quinta-feira, 3 de outubro de 2024

OS ANJOS DESEJARAM PREGAR O EVANGELHO?


Houve um tempo em que muito se ensinou que os anjos desejaram ou anelaram pregar o Evangelho. Esta afirmativa foi baseada no texto da primeira carta de Pedro, 1.11,12. Todavia, ouve um grande equívoco por parte de alguns estudiosos da Bíblia em afirma algo que o texto não diz. 

Quem nunca ouviu a expressão?: “Você é um privilegiado porque pode pregar o Evangelho, algo que os anjos desejam mas não lhes é permitido”. Apesar de toda boa intenção por trás desta afirmação, com o objetivo de incentivar o trabalho evangelístico, ela não está correta. Lendo o versículo 12, em três versões diferentes, vamos perceber claramente que nada tem a ver alguém afirmar que os anjos desejam ou desejaram pregar o Evangelho de Cristo.

Aos quais foi revelado que, não para si mesmos, mas para nós, eles ministravam estas coisas que, agora, vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho, para as quais coisas os anjos desejam bem atentar (I Pe.1.12). ARC

A eles foi revelado que estavam ministrando, não para si próprios, mas para vocês, quando falaram das coisas que agora lhes foram anunciadas por meio daqueles que lhes pregaram o evangelho pelo Espírito Santo enviado dos céus; coisas que até os anjos anseiam observar (I Pe.1.12). NVI

A eles foi predito que estavam ministrando não para si próprios, mas sim para vós, quando profetizaram as verdades que agora vos foram anunciadas por intermédio daqueles que vos pregaram o Evangelho mediante o Espírito Santo enviado dos céus, assuntos esses que até os anjos anseiam acompanhar minuciosamente (I Pe.1.12). BKJ

A nota de rodapé da BKJ, diz: Pedro estabelece um paralelo entre os versículos 11 e 12, entre a geração dos profetas do AT e da igreja no NT. O Espírito e a mensagem são os mesmos; no AT, como "promessa", e no NT, como "cumprimento". O evangelho engloba a mensagem profética junto com sua realização histórica. Todo esse processo é tão impressionante que Pedro usa a expressão grega original "epithymusin" para descrever o sentimento de "grande ansiedade" dos anjos que, conforme o termo original seguinte "parakypsai (perscrutar), agem como "alguém que, observando os fatos do alto de uma sacada, encurva-se para mais atentamente acompanhar o desenrolar dos acontecimentos". Ou seja, os anjos nos contemplam na expectativa de nossa perseverança, e glória na fé em Cristo, diante dos sofrimentos e os desafios de um mundo tenebroso que se afasta de Deus. 

O texto não diz que os anjos queriam ou anelavam pregar o Evangelho aos homens, mas que eles querem conhecer, querem compreender o mistério da redenção em Cristo que eu e você experimentamos em nossas vidas.  

Uma outra coisa relacionada ao Evangelho que envolve os anjos, é que eles se alegram quando os pecadores se arrependem e voltam-se para Cristo. Está escrito: Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende (Lc.15.10). 

Os anjos também estão a serviço dos crentes que irão herdar a salvação. Assim está escrito: Não são todos os anjos, espíritos ministradores, enviados para servir em benefício dos que herdarão a salvação? (Hb.1.14).

Os anjos também observam o comportamento da congregação dos cristãos (I Co.11.10; Ef.3.10; I Tm.5.21). 

Há muitas outras atividades dos anjos na bíblia, menos a de pregar o Evangelho. Até porque, Deus na sua sabedoria escolhe os humanos, homens cheios de fraquezas, mas transformados pelo poder do Evangelho, para testemunharem a outros humanos o poder transformador do Evangelho de Cristo. Virtude que os anjos não experimentaram, nem têm experiência de salvação e libertação do pecado.

quarta-feira, 2 de outubro de 2024

DEZ ESTÁGIOS DA ARCA DA ALIANÇA.

