domingo, 8 de setembro de 2019

OS QUATRO GRANDES ANIMAIS E O PEQUENO CHIFRE.

No primeiro ano de Belsazar, rei de Babilônia, teve Daniel, na sua cama, um sonho e visões da sua cabeça; escreveu logo o sonho e relatou a suma das coisa. Falou Daniel e disse: Eu estava olhando, na minha visão da noite, e eis que os quatro ventos do céu combatiam no mar grande. E quatro animais grandes, diferentes uns dos outros, subiam do mar (Dn.7.1-3).

O capitulo sete é uma ampliação do capítulo dois. Tanto o capítulo dois como o sete descrevem os reinos e as implicações e complicações religiosas, até o estabelecimento do reino de Deus.
Daniel recebeu este sonho profético quando Belsazar era o rei co-regente de Babilônia, quando nessa ocasião o pai dele, Nabonido, estava em Temã se recuperando de problemas com a saúde. A visão aconteceu no primeiro ano de Belsazar (Daniel 7:1). Sobre a visão de Daniel dos quatro animais que representam os quatro impérios mundiais, iremos entrar em detalhes sobre cada um deles.

IMPÉRIO BABILÔNICO.
O primeiro era como leão e tinha asas de águia; eu olhei até que lhe foram arrancadas as asas, e foi levantado da terra e posto em pé como um homem; e foi-lhe dado um coração de homem (Dn.7.4).
Vamos ver o que significa ou representa esse leão.
O leão é considerado o rei dos animais e a águia, a rainha das aves. Este animal é um leão que tem asas de águia, aparece com duas asas.
É sabido de todos que o nosso mundo foi dominado por quatro poderosos reinos.
O primeiro reino é representado por Babilônia. As asas que vemos neste animal representam rapidez nas conquistas, No reinado de Nabucodonosor a Babilônia rapidamente conquistou o mundo e seu reinado se estendeu do ano 606 ao ano 539aC.
O profeta Daniel diz que as asas foram arrancadas, isso quer dizer que Nabucodonosor perderia sua força.
O capítulo 4 de Daniel descreve que por causa de seu orgulho este rei por 7 anos estaria afastado do poderio de Babilônia, tomado por uma doença mental conhecida como licontropia, viveu ele como um animal durante 7 anos comendo inclusive pastagens com os animais. Seu pelos e unhas cresceram.
As asas seriam arrancadas isso quer dizer que o poder de Babilônia iria cair. Viriam outros líderes e enfraqueceria até que perdesse totalmente o seu poder.
Antes de analisarmos o primeiro animal e o que ele significa, vamos deixar que a própria Bíblia interprete os seus símbolos. Mar, água é igual a povos, multidões e nações (Apocalipse 17:15). Já ventos são símbolos de agitação política sobre a terra (Jeremias 4:12-13). Animais, em profecia, são símbolos de reis e reinos (Daniel 7:17). Asas representam agilidade, destreza, rapidez, força (Jeremias 48:40).Depois desse esclarecimento bíblico podemos com toda a certeza entender perfeitamente a profecia de Daniel, capítulo sete. É importante também lembrar que quando lemos ou falamos “animal” ou “besta”, em profecia, estamos falando de um governo, reino, um poder.
O primeiro animal era semelhante a um leão, com asas de águia; foi posto em pé e tinha um coração de homem. Sem dúvida nenhuma, o leão representa Babilônia, a potência que dominava o mundo daquela época.
O leão como rei das feras e a águia como a rainha das aves, representavam adequadamente o império Babilônico em seu apogeu e sua glória. O leão se destaca por sua força, entretanto a águia é famosa por seu vigor e no alcance dos seus vôos.
Este leão alado representava o período Neo-Babilônico, que sob Nabucodonosor, se tornou o maior e o mais forte império até aquela época. Daniel estava descrevendo de forma figurativa o que ele estava vendo. Em outras palavras, Daniel estava falando da força das conquistas de Nabucodonosor e a agilidade de suas ações. O leão alado representava força e agilidade. O poder de Nabucodonosor não foi somente sentido em Babilônia, mas desde o Mediterrâneo até o Golfo Pérsico, e desde a Ásia Menor até o Egito.
O profeta Habacuque comparou os Caldeus como águias. Note a descrição: “Suscito os caldeus, nação feroz e impetuosa, que marcha sobre a largura da terra… Os seus cavaleiros espalham-se por toda a parte; os seus cavaleiros vêm de longe. Voam como águia que se apressa em devorar” (Habacuque 1:6 e 8).
Até agora analisamos o que Daniel estava vendo, mas a partir deste momento começaremos a estudar o que iria acontecer. Trata-se de uma profecia. Ela dizia que as asas seriam arrancadas (Daniel 7:4). Isto significava o contrário do que dissemos até este momento. Se as asas significavam agilidade de movimentos, perder essas asas queria dizer que os sucessores de Nabucodonosor ficariam sem o prestígio e o poder mundial.
A profecia diz ainda que o leão ficaria em pé (Daniel 7:4). Este é mais um símbolo profético. “Um leão, erguido sobre dois pés como homem, indica que ele perdeu suas qualidades distintivas de um leão”. Foi a decadência do império, com os sucessores de Nabucodonosor mais interessados em desfrutar das conquistas passadas do que fortalecer o reino.

O capítulo 5 do livro de Daniel relata que Belsazar fez um grande banquete e convidou todos os grandes do seu reino. Este banquete regado com muito vinho e concubinas, deixou o rei muito eufórico, até que ele já embriagado, mandou que trouxessem as taças sagradas de ouro que o seu para tinha tirado do templo que estava em Jerusalém, para que bebessem neles o rei, os seus grandes e as suas mulheres e concubinas. Por esta atitude profana, quando ele profanou o que era sagrado o fim do seu reinado foi iminente. A sua sentença apareceu na parede estucada do seu palácio, uma mão misteriosa escreveu uma escritura que ninguém conseguia decifra-la exceto Daniel. Daniel leu e interpretou a escritura que dizia: MENE, MENE, TEQUEL, PARSIM.

MENE - Contou Deus o teu reino e o acabou.

TEQUEL - Pesado foste na balança e foste achado em falta.

PARSIM - Divido foi o teu reino e deu-se aos medos e aos persas.

Diz o texto sagrado, que naquela mesma noite, os exércitos do rei Dario, o medo, invadiu a Babilônia, matou Belsazar rei dos caldeus e conquistou todo império da Babilônia.

IMPÉRIO MEDO-PERSA.
Continuei olhando, e eis aqui o segundo animal, semelhante a um urso, o qual se levantou de um lado, tendo na boca três costelas entre os seus dentes; e foi-lhe dito assim: Levanta-te, devora muita carne (Dn.7.5).
O urso representa o segundo império mundial, o Império Medo Persa. Ouve uma união entre a média e a Persa, e assim eles conquistaram o mundo tirando o poder de Babilônia.
Seu domínio se deu do ano 539 a 331 aC.
Quando diz que um dos seus lados se levantou primeiro quer dizer que a Pérsia se destacou primeiramente e depois eles se uniram criaram mais força e dominaram o mundo. 
O que Deus queria transmitir ao profeta, quando fez esse tipo de revelação? Primeiramente, vamos conhecer um pouco da vida e hábitos de um urso. A Bíblia diz que é um animal astuto (Lamentações 3:10); o urso defende furiosamente suas crias (II Samuel 17:8); tem muita força em suas patas (I Samuel 17:37).
“Os ursos são classificados como carnívoros; mas na verdade eles se alimentam de outras coisas, incluindo plantas das mais variadas espécies, peixes e pequenos animais. Também comem formigas, abelhas e suas colmeias. Os ursos normalmente evitam o homem, mas no inverno e começo da primavera, após saírem da hibernação parcial, os ursos estão muito famintos e podem atacar rebanhos. Já as ursas só tem filhotes uma vez por ano, dando até quatro crias de cada vez… Um único golpe da pata de um urso pode esmagar a cabeça de um homem ou animal.” (Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, vol. 6, p. 697).
Um outro fato que temos que lembrar é que, em profecias, a própria Bíblia diz que animal significa “reis e reinos”. Portanto, após a fase caracterizada pelo leão, surgiria um reino ou rei cujas ações seriam semelhantes as de um urso. E foi exatamente isto que aconteceu após o período babilônico. Astiages, rei dos Medos, teve uma filha que recebeu o nome de Mandana, e os oráculos diziam que ela seria forte, poderosa e destruiria o próprio pai. Astiages, com medo das profecias a respeito da filha, enviou-a para a Pérsia. Lá ela se casou com Cambises e desse casamento nasceu Ciro.
Calcula-se que Ciro nasceu perto do ano 600 antes de Cristo. Foi o fundador do império Persa e conquistador de Babilônia. Governou-a de 539 AC até morrer no ano 530. (Arqueologia Bíblica, p. 282). Ao se tornar rei da Pérsia propôs a Astiages, rei dos Medos – que era seu avô – uma união para criar um grande exército. Astiages, lembrando das profecias sobre Mandana, mãe de Ciro, não aceitou a aliança. Ciro enviou os seus embaixadores mais importantes para convencer o avô das vantagens dessa aliança. Astiages prendeu os embaixadores e lhes cortou a língua, dizendo: “Voltem e digam a Ciro qual é a minha resposta”.
Ciro, então, conquistou os Medos, mas não destruiu o avô. Dessa forma os dois povos foram unidos a força. Os Persas eram mais fortes.
E, foi na noite de 13 de outubro de 539 AC que a cidade de Babilônia caiu diante do exército dos Medos e Persas, liderados por Ciro (Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia, vol. 1, p. 752). Após a queda de Babilônia Ciro colocou Astiages como um dos líderes da cidade.
A profecia mencionava que o urso estaria com um lado levantado; andaria com um lado do corpo mais alto do que o outro. Isto quer dizer que a sociedade proposta por Ciro ao seu avô não funcionou de forma perfeita. Astiages aceitou a união porque não lhe restava outra alternativa. Os Medos e Persas não viviam uma sociedade equilibrada. Um lado era mais forte que o outro.
A profecia também afirmava que o urso tinha na boca três costelas. Interessante que as três conquistas mais importantes dos Medos e Persas foram a Lídia, em 546 AC,  Babilônia, em 539 e o Egito, em 525 AC. A profecia se cumpriu plenamente.

IMPÉRIO GREGO.
Depois disso, eu continuei olhando, e eis aqui outro, semelhante a um leopardo, e tinha quatro asas de ave nas suas costas; tinha também esse animal quatro cabeças, e foi-lhe dado domínio (Dn.7.6).
Um leopardo com quatro cabeças e quatro asas.
Se o leão tinha duas asas representando a rapidez de suas conquistas o que não dizer do terceiro império. A rapidez de conquista do leopardo seria muito maior.
O terceiro império representa a Grécia, A Grécia teve o seu poder estendido do ano 31 ao ano 168 aC.
As quatro asas a rapidez das conquistas e as quatro cabeças, representam os quatro generais de Alexandre o Grande. Alexandre era o imperador, o grande estrategista militar, e ele possuía quatro grandes generais, pessoalmente envolvidos em seu governo, e por isso o leopardo tem quatro cabeças, representando os quatro generais gregos.
O nome desses generais são: Cassandro, Lisímaco, Seleuco e Ptolomeu.
Perceba que este terceiro poder – terceiro reino – teria características de leopardo, porém com algumas anormalidades como asas nas costas e quatro cabeças.
“O leopardo é um grande felino, com manchas arredondadas pelo corpo e pertence a família do leão. É carnívoro e faz presa a qualquer animal que possa, incluindo antílopes, veados e animais menores, inclusive aves, mas a sua predileção é por cães. O leopardo é bem conhecido por causa de sua agilidade e velocidade”.
Essa profecia foi proferida aproximadamente no ano de 555 antes de Cristo. Deus estava dando uma visão a Daniel do futuro político, histórico e religioso do mundo. Nessa visão os grandes reinos foram apresentados de uma forma simbólica.
Os Medos e Persas – o urso da profecia – dominaram o mundo de 539 a 331 antes de Cristo. A História mostra que depois deles veio a Grécia, veio Alexandre, o Grande. Alexandre nasceu em 356 antes de Cristo e era filho de Filipe II. Em 336 AC herdou o trono da Macedônia. A sua primeira tarefa foi acalmar e reorganizar o seu próprio império. Depois que a ordem foi estabelecida na sua própria terra teve como alvo conquistar o império Persa, ambição que havia herdado do pai.
Com 35 mil homens invadiu o território Persa. Um ano depois conquistou a cidade de Tiro, depois a Palestina e o Egito. No ano 331 fundou a cidade de Alexandria, no Egito. Ali se declarou sucessor de Faraó e sua tropa o aclamou como Deus. Já em 323 AC estabeleceu a sua capital em Babilônia, cidade que ainda mantinha muito da beleza e glória dos tempos de Nabucodonosor. (S.D.A.B.C, vol. 5, p. 848).
O que chama a atenção de todos os que estudam a História universal é a idade de Alexandre. Com pouco mais de 20 anos estava conquistando o mundo. Impressiona também a influência que recebeu do pai. E aqui, amigo ouvinte, temos uma importante lição: a influência positiva ou negativa dos pais. A maneira como os pais envolvem seus filhos em outras atividades além dos estudos é fundamental para o crescimento intelectual, físico e moral das crianças.  É muito triste quando vemos pais nada preocupados com o preparo dos filhos para a vida. E, estes, menos ainda.
Alexandre com 25 anos já dominava o mundo. Era o leopardo com quatro asas nas costas. Não há símbolo melhor para descrever o jovem Alexandre e suas conquistas.  Era ágil e cheio de energia. E é assim que precisamos ser. É assim que o mundo precisa de homens e mulheres. Findou-se o tempo de homens e mulheres estáticos, parados, sem iniciativa. A profecia diz que o leopardo tinha quatro cabeças. O que este símbolo quer dizer? Os estudiosos da Bíblia acreditam que as quatro cabeças tem mais a ver com o que aconteceu depois da morte do jovem conquistador.
No ano 323 AC, após estabelecer Babilônia como sua capital, Alexandre se excedeu na bebida e caiu enfermo e morreu de “febre dos pântanos”, que se crê que era o nome usado naquela época para descrever a malária (S.D.A.B.C., vol. 5, p. 848). Ele estava com 33 anos e preparava uma expedição à Arábia. Morreu no dia 18 de junho de 323 AC.
Como a morte do líder foi repentina, não deu tempo de ser preparado um sucessor. Seus quatro principais generais disputavam o trono. Não houve consenso entre eles. Guerrearam entre si e na famosa batalha de Ipsos, em 301 AC, o grande império Grego acabou sendo dividido em quatro partes – as quatro cabeças do leopardo. “Formaram-se então quatro reinos: o da Macedônia e Grécia com Cassandro, que triunfara sobre seus rivais; o da Síria com Seleuco; o do Egito, com Ptolomeu; e o da Trácia e parte da Ásia Menor com Lisímaco.” (História Universal, Rocha Pombo, p. 68). Portanto, após o ano 301 AC o grande império formado por Alexandre foi dividido em quatro partes e permaneceu dessa forma até ser conquistado por Roma, no ano 168 AC.

IMPÉRIO ROMANO.
Depois disso, eu continuava olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal, terrível e espantoso e muito forte, o qual tinha dentes grandes de ferro; ele devorava, e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele e tinha dez chifres (Dn.7.7).
Ele aparece com dez chifres, que representam, poder, reino e domínio.
Este reino teria a maior concentração de poder mundial, por isso ele tem dez chifres. Esse quarto animal identificado na visão de Daniel, como animal "terrível e espantoso", representa o quarto império mundial, Roma, e Roma foi o império de maior poderio territorial e também o que maior número de anos no poder.
Depois da Grécia, o império que mandou no mundo foi o romano. Os historiadores são unânimes em afirmar que essa transição foi muito lenta e é muito difícil encontrarmos uma data exata para queda dos gregos e a ascensão dos romanos.
“No ano 197 AC Roma derrotou a Macedônia e colocou os estados gregos sob sua proteção. Alguns anos mais tarde, em 190, derrotou o Antíoco III e tomou o território Selêucida. No ano 168 AC, na batalha de Pidna, Roma acabou com a monarquia da Macedônia, dividindo-a em quatro confederações.
Já no ano 146 AC Roma anexou a Macedônia como província e colocou a maior parte das cidades gregas sob o governador da Macedônia.” (S.D.A.B.C., vol 5, p. 852).
Este seria um pequeno resumo de como caíram os gregos e como os romanos passaram a dominar o mundo. Não há uma data específica. Foi uma sucessão de eventos e vitórias. Por isso, a data mais aceita como o início da soberania romana é 168 AC.
Foi em 22 de junho de 168 AC, ao meio-dia, que aconteceu a batalha mais importante contra os macedônios (História Universal de G. AncKem, vol. IV, p. 858). Daniel, quando viu o quarto animal, não pode compará-lo com algo conhecido. Descreveu-o como sendo terrível e espantoso. Além disso, ficou muito curioso para saber o que representava (Daniel 7:19).
E é assim que a Bíblia descreve o quarto reino. Forte e destruidor. Vamos ler Daniel 7:23?  “O quarto animal será o quarto reino na terra, o qual será diferente de todos os reinos; e devorará toda a terra, e pisará aos pés, e a fará em pedaços”.
Os historiadores contam que “Roma começou a se destacar de uma maneira muito rápida, até conquistar toda a península Itálica, parte da Europa, África e toda a Ásia civilizada, pondo fim aos restos do Império de Alexandre” (El Desenlace del drama Mundial, p. 154).

VAMOS ANALISAR AS CARACTERÍSTICAS DO IMPÉRIO ROMANO:

Primeira.
“Terrível, espantoso e muito forte”.  A potencialidade, a força militar, política e econômica de Roma não havia sido manifestada por nenhum outro povo. O caráter terrível e espantoso revela-se nas conquistas. “A península itálica, Cartago, Macedônia, Síria, África, Espanha, Egito, Ásia Menor, Palestina, foram caindo uma após a outra para formar a imensa órbita política de Roma” (El Desenlace del drama Mundial, p. 154).

Segunda.
“O qual tinha dentes grandes de ferro; ele devorava e fazia em pedaços”. Na visão profética, o quarto animal – ou quarto reino – agiria de forma violenta e terrível para com aqueles que eram conquistados. “Roma fazia guerra não para conquistar e nem por necessidade de expansão, mas por idiossincrasia e prazer. O templo de Jano em Roma, devia ficar aberto durante todo tempo que houvesse guerra e ele esteve aberto permanentemente durante cinco séculos, salvo uma só vez e por poucos anos” (El Desenlace del drama Mundial, p. 155). Quando uma guerra era iniciada, os romanos saqueavam todo o país atacado. Os homens, mulheres e crianças eram vendidos como escravos e muitas vezes eram vítimas de castigos desumanos. Estabeleciam pesados tributos aos cativos. Os imperadores romanos eram implacáveis com seus inimigos.

Terceira.
“Pisava aos pés o que sobejava”. Essa figura de linguagem mostra uma fera que, após dominar sua vítima e já ter se alimentado da mesma, pisa em cima do que sobrou, de forma sádica.

Quarta.
“E tinha dez chifres” – Todos os que visitam Roma podem ver as ruínas do que foi esse grande império. Ninguém foi tão poderoso quanto eles. Os historiadores dizem que o sol não se punha no império romano. Ele abarcava desde a África, ao sul, até a Inglaterra, ao norte e desde a Pérsia ao leste e a Espanha ao oeste. Porém, não durou para sempre. Foi dividido em dez partes de onde surgiram as principais nações da Europa de hoje. Em 476 de nossa era se consumou a queda e a soberania romana.

O GOVERNO MUNDIAL DO ANTICRISTO.
Estando eu considerando os chifres, eis que entre eles subiu outro chifre pequeno, diante do qual três dos chifres primeiros foram arrancados; e eis que nesse chifre havia olhos, como olhos de homem, e uma boca que falava grandiosamente (Dn.7.8).

Na visão de Daniel, no meio dos dez chifres surgiu um chifre pequeno, que subjugará três reis e na sequência os outros sete entregará o poder ao chifre pequeno. Este chifre pequeno, segundo as profecias, representa um homem super inteligente, o 666 que há de vir, o anticristo (Ap.13.1; 17.12).
O chifre pequeno que se destaca entre os dez, aparece com olhos humano e uma boca que falava com arrogância. Paulo na sua segunda carta aos tessalonicenses, faz referência a este personagem e o chama de homem do pecado, o filho da perdição: "Ninguém, de maneira alguma, vos engane, porque não será assim sem que antes venha a apostasia e se manifeste o homem do pecado, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus. E, agora, vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado. Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que, agora, resiste até que do meio seja tirado; e, então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca e aniquilará pelo esplendor da sua vinda; a esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais, e prodígios de mentira, e com todo engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. E, por isso, Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira, para que sejam julgados todos os que não creram a verdade; antes, tiveram prazer na iniquidade" (II Ts.2.3-12).

Sem querer entrar em detalhes escatológico sobre este personagem, a verdade é que ele atrairá a atenção dos povos para si e terá um governo mundial, quando firmará um pacto de sete anos e na metade será quebrado o pacto e ele revelará a sua verdadeira identidade. Nesse tempo os reis que entregaram o poder a este governante mundial, se rebelarão e irão fazer guerra contra ele, que dará comprimento a profecia de Apocalipse 16.16, onde ocorrerá a batalha do Armagedom.
Conforme a profecia de Apocalipse capítulo 19, Jesus, o Rei das nações, virá e destruirá o anticristo e o falso profeta. E todos os reinos da terra será governado pelo Senhor Jesus Cristo. Amém!

sábado, 7 de setembro de 2019

VIREI OUTRA VEZ.

Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também (João, 14.1-3).

Os discípulos estavam tristes porque estava se aproximando a hora da separação do Mestre, quando ele seria traído, preso e crucificado. Eles estavam na expectativa da morte de Cristo e que eles não o veria mais; isto deixou os discípulos com o coração turbado.
A expressão "não se turbe o vosso coração", significa "não fiquem com o coração perturbado". Jesus disse essa frase quando estava dando as últimas instruções aos seus discípulos, antes da crucificação. Naquela ocasião eles estavam reunidos para a refeição da páscoa, na noite em que Jesus foi traído e preso. Ao dizer: "Não se turbe o vosso coração; crede em Deus, crede também em mim. Na Casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar". O Mestre estava transmitindo uma palavra de consolo e esperança para o coração dos seus discípulos.

VIREI OUTRA VEZ.

E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver, estejais vós também (Jo.14.3).
Temos aqui uma mensagem de consolo e esperança pronunciada pelos lábios do próprio Mestre. Esta é uma mensagem escatológica porque nos fala sobre acontecimento futuro, a vinda de Cristo, que em breve vai acontecer. A promessa da volta de Jesus, é a maior das promessas e a grande esperança da igreja. Os cristãos do primeiro século, viviam numa expectativa de que a volta de Jesus poderia acontecer a qualquer momento. Por causa da promessa da iminente volta de Jesus, eles passaram a usar um tipo de saudação diferenciada, eles ao se cumprimentarem, diziam: "Maranata".

MARANATA, é uma expressão aramaica que ocorre duas vezes na Bíblia. Primeiramente empregada pelo apóstolo Paulo na primeira epístola aos coríntios capítulo 16 versículo 22. "Se alguém não ama ao Senhor, seja anátema; maranata!"  Aparece também pela segunda vez no livro de Apocalipse, no penúltimo versículo pelo apóstolo João: Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente, cedo venho. Amém! Ora vem Senhor Jesus! (Ap.22.20).
Este termo "Maranata" é a composição de duas palavras, Maran + Athá, que dão origem à palavra Maranata e que significa "O Senhor vem!" ou ainda "Nosso Senhor vem!". No desfecho final do livro do Apocalipse, esta expressão é utilizada como uma oração ou pedido, desta feita na língua grega, e traduzida por: “Ora, vem, Senhor Jesus”. A palavra era usada como uma "senha" entre os cristãos do primeiro século, e provavelmente foi neste sentido usada pelo apóstolo Paulo. Os cristãos do primeiro século usavam esta expressão, maran- atha como saudação ao encontrava-se com outro. Eles viviam uma expectativa de que a volta de Jesus seria iminente (poderia acontecer a qualquer momento), por isso eles falavam esta palavra como expressão de fé e esperança. Pensando nisso, podemos refletir: Se os cristãos do primeiro século usavam este termo como saudação, e viviam na  expectativa da volta de Jesus, imagine nós, hoje em pleno século XXI. Qual é a nossa grande expectativa? Será que os cristãos atual estão verdadeiramente aguardando a volta de Jesus? E se Jesus voltasse hoje? Pegaria a maioria dos cristãos despreparados ou estariam todos preparado?

TRÊS EMBARAÇOS QUE PODEM DEIXAR ALGUNS CRISTÃOS FORA DO CÉU:

... deixemos todo o embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos com paciência, a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, autor e consumador da fé ... (Hb.12.1,2).

MATERIALISMO.

... se as vossas riquezas aumentarem, não ponhais nela o coração (Sl.62.10).
Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males ... (I Tm.6.10).
Riqueza é bom, ser rico não é pecado, ter muito dinheiro não há nada de errado nisto; porém, o amor ao dinheiro é a causa de muitos malefícios. O problema é quando o dinheiro se torna o senhor da vida crente. Infelizmente, muitos cristãos tem se tornado escravos do dinheiro e estão vivendo uma vida mais voltada para as coisas materiais do que espirituais. Este embaraço pode pegar muitos crentes desapercebidos na volta de Jesus.

MUNDANISMO.

E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Rm.12.2).
Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele (I João, 2.15).
O mundanismo é um sistema contrario a vontade de Deus. Ser mundano é aceitar os ditames do mundo e ainda ama-lo e viver na pratica mundana. O verdadeiro cristão anda na contramão do mundo e não aceita os seus usos e costumes que desagradam a Deus. O cristão ser moderno, não há nada de errado nisto, o problema é ser mundano. O cristão pode ser moderno, mas não deve ser mundano. Infelizmente, há muitas igrejas que já aceitaram os costumes do mundo, já não fazem mais a diferença entre o santo e o profano, e estão vivendo um evangelho de conveniências, agradando ao mundo e desagradando a Deus. Quem ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Disse o apóstolo João.

FRIEZA ESPIRITUAL.

E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará (Mateus, 24.12).
Eu sei as tuas obras, que nem és frio nem quente. Tomara que foras frio ou quente!  Assim, porque és morno e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca (Ap.3.15,16).
A frieza espiritual na vida do cristão, é uma consequência do conformismo com o mundo e a ganância e preocupação pela busca das coisas materiais. Muitos crentes estão como cadáveres ambulantes na Casa de Deus, vivendo de aparências, tendo nome de quem vive, mas estão mortos. Infelizmente, muitos cristão se tornaram frios espiritualmente e estão prestes a entrar em uma UTI espiritual. Jesus não vem buscar uma igreja gelada, nem morna; Ele vem buscar uma igreja avivada, quente e cheia do Espírito Santo. Que sejamos crentes quentes e cheios do Espírito, para não ficarmos de fora do céu no dia do arrebatamento. Maranata!

domingo, 1 de setembro de 2019

7 TIPOS DE CORAÇÕES NOS LIVROS POÉTICOS.

Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida (Pv.4.23).
O coração é a sede das emoções, dos pensamentos e vontade. A maior sabedoria de um homem é quando ele consegue controlar as emoções do seu coração e guarda-lo da corrupção do pecado. Quando não controlamos as nossas emoções, pensamentos e vontade, o nosso coração fica vulnerável e pode cair em muitas tentações que irão nos levar a morte espiritual, e possivelmente física. As loucuras do coração de um homem pode leva-lo a ruína e total destruição. A mente dá muitas voltas, e o nosso coração pode nos enganar. Está escrito: Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá? Eu, o SENHOR, esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos; e isso para dar a cada um segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas ações (Jr.17.9,10). Só Deus conhece os corações, a verdade é que, nós mesmos não nos conhecemos. Todavia, devemos buscar o equilíbrio, sendo mais racional em determinadas situações. Moisés faz um pedido a Deus, ele pede um coração sábio: Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos coração sábio (Sl.90.12). Contar os dias aqui, significa viver com prudência em nosso dia-a-dia. Só assim iremos amadurecer e viver uma vida de estabilidade emocional com um coração sábio.

1- CORAÇÃO ALEGRE.

O coração alegre aformoseia o rosto, mas, pela dor do coração, o espírito se abate (Pv.15.13).
Todos os dias do aflito são maus, mas o de coração alegre tem um banquete contínuo (Pv.15.15).

2- CORAÇÃO PREPARADO.

Preparado está o meu coração, ó Deus; cantarei e salmodiarei com toda a minha alma (Sl.108.1).
Se tu preparaste o teu coração, estende as tuas mãos para ele (Jó.11.13).

Porque Esdras tinha preparado o seu coração para buscar a Lei do SENHOR, e para cumprir, e para ensinar em Israel os seus estatutos e os seus direitos (Esdras, 7.10).

Sucedeu, pois, que, havendo Roboão confirmado o reino e havendo-se fortalecido, deixou a Lei do SENHOR, e, com ele, todo Israel. E fez o que era mau, porquanto não preparou o coração para buscar o SENHOR (II Cr.12.1,14).

3- CORAÇÃO FORTALECIDO.

Espera no SENHOR, anima-te, e ele fortalecerá o teu coração; espera, pois, no SENHOR (Sl.27.14).

4- CORAÇÃO QUEBRANTADO.

Perto está o SENHOR dos que têm o coração quebrantado e salva os contritos de espírito (Sl.34.18).
Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus (Sl.51.17).

5- CORAÇÃO PURO.

Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim um espírito reto (Sl.51.10).
Verdadeiramente, bom é Deus para com Israel, para com os limpos de coração (Sl.73.1).

6- CORAÇÃO SINCERO.

Cantarei a misericórdia e o juízo; a ti, SENHOR, cantarei. Portar-me-ei com inteligência no caminho reto. Quando virás a mim? Andarei em minha casa com um coração sincero (Salmos, 101.1,2).

7- CORAÇÃO SÁBIO.

Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos coração sábio (Sl.90.12).
viver com prudência é a melhor maneira para se alcançar um coração sábio. Só é possível ter um coração sábio, quando atingirmos a plena maturidade na vida.

sexta-feira, 30 de agosto de 2019

JESUS NO APOCALIPSE.

Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou e as notificou a João, seu servo (Ap.1.1).

Apocalipse é o livro onde JESUS aparece com uma grande coleção de nomes e títulos, ao longo das vívidas páginas do livro. Cada um desses nomes e títulos diz respeito ao seu caráter e destaca um aspecto particular do seu papel no plano da redenção. Embora Jesus apareça com vários nomes e títulos, nenhum nome lhe faz verdadeira justiça. Ele é maior do que qualquer nome, descrição, expressão ou título que a mente humana possa imaginar.

Referências.                 Nomes e Títulos.

- 1.5                             A Fiel Testemunha.

- 1.5                            O Primogênito dos mortos.

- 1.5                            O Príncipe dos reis da terra.

- 1.13; 14.14               Filho do Homem.

- 2.8                            O Primeiro e o Último.

- 2.18                          Filho de Deus.

- 3.14                          O Amém.

- 3.14                          A Testemunha Fiel e Verdadeira.

- 3.14                          O Princípio da Criação de Deus.

- 4.11                          O Criador.

- 5.5                            O Leão da Tribo de Judá.

- 5.5                            A Raiz de Davi.

- 5.6                           Cordeiro.                      

- 7.17                         Pastor.

- 11.15; 12.10            Cristo.

- 15.3                         Rei dos santos.

- 17.14                       Senhor dos senhores.

- 17.14                       Rei dos reis.

- 19.11                       Fiel e Verdadeiro.

- 19.13                       Palavra de Deus.

- 19.16                       REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES.

- 21.6;22.13; 1.8.       Alfa e Ômega.

- 22.13                       O Princípio e o Fim.

- 22.13                       O Primeiro e o Derradeiro

- 22.16                       A Raiz e a Geração de Davi.

- 22.16                       A Resplandecente Estrela da manhã.

* A expressão Cordeiro, com relação a Jesus, aparece 29 vezes em todo o livro de Apocalipse.

CONCLUSÃO:
Jesus Cristo, é o grande tema não só do livro de Apocalipse, mas de toda a Bíblia. Ele está no princípio, no meio e no fim da História. Ele é antes de todas as coisas e todas as coisas foram criadas por Ele. Porque Dele, por Ele e para Ele são todas as coisas; glória para Ele, eternamente, amém.

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

TEMPOS DE GRANDES PROSPERIDADES.

E haverá estabilidade nos teus tempos, abundância de salvação, sabedoria e ciência; e o temor do SENHOR será o seu tesouro (Isaías, 33.6).

A aplicação imediata deste capítulo 33 de Isaías, faz menção ao estabelecimento do Reino de Deus em sua plenitude, que segundo a escatologia, acontecerá no período do milênio.
Porém, no contexto histórico desta profecia, a nação de Judá que era governada pelo rei Ezequias,   vinha sofrendo constantes ameaças por parte do rei da Assíria, nos tempos do profeta Isaías. O povo de Deus vivia sob uma tensão política e militar, era uma época de prosperidade para a nação de Judá; mas havia insegurança, pois os exércitos da Assíria estava prestes a atacar o reino de Judá.

ESTABILIDADE.

Estabilidade é a qualidade daquilo que é estável, isto nos fala de firmeza, solidez, segurança e prosperidade. A prosperidade de uma nação depende da sua estabilidade política, econômica e social. A prosperidade de uma pessoa, depende da sua estabilidade emocional, familiar e financeira. A estabilidade espiritual, depende da nossa devoção sincera ao Deus vivo e verdadeiro, o nosso conhecimento e comunhão com Ele, e consequentemente a nossa maturidade cristã. Deus quer que vivamos uma vida de estabilidade material e espiritual, só depende de nós nos dispormos a sacrificar e viver uma vida de renúncias.

