, assim que ouviste o que declarei contra este lugar e seus habitantes, isto é, que se transformariam em escombros, destruição e maldição, e indignado rasgaste as vestes, pranteando teu arrependimento diante da minha pessoa, também Eu te ouvi, diz o SENHOR! Por isso, Eu te recolherei para junto de teus antepassados, e encontrarás descanso e paz em tua sepultura, e os teus olhos não contemplarão o severo castigo que enviarei sobre este povo e lugar.’ Logo em seguida, aqueles emissários deram início à viagem de volta, levando a resposta ao rei (II Reis, 22.11-20).

Quando o sumo sacerdote Hilquias achou o livro da Lei dentro da Casa do SENHOR, ele levou o livro ao escrivão Safã, e este levou o livro ao rei Josias e leu diante dele. 
Sucedeu, que, ouvindo o rei as palavras do Livro da Lei, se indignou e rasgou as suas vestes, em sinal de humilhação e protesto. Em seguida, ele disse: Ide e consultai ao SENHOR.
Então, o sacerdote Hilquias e mais quatro companheiros, foram a procura da profetisa Hulda.

QUEM ERA HULDA, QUAL A SUA ORIGEM E SIGNIFICADO DO SEU NOME?

Hulda era uma profetisa que morava na parte baixa de Jerusalém, ela era esposa de Salum, o guardião das vestimentas na corte do rei Josias em Judá. Ela é uma das poucas mulheres chamadas de profetisa nas Escrituras, ao lado de Miriã (Êxodo, 15.20), Débora (Juízes, 4.4), Noadia (Neemias, 6.14), Ana (Lucas, 2.36) e as quatro filhas de Filipe (Atos, 21.9). Ela é reconhecida como uma mulher muito sábia, que aconselhava os membros da família real e também da alta nobreza. Sua profecia mais importante previu uma catástrofe que ocorreria por conta das atividades pagãs de adoração a deuses falsos.
Hulda foi uma mulher que fez a diferença e se destacou na sua época, o seu nome significa: Doce, amável. 

UM REINO EM DECADÊNCIA E UMA PROFECIA REVOLUCIONÁRIA.

Desde antes de Manassés e durante todo o seu longo reinado, o povo vivera em desobediência à Lei do SENHOR. O Livro da Lei descrevia o julgamento reservado ao povo desobediente. 
O reino de Judá estava vivendo uma época de grande decadência espiritual, o pecado da nação foi confrontado após a leitura do Livro da Lei, que foi achado pelo sacerdote Hilquias. Consultar ao SENHOR, foi a iniciativa tomada pelo rei Josias. 
Interessante é notar que, naquela época havia alguns profetas reconhecidos e acreditados pelo rei e pelo povo, como: Sofonias e Jeremias. Mas, mesmo estes sendo contemporâneos de Hulda, os enviados pelo rei não os procurou para consultar ao SENHOR.
Hulda foi a mulher que estava no lugar certo. Ela foi instrumento de Deus para profetizar ao reino de Judá acerca do juízo vindouro de Deus sobre a nação. A sua profecia foi impactante e causou uma revolução espiritual no povo de Judá.

HULDA, UMA MULHER QUE FEZ A DIFERENÇA.

Em uma época que era uma raridade encontrar mulheres com ofício de profetisa, Hulda se destacou e fez a diferença. O fato de terem consultado uma mulher deve ser levado em consideração que para cultura da época havia muitos obstáculos. Porém, quando Deus quer, os protocolos são quebrados e a obra de Deus é realizada. 
Outros profetas, como Sofonias e Jeremias, encontravam-se nos arredores de Jerusalém naquela época, mas é possível que os oficiais tenham escolhido consultar uma mulher na esperança de ouvir uma mensagem mais branda e confortadora do que os prenúncios de juízo de Jeremias. Estavam, porém, redondamente enganados. 
Hulda não respondeu ao rei com muito acatamento. Antes, disse aos mensageiros para transmitirem sua profecia dizendo: "Dizei ao homem que vos enviou a mim", sem mencionar seu título real. Com isso a profetisa mostrou que a mensagem era proveniente de uma autoridade muito superior, o Deus de Israel (II Reis, 22.15). Suas palavras acerca do juízo iminente contra Judá confirmam o que outros profetas do SENHOR haviam dito. 
Na crise espiritual da nação de Judá, Deus mostrou à profetisa Hulda que o rei Josias não seguiu os maus caminhos de seus pais, mas humilhou-se diante de Deus. Disse Hulda, aos mensageiros do rei que Deus viu como Josias se humilhou, quando ouviu a leitura do Livro da Lei, e o juízo de Deus sobre Judá. A profecia dizia que Deus daria livramento a Josias, e ele desceria ao sepulcro em paz. 
Deus teve misericórdia do jovem rei de Judá. A resposta de Deus para Josias foi altamente confortadora para ele. Hulda não profetizou para agradar ao rei, mas entregou a mensagem de Deus sem adulterá-la.