A arca representava a presença de Deus em Israel (Ex.25.10-22; Nm.10.33-36). Os israelitas achavam que a arca lhes seria uma garantia incondicional do favor e poder de Deus. Não compreendiam que a arca era um símbolo espirituais, é não uma garantia absoluta da realidade que representa. Deus permanece com o seu povo e manifesta a sua presença enquanto o povo procura buscar viver em comunhão com Ele. Semelhantemente, sob o Novo Concerto, é possível que alguém pode ser batizado em águas, participar da Ceia do Senhor, ostentar cargos e títulos e outras prerrogativas, tudo isto nenhum benefício espiritual lhe trará, a não ser que viva em sincera obediência e comunhão com o Senhor, trilhando o caminho da santidade em total devoção a Deus.

1- A ARCA DENTRO DO TABERNÁCULO (Ex.26.31-35; Hb.9.1-5).

2- A ARCA NA ABERTURA DO RIO JORDÃO (Js.3.5-17).

3- A ARCA NA CONQUISTA DE JERICÓ (Js.6.6-9).

4- A ARCA NA CASA DO SENHOR EM SILÓ (I Sm.4.3,4).

5- A ARCA NO ARRAIAL DOS HEBREUS (I Sm.4.5-7).

6- A ARCA NA CASA DE DAGOM (I Sm.5.1-5).

7- A ARCA NA CASA DE ABINADABE (I Sm.7.1,2).

8- A ARCA NA CASA DE OBEDE-EDOM (II Sm.6.9-11). 

9- A ARCA NA CIDADE DE DAVI (II Sm.6.12-17).

10- A ARCA DENTRO DO TEMPLO DE SALOMÃO (II Cr.35.3).

SETE NOMES DADOS A ARCA.

1- Arca da Aliança (Ap.11.19).

2- Arca do SENHOR (Js.4.11; I Sm.6.8).

3- Arca de Deus (I Sm.3.3; 4.11).

4- Arca do Testemunho (Ex.25.22).

5- Arca do Concerto (Nm.10.33; Dt.10.8).

6- Arca Sagrada (II Cr.35.3).

7- Arca da Tua Força (Sl.132.8).

Na Nova Aliança, não precisamos mais carregar a Arca para desfrutar da presença de Deus, pois o Espírito Santo habita em nós (I Co.3.16; II Co.6.16). Amém! 

sábado, 28 de setembro de 2024

O DEUS QUE MATA.


E Davi e toda a casa de Israel alegravam-se perante o SENHOR, com toda sorte de instrumentos de madeira de faia, com harpas, e com saltérios, e com tamboris, e com padeiros e com címbalos. E, chegando à eira de Nacom, estendeu Uzá a mão à arca de Deus e segurou-a, porque os bois a deixavam pender. Então, a ira do SENHOR se acendeu contra Uzá, e Deus o feriu ali por esta imprudência; e morreu ali junto à arca de Deus (II Sm.6.5-7).

E, chegando à eira de Quidom, estendeu Uzá a mão, para segurar a arca, porque os bois tropeçavam. Então, se acendeu a ira do SENHOR contra Uzá e o feriu, por ter estendido a mão à arca; e morreu ali perante Deus (I Cr.13.9,10).

Deus feriu Uzá porque Davi e o sumo sacerdote não tinham determinado que somente os levitas transportassem e cuidassem da arca, segundo o mandamento de Deus (Nm.1.47-52). Deus ordenara que ninguém deveria sequer tocar a arca, o símbolo da sua presença e majestade (Nm.4.15; I Cr.15.13-15). A ação de Uzá resultou da sua ignorância do mandamento de Deus, ou da sua falta de temor ao SENHOR (I Cr.15.2). Uzá é um exemplo de alguém que tem zelo por Deus, sem conhecimento da sua Palavra e dos seus caminhos. O plano de Davi, de trazer a arca de volta a Jerusalém, e a disposição de Uzá, de segurar a arca quando esta ameaçava cair do carro de boi, demonstram certo zelo pelo reino de Deus, mas, ao mesmo tempo, conduzem a uma atitude de descaso para com os padrões da santa Palavra de Deus. A ignorância não serve como desculpa quando violamos o que está determinado por Deus.

