sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

A História Muda Depois Da Orelha Decepada.


E eis que um dos que estavam com Jesus, estendendo a mão, puxou da espada e, ferindo o servo do sumo sacerdote, cortou-lhe uma orelha (Mt.26.51).

E um dos que ali estavam presentes, puxando da espada, feriu o servo do sumo sacerdote e cortou-lhe uma orelha (Mc.14.47).

E, vendo os que estavam com Ele o que ia suceder, disseram-lhe: Senhor, feriremos à espada? E um deles feriu o servo do sumo sacerdote e cortou-lhe a orelha direita. E, respondendo Jesus, disse: Deixai-os; basta! E, tocando-lhe a orelha, o curou (Lc.22.49-51).

Simão Pedro, que trazia uma espada, tirou-a e feriu o servo do sumo sacerdote, decepando-lhe a orelha direita. (O nome daquele servo era Malco) (Jo.18.10).

O evangelho de João e os evangelhos sinóticos de Mateus, Marcos e Lucas, registram o mesmo episódio ocorrido na noite da traição no jardim do Getsêmani, próximo ao monte das oliveiras. Após Jesus ter sido traído por Judas, no momento que os soldados vieram para o prender, um dos discípulos de Jesus, pegou a espada e decepou a orelha do servo do sumo sacerdote. Na visão conjunta dos evangelistas Mateus e Marcos, as informações sobre o fato ocorridos são idênticas. Só os evangelistas Lucas e João são mais detalhistas em suas informações. Apenas Lucas e João informam que foi a orelha direita do homem que sofreu o golpe. Só Lucas registra uma pergunta dos discípulos a Jesus: E, vendo os que estavam com Ele o que ia suceder, disseram-lhe: Senhor, feriremos à espada? (22.49). Lucas também é o único que informa sobre a cura do homem que teve a orelha decepada: E, tocando-lhe a orelha, o curou (22.51). Todavia, o evangelista João é exclusivo por nos informar o nome do discípulo que fez uso da espada e o nome do servo do sumo sacerdote (Jo.18.10).

Malco era um dos servo do sumo sacerdote Caifás, certamente ele estava junto com os soldados para testemunhar a prisão de Jesus e em seguida informar ao sumo sacerdote. Pedro foi ousado quando se dispôs a lutar em defesa de Jesus e, como resultado, cortou a orelha direita de Malco. Quem sabe se Pedro errou o golpe ou Malco procurou desviar-se do golpe direto da espada e atingiu-lhe a orelha? O fato é que, aquele acontecimento tornou-se um marco na vida de Malco. Ele teve o privilégio de ser curado por Jesus, sendo este o último milagre de Jesus antes da sua crucificação. 

Malco prestava serviço no templo e era aspirante ao sacerdócio, o fato de ter sido a orelha direita atingida pelo golpe da espada, toda sua esperança e expectativa de torna-se um futuro sacerdote, com a perda da orelha direita não havia possibilidade. Conforme a Lei de Moisés, no livro de Levítico 8.24, a orelha direita fazia parte do ritual de consagração de um sacerdote, na falta desta, era uma deformidade que reprovava o candidato ao ofício sacerdotal. Jesus quando beneficiou Malco com a cura da sua orelha direita, também estava lhe trazendo de volta o seu sonho de ser um sacerdote.

A partir deste acontecimento, a vida de Malco nunca mais foi a mesma. A sua história mudou depois que ele teve a sua orelha decepada e recuperada através de um milagre operado por Jesus. Aqui nós aprendemos que, existem perdas que geram resultados positivos e novos recomeços para uma vida que estava em ruínas. A última informação sobre Malco está registrada no evangelho de João 18.26, quando um servo do sumo sacerdote que era parente de Malco perguntou a Pedro: Não te vi eu no horto com ele? E Pedro nega Jesus pela terceira vez (18.27). A história Bíblica não conta o que aconteceu com Malco após este fato ocorrido em sua vida. Todavia, nos é permitido imaginar que Malco teve a sua vida mudada e posteriormente tornou-se um servo do Senhor e um discípulo poderoso de Jesus Cristo. Amém! 

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

SINAGOGA - SUA IMPORTÂNCIA.


E percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas suas Sinagogas, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo (Mt.4.23).

Jesus foi o grande Mestre das Sinagogas judaicas, Ele tinha o costume de pregar e ensinar nas Sinagogas. Muitos dos milagres operados por Jesus aconteceu no recinto da Sinagoga.

