A Lei e os Profetas duraram até João; desde então, é anunciado o Reino de Deus, e todo homem emprega força para entrar nele (Lc.16.16). ARC.
A Lei e os Profetas profetizaram até João. Dessa época em diante estão sendo pregadas as Boas Novas do Reino de Deus, e todos tentam conquistar sua entrada no Reino (Lc.16.16). BKJ.
A Lei e os Profetas profetizaram até João. Desse tempo em diante estão sendo pregadas as boas novas do Reino de Deus, e todos tentam forçar sua entrada nele (Lc.16.16). NVI.
Jesus profere estas palavras, após ter sido criticado e zombado pelos fariseus (16.14). No começo da sua fala Jesus diz para os fariseus: Vós sois os que justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece o vosso coração, porque o que entre os homens é elevado perante Deus é abominação. A Lei e os Profetas duraram até João; desde então, é anunciado o Reino de Deus, e todo homem emprega força para entrar nele. E é mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til da Lei (16.15-17).
A vida e o ministério de João Batista, marcou a linha divisória entre o Antigo Testamento (a Lei e os Profetas) e o Novo Testamento (o Evangelho da Graça).
A tradução de algumas versões que diz: "A Lei e os Profetas duraram até João", não condiz com a realidade textual do verso seguinte (17), que afirma de forma clara, que é mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til da Lei. A tradução mais coerente diz: "A Lei e os Profetas profetizaram até João". Ou seja, a Lei e os Profetas que faziam predições acerca da vinda do Messias, anunciaram ou profetizaram sobre esta promessa até João Batista. Ou seja, João Batista foi o último profeta que teve a missão de proclamar a vinda do Messias. A Lei representada por Moisés que predisse por várias vezes acerca da vinda do Messias, fazendo mensão a um grande Profeta que havia de vir (o Messias), também teve este papel até o cumprimento dessa promessa.
Em síntese, vamos entender que, a Lei cerimonial e civil que eram rigorosamente observadas pelos israelitas, não são aplicadas para os crentes da Nova Aliança, porém a Lei moral dos dez mandamentos ainda continuam em pleno vigor e validade. Sobre os Profetas: Os Profetas a la Moisés, ou ao estilo de Moisés, que profetizaram sobre a vinda do Messias, estes sim cessaram, ou terminaram em João Batista. Todavia, isto não implica em dizer que na Nova Aliança não existam homens com vocação de profeta, que o Espírito Santo se utiliza através do dom ou ministério de profeta. No livro de Atos está escrito: Naqueles dias, desceram profetas de Jerusalém para Antioquia. E, levantando-se um deles, por nome Ágabo, dava a entender, pelo Espírito, que haveria uma grande fome em todo o mundo, e isso aconteceu no tempo de Cláudio César (At.11.27,28). Depois, Judas e Silas, que também eram profetas, exortaram e confirmaram os irmãos com muitas palavras (15.32). No dia seguinte, partindo dali Paulo e nós que com ele estávamos, chegamos a Cesaréia; e, entrando em casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele. Tinha este quatro filhas donzelas, que profetizavam. E, demorando-nos ali por muitos dias, chegou da Judéia um profeta, por nome Ágabo; e, vindo ter conosco, tomou a cinta de Paulo e, ligando-se os seus próprios pés e mãos, disse: Isto diz o Espírito Santo: Assim ligarão os judeus, em Jerusalém, o varão de quem é esta cinta e o entregarão nas mãos dos gentios (21.8-11). Diante do que foi exposto concluímos que, existe o dom de profecia e o ministério profético. Paulo também cita o dom de profeta entre os cinco dons ministeriais na carta aos efésios 4, 11: E Ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres. Amém!