sábado, 9 de abril de 2022

Ele Escolheu Os Improváveis.


E subiu ao monte e chamou para si os que Ele quis; e vieram a Ele (Mc.3.13).

E aconteceu que, naqueles dias, subiu ao monte a orar e passou a noite em oração a Deus. E, quando já era dia, chamou a si os seus discípulos, e escolheu doze deles, a quem também deu o nome de apóstolos (Lc.6.12,13).

ELE PASSOU A NOITE EM ORAÇÃO. 

Jesus vivia uma vida de oração e buscava estar a sóis com Pai em constante oração, principalmente nos momentos de grandes decisões. Vez por outra Ele se afastava da multidão para orar ao Pai em secreto. O evangelista Lucas diz: A sua fama se propagava ainda mais, e ajuntava-se muita gente para o ouvir e para ser por ele curada das suas enfermidades. Porém Ele retirava-se para os desertos e ali orava (Lc.5.15,16). Uma noite inteira em fervente oração dará resultados surpreendentes. Depois de passar aquela noite em oração, Jesus desceu do monte e escolheu os doze para serem apóstolos. Observemos que foi primeiro a oração e depois a escolha. Se Jesus, o perfeito Filho de Deus, passou uma noite toda em oração ao Pai, para tomar uma importante decisão, quanto mais nós, com nossas fraquezas e limitações. Precisamos orar e vivermos uma íntima comunhão com o nosso Pai celestial. 

Jesus escolheu homens simples e sem cultura, até mesmo tidos como improváveis para muitos. Jesus escolheu homens da Galileia, uma região mista onde moravam judeus e gentios, lugar desprezado pelos intelectuais da época. A Galileia era conhecida como uma região marginalizada, onde muitos eram desprezados e desacreditados pela sociedade da época, e até se dizia: Pode vir alguma coisa boa de Nazaré? A Galileia era a maior região da Palestina, região onde Jesus exerceu maior parte do seu ministério. 

Observe que Jesus não chamou os "capacitados", e sim os incapazes para fazerem parte do colégio apostólico, que depois de pouco mais de três anos os revestiu de poder e os capacitou para incendiarem o mundo com a propagação do Evangelho. 

ELE CHAMOU PARA SI OS QUE ELE QUIS. 

Ele não chamou os que se ofereceram. Ele não chamou os que foram indicados. Ele não chamou os intelectuais. Ele não chamou os conhecedores da Torá. Ele não chamou os da cúpula romana. Ele não chamou os religiosos do Sinédrio. Ele não chamou os que tinham condição social elevada. Mas, Ele chamou homens simples, tidos como indoutos, desaculturados e incapazes, para transforma-los em discípulos poderosos, para propagarem a sua Palavra até os confins da terra e em seguida morrerem por amor ao Mestre e por causa do Evangelho.

Ser escolhido pelos homens por razões óbvias é fácil, mas Deus ainda escolhe os improváveis, os incapazes e os capacita para realizarem grandes obras para glória do seu nome. Amém!  

sexta-feira, 8 de abril de 2022

A ASTÚCIA DOS GIBEONITAS.




O capítulo 9 do livro de Josué nos traz uma narração de um fato curioso. O fato é que, os moradores de Gibeão temendo um ataque do exército de Israel, buscaram fazer uma aliança com Josué usando de astúcia. A notícia da derrota de Jericó e Ai logo se espalhou, provocando medo em vários reis cananeus. Eles se reuniram e fizeram acordo, para fazerem estratégias e pelejarem contra Josué e toda nação de Israel. Porém, os moradores de Gibeão não aderiram a essa estratégia, sabendo que não tinham a mínima chance de derrotar Israel. Os gibeonitas optaram por usar de astúcia se desfasando de embaixadores derrotados vindo de uma terra distante. A trapaça infelizmente funcionou e Josué e toda nação de Israel foram enganados e obrigados a aceitar os gibeonitas no meio deles, porque fizeram aliança com eles. Quais as lições podemos extrair deste texto e aprender com os erros.

LIÇÕES QUE PODEMOS APRENDER:

1- Foram enganados pela aparência (3-6).

Roupas velhas, sapatos desgastadas, sacos velhos sobre os seus jumentos, odres de vinho velhos e rotos, pão bolorento e aparentemente cansados. 

Devemos ter cuidado com as aparências, porque as aparências enganam. Deus disse ao profeta Samuel: Não atentes para sua aparência ... (I Sm.16.7).