A sinagoga era um lugar religioso mais democrático que o templo e servia de base para muitas atividades, quer fossem religiosas ou civis. Basicamente era tido como um lugar de orações e leitura da Torá, em qualquer lugar que os judeus estivessem espalhados pelo mundo (diáspora). A palavra sinagoga em si é usada nos evangelhos um pouco mais de 30 vezes e em todo o novo testamento aproximadamente 57 vezes. Na época de Jesus havia cerca de 400 Sinagogas na Palestina.

SIGNIFICADO DO TERMO SINAGOGA.

A palavra sinagoga vem da língua grega e significa assembleia, já o termo hebraico que corresponde a mesma palavra significa casa de reunião ou oração. Cada idioma e grupo de judeus costuma ter um modo próprio de chamar este local de culto, entretanto todos eles tem um sentido de reunião ou escola, pois a sinagoga é um local de aprendizagem em conjunto.

A SINAGOGA COMO O LUGAR DE ORAÇÃO.

Era o lugar em que o povo devia orar, e também eram prometidas respostas às orações. Aquele que não orava na sinagoga de seu povo era considerado um vizinho ruim. A oração não tinha menos valor que o sacrifício no templo. A oração na sinagoga substituiu os sacrifícios no templo. Se houvesse dez pessoas na sinagoga, a presença divina estava com elas.

ORIGEM DAS SINAGOGAS.

Surgiram durante o exílio babilônico, quando o templo de Jerusalém estava em ruínas. A tradição atribui na fundação ao profeta Ezequiel. Quando o templo foi destruído por Tito, no ano 70, havia entre 394 e 480 sinagogas em Jerusalém. Após o ano 70, a sinagoga na Palestina Romana continuou a funcionar como centro comunitário por excelência.

CONTEXTO HISTÓRICO.

A sinagoga desempenhou um grande papel no crescimento e na persistência do judaísmo. Os judeus da dispersão fundaram sinagogas em cada cidade do império em que havia judeus suficientes para mantê-las, em Jerusalém floresceram sinagogas estrangeiras. A Galiléia, que, nos dias dos macabeus, era largamente gentílica (2 Mac 5:21-23), estava cheia de sinagogas no tempo de Cristo. A sinagoga era um centro social em que os judeus, que habitavam uma cidade, se reuniam semanalmente para se encontrarem. Era a instituição de educação para conservar a lei diante do povo e para instruir as crianças na fé ancestral. Substituía o culto do templo, de que eram impedidos pela distância ou pela pobreza. Na sinagoga, o estudo da lei tomou o lugar do sacrifício, o rabi suplantava o sacerdote e a fé comunal era aplicada à vida individual.

ESTRUTURA E UTENSÍLIOS DA SINAGOGA.

As casas das sinagogas eram geralmente fortes edifícios de pedra, por vezes ricamente mobiladas, se a congregação ou empresa eram ricas. Cada sinagoga tinha uma arca em que o rolo da lei era guardado, um estrado com uma escrivaninha de onde a Escritura do dia era lida, luzes para iluminar o edifício e bancos ou assentos para a congregação. A maior parte do equipamento em uso nas antigas sinagogas aparece ainda nas partes que lhe compete nas modernas sinagogas.

A LITURGIA DO CULTO NAS SINAGOGAS.

O culto da sinagoga consistia na recitação do credo judaico ou Shema, “Ouve, ó Israel; Jeová nosso Deus é o único Deus. Amarás, pois, a teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças” (Dt 6:4,5), acompanhada por frases de louvor a Deus chamadas Bekarot, por começarem com a palavra “Bendito”. A seguir ao Shema, vinha uma oração ritual, concluída com uma oportunidade de oração individual silenciosa da parte dos membros da congregação. A leitura da Escritura, que vinha depois, começava com seções especiais da lei que estavam marcadas para dias Santos; mas, como o tempo, veio o Pentateuco interior a ser dividido em partes que davam um ciclo fixo de cento e cinquenta e quatro lições que deviam ser lidas num período definido de tempo. Os judeus palestinianos liam o Pentateuco em cada três anos, enquanto que os judeus babilônicos completavam a leitura num ano. Liam-se também os profetas, como o mostra a leitura feita por Jesus na sinagoga (Lc 4:16 e seg.) . Nessa ocasião, foi provavelmente o próprio Jesus que escolheu a Leitura. A leitura da Escritura é seguida por um sermão explicativo da passagem lida. O sermão na sinagoga de Nazaré esteve inteiramente dentro do procedimento regular do dia. O culto era encerrado com uma benção pronunciada por algum membro sacerdotal da congregação. Não estando presente nenhum pessoal com qualificações sacerdotais, em vez da benção, havia uma oração.

