Os últimos versículos de I Reis resume o reinado de dois anos do rei Acazias em Israel. Ele seguiu o mal exemplo do seu pai, Acabe, e fez o que era mau perante o SENHOR. Como seus antecessores, fez pecar a Israel (22.51-53). Os acontecimentos do reinado de Acazias são narrados em II Reis 1.1-18. Após a morte do seu pai, Acabe, os moabitas se rebelaram e vieram guerrear contra Israel. Acazias teve que enfrentar uma rebelião de Moabe que, como outras fontes revelam, havia sido conquistado por Onri, pai de Acabe. Acazias não conseguiu tomar as providências necessárias para impedir a rebelião. A intenção dos moabitas era se aproveitarem da confusão resultante da mudança de monarcas e da coroação de um rei jovem e se libertarem do jugo, deixando de pagar impostos a Israel. Por qual motivo não se sabe, mas o fato é que, Acazias ao cair pelas grades de um quarto alto do seu palácio, ficou gravemente ferido e adoeceu (1.2).
Acazias sentindo-se impotente devido a sua enfermidade, envia mensageiros a consultar Baal-Zebube, deus de Ecrom. É provável que Acazias tenha ouvido falar dos acontecimentos no monte Carmelo, onde o SENHOR provou através de Elias que era superior a Baal (I Rs.18.16-45). Devia também saber que o SENHOR havia concedido vitória ao seu pai sobre BenHadade e os sírios (I Rs.20.1-34) e que Miquaías, profeta do SENHOR, havia profetizado a derrota do seu pai contra os sírios (I Rs.22.8-28). Mesmo assim, sabendo Acazias dos grandes feitos do SENHOR, em vez de consultar Micaías ou Elias a respeito de sua cura e pedir que orassem por ele, o rei enviou mensageiros para consultar Baal-Zebube, deus de Ecrom. O nome desse deus significa "Baal das moscas", e talvez fosse um deus mosca. É possível, que seu nome correto fosse Baal-Zebul, mas que o escritor tenha feito um trocadilho, mudando de Zebul para Zebube. Nos tempos de Jesus, o nome Belzebu designava o príncipe dos demônios (Mt.12.24; Mc.3.22; Lc.11.15).
Os mensageiros foram impedidos de chegarem até Ecrom para consultar Baal-Zebube. O Anjo do SENHOR mandou Elias se encontrar com os mensageiros do rei e contrariar o seu propósito com uma mensagem de sentença de morte. O profeta transmitiu uma mensagem de julgamento. Uma vez que Acazias havia mandado consultar Baal-Zebube, e não o Deus de Israel, seu prognóstico não era de cura, mas de morte.
Mesmo sabendo da sentença de morte, Acazias não se arrependeu e enviou por três vezes um capitão com cinquenta homens, dos quais morreram cento e dois queimados pelo fogo que desceu do céu confirmando ser Elias homem de Deus (II Rs.1.9-15). O terceiro capitão com cinquenta homens se humilhou, e o anjo ordenou que com este Elias descesse. Elias desceu e entregou pessoalmente a mensagem ao rei e disse: Assim diz o SENHOR: Por que enviaste mensageiros a consultar a Baal-Zebube, deus de Ecrom? Porventura, é porque não há Deus em Israel, para consultar a sua palavra? Portanto, desta cama, a que subiste, não descerás, mas certamente morrerás. Assim, pois, morreu, conforme a palavra do SENHOR, que Elias falara ... (1.16,17). Acazias ouviu a mensagem de condenação transmitida pelo profeta e, logo em seguida, expirou. Acazias reinou apenas dois anos. Uma vez que não tinha filhos do sexo masculino, foi sucedido por seu irmão Jorão (1.16-18).
A breve história do rei Acazias, nos leva a refletir que Deus é soberano e não aceita ser substituído por outros deuses. Aprendemos que, quem despreza o SENHOR, será por Ele desprezado. Deus é a nossa Fonte Real e todas as vezes que o consultarmos, Ele tem respostas e solução para os nossos problemas. Não devemos beber em outras fontes, que na verdade não são fontes, mas são cisternas rotas e sujas. A nossa única fonte Verdadeira é o SENHOR, e só Ele tem a resposta, a solução e a vitória para o seu povo. Amém!