E Josafá, rei de Judá, voltou à sua casa em paz, a Jerusalém. E Jeú, filho de Hanani, o vidente, lhe saiu ao encontro e disse ao rei Josafá: Devias tu ajudar ao ímpio e amar aqueles que ao SENHOR aborrecem? Por isso, virá sobre ti grande ira da parte do SENHOR (II Cr.19.1,2).
O capítulo 18 do segundo livro das crônicas nos informa em que ocasião Josafá fez aliança com Acabe. Diz o texto: Tinha, pois, Josafá riquezas e glória em abundância e aparentou-se com Acabe. E, ao cabo de alguns anos, foi ter com Acabe, a Samaria; e Acabe matou ovelhas e bois em abundância, para ele e para o povo que vinha com ele, e o persuadiu a subir com ele a Ramote-Gileade. Porque Acabe, rei de Israel, disse a josafá, rei de Judá: Irás tu comigo a Ramote-Gileade? E ele lhe disse: Como tu és, serei eu; e o meu povo, como o teu povo; seremos contigo nesta guerra (18.1-3).
Josafá foi um rei prospero e grandemente abençoado por Deus, isto está registrado de forma resumida no capítulo 17 de II Crônicas. O reinado quase perfeito de Josafá é maculado por sua associação com Acabe, rei de Israel. O capítulo 18 se inicia com uma nota irônica, fazendo menção das riquezas e glória de Josafá. O que nos leva a questionar, por que ele faria uma aliança com Acabe? Tal aliança não era necessária para um rei prospero, protegido e abençoado por Deus. Ao aliar-se a Acabe, Josafá foi infiel ao SENHOR. As palavras do profeta, "devias tu ajudar ao ímpio e amar aqueles que o SENHOR aborrecem"?, são palavras de repreensão muito grave para Josafá.
Josafá foi repreendido por associar-se ao rei Acabe e ajuda-lo numa empreitada de guerra contra o rei da Síria em Ramote-Gileade. Acabe era ímpio, inimigo de Deus e não aceitava perder a guerra. Acabe reuniu 400 profetas que comiam na sua mesa e todos profetizaram a seu favor, prometendo-lhe vitória. Porém, ele não deu ouvidos ao verdadeiro profeta do SENHOR, Micaías, que profetizou a verdade, dizendo-lhe que ele seria derrotado (II Cr.18.4-27). Resultado, Acabe foi à guerra e teve uma trágica derrota (II Cr.18.28-34). Por bondade e misericórdia de Deus, o rei Josafá escapou ileso e voltou em paz para sua casa.
Este é um exemplo clássico de que Deus não aprova que os crentes, seus servos, façam aliança e nem deve unir-se aos ímpios. Geralmente esta junção com o ímpio não dar certo. Esse relacionamento propaga a causa da iniquidade, põe em risco a nossa dedicação a Deus, e deturpa a verdade da sua Palavra e os princípios nela estabelecidos. Devemos ter cuidado e vigiar para não fazermos aliança nem qualquer tipo de acordo com aqueles que são declaradamente inimigos da igreja do Senhor. Paulo nos adverte e pergunta: Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel? E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? (II Co.6.14-16). Finalmente, terminantemente, não dar certo, Deus não aprova os seus servos fazerem aliança com o ímpio, com aqueles que aborrecem o Senhor.