2- Foram enganados pelas palavras de elogios.

A segunda astúcia dos gibeonitas foi a lisonja. Quando Josué começou a questionar eles, perguntando: Quem sois vós e de onde vindes? Os gibeonitas desviaram o foco da atenção de si, para elogiar a fama do Deus de Israel. Disseram: Por causa do nome do SENHOR, teu Deus; ouvimos a sua fama e tudo quanto fez no Egito (9). Devemos ter muito cuidado com os elogios e bajulações, que muitas vezes vem como laço para arruinar lideres, ministérios, vida pessoal e até conjugal. Maior maturidade tem quem não é levado pelos elogios. Em provérbios está escrito: O crisol é para a prata, e o forno, para o ouro, e o homem é provado pelos louvores (Pv.27.21). 

3- Não pediram conselho à boca do SENHOR (14).

Josué e os lideres de Israel não oraram, nem buscaram saber a vontade de Deus no tocante aos gibeonitas. Fizeram precipitadamente um acordo irrevogável com os gibeonitas que lhes trouxeram problemas por muitos anos, e não podiam destruí-los (v.18; II Sm.21.1,2). Essa decisão imprudente trouxe os cananeus ímpios para dentro de Israel (atitude esta proibida em Ex.34.12; Dt.7). Em todas as decisões da vida devemos buscar a vontade de Deus e orar pedindo sua orientação e sabedoria. Isso nos poupará de tristezas e tragédias. 

4- Tomaram uma decisão imprudente fazendo uma aliança irrevogável com os gibeonitas (15).

A decisão foi tão séria que fizeram uma aliança em nome do SENHOR. Esta aliança não poderia ser quebrada (v.18), e quando o rei Saul a quebrou Deus enviou uma fome de três anos sobre a nação de Israel (II Sm.21.1,2). Devemos ter cuidado, porque voto e juramento em nome do SENHOR é coisa séria.

5- Não discerniram o inimigo e depois de três dias a farsa foi descoberta (16).

Os gibeonitas conseguiram se desfasar muito bem e conseguiram o seu objetivo. O grande problema muitas vezes, é a falta de discernimento espiritual no meio do povo de Deus. Antigamente se dizia: "Cuidado com o inimigo, ele vem de mansinho com sapatinhos de lã e desfasado de crente". Hoje, infelizmente, Satanás está enviando seus emissários de tamancos, fazendo barulho, e muitos crentes não percebem. Precisamos buscar discernir as coisas que vem de Deus e as que não vem, para não sermos enganados pelo inimigo e por muitos que se dizem de Deus e não são. O apóstolo João nos adverte: Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus (I Jo.4.1).

Por causa da aliança dos gibeonitas com Israel, Adoni-Zedeque, rei de Jerusalém fez uma coalizão com quatro reis para guerrear contra os gibeonitas.  Os gibeonitas sentindo-se impotentes diante de cinco exércitos que vinha contra eles, pediram socorro a Josué (10.6). Mesmo havendo cometido um erro por ter feito aliança com os gibeonitas, o SENHOR falou com Josué lhe garantindo a vitória: Não os temas, porque os tenho dado na tua mão; nenhum deles te poderá resistir (10.8). Que notícia maravilhosa para um homem atormentado pela culpa decorrente de um erro do passando! Esta é mais uma manifestação da graça de Deus, que não olha para nossas fraquezas, mas nos favorece com a sua graça e misericórdia. Deus tinha planos excelentes para Josué e seu povo, planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de conquistas e vitórias. Que seja assim com o povo de Deus na atualidade, as vezes nós erramos, mas a nossa intenção é acertar. Deus conhece as intenções dos corações. Amém! 

quinta-feira, 7 de abril de 2022

O "Espírito Santo" Na Vida De Davi.

E estas são as últimas palavras de Davi. Diz Davi, filho de Jessé, e diz o homem que foi levantado em altura, o ungido do Deus de Jacó, e o suave em salmos de Israel: O Espírito do SENHOR falou por mim, e a sua palavra esteve em minha boca (II Sm.23.1,2).

Esta declaração de Davi autêntica a inspiração do Espírito Santo em tudo que ele escreveu no livro dos salmos. Davi reconheceu que o Espírito do SENHOR atuava poderosamente em sua vida. Davi ficou cheio do Espírito do SENHOR no momento em que o profeta Samuel o ungiu para rei de Israel: Então, Samuel tomou o vaso do azeite e ungiu-o no meio dos seus irmãos; e, desde aquele dia em diante, o Espírito do SENHOR se apoderou de Davi... (I Sm.16.13). Durante sua vida o Espírito Santo dirigia e capacitava Davi e lhe dava vitória sobre seus inimigos. Porém, quando ele pecou e reconheceu o seu pecado, ele clamou ao SENHOR dizendo: Não me lances fora da tua presença e Não retires de mim o teu Espírito Santo (Sl.51.11). Davi sabia que sem o Espírito Santo a sua vida seria um fracasso.

Todos os crentes deve ter a convicção de que o Espírito Santo habita em sua vida. Davi tinha esta certeza e sabia que estava correndo o risco de perder a presença do Espírito Santo em sua vida, devido o seu pecado. Davi sabia que se Deus retirasse dele o Espírito Santo ele ficaria fora da sua presença e vulnerável aos ataques do inimigo. Todos os cristãos verdadeiramente nascidos de novo pela ação do Espírito Santo, deve ter a plena convicção que o Espírito Santo habita nele. Quando passarmos a considerar que o Espírito Santo é uma pessoa e buscarmos ter um relacionamento intimo com Ele, teremos uma vida cristã muito mais plena, frutífera e vitoriosa. 

O ESPÍRITO SANTO NO LIVRO DOS SALMOS:

1- O Espírito Santo atuando na criação.

Pela palavra do SENHOR foram feitos os céus; e todo o exército deles, pelo Espírito da sua boca (Sl.33.4).

2- O Espírito Santo na vida de Davi.

Não me lances fora da tua presença e não retires de mim o teu Espírito Santo (Sl.51.11).

3- O Espírito Santo criando e renovando.

Envias o teu Espírito, e são criados, e assim renovas a face da terra (Sl.104.30).

4- O Espírito Santo é Onipresente, é impossível se esconder dele.

Para onde me irei do teu Espírito ou para onde fugirei da tua face? (Sl.139.7).

5- O Espírito Santo é bom e nos guia por terra plana. 

Ensina-me a fazer a tua vontade, pois és o meu Deus; guie-me o teu bom Espírito por terra plana (Sl.143.10).

Que possamos amar cada vez mais o Espírito Santo e vivermos em plena comunhão com Ele. Amém! 

quarta-feira, 6 de abril de 2022

O ESPÍRITO SANTO NO LIVRO DE ISAÍAS.


O Espírito Santo agi de forma direta e indireta em toda a Bíblia, desde de Gênesis até Apocalipse Ele deixa a sua marca na História. No livro do profeta Isaías Ele atua em várias situações e é citado pelo profeta como promessa a ser cumprida no futuro.

1- Sete manifestações do Espírito sobre o Renovo do tronco de Jessé (o Messias). Is.11.1,2.

E repousará sobre Ele:

O Espírito do SENHOR.

O Espírito de Sabedoria.

O Espírito de Inteligência.

O Espírito de Conselho.

O Espírito de Fortaleza.

O Espírito de Conhecimento.

O Espírito de Temor do SENHOR.

2- O ESPÍRITO COMO COBERTURA.

Ai dos filhos rebeldes, diz o SENHOR, que tomaram conselho, mas não de mim! E que se cobriram com uma cobertura, mas não do meu Espírito, para acrescentarem pecado a pecado! (Is.30.1).

3- O ESPÍRITO SENDO DERRAMADO E TRAZENDO ABUNDÂNCIA.

Até que se derrame sobre nós o Espírito lá do alto; então, o deserto se tornará em campo fértil, e o campo fértil será reputado por um bosque (Is.32.15).

4- O ESPÍRITO VALIDANDO A PALAVRA DO SENHOR.

Buscai no livro do SENHOR e lede; nenhuma dessas coisas falhará, nem uma nem outra faltará; porque a sua própria boca o ordenou, e o seu Espírito mesmo as ajuntará (Is.34.16).

5- O ESPÍRITO DO SENHOR O GRANDE SÁBIO.

Quem guiou o Espírito do SENHOR? E que conselheiro o ensinou? (Is.40.13).

6- O Servo do SENHOR, o Messias receberá o Espírito.

Eis aqui o meu Servo, a quem sustenho, o meu eleito, em quem compraz a minha alma; pus o meu Espírito sobre Ele; juízo produzirá entre os gentios (Is.42.1).

7- O ESPÍRITO SENDO DERRAMADO SOBRE A POSTERIDADE DE ISRAEL.

Porque derramarei água sobre o sedento e rios, sobre a terra seca; derramarei o meu Espírito sobre a tua posteridade e a minha bênção, sobre os teus descendentes (Is.44.3).

8- O Espírito do SENHOR enviado sobre Isaías para profetizar.

... eu estava ali; e, agora, o Senhor JEOVÁ me enviou o seu Espírito (Is.48.16).

9- O Espírito do SENHOR defendendo o povo de DEUS.

... vindo o inimigo como uma corrente de águas, o Espírito do SENHOR arvorará contra ele a sua bandeira (Is.59.19).

10- O Espírito do SENHOR sobre o Messias para pregar boas-novas e proclamar liberdade aos cativos.

O Espírito do Senhor JEOVÁ está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos e a abertura de prisão aos presos; a apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes... (Is.61.1,2). 

11- O Espírito Santo entristeceu-se com o povo e tornou-se inimigo deles.

Mas eles foram rebeldes e contristaram o seu Espírito Santo; pelo que se lhes tornou em inimigo e ele mesmo pelejou contra eles (Is.63.10).

12- O Espírito do SENHOR dando descanso.

Como ao animal que desce aos vales, o Espírito do SENHOR lhes deu descanso; assim guiaste ao teu povo, para criares um nome glorioso (Is.63.14).

Que a igreja do Senhor possa a cada dia valorizar a poderosa ação do Espírito Santo em todas as circunstâncias e ocasiões da nossa vida. Onde a nossa força, a nossa sabedoria, a nossa inteligência não resolvem, o Espírito Santo sabe todas as coisas, e só Ele resolve. Amém! 

terça-feira, 5 de abril de 2022

Como Era a Aparência de JESUS?


Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele; porque assim como é o veremos (I Jo.3.2).

Jesus na sua humanidade não veio para exibir uma beleza exótica, exuberante, nem extraordinária. Como homem Ele teve uma aparência simples de um judeu. O profeta Isaías o descreve como um homem simples ao dizer: ... não tinha beleza nem formosura; e, olhando nós para Ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos (Is.53.2). O Messias não teria grandeza terrestre nem atrativos físicos. Deus sempre valoriza mais o caráter, santidade e obediência da pessoa, e não sua condição social, nem sua beleza física. Mas isso não significa dizer que a aparência do Messias era agressiva, não, Jesus era um homem comum. Isto é tão verdade que na traição, Judas teve que beijá-lo para que os soldados romano o soubessem quem era o Cristo, dando a entender que Ele era semelhante aos seus discípulos na aparência. Após a sua morte e ressurreição, a sua aparência física ainda era a mesma. Ele se apresenta aos discípulos por 40 dias e é reconhecido por eles. Todavia, após Ele ascender ao céu, já não é mais o mesmo. Agora Ele é o Cristo glorificado, com muita beleza, glória e resplendor.

Durante a sua convivência de três anos e meio com Jesus, João o viu de várias maneiras. Como carpinteiro e pregador da Galileia, como filho do homem na sua natureza humana, sentindo cansaço, sede e fome; como Rabi da Galileia, como o cordeiro de Deus sendo humilhado e maltratado pelos homens, como Cristo crucificado, como Cristo transfigurado no monte Tabor e como Cristo ressuscitado. Porém, a experiência mais marcante na vida do apóstolo João foi a visão do Cristo glorificado, quando ele estava exilado na ilha de Patmos (Ap.1.9-18).

Após a sua ressurreição, o Senhor Jesus disse acerca do apóstolo João: "... eu quero que ele fique até que eu venha" (Jo.21.22). Os demais apóstolos e muitos cristãos chegaram a pensar que João não morreria. No entanto, esta promessa do Senhor Jesus dizia respeito exatamente da Sua aparição a João na ilha de Patmos. Segundo os historiadores, esta gloriosa experiência ocorreu por volta do ano 96 d.C., quando todos os outros apóstolos já haviam morrido. No entanto, João ainda estava vivo para que se cumprisse a promessa do Mestre: "... eu quero que ele fique até que eu venha". E, naquela ilha, exilado e solitário, o Senhor Jesus apareceu a João para lhe dar a maior e mais gloriosa experiência de sua vida. Esta experiência foi registada nas Sagradas Escrituras, não apenas para nos informar o que João viu, mas também, para alimentar a nossa fé e esperança de um dia também ver o Cristo glorificado e conhecer em detalhes como Ele é. E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também Ele é puro (I Jo.3.3). Amém!

segunda-feira, 4 de abril de 2022

OS ASPECTOS DO CRISTO GLORIFICADO.


Durante a sua convivência de três anos e meio com Jesus, João o viu de várias maneiras. Como carpinteiro e pregador da Galileia, como filho do homem na sua natureza humana, sentindo cansaço, sede e fome; como Rabi da Galileia, como o cordeiro de Deus sendo humilhado e maltratado pelos homens, como Cristo crucificado, como Cristo transfigurado no monte Tabor e como Cristo ressuscitado. Porém, a experiência mais marcante na vida do apóstolo João foi a visão do Cristo glorificado, quando ele estava exilado na ilha de Patmos.

Eu, João, que também sou vosso irmão e companheiro na aflição, e no Reino, e na paciência de Jesus Cristo, estava na ilha chamada Patmos, por causa da Palavra de Deus e pelo testemunho de Jesus Cristo. Eu fui arrebatado em espírito, no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma grande voz, como de trombeta, que dizia: O que vês, escreve num livro e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: A Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodicéia. E virei-me para ver quem falava comigo. E, virando-me, vi sete castiçais de ouro; e, no meio dos sete castiçais, um semelhante ao Filho do Homem, vestido até aos pés de uma veste comprida e cingido pelo peito com um cinto de ouro. E a sua cabeça e cabelos eram brancos como a lã branca, como a neve, e os olhos, como chama de fogo; e os pés, semelhante a latão reluzente, como se tivesse sido refinado numa fornalha; e a sua voz, como a voz de muitas águas. E Ele tinha na sua destra sete estrelas; e da sua boca saía uma aguda espada de dois fios; e o seu rosto era como sol, quando na sua força resplandece. E eu, quando o vi, caí a seus pés como morto; e Ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; eu sou o Primeiro e o Último e o que vive; fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém! E tenho as chaves da morte e do inferno (Ap.1.9-18).

1- Ele estava vestido até aos pés de uma veste comprida e cingido pelo peito com um cinto de ouro (13). Aqui Cristo é visto como Sumo-Sacerdote que vai à presença de Deus Pai interceder pelos pecadores que creram nele.

2- E a sua cabeça e cabelos eram brancos... (14). Aqui nos fala da Sabedoria e Eternidade de Cristo.

3- E os olhos como chama de fogo (14). Aqui nos fala do poder da sua visão, o Deus que tudo sabe e tudo vê com o seu olhar penetrante de justiça.

4- E os seus pés, semelhantes a latão reluzente... (15). Aqui nos fala da firmeza e soberania de Cristo que sujeitará todos os seus inimigos debaixo dos seus pés. Porque convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés (I Co.15.25).

5- E a sua voz, como a voz de muitas águas (15). Isto fala da potência da sua voz que faz estremecer e causa temor quando Ele fala. 

6- E Ele tinha na sua destra sete estrelas... (16). As sete estrelas representam os anjos, que são os pastores responsáveis pelas sete igrejas da Ásia. Isso mostra o seu cuidado com a liderança da igreja. Estar na mão de Cristo, significa estar guardado e protegido.

7- E da sua boca saía uma aguda espada de dois fios... (16). Aqui o Cristo é Juiz . A espada de dois fios representa a Palavra que sai da sua boca para juízo contra os rebeldes.

8- E o seu rosto era como o sol, quando na sua força resplandece (16). Um aspecto de glória incomparável de Cristo. Aquele que foi profetizado que haveria de vir como o sol da justiça: Mas para vós que temeis o meu nome nascerá o sol da justiça e salvação trará debaixo das suas asas... (Ml.4.2).

A visão de João do Cristo glorificado foi uma experiência tão forte que João cai como morto. Mas o Senhor Jesus conhecendo sua estrutura, coloca sobre ele a sua mão direita o levanta e diz: Não temas; eu sou o Primeiro e o Último e o que vive; fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém! E tenho as chaves da morte e do inferno (17,18).

Após a sua ressurreição, o Senhor Jesus disse acerca do apóstolo João: "... eu quero que ele fique até que eu venha" (Jo.21.22). Os demais apóstolos e muitos cristãos chegaram a pensar que João não morreria. No entanto, esta promessa do Senhor Jesus dizia respeito exatamente da Sua aparição a João na ilha de Patmos. Segundo os historiadores, esta gloriosa experiência ocorreu por volta do ano 96 d.C., quando todos os outros apóstolos já haviam morrido. No entanto, João ainda estava vivo para que se cumprisse a promessa do Mestre: "... eu quero que ele fique até que eu venha". E, naquela ilha, exilado e solitário, o Senhor Jesus apareceu a João para lhe dar a maior e mais gloriosa experiência de sua vida. Esta experiência foi registada nas Sagradas Escrituras, não apenas para nos informar o que João viu, mas também, para alimentar a nossa fé e esperança de um dia também ver o Cristo glorificado e saber em detalhes como Ele é. Amém! 

sábado, 2 de abril de 2022

O Que Significa Colocar Vinho Novo Em Odres Velho?


Ninguém faz remendo de pano novo em veste velha, porque semelhante remendo rompe a veste, e faz-se maior a rotura. Nem se deita vinho novo em odres velhos; aliás, rompem-se os odres, e entorna-se o vinho, e os odres estragam-se; mas deita-se vinho novo em odres novos, e assim ambos se conservam (Mt.9.16,17).

Esta parábola está registada nos três evangelhos sinóticos, citada por Jesus quando os discípulos de João Batista o questionou sobre o fato de eles jejuarem, ao ponto que os discípulos de Jesus não jejuavam (9.14). Jesus responde: Podem, porventura, andar tristes os filhos das bodas, enquanto o esposo está com eles? Dias, porém, virão em que lhes será tirado o esposo, e então jejuarão (9.15). Continuando Ele fala sobre colocar remendo de pano novo em veste velha, e deitar vinho novo em odres velhos (16,17).

VINHO NOVO EM ODRES VELHOS - Esta parábola é interpretada de várias maneiras pelos comentaristas. O "vinho novo" era suco de uva fresco. À medida que este começava a fermentar, os odres novos (vasilhas feita de couro) esticavam-se sem se romper; ao passo que, se fossem odres velhos se romperiam. O "vinho novo" representa o Evangelho, as Boas Novas de Cristo, enquanto o "vinho velho" representa as antigas praticas do judaísmo. O "vinho novo" é a mudança transformadora de um novo tempo. Eram necessários odres novos para vinho novo. Se colocado em odres velhos, o vinho novo começa mais facilmente a fermentar por causa dos resíduos fermentadores existentes nos odres. A fermentação passaria, então, a causar a perda, tanto do vinho novo quanto dos odres (que se romperiam por causa da pressão). No evangelho de Lucas na versão NVI está escrito: E ninguém põe vinho novo em vasilha de couro velha; se o fizer, o vinho novo rebentará a vasilha, se derramará, e a vasilha se estragará. Ao contrário, vinho novo deve ser posto em vasilha de couro nova. Ninguém, depois de beber o vinho velho, prefere o novo, pois diz: "O vinho velho é melhor!" (Lc.5.37-39). O versículo 39 é, provavelmente, um comentário irônico a respeito dos judeus, que rejeitavam o "vinho novo" do evangelho e afirmavam que o "vinho velho" (o judaísmo) era satisfatório. Aqui, Jesus dá a entender que aqueles que estão acostumados a beber o vinho fermentado desenvolvem um forte desejo por ele, e não querem o vinho novo (não fermentado). O que Jesus deixa subtendido aqui é que os fariseus e seus seguidores nem sequer reconhecem os méritos do novo; acham que o "velho" é melhor. Os fariseus não querem o vinho melhor. Recusam a revelação nova da parte de Deus e, procuram somente aquilo que lhe é conveniente através da religião farisaica. Porém, aqueles que aceitam a nova revelação de Deus na pessoa de Jesus Cristo (o vinho novo), é preferível e satisfatório ao vinho velho e fermentado da antiga religião farisaica. 

Finalmente, vinho novo não deve ser colocado em odres velhos, pois, estes estão ressecados e estourariam. Ao contrário, vinho novo é armazenado em odres novos. Jesus propõe uma nova realidade que vai além da religião judaica que valorizava mais o exterior, mas a que vem do interior e exige um estilo de vida novo. As marcas dos seguidores do Noivo (Jesus), não são de uma religião voltada a rituais, mas é voltada para o amor a Deus e ao próximo. É preciso remover os velhos resquícios do passado para viver o novo de Deus. Amém!