Uzá foi destruído por proceder contrariamente  às ordens de Deus (II Sm.6.1-8; I Cr.15.2,13,15; Ex.25.12-15; Nm.4.15), nestes textos lemos sobre as instruções específicas de Deus, para manuseio da arca. Este fato da morte de Uzá, nos ensina que a adoração e o serviço a Deus devem ser feitos conforme a revelação da sua Palavra, caso contrario corremos o risco de não sermos aceitos e até destruídos por Deus.  (Comentário da Bíblia de Estudo Pentecostal) Obs.: Ouve alguns acréscimos do autor do Blog. 

TEXTOS DO ANTIGO TESTAMENTO AFIRMAM QUE DEUS MATA.

E chegou-se Abraão, dizendo: Destruirás também o justo com o ímpio? (Gn.18.23).

Longe de ti que faças tal coisa, que mates o justo com o ímpio; que o justo seja como o ímpio, longe de ti seja. Não faria justiça o Juiz de toda a terra? (Gn.18.25).

E aconteceu, à meia noite, que o SENHOR feriu todos os primogênitos da terra do Egito, desde o primogênito de Faraó, que se sentava em seu trono, até ao primogênito do cativo que estava no cárcere, e todos os primogênitos dos animais. E Faraó levantou-se de noite, ele, e todos os seus servos, e todos os egípcios; e havia grande clamor no Egito, porque não havia casa em que não houvesse um morto (Ex.12.29,30).

Vede, agora, que eu, eu o sou, e mais nenhum deus comigo; eu mato e eu faço viver; eu firo e eu saro; e ninguém há que escape da minha mão (Dt.32.39).

O SENHOR é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz tornar a subir dela (I Sm.2.6).

E feriu o SENHOR os homens de Bete-Semes, porquanto olharam para dentro da arca do SENHOR, até ferir do povo cinquenta mil e setenta homens; então, o povo se entristeceu, porquanto o SENHOR fizera tão grande estrago entre o povo (I Sm.6.19). 

E sucedeu que, lendo o rei de Israel a carta, rasgou as suas vestes e disse: Sou eu Deus, para matar e para vivificar, para que este envie a mim, para eu restaurar a um homem da sua lepra? Pelo que deveras notai, peço-vos, e vede que busca ocasião contra mim (II Rs.5.7).

Porque com fogo e com a sua espada entrará o SENHOR em juízo com toda a carne; e os mortos do SENHOR serão multiplicados (Is.66.16).

... e a minha ira se acenderá, e vos matarei à espada; e vossas mulheres ficarão viúvas, e vossos filhos, órfãos (Ex.22.24).

Também toda alma que, naquele mesmo dia, fizer alguma obra, aquela alma eu destruirei do meio do seu povo (Lv.23.30).

... quando a ira de Deus desceu sobre eles, e matou os mais fortes deles, e feriu os escolhidos de Israel (Sl.78.31).

Ó Deus! Tu matarás, decerto, o ímpio! Apartai-vos, portanto, de mim, homens de sangue (Sl.139.19).

Mas julgará com justiça aos pobres, e repreenderá com equidade aos mansos da terra; e ferirá a terra com a vara de sua boca, e com o sopro dos seus lábios matará ao ímpio (Is.11.4).

E deixareis o vosso nome aos meus eleitos por maldição; e o Senhor DEUS vos matará; e a seus servos chamará por outro nome (Is.65.15).

Ainda que ele me mate, nele esperarei; contudo, os meus caminhos defenderei diante dele (Jó.13.15).

TEXTOS NO NOVO TESTAMENTO AFIRMAM QUE DEUS MATA.

E não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo (Mt.10.28).

Mas eu vos mostrarei a quem deveis temer; temei aquele que, depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, vos digo, a esse temