domingo, 7 de julho de 2024

O DIA DA EXPIAÇÃO X SACRIFÍCIO DE CRISTO.


A palavra "expiação" no hebraico "kippurim" derivado de kaphar, que significa "cobrir" comunica a idéia de cobrir o pecado mediante um "resgate" de modo que haja uma reparação ou restituição adequada pelo delito cometido.

A necessidade da expiação surgiu do fato que os pecados da nação de Israel, caso não fossem expiados, sujeitariam os israelitas à ira de Deus. Por conseguinte, o propósito do Dia da Expiação era prover um sacrifício de amplitude ilimitada, por todos os pecados que porventura não tivessem sido expiados pelos sacrifícios oferecidos no decurso do ano que findava. Dessa maneira, o povo seria purificado dos seus pecados do ano presente, afastaria a ira de Deus contra eles e manteria a sua comunhão com Deus (Lv.16.30-34; Hb.9.7). 

No livro de Levítico capítulo 16, descreve a cerimônia do Dia da Expiação. O dia dez do sétimo mês do calendário judaico, tornou-se o dia santo mais importante do ano judaico. Nesse dia, o sumo sacerdote, vestia as vestes sagradas, e de início preparava-se mediante um banho cerimonial com água. Em seguida, antes do ato da expiação pelos pecados do povo, ele tinha de oferecer um novilho pelos seus próprios pecados. A seguir, tomava dois bodes e, sobre eles, lançava sortes: Um tornava-se o bode do sacrifício, e o outro tornava-se o bode emissário (16.8). Sacrificava o primeiro bode, levava-o ao propiciatório, o qual era a tampa que cobria a arca da Aliança e ali derramava o sangue sobre o propiciatório, e assim se fazia expiação pelos pecados da nação inteira (16.15,16). Como etapa final, o sumo sacerdote tomava o bode vivo, impunha as mãos sobre a sua cabeça, confessava sobre ele todos os pecados dos israelitas e o enviava ao deserto, simbolizando isto que os pecados deles eram levados para fora do arraial para serem aniquilados no deserto (16.21,22).

CRISTO E O DIA DA EXPIAÇÃO.

Os dois bodes representam a expiação, o perdão, a reconciliação e a purificação dos pecados consumados por Cristo em um único sacrifício na cruz. O bode que era sacrificado representa a morte vicária e sacrificial de Cristo pelos pecados da humanidade. O bode emissário ou bode expiatório, era conduzido para longe, para o deserto, levando os pecados da nação, tipifica Cristo, que removeu os nossos pecados e os lançou para bem longe, havendo lançado no mar do esquecimento. Tornará a apiedar-se de nós, subjugará as nossas iniquidades e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar (Mq.7.19). 

O Dia da Expiação está repleto de simbolismo que prenuncia a obra de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. O fato de que os sacrifícios do Antigo Testamento tinham de ser repetidos anualmente indica que eles eram provisórios. Apontavam para um tempo futuro quando, então, Cristo viria para remover de modo permanente todo o pecado confessado. No Novo Testamento, o escritor aos hebreus realça a cumprimento, no novo concerto, da tipologia do Dia da Expiação que se cumpriram cabalmente em Cristo o Salvador Perfeito (Hb.9.1-28; 10.1-23). 

Os sacrifícios no Dia da Expiação proviam uma "cobertura" pelo pecado, e não a remoção do pecado. O sangue de Cristo derramado no cruz, no entanto, é a expiação plena e definitiva que Deus oferece à raça humana; expiação esta que remove o pecado de modo permanente (Hb.10.4,10,11). Cristo como sacrifício perfeito (Hb.9.26; 10.5-10) pagou a inteira penalidade dos nossos pecados (Rm.3.25,26; 6.23; Gl.3.13; II Co.5.21) e levou a efeito o sacrifício expiador que afasta a ira de Deus, que nos reconcilia co Ele e restaura a nossa comunhão com Ele (Rm.5.6-11; II Co.5.18,19; I Pe.1.18,19; I Jo.2.2).