ABUNDÂNCIA DE SALVAÇÃO.

Com a vinda do Redentor, Jesus Cristo, a porta da salvação foi aberta para todos os povos, línguas, raças e nações. Nunca na história da humanidade houve um número tão grande de pessoas salvas como em nossos tempos. A graça é abundante, ela manifestou-se na pessoa de Jesus Cristo. Está escrito: Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens (Tito, 2.11). O pecado veio para destruir e separar o homem de Deus. Mas, onde abundou o pecado, superabundou a graça (Romanos, 5.20). Que possamos viver e desfrutar desta abundante graça, que a nossa família, parentes e amigos, sejam todos alcançados pela graça de Deus e desfrute desta grande salvação. Amém!

SABEDORIA.

Esta sabedoria não está relacionada ao saber, mas no proceder de uma vida conduzida com prudência em meio a uma geração perversa e corrompida. Há pessoas que são sábias porque tem um vasto conhecimento na área do saber. Todavia, o sábio de coração é aquele que se conduz com prudência e agi com sabedoria. Este tipo sabedoria é para aqueles temem ao SENHOR e buscam obedecer a palavra de Deus. A obediência produz sabedoria. Quando Moisés exorta o povo à obediência, ele diz: Guardai-os, pois, e fazei-os, porque esta será a vossa sabedoria e o vosso entendimento perante os olhos dos povos que ouvirão todos estes estatutos e dirão: Este grande povo é só gente sábia e inteligente (Deut.4.6). No salmo 90 Moisés disse: Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos coração sábio (Salmos, 90.12). Quando nós alcançarmos um coração sábio e nos tornarmos maduros em Deus, haverá um grande progresso e prosperidade espiritual e material em nossa vida.

CONHECIMENTO.

Este conhecimento está relacionado ao SENHOR, e não ao conhecimento secular. Este conhecimento será progressivo e constante e causará um grande impacto na vida das pessoas. Este conhecimento tem haver com a nossa vida de intimidade e comunhão com Deus. Por falta de conhecimento o povo perece e é destruído, mas com o conhecimento de Deus haverá prosperidade. O profeta Oséias disse: O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento ... (Os.4.6). Conheçamos e prossigamos em conhecer ao SENHOR ... (Os.6.3). A questão não é conhecer simplesmente o Livro do SENHOR, mas conhecer também o SENHOR do Livro. Há pessoas que tem um bom conhecimento bíblico, mas não tem nada de Deus. Seja prospero em conhecer o Livro e o autor do Livro.

TEMOR DO SENHOR.

A profecia de Isaías diz: "O temor do SENHOR será o seu tesouro". Ou seja, temer ao SENHOR é algo de grande valor. Este temor não significa ter medo, mas implica em respeito, reverência e obediência ao SENHOR. O segredo para viver uma vida prospera é temer ao SENHOR e andar no seu caminho. Está escrito: Feliz aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos! Pois comerás do trabalho das tuas mãos, feliz serás, e te irá bem. A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos, como plantas de oliveira, à roda da tua mesa. Eis que assim será abençoado o homem que teme ao SENHOR! (Salmos, 128.1-4). Haverá uma grande prosperidade na vida do homem que teme ao SENHOR, e consequentemente Deus abençoará a todos seus descendentes. Portanto, faça a sua parte, busque ao SENHOR, Ele é a sua grande prosperidade.

* O tempo de instabilidade passou, e chegou o tempo de estabilidade, firmeza, segurança e grande prosperidade. Amém! 

sábado, 24 de agosto de 2019

ONÉSIMO, O ESCRAVO FUGITIVO.

Peço-te por meu filho Onésimo, que gerei nas minhas prisões, o qual, noutro tempo, te foi inútil, mas, agora, a ti e a mim, muito útil; eu to tornei a enviar. E tu torna a recebe-lo como ao meu coração. Assim, pois, se me tens por companheiro, recebe-o como a mim mesmo. E, se te fez algum dano ou te deve alguma coisa, põe isso na minha conta (Fm.1.10-12,17,18).

Este pequeno livro é uma obra-prima da manifestação da graça e uma profunda demonstração do poder libertador de Cristo. Nele nós vamos encontrar a verdadeira fraternidade cristã em ação.
Paulo escreveu esta carta de Roma, por volta do ano 60 d.C., quando estava sob prisão domiciliar.
A carta foi endereçada a Filemom, um grego, proprietário de terras, que morava em Colossos. Ele se converteu a Cristo pelo ministério de Paulo, e a igreja colossense se reunia em sua casa.
Onésimo era um escravo domestico que pertencia a Filemom. Onésimo havia fugido de Filemom e ido para Roma, onde conheceu Paulo, que o conduziu a Cristo (1.10). Paulo convenceu Onésimo a não mais fugir de seus problemas, pois isso não resolveria; e o persuadiu a retornar a seu senhor. Paulo escreveu esta carta a Filemom para pedir-lhe que recebesse o seu escravo fugitivo e lhe perdoasse.

A GRAÇA DE DEUS NOS ALCANÇOU E PAGOU A NOSSA DÍVIDA.

A mensagem deste livro, ilustra a graça de Deus alcançando o pecador, perdoando-o e pagando toda a sua dívida. A intercessão de Paulo por Onésimo, ilustra o que Cristo fez por nós. Assim como Paulo intercedeu por um escravo, Cristo intercede por nós, que fomos escravos do pecado. Da mesma forma que Onésimo foi reconciliado com Filemom, nós fomos reconciliados com Deus através de Cristo. Assim como Paulo se ofereceu para pagar as dívidas de um escravo, Cristo também se ofereceu e pagou as nossas dívidas do pecado. Como Onésimo, devemos ser gratos a Deus pelo grande benefício alcançado, e servir ao nosso Senhor e Mestre por toda a nossa vida.
Paulo pediu a Filemom, que não o recebesse mais como escravo, e sim como irmão amado (15,16). Assim, também Cristo nos trata como amigos e não como servos: Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor, mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer (João,15.15).
Que possamos nos alegrar por termos sido alcançados pela graça de Deus. A nossa dívida foi paga. Aleluia! 

sábado, 17 de agosto de 2019

CURIOSIDADES NO LIVRO DO PROFETA EZEQUIEL.