REUNIÃO DOS CRISTÃOS DO PRIMEIRO SÉCULO NA SINAGOGA.

A influência da natureza e ordem do culto da sinagoga sobre o método usado pelas igrejas do primeiro século é claramente óbvia. O próprio Jesus assistia regularmente ao culto da sinagoga e tomava parte nele. Os seus discípulos também tinham sido acostumados a esse ritual. Paulo, nas suas viagens, em qualquer cidade que entrasse, fazia das sinagogas da Dispersão o seu primeiro ponto de contato, e pregava e disputava com os judeus e prosélitos que se reuniam para o ouvir (At 13:5, 15-43; 14:1; 17:3,10,17; 18:4,8; 19:8). As muitas íntimas semelhanças entre os usos da sinagoga e os da Igreja podem indubitavelmente explicar-se pelo fato de que a última absorveu ou seguiu em certo grau o procedimento da primeira. Realmente, alguns cultos cristãos primitivos puderam ser realizados dentro da sinagoga; a epístola de Tiago implica que as comunidades cristãs às quais era dirigida estavam ainda a ter os cultos dentro delas (Tg 2:1 e 2). Devido à sumária e persistente rejeição do evangelho de Cristo pelo povo judaico é que a igreja e a sinagoga se separaram. Hoje estão inteiramente separadas e estão, por razões profundas, em oposição. No entanto, na proeminência dada às Escrituras e ao uso da homília e sermão, ainda a sinagoga e a igreja mostram íntima relação.

Fonte: Boa parte desta postagem foi extraído e articulado do site Biblioteca Bíblica.

https://bibliotecabiblica.blogspot.com/2011/04/judaismo-sinagoga.html

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

OS DONS E A VOCAÇÃO SÃO SEM ARREPENDIMENTO?

Porque os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento (Rm.11.29 ARC).

Pois os dons e o chamado de Deus são irrevogáveis (Rm.11.29 NVI).

Os comentaristas são unânimes em afirmar que o referido versículo está num contexto onde Paulo está fazendo uma exposição sobre a eleição de Israel. Não há referência alguma aos dons espirituais. A ênfase do texto está relacionada a soberania de Deus e sua imutável fidelidade, no fato de que Deus não muda de opinião a respeito das suas promessas e dádivas, apesar do homem poder negligenciá-las e perdê-las.

O contexto desta passagem tem a ver com Israel e os propósitos de Deus para aquela nação, e não aos dons espirituais ou à vocação ministerial relacionados com a obra do Espírito Santo na igreja. 

O assunto tratado nos capítulos 9-11 atinge o ponto culminante nessa seção em que Paulo revela um mistério, isto é, algo que estava oculto e foi revelado pelo evangelho (Rm.16.25; I Co.2.7; Ef.6.19; Cl.2.2; I Tm.3.16). O mistério é: Veio o endurecimento em parte a Israel, até que haja entrado a plenitude dos gentios (Rm.11.25). Deus cumprirá o plano para salvar seu povo, Israel. O endurecimento dos judeus é parcial e temporário e chegará ao fim quando o Senhor cumprir os seus propósitos com os gentios (Rm.11.25-27). 

Com respeito à eleição, Deus não rejeitou Israel, pois não pode alterar a sua promessa aos patriarcas (Rm.11.28,29). Paulo conclui que tanto judeus como gentios desobedeceram a Deus e somente pela misericórdia de Deus podem ser salvos (Rm.11.30,31). Paulo canta louvando a Deus ao concluir sua exposição sobre o plano soberano, misterioso e gracioso de Deus para a salvação da humanidade (Rm.11.33-36).

Tudo o que Deus faz por nós se deve à sua graça, e não a nosso próprio mérito. Deus merece ser glorificado porque concede vida, sustenta todas as coisas e determina o seu propósito sobre tudo o que existe. Por tudo isso, o cristão deve sempre louvar o Senhor. A Ele, a glória, a honra e o louvor, eternamente. Amém! 

Fonte: Texto extraído e articulado da Bíblia de Estudo Pentecostal, e Comentário Bíblico Africano.

domingo, 24 de janeiro de 2021

DESPERTE O DOM DE DEUS.

Por este motivo, te lembro que despertes o dom de Deus, que existe em ti pela imposição das minhas mãos. Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de poder, de amor, e de moderação (II Tm.1.6,7).

O jovem pastor Timóteo, estava retraído e tímido em relação ao dom de Deus na sua vida. Paulo, o seu pai na fé, percebendo esta deficiência, lhe exorta para que ele desperte este dom, ou seja, não deixe o dom adormecido ou apagado. Paulo pede para Timóteo lançar fora o temor e agir com espírito de poder, de amor e moderação. Em outra ocasião Paulo insiste com Timóteo neste particular, quando diz: Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbítero (I Tm.4.14). A preocupação de Paulo em relação ao dom de Deus, era para que Timóteo desenvolvesse o dom Deus e não o deixasse apagado nem adormecido dentro de si. 

No contexto atual na vida da igreja de modo geral, há um grande contingente de cristãos que receberam algum ou alguns dons de Deus e não estão exercitando. Uns por insegurança e temor, outros por falta de oportunidade. No Reino de Deus, os dons e vocação precisam serem desenvolvidos para edificação da igreja e para glória de Deus. O fato é que, na igreja de Deus todos nós temos algum tipo de dom e muitas vezes não o desenvolvemos, principalmente quando não nos envolvemos na obra. Existem dons que são manifestos de forma perceptível, visível e alarmante; mas também existem dons que tem uma manifestação suave e sútil, e tem um efeito poderoso na igreja e no Reino de Deus em geral.

CLASSIFICAÇÃO DOS DONS À LUZ DA BÍBLIA:

1- DONS ESPIRITUAIS (I Co.12.1-11).

- Dons de Revelação: Palavra da sabedoria, palavra do conhecimento, discernimento dos espíritos.

- Dons de Poder: Fé, dons de curar, operações de maravilhas.

- Dons de Inspiração: Profecia, variedades de línguas, interpretação das línguas.

2- DONS MINISTERIAIS (Ef.4.11,12).

Apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres. 

3- DONS OPERACIONAIS (Rm.12.6-8).

Servir, ensinar, exortar, contribuir, presidir (exercer liderança), exercitar misericórdia.

Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, com bons despenseiros da multiforme graça de Deus. Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá, para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o poder para todo o sempre. Amém! (I Pe.4.10,11).

Que possamos despertar o dom de Deus que está dentro de nós e desenvolve-lo da melhor maneira, para glória de Deus e engrandecimento do seu Reino. Amém! 

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

" Um DEUS Que Se Inclina "

 

Esperei com paciência no SENHOR, e Ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor (Sl.40.1). 

Deus quando se inclina demonstra que está preocupado em nos alcançar para nos socorrer. Como um pai que se encurva para dar atenção e brincar com o seu filho, assim é DEUS como Pai amoroso que se inclina para nos dar atenção e nos abençoar. Os reis terreno tem dificuldade de descer do trono e se curvar para socorrer alguém. Todavia, o Rei dos reis desce do seu Trono de Glória e se inclina para socorrer os aflitos e necessitados. Nos livros poéticos de Jó e Salmos está escrito: Eis que Deus é mui grande; contudo, a ninguém despreza... (Jó.36.5). Quem é como o SENHOR, nosso Deus, que habita nas alturas; que se curva para ver o que está nos céus e na terra; que do pó levanta o pequeno e, do monturo, ergue o necessitado, para o fazer assentar com os príncipes, sim, com os príncipes do seu povo (Sl.113.5-8). Este é o DEUS que nos surpreende. Mesmo sem merecer, Deus se inclina para nos favorecer com a sua graça. Aleluia! 

TRÊS POSTURA DE DEUS NA LINGUAGEM HUMANA:

QUANDO ELE ESTÁ ASSENTADO - É o Soberano que domina sobre tudo. 

Eu vi ao SENHOR assentado sobre um alto e sublime trono... (Is.6.1).

QUANDO ELE FICA EM PÉ - Ele Age com Justiça.

Por causa da opressão dos pobres e do gemido dos necessitados, me levantarei agora, diz o SENHOR; darei a salvação ao que suspira por ela (Sl.12.5).

QUANDO ELE SE ENCLINA OU SE CURVA - É Graça para favorecer os necessitados.

Esperei com paciência no SENHOR, e Ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor (Sl.40.1).

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

BATISMO NO ESPÍRITO SANTO OU BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO?


Na verdade ambas as expressões estão corretas. No livro de Atos 1.5, o escritor Lucas registra as últimas palavras de Jesus para os discípulos quando Ele diz: "Porque na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias". 

Alguns exegetas argumentam que há diferença entre as expressões: "Batismo no Espírito Santo" e "Batismo com Espírito Santo". Mas, será que é correto acreditar que há diferença, ou que ambas as expressões têm o mesmo sentido e significados.

Segundo o comentarista Donald C. Stamps, autor das notas e estudos da Bíblia de Estudo Pentecostal, a preposição "com" é a partícula grega "en", que pode ser traduzida como "em" ou "com". Por isso, muitos preferem a tradução "sereis batizados no Espírito Santo". Da mesma forma, "batizados com água" pode ser traduzido "batizados em água". 

O termo "batismo" é imersão, logo, ser batizado significa ser mergulhado. A profecia de Joel nos diz que o Espírito seria "derramado". E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda as carne... (Jl.2.28). Falando sobre a restauração e renovação espiritual da nação, o profeta Isaías diz: Até que se derrame sobre nós o Espírito lá do alto... (Is.32.15). A expressão "derramar o Espírito sobre", nos levar a pensar que o vazio será cheio. Logo, quando o Espírito é derramado sobre os crentes, os torna cheios do Espírito Santo. E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem (At.2.4).

Duas palavras que nos mostra o que vem a ser o batismo no Espírito Santo: Imersão e Efusão. Na Imersão o crente é mergulhado no Espírito. Na Efusão o Espírito é derramado sobre o crente. Isto acontece simultaneamente quando o crente é batizado no Espírito Santo. O próprio Jesus é aquele que batiza no Espírito Santo os que nEle crer. Amém! 

quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

A FÉ SOBREVIVERÁ EM TEMPOS DE CRISES?


... Quando, porém, vier o Filho do Homem, porventura, achará fé na terra? (Lc.18.8).

Nesta parábola do juiz iníquo, o Mestre ensina sobre três coisas: (1) A pratica constante da oração. (2) A importância da perseverança. (3) A escarceis da fé. Nesta parábola, a viúva se destaca por sua perseverança. Ela importunava todos os dias o juiz da cidade, até que ele resolve lhe atender. O texto da parábola diz: Havia numa cidade um certo juiz, que nem a Deus temia, nem respeitava homem algum. Havia também naquela mesma cidade uma certa viúva e ia ter com ele, dizendo: Faze-me justiça contra o meu adversário. E, por algum tempo, não quis; mas, depois, disse consigo: Ainda que não temo a Deus, nem respeito aos homens, todavia, como esta viúva me molesta, hei de fazer-lhe justiça, para que enfim não volte e me importune muito. E disse o Senhor: Ouvi o que diz o injusto juiz. E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles? Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Quando, porém, vier o Filho do Homem, porventura, achará fé na terra? (Lc.18.2-8).

No final da parábola, o Mestre faz uma pergunta intrigante: "Quando, porém, vier o Filho do Homem, porventura, achará fé na terra?" Estamos vivendo um período de crises sem precedentes. A crise se alastra e vem atingindo todos os níveis da sociedade. Estamos vivenciando uma sociedade fraca, doentia e sem direção, sendo sacudida e vencida pelas crises. São crises espirituais, existenciais, sociais, políticas, econômicas e religiosas. E, em meio a estas crises, a fé de muitos cristãos estão sendo sucumbidas, muitos estão entrando pelo caminho da descrença e se apegando as vãs filosofias voltadas para o hedonismo. Mas os remanescentes fiéis que perseverarem até o fim, farão a diferença e serão salvos desta geração perversa e corrompida. Jesus disse: Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo (Mt.24.13). A fé genuína que está alicerçada em Deus e na sua Palavra, tende a superar e vencer todas as crises. Quem está em Cristo, vence as crises. O cristão verdadeiro não fica sufocado na crise, e sim focado em Cristo. Amém! 

Enfim, os últimos tempos serão pontilhados pelo abandono da fé e apostasia em geral. Tudo indica que, o número dos remanescentes será muito pequeno. Portanto, persevere, mantenha sua fé firmada em Deus e na sua Palavra.