O lugar santíssimo onde o sumo sacerdote entrava com sangue, para fazer expiação, representa o trono de Deus no céu. Cristo entrou nesse "Lugar Santíssimo" após sua morte e, com seu próprio sangue, fez a expiação perfeita perante o trono de Deus (Êx.30.10; Hb.9.7-28).

Finalmente, visto que os sacrifícios de animais no A.T. tipificavam o sacrifício perfeito de Cristo pelo pecado de toda humanidade, não há mais necessidade de sacrifícios de animais ou quaisquer outros tipos de sacrifícios depois da morte expiatória de Cristo na cruz (Hb.9.12-28). Amém!  

(Estudo extraído da Bíblia de Estudo Pentecostal, com alguns acréscimos e articulações de palavras do autor deste Blog).   

domingo, 30 de junho de 2024

"Amigo De Pecadores"


Porque veio João Batista, que não comia pão nem bebia vinho, e dizeis: Tem demônio. Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizeis: Eis aí um homem comilão e bebedor de vinho, amigo dos publicanos e dos pecadores (Lc.7.33,34).

Jesus era chamado de muitos nomes e títulos; porém, um dos nomes que lhe rotularam foi "amigo de pecadores". Tudo o que Ele fez foi amar e ajudar as pessoas, mas também teve aqueles que só queriam vê-lo cair em contradição, na intenção de condená-lo. Muitos líderes religiosos da época tinham inveja do sucesso de Jesus e temiam que Ele fosse causar uma revolução contra Roma e levar rebeldia à população. No desejo de desacreditá-lo aos olhos do público, diziam todo tipo de atrocidade sobre Ele. Denunciaram-no às autoridades romanas como desordeiro e uma ameaça à paz pública. O ódio e as ameaças contra Jesus era algo comum e repetitivo por parte das autoridades civis e religiosas. O Filho de Deus não merecia tamanho ódio, mas um dos apelidos que lhe colocaram era verdadeiro: "amigo de pecadores". Para Jesus, esse título não era uma vergonha, mas um sinal do seu sucesso, era a definição da sua missão. 

Qualquer um que conheça alguma coisa sobre os evangelhos – e mesmo aqueles que não conhecem – sabe que Jesus era amigo de pecadores. Ele muitas vezes atraia a ira dos escribas e fariseus por comer com pecadores (Lucas 15.2). Jesus claramente reconheceu que um dos insultos atirados contra ele era que ele era “um glutão e bebedor de vinho, amigo de publicanos e pecadores” (Lc.7.34). 

Jesus estava mais interessado em demonstrar amor aos pecadores do que tomar partido dos religiosos para agradá-los. Jesus sempre estava do lado dos não religiosos, Jesus pouco se importava com as violações das leis e tradições dos homens. 

Jesus foi  repreendido por estar perto demais dos pecadores pelos religiosos da sua época. No relatos de Mateus 9.9-13 conta a história do chamado de Mateus, o coletor de impostos, para ser seu discípulo. Em Marcos 2.15-17 vemos Jesus tomando lugar à mesa com muitos coletores de impostos e pecadores “porque estes eram em grande número e também o seguiam”. Quando os escribas e os fariseus murmuram a respeito de suas companhias, Jesus diz a eles: Os são não necessitam de médicos, mas sim os que estão doentes; eu não vim “chamar os justos, e sim pecadores, ao arrependimento” (Lc.5.31,32).

Em Lucas 19.1-10, novamente, os líderes judeus murmuram porque Jesus se hospedara com homem pecador (Lc.19.7). Por mais que Zaqueu tenha se arrependido e mudado, os judeus simplesmente não conseguem aceitar que esse publicano famoso tenha sido salvo (19.9) e nem acreditar que Filho do Homem tenha vindo para buscar e salvar os perdidos (19.10).

Quais lições podemos tirar desses episódios? De que forma Jesus era amigo de pecadores? Ele tinha uma estratégia para alcançar coletores de impostos? Ele "andava” indiscriminadamente com beberrões e prostitutas? Ele era um homem relaxado, do tipo “deixa a vida me levar”? O que lemos é que os pecadores eram atraídos por Jesus, porque Jesus gastava tempo com esses pecadores que estavam abertos a seus ensinamentos, e que Jesus perdoava pecadores arrependidos e Jesus abraçava os pecadores que criam nele.

Jesus era amigo de pecadores não porque fazia vista grossa ou ignorava o pecado ou gostava de uma festinha com aqueles que se envolviam com imoralidade. Jesus era amigo de pecadores no sentido de que veio para salvar pecadores e ficava muito feliz em receber aqueles que estavam abertos ao evangelho, que se arrependiam de seus pecados e acreditavam ser Jesus o Messias de Deus.

Finalmente, do que tem o mundo (as pessoas) te chamado? Não importa de que alguém te rotula ou pensa de você, o que importa é que Deus conhece a intenção do seu coração. Amém!  

segunda-feira, 24 de junho de 2024

PROSPERIDADE DE DAVI (Reflexão).


Eu dizia na minha prosperidade: Não vacilarei jamais. Tu, SENHOR, pelo teu favor fizeste forte a minha montanha; tu encobriste o teu rosto, e fiquei perturbado (Sl.30.6,7).

Neste salmo Davi confessa a sua presunção, imaginando estar seguro em sua prosperidade. Davi passou a confiar nas suas riquezas, acreditando estar seguro por viver uma vida prospera. Confiando na segurança da prosperidade, Davi supunha que pela sua riqueza e sucesso ele se tornara tão forte que nada poderia destruir a sua prosperidade. Deus, então, retirou a sua mão protetora, o que lhe resultou em problemas e lhe causou perturbação. Ainda em tempo Davi reconheceu a sua precipitação ao declara: "Não vacilarei jamais" e clamou ao SENHOR. Toda prosperidade sob a proteção de Deus tem estabilidade e segurança. Todavia, quando as pessoas prosperam e exaltam o seu poder financeiro, acreditando estarem seguras, com o passar do tempo verão tudo desmoronar. Todas as pessoas, crentes ou não crentes, que confia em si mesmo, e nas riquezas temporais, e que não dá o primeiro lugar a Deus, será decepcionado e terá todos os seus planos frustrados. No salmo 62 o próprio Davi diz: "Se as vossas riquezas aumentam, não ponhais nelas o coração" (62.10b). Ser rico é bom, não há nada de errado nisso, porém as nossas prioridades e confiança deve está em Deus e nunca nas incertezas das riquezas. Amém!  

sábado, 22 de junho de 2024

JOÃO BATISTA, MORTO POR CONFRONTAR O PECADO DE HERODES.

 

E aconteceu que, acabando Jesus de dar instruções aos seus doze discípulos, partiu dali a ensinar e a pregar nas cidades deles. E João, ouvindo o cárcere falar dos feitos de Cristo, enviou dois dos seus discípulos a dizer-lhe: És tu aquele que havia de vir ou esperamos outro? E Jesus, respondendo, disse-lhe: Ide e anunciai a João as coisas que ouvis e vedes: Os cegos vêem, e os coxos andam; os leprosos são limpos, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o evangelho. E bem-aventurado é aquele que se não escandalizar em mim.

E, partindo eles, começou Jesus a dizer às turbas a respeito de João: Que foste ver no deserto? Uma cana agitada pelo vento? Sim, que foste ver? Um homem ricamente vestido? Os que se trajam ricamente estão nas casas dos reis. Mas, então, que foste ver? Um profeta? Sim, vos digo eu, e muito mais do que profeta; porque é este de quem está escrito: Eis que diante da tua face envio o meu anjo, que preparará diante de ti o teu caminho. Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João Batista; mas aquele que é o menor no Reino dos céus é maior do que ele (Mt.11.1-11).