Ezequiel, cujo nome significa "Deus fortalece", é um dos profetas com maior número de ações inusitadas na Bíblia. As suas profecias são descritas como artes cênicas, para revelar o pecado e o juízo vindouro sobre a nação de Judá. Ezequiel é o único livro profético que foi contestado pelos rabinos, apesar de fazer parte do cânon hebraico. Os rabinos em Israel, restringiram a leitura do livro em público, por causa das suas aparentes contradições em relação a torá (a lei de Moisés), e por suas expressões muito extravagantes.

INFORMAÇÕES SOBRE EZEQUIEL:

Ezequiel o profeta das visões, estava entre os cativos de Judá junto ao rio Quebar, onde Deus revelou a sua glória ao profeta através de visões extraordinárias. O profeta estava na terra dos caldeus, na Babilônia, e ele declara por mais de uma vez que a mão do SENHOR estava sobre ele. Ezequiel, cujo nome significa "Deus fortalece", era de família sacerdotal (1.3) e passou os primeiros vinte e cinco anos da sua vida em Jerusalém. Estava se preparando para o ofício sacerdotal do templo quando foi levado cativo à Babilônia em 597 a.C. Uns cinco anos mais tarde, aos trinta anos (1.2,3), Ezequiel recebeu sua chamada profética da parte de Deus, e a partir daí ministrou fielmente durante vinte e dois anos, pelo menos (Ez.29.17). Ezequiel  foi contemporâneo de Jeremias e Daniel. Ezequiel era casado (24.15-18), e vivia como um  cidadão comum entre os exilados judeus, numa comunidade próximo ao rio Quebar (1.1; 3.15,24; Sl.137.1).

A Bíblia não relata nada sobre a morte do profeta Ezequiel, tudo o que sabemos é que seu ministério durou pelo menos 22 anos (Ezequiel 29.17). Considerando então que ele começou a profetizar em 592 a.C., quando tinha 30 anos, ele viveu, no mínimo, cerca de cinquenta e três anos.

17 FATOS CURIOSOS NO LIVRO DE EZEQUIEL:

1-  A expressão "filho do homem" aparece mais de 90 vezes no livro de Ezequiel.

2- Ezequiel recebe de Deus, de modo peculiar, os títulos de "filho do homem" e "atalaia". 

3-  Por ordem de Deus Ezequiel ficou preso e amarado por cordas dentro da sua própria casa, e esteve mudo por algum tempo (Ez.3.22-27).

4- Deus manda o profeta utilizar um tijolo e desenhar a cidade de Jerusalém e depois colocar uma panela de ferro como muro e cercar a cidade, como um sinal para nação (Ez.4.1-3).

5- Ezequiel fica deitado sobre o seu lado esquerdo durante 390 dias, e 40 dias sobre o seu lado direito, por ordem de Deus (Ez.4.4-8).

6- Ezequiel come pão assado em cima de esterco de vaca, depois que rejeitou come-lo assado com fezes humana (Ez.4.9-15).

7- Ezequiel raspou os cabelos da cabeça e a barba por ordem Divina, para representar o juízo de Deus sobre a nação de Judá (Ez.5.1-4).

8- Um homem vestido de linho com um tinteiro na mão, marca os fiéis de Jerusalém na testa (Ez.9.1-4).

9- Ezequiel é transportado pelo Espírito suspenso pelos cabelos até o templo em Jerusalém (Ez.8.1-4).

10- Enquanto Ezequiel estava profetizando, Pelatias, morreu (Ez.11.13).

11- Deus manda Ezequiel preparar sua mala para uma viagem e abrir um buraco no muro e passar a bagagem pelo buraco (Ez.12.1-6).

12- Deus manda Ezequiel tremer e ficar arrepiado enquanto come e bebe água (Ez.12.7,8).

13- Amantes com membros como de jumento e ejaculação como de um cavalo (Ez.23.19,20).

14- Ezequiel é proibido por Deus de lamentar a morte de sua esposa, que morre para representar a destruição total da nação (Ez.24.15-25).

15- Há duas expressões que se repetem do começo ao fim do livro: (1) "Então saberão que eu sou o SENHOR" (65 vezes com suas variantes). (2) "A glória do SENHOR" (19 vezes com suas variantes).

16- O livro de Ezequiel tem uma mensagem de esperança, e termina expressando um dos nomes de Deus, "JEOVÁ-SAMÁH", que significa: "O SENHOR ESTÁ ALI" (Ez.48.35). Ele está presente. Amém!

17- O livro de Ezequiel se inicia com Deus irado e termina com o mesmo Deus presente para consolar.

CONCLUSÃO:
O livro de Ezequiel além de ter profecias chocantes na forma representativa do profeta, ele também é cheio de visões de Deus reveladas ao profeta. Este livro também tem sua parte escatológica que se identifica com Apocalipse. Ele contém vários pontos de semelhança com o livro de Apocalipse: A visão dos querubins (Ez.1; Ap.4). O rolo sendo dado a comer (Ez.3; Ap.10). Gogue e Magogue (Ez.38; Ap.20). A nova Jerusalém (Ez.40-48; Ap.21). O rio de águas vivas (Ez.47; Ap.22). Enfim, trata-se de um dos mais notáveis livro do Canon Sagrado.