CONCLUSÃO:
A profetisa Hulda foi uma mulher de Deus que teve um papel significante para a história de seu povo. O seu ministério, ainda que de modo resumido, causou uma grande revolução no reino de Judá. Para Deus o que importa é a qualidade de seu trabalho e não a extensão de seu ministério. 
Hulda soube colocar-se no lugar que Deus lhe reservou, e no momento certo, entregou a mensagem de Deus ao povo de Judá. 
Hoje, em pleno século XXI, Deus continua levantando mulheres destemidas como Hulda para fazerem a diferença em meio a esta geração perversa e corrompida pelo pecado. 

segunda-feira, 22 de maio de 2017

A FLECHA DO LIVRAMENTO

Eliseu ficou doente da enfermidade que o levou à morte. Jeoás, rei de Israel, foi visitá-lo e, chorando por ele, exclamou: “Aba! Meu pai! Tu és como os carros de guerra e o exército de Israel!” Então Eliseu solicitou: “Vai buscar um arco e algumas flechas!” E, prontamente, Jeoás foi buscar um arco e as flechas. Em seguida Eliseu disse ao rei de Israel: “Empunha e retesa o arco!” E Jeoás o fez. Então, Eliseu pôs as suas mãos sobre as mãos do rei. E ordenou-lhe: “Abre a janela que dá para o Oriente, em direção ao leste, e atire!” Em seguida, Eliseu disse mais: “Pega as flechas!” E ele as tomou. Então ordenou ao rei de Israel: “Agora bate nelas no chão!” E ele as arremessou ao chão e as golpeou por três vezes seguidas e cessou. O homem de Deus ficou muito triste e irritou-se contra ele exclamando: “Era preciso dar cinco ou seis golpes; desse modo iria derrotar a Síria e a arrasaria por completo. Todavia, agora, vencerás os siros três vezes somente!”
Passados esses acontecimentos, Eliseu morreu e foi sepultado... (II Reis, 13.14-20).

Eliseu delegou poder a um dos filhos dos profetas, este foi encarregado de ungir Jeú rei sobre Israel (2 Rs 9.1-4) e após esta ordem, o profeta Eliseu saiu de cena, por quase 45 anos, contando os 28 anos de reinado de Jeú (2 Rs 10.36) e os 17 de seu filho Jeoacaz (2 Rs 13.1). Tanto Eliseu quanto Elias souberam agir como instrumentos nas mãos de Deus, mas também souberam reconhecer e aceitar o momento em que deveriam “dar um tempo, saírem de cena, e esperarem novas ordens”.

Após 45 anos Eliseu reaparece. Por esse tempo, Eliseu era um homem de idade bastante avançada, estava doente e a beira da morte. Jeoás rei de Israel, foi visita-lo e lamentar que restasse pouco tempo ao profeta. Seu falecimento marcaria o fim do principal canal usado por Deus para se comunicar com Israel naquela época. É provável que Jeoás se lembrasse da como a visão e inteligência espiritual de Eliseu haviam mantido a nação de Israel informada e salvo dos ataques da Síria (6.8-10). 

Eliseu levou o rei até uma janela e pediu que ele atirasse uma flecha. Após o rei obedecer ao profeta, Eliseu disse: "A flecha do livramento do SENHOR". Porque ferirás os siros até os consumir. Muitas vezes a nossa obediência e pequenos atos de fé resultam em grandes vitórias. 

Em seguida, Eliseu deu uma instrução menos específica. O rei devia tomar algumas flechas e atirá-las contra a terra. Jeoás feriu a terra apenas três vezes e depois parou. Eliseu ficou indignado, pois esperava que o rei atirasse mais flechas, até seis, indicando desse modo a destruição total dos sírios. Aprendemos aqui que as vezes a nossa ação determina a nossa vitória futura. Nunca economize quando Deus lhe der uma ordem, obedeça a voz do Espírito Santo e seja ousado no agir. 
As profecias finais de Eliseu se cumpriram quando Jeoás obedeceu as orientações do profeta. Ele derrotou os sírios três vezes e tomou de volta algumas das cidades que seu pai havia perdido (13.25).

CONCLUSÃO:
Aprendemos que, rei não tem mensagens para profeta, mas profeta tem mensagens para rei. Aprendemos que, a obediência, seguida por um gesto de humildade e uma ação de fé, resultará em uma grande vitória da parte de Deus para nós. 
Não se preocupe, porque Deus quebrou o braço de Faraó (Ezequiel, 30.21,22).
O arco dos fortes também foram quebrados (I Samuel, 2.4).
Deus também já quebrou o arco, cortou a lança e queimou os carros no fogo (Salmos, 46.9). A flecha do livramento do SENHOR, já foi lançada para te dar a vitória. Amém!