Deserto geralmente é um lugar hostil, inóspito e solitário. Na verdade, o deserto não é um lugar apropriado para se morar. Ninguém mora no deserto, mas algumas pessoas já passaram pelo deserto. Alguns homens na Bíblia tiveram suas vidas marcadas no deserto. Abraão exercitou fé no deserto. Jacó teve sua vida transformada no deserto. Moisés aprendeu e viu a glória de Deus no deserto. Elias teve seu ministério renovado no deserto. João Batista foi o pregador do deserto. Jesus Cristo, antes de iniciar seu ministério foi provado no deserto. Paulo foi preparado por Deus no deserto, para em seguida iniciar seu ministério. Deserto é lugar de provação, preparação e propósito Divino.
1- ABRAÃO.
Pela fé, Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia. Pela fé, habitou na terra da promessa, como em terra alheia, morando em cabanas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa (Hb.11.8,9). Abraão passou no deserto, Isaque passou no deserto, Jacó passou no deserto, e todos eles foram marcados por Deus e venceram.
2- JACÓ.
Jacó teve uma visão da escada que tocava no céu no deserto de Harã (Gn.28.10-17).
Jacó viu os anjos de Deus no deserto (Gn.32.1,2).
Jacó teve sua vida transformada no deserto em Peniel (Gn.32.22-32).
3- MOISÉS.
E apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote em Midiã; e levou o rebanho atrás do deserto e veio ao monte de Deus, a Horebe (Ex.3.1).
E Moisés foi instruído em toda a ciência dos egípcios e era poderoso em suas palavras e obras (At.7.22).
A educação secular de Moisés, recebida na corte de Faraó no Egito, era insuficiente para capacitá-lo para a obra de Deus. A sua solidão com Deus no deserto de Midiã e querenta anos de preparação no árduo labor, cuidando de ovelhas, foram-lhe também necessário na preparação para sua tarefa futura de pastorear Israel na peregrinação no deserto
Moisés precisava aprender a depender inteiramente de Deus e saber que toda a glória pertence a Deus.
4- ELIAS.
Elias o tisbita, pertencente a uma região chamada Tisbe em Gileade, era um anônimo em Israel, ele surgiu como profeta do SENHOR para confrontar a idolatria e o culto a Ball que estava estabelecido na nação de Israel. Elias foi um homem de deserto, e na solidão do deserto, no monte Horebe, dentro de uma caverna, sem ânimo e sem coragem, Deus falou com ele e renovou as suas forças para continuar o seu ministério de profeta (I Rs.17.18.19).
5- JOÃO BATISTA.
E, naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judéia. E este João tinha a sua veste de pêlos de camelo e um cinto de couro em torno de seus lombos e alimentava-se de gafanhotos e de mel sivestre. Então, ia ter com ele Jerusalém, e toda a Judéia, e toda a província adjacente ao Jordão (Mt.3.1,4,5). João Batista foi a voz que clama no deserto, ele não estava no centro das grandes cidades, ele não era nenhum curandeiro que realizava milagres, ele simplesmente falava a verdade. com isso ele atraia as multidões que vinham de todas as partes para ouvi-lo. Quem tem unção de Deus não precisa apelar, porque o povo é atraido pela unção.
6- JESUS CRISTO.
Então, foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo (Mt.4.1).
E logo o Espírito o impeliu para o deserto. E ali esteve no deserto quarenta dias, tentado por Satanás. E vivia entre as feras, e os anjos o serviram (Mc.1.12,13).
E Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto (Lc.4.1).
Jesus, como homem, antes de iniciar o seu ministério que durou apenas três anos e meio, teve que passar quarenta dias no deserto em oração e jejum. E no final dos quarenta dias, aindo foi tentado pelo Diabo. Mas Ele venceu. Porque o Espírito não conduz ninguém para o deserto para ser derrotado, e sim para vencer.
7- PAULO.
Mas, quando aprouve a Deus, que desde o ventre da minha mãe me separou e me chamou pela sua graça, revelar seu Filho em mim, para que o pregasse entre os gentios, não consultei carne nem sangue, nem tornei a Jerusalém, a ter com os que já antes de mim eram apóstolos, mas parti para Arábia e voltei outra vez a Damasco. Depois, passado três anos, fui a Jerusalém para ver a Pedro e fiquei com ele quinze dias. E não vi a nenhum outro dos apóstolos, senão a Tiago, irmão do Senhor (Gl.1.15-19).
Paulo testifica que, quando recebeu o chamado de Deus e a revelação do Filho (Jesus), ele não foi pedir orientação a pessoa alguma, nem mesmo subiu a Jerusalém para buscar conselho com os apóstolos, mas seguiu rapidamente para o deserto da Arábia e lá esteve a sós com Deus durante algum tempo e depois retornou a Damasco, onde começou a anunciar o evangelho (At.9.19-27; 26.20). É melhor aprender com Deus na solidão do deserto, do que está rodeado de pessoas cheias de opiniões formadas e experiências próprias que só serve para si.
Quem nunca passou no deserto de Deus, nunca terá maturidade suficiente para entender a vontade de Deus em sua vida. Quem não passa pelo deserto de Deus, torna-se um crente superficial e está fadado ao fracasso. Deserto é sinônimo de preparação, de aprendizado, de transformação e experiência com Deus. Amém!