João Batista é o único homem do qual o Senhor Jesus Cristo dá testemunho. Cristo declara que João não era apenas um profeta, era muito mais do que profeta (Mt.11.9). Jesus faz menção ao caráter justo de João e ao fato de ser ele um pregador que não transigia com o erro. João pregava a verdade e os mandamentos de Deus, sem temer os homens e sem jamais temer a opinião popular. As autoridades judaicas ignoraram o pecado de Herodes, mas João não dissimulou, chegando a ponto de confrontá-lo e repreendê-lo. Ele opôs-se ao tal pecado, com firmeza total, demonstrando nisso fidelidade  absoluta a Deus e à sua Palavra. Ele foi fiel a Deus ao condenar o pecado, embora tal atitude viesse a custar-lhe a vida. Que todo pregador da Palavra de Deus lembre-se disso: Cristo, também, julgará seu ministério, seu caráter e sua posição em relação ao pecado. (Partes deste comentário foi extraído da Bíblia de Estudo Pentecostal, pg.1408).

UMA DANÇA QUE CUSTOU A CABEÇA DE JOÃO BATISTA. 

O rei Herodes ouviu falar dessas coisas, pois o nome de Jesus havia se tornado bem conhecido. Algumas pessoas estavam dizendo: "João Batista ressuscitou dos mortos! Por isso estão operando nele poderes miraculosos".

Outros diziam: "Ele é Elias". E ainda outros afirmavam: "Ele é um profeta, como um dos antigos profetas".

Mas quando Herodes ouviu essas coisas, disse: "João, o homem a quem decapitei, ressuscitou dos mortos! "

Pois o próprio Herodes tinha dado ordens para que prendessem João, o amarrassem e o colocassem na prisão, por causa de Herodias, mulher de Filipe, seu irmão, com a qual se casara.

Porquanto João dizia a Herodes: "Não te é permitido viver com a mulher do teu irmão".

Assim, Herodias o odiava e queria matá-lo. Mas não podia fazê-lo,

porque Herodes temia a João e o protegia, sabendo que ele era um homem justo e santo; e quando o ouvia, ficava perplexo. Mesmo assim gostava de ouvi-lo.

Finalmente chegou uma ocasião oportuna. No seu aniversário, Herodes ofereceu um banquete aos seus líderes mais importantes, aos comandantes militares e às principais personalidades da Galiléia.

Quando a filha de Herodias entrou e dançou, agradou a Herodes e aos convidados. O rei disse à jovem: "Peça-me qualquer coisa que você quiser, e eu lhe darei".

E prometeu-lhe sob juramento: "Seja o que for que me pedir, eu lhe darei, até a metade do meu reino".

Ela saiu e disse à sua mãe: "Que pedirei? " "A cabeça de João Batista", respondeu ela.

Imediatamente a jovem apressou-se em apresentar-se ao rei com o pedido: "Desejo que me dês agora mesmo a cabeça de João Batista num prato".

O rei ficou muito aflito, mas por causa do seu juramento e dos convidados, não quis negar o pedido à jovem.

Assim enviou imediatamente um carrasco com ordens para trazer a cabeça de João. O homem foi, decapitou João na prisão e trouxe sua cabeça num prato. Ele a entregou à jovem, e esta a deu à sua mãe.

Tendo ouvido isso, os discípulos de João vieram, levaram o seu corpo e o colocaram num túmulo (Mc.6.14-29).

Festejando-se, porém, o dia natalício de Herodes, dançou a filha de Herodias diante dele e agradou a Herodes (Mt.14.6). 

Uma moça ímpia que dançou em público diante dos homens para agradar a um rei profano, foi a causa da morte de um dos mais santos dentre os homens. A dança da filha de Herodias na festa de aniversário de Herodes era uma prática pagã que sempre se repetia nas grandes comemorações das festas reais promovida pelos reis e seus governantes.

Segundo informações do Site bbc.com, os Evangelhos nos contam sobre o assassinato de João Batista no final de um famoso banquete por volta do ano 29 em que se diz que Salomé teria ralizado uma dança perante os convidados. O objetivo da festa era comemorar o aniversário de Herodes Antipas, o tio-avô da jovem e tetrarca, ou seja, governador de alguns territórios no sul do Oriente Médio em nome dos romanos. A dança de Salomé ocorreu em uma das fortalezas de Antipas.

Antipas havia prendido e encarcerado João Batista, um pregador popular cujas violentas críticas contra a ordem estabelecida poderiam ter incitado uma revolta. João Batista também foi considerado culpado de insultos contra Herodíade, esposa de Antipas. Herodíade não se cansava de exigir que o insolente profeta fosse executado.

Mas Antipas não estava certo disso, porque sabia que João Batista era tido como um homem justo e santo, como podemos ler no Evangelho segundo São Marcos.

O aniversário de Antipas ofereceu a Herodíade o momento propício de alcançar seu objetivo. A esposa do tetrarca compareceu à festa acompanhada da filha Salomé, fruto de um casamento anterior.

Durante o banquete, a filha de Herodíade começou a dançar, agradando a Herodes e seus convidados. O tetrarca, como um gesto de gratidão, lhe fez uma promessa: "Tudo o que você me pedir, eu darei a você, mesmo que seja metade do meu reino." Salomé, então, sob a influência de sua mãe, reivindicou "em um prato, a cabeça de João Batista".

O tetrarca não se atreveu a recusar, para não ficar mal diante de seus convidados. Ele imediatamente enviou um guarda para decapitar João Batista em sua cela. E Salomé recebeu a cabeça, que deu à sua mãe.
A princesa Salomé nasceu no ano 18 e, portanto, tinha apenas 11 ou 12 anos naquela época. O termo grego pelo qual ela é definida no Evangelho é "korasion", um diminutivo neutro de "korè" (menina). A palavra "korasion" não apenas evoca uma garota, mas também a priva de toda feminilidade.

A dança de Salomé não era, portanto, uma dança erótica - a menos que os evangelistas estivessem sendo irônicos. Ou seja, a hipótese de que uma mulher sedutora tivesse realizado aquela dança parece improvável, de acordo com as escrituras.

Na origem do mito da dança de Salomé, talvez não houvesse nada mais do que a performance de uma menina por ocasião do aniversário de seu tio-avô.

Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/geral

Geralmente quem fala a verdade e vive na verdade, sempre será rejeitado, perseguido e morto. Quem não abre mão das suas convicções e dos seus bons princípios, vai desagradar a muita gente, mas o que importa é agradar a Deus. Amém! 

domingo, 16 de junho de 2024

VEREIS O CÉU ABERTO (Mensagem Evangelística).


Jesus viu Natanael vir ter com ele e disse dele: Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo. Disse-lhe Natanael: De onde me conheces tu? Jesus respondeu e disse-lhe: Antes que Filipe te chamasse, te vi eu estando tu debaixo da figueira. Natanael respondeu e disse-lhe: Rabi, tu és o Filho de Deus, tu é o Rei de Israel. Jesus respondeu e disse-lhe: Porque te disse: Vi-te debaixo da figueira, crês? Coisas maiores do que estas verás. E disse-lhe: Na verdade, na verdade vos digo que, daqui em diante vereis o céu aberto e os anjos de Deus subirem e descerem sobre o Filho do Homem (Jo.1.47-51).

Jesus como a fonte da revelação de Deus, Ele promete e afirma a Natanael e aos demais discípulos: Coisas maiores do que estas verás. Vereis o céu aberto e os anjos de Deus subirem e descerem sobre o Filho do Homem. Jesus refere-se a si mesmo como a escada, através da qual a revelação de Deus vem ao mundo. Em gênesis 28, esta escada é revelada a Jacó através de um sonho, nos versículos 10 ao 13 diz: Partiu, pois, Jacó de Berseba, e foi-se a Harã. E chegou a um lugar onde passou a noite, porque já o sol era posto; e tomou uma das pedras daquele lugar, e a pôs por sua cabeceira, e deitou-se naquele lugar. E sonhou: E eis era posta na terra uma escada cujo topo tocava nos céus; e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela. E eis que o SENHOR estava em cima dela... Passados mais de dois mil anos, Jesus faz menção a esta escada como sendo a sua própria Pessoa.  

SETE HOMENS NA BÍBLIA QUE VIRAM O CÉU ABERTO.

1- JACÓ (Gn.28.12).

2- ISAÍAS (Is.6.1).

3- EZEQUIEL (Ez.1.1).

4- ESTEVÃO (At.7.55,56).

5- PEDRO (At.10.9-11).

6- JOÃO (Ap.19.11).

7- JESUS (Mt.3.16,17).

O CÉU ESTÁ ABERTO PARA CINCO PROPÓSITOS:

1- O CÉU ESTÁ ABERTO PARA SALVAR.

Ei que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem o seu ouvido, agravado, para que não possa ouvir (Is.59.1).

Olhai para mim e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há outro (Is.45.22).

2- O CÉU ESTÁ ABERTO PARA PERDOAR.

Vinde, então, e argui-me, diz o SENHOR: Ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã (Is.1.18).

A nação de Israel precisava arrepender-se e voltar-se para Deus, para que seus pecados fossem perdoados. O perdão divino está à disposição de todos os pecadores, que confessem a Deus os seus pecados, arrependem-se e aceitam a purificação provida por Deus, mediante o sangue de Jesus Cristo (I Jo.1.9). 

3- O CÉU ESTÁ ABERTO PARA LIBERTAR.

E acontecerá, naquele dia, que a sua carga será tirada do teu ombro, e o seu jugo, do teu pescoço; e o jugo será despedaçado por causa da unção (Is.10.27).

E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente, sereis livres (Jo.8.32,36).

4- O CÉU ESTÁ ABERTO PARA CURAR.

Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados (Is.53.5).

A obra redentora é completa e perfeita, Jesus foi sacrificado como Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo e também cura as enfermidades do corpo e da alma.

5- O CÉU ESTÁ ABERTO PARA FAZER COISAS NOVAS.

Não vos lembreis da coisas passadas, nem considereis as antigas. Eis que farei uma coisa nova... (Is.43.18,19).

Novo homem (Cl.3.9,10).

Nova criatura (II Co.5.17).

Novo cântico (Sl.40.3).

Novo caminho (Hb.10.19,20).

Novo nome (Ap.2.17).

Remova o velho, porque o novo de Deus está chegando!

quarta-feira, 5 de junho de 2024

CORRENDO SOB A DIREÇÃO DO ESPÍRITO.


Filipe, o evangelista, foi grandemente usado por Deus na cidade de Samaria, onde muitas pessoas se converteram a Cristo e muitos foram curados e libertos quando Filipe lhes pregava a Cristo (At.8.5-25). Após este grande avivamento em Samaria, o anjo do Senhor falou a Filipe: Levanta-te e vai para banda do sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserto. E levantou-se e foi. E eis que um homem etíope, eunuco, mordomo-mor de Candace, rainha dos etíopes, o qual era superintendente de todos os seus tesouros e tinha ido a Jerusalém para adoração, regressava e, assentado no seu carro, lia o profeta Isaías.
E disse o Espírito a Filipe: Chega-te e ajunta-te a esse carro. E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías e perguntou: Entendes tu o que lês? E ele disse: Como poderei entender, se alguém me não ensinar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se assentasse (At.8.26-31). 

Filipe foi um evangelista autêntico, ele é o único homem na bíblia que é chamado de evangelista (At.21.8). Filipe era casado e tinha quatro filhas que tinham o dom de profetizar (At.21.9). Filipe foi um dos sete diáconos que foram escolhidos para servirem às mesas (At.6.1-6), porém ele se destacou com sua vocação de evangelista. Esta vocação ou dom de Filipe, aflorou durante o período da perseguição promovida por Saulo de Tarso, que já havia aprovado a morte de Estevão (At.8.1-5). Os crentes perseguidos foram dispersos por várias partes e anunciavam a Cristo. Aqui nós aprendemos que, é na perseguição e nas adversidades que crescemos e damos frutos para glória de Deus. 

DEZ AÇÕES ENVOLVENDO FILIPE EM ATOS CAPÍTULO OITO:

1- Filipe desceu à cidade de Samaria e pregou a Cristo (5).

2- Filipe promoveu um grande avivamento em Samaria (6-25).

3- Filipe obedeceu a ordem do anjo do Senhor (26-28).

4- Filipe ouviu e seguiu a direção do Espírito (29,30).

5- Filipe aceitou o convite do homem etíope, o eunuco (31-34).

6- Filipe explicou a Escritura para o eunuco (35).

7- Filipe batizou o eunuco nas águas (36-38).

8- Filipe foi arrebatado pelo Espírito (39).

9- Filipe anunciou o evangelho em várias cidades (40).

10- Filipe chegou na cidade de Cesaréia, onde fixou residência (At.8.40; 21.8).

Encontramos na Bíblia, dois homens que correram atrás de uma carruagem com propósitos diferentes: (1) GEAZI. Correu atrás da carruagem de Naamã, sem aprovação de Deus, seguindo a sua visão carnal, em busca de riquezas (II Rs.5.20-27). (2) FILIPE. Correu atrás da carruagem do eunuco, o etíope, sob a direção do Espírito, no propósito de anunciar a Palavra. Enquanto Geazi correu em busca de riquezas para o seu bel-prazer, Filipe correu em busca de alma para o Reino de Deus. Que haja muitos evangelistas semelhantes a Filipe, que tem como propósito e missão correr em busca das almas e não em busca de riquezas, do vil metal que perece. Amém! 

domingo, 2 de junho de 2024

"A Guerra Dos Séculos"


Pois as armas da nossa guerra não são terrenas, mas poderosas em Deus para destruir fortalezas! Destruímos vãs filosofias e a arrogância que tentam levar as pessoas para longe do conhecimento de Deus, e dominamos todo o pensamento carnal, para torná-lo obediente a Cristo. E estaremos preparados para repreender qualquer atitude rebelde, assim que alcançarmos a perfeita obediência (II Co.10.4-6).

No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo; porque não temos que lutar contra carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais. Portanto, tomai toda armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.
Estai, pois, firmes, tendo cingido os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça, e calçados os pés na preparação do evangelho da paz; tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno. Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus, orando em todo tempo com toda oração e súplica no Espírito e vigiando nisso com toda perseverança e súplica por todos os santos e por mim; para que me seja dada no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho, pelo qual sou embaixador em cadeias; para que possa falar dele livremente, como me convém falar (Ef.6.10-20). 

E a quem perdoardes alguma coisa também eu; porque o que eu também perdoei, se é que tenho perdoado, por amor de vós o fiz na presença de Cristo; para que não sejamos vencidos por Satanás, porque não ignoramos os seus ardis (II Co.2.10,11).

A guerra no mundo espiritual, começou quando Satanás investiu pesado contra o homem no Jardim do Éden e os fez pecar contra o Criador. Esta guerra é sem tréguas e vem rompendo os séculos, e só terá o seu fim, com a derrota final de Satanás no fim dos tempos. A grande estratégia de Satanás é semear o ódio, a contenda e a guerra entre as nações, e fazer com que a humanidade esteja rebelada contra Deus, o Criador. O que na verdade, no livro dos salmos está escrito que há uma rebelião por parte dos governantes das nações e dos povos em geral contra o próprio Deus e contra o seu Ungido, Jesus Cristo. Assim está escrito no salmo 2: 
1 Por que se amotinam as nações e os povos tramam em vão?
2 Os reis da terra tomam posição e os governantes conspiram unidos contra o Senhor e contra o seu ungido, e dizem:
3 "Façamos em pedaços as suas correntes, lancemos de nós as suas algemas! "
4 Do seu trono nos céus o Senhor põe-se a rir e caçoa deles.
5 Em sua ira os repreende e em seu furor os aterroriza, dizendo:
6 "Eu mesmo estabeleci o meu rei em Sião, no meu santo monte".
7 Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: "Tu és meu filho; eu hoje te gerei.
8 Pede-me, e te darei as nações como herança e os confins da terra como tua propriedade.
9 Tu as quebrarás com vara de ferro e as despedaçarás como a um vaso de barro".
10 Por isso, ó reis, sejam prudentes; aceitem a advertência, autoridades da terra.
11 Adorem ao Senhor com temor; exultem com tremor.
12 Beijem o filho, para que ele não se ire e vocês não sejam destruídos de repente, pois num instante acende-se a sua ira. Como são felizes todos os que nele se refugiam!

Esta rebelião contra Deus e contra o seu Ungido, Jesus Cristo, tende a aumentar a medida em que o fim se aproxima. Tudo está convergindo para uma total rebelião contra Deus, e o clímax desta rebelião se dará na batalha do Armagedom, de acordo com o que está escrito no livro de Apocalipse 16.16: E os congregaram no lugar que em hebreu se chama Armagedom.

ARMAGEDOM.

A expressão hebraica "har megiddo" é, traduzida pelo nome "Armagedom", que é uma transliteração de "a colina de Megido" (Jz.5.19), que se ergue na planície de Esdralom. Esse é um local histórico de grande orgulho nacional para os israelenses e de impressionante valor simbólico-religioso. Nos relatos bíblicos, na planície de Armagedom, foram derrotados os cananeus (Jz.4.2); Gideão e seus 300 escolhidos venceram os midianitas (Jz.7); o rei Saul foi derrotado (I Sm.31); e a malvada rainha Jezabel foi envergonhada e morta (II Rs.9.33). A expressão Armagedom (II Rs.23.29; II Cr.35.22), é mais que uma localização geográfica, simboliza a mundial e derradeira batalha do povo de Deus contra as forças de Satanás (Zc.14; Ap.19). 

Armagedom (gr.harmagedom), uma planície muito extensa localizada no centro-norte da Palestina, significa "Vale do Megido", onde será o ponto central da batalha, que acontecerá naquele grande Dia do Deus Todo-poderoso. Como está escrito: E o sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua água secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis do Oriente. E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta vi saírem três espíritos imundos, semelhantes a rãs, porque são espíritos de demônios, que fazem prodígios; os quais vão ao encontro dos reis de todo o mundo para os congregar para a batalha, naquele grande Dia do Deus Todo-poderoso. E os congregaram no lugar que em hebreu se chama Armagedom (Ap.16.12-14,16). Durante o período da grande tribulação, os governantes das nações ficarão dominados pelos espíritos enganadores, e enganados por Satanás através dos "milagres", farão um plano louco de total rebelião, que levará as nações a guerrearem contra a nação de Israel, que lançará o mundo inteiro num grande holocausto. Essa guerra será travada no fim da grande tribulação, e acabará quando Cristo voltar em glória para pelejar a favor de Israel, para destruir os ímpios e libertar o seu povo, e inaugurar o seu Reino messiânico milenial. 

A batalha do Armagedom será o fim do sistema opressor do Anticristo e o começo do Reino de Cristo. Satanás e os seus demônios reunirão muitas nações sob a direção do anticristo a fim de guerrearem contra Deus, contra seus exércitos, contra seu povo e para destruir Jerusalém. Embora o ponto central esteja na terra de Israel, o evento do Armagedom envolverá a totalidade do mundo. Quando a nação de Israel, estiver cercada de exércitos inimigos, encurralada, num beco-sem-saída, Cristo voltará e intervirá de modo sobrenatural, destruindo o anticristo e os seus exércitos (Ap.19.19-21; Zc.14.1-5). Ele fará cessar a guerra, vencendo o anticristo e todos os seus aliados, e estabelecerá o seu governo de paz e prosperidade. Aleluia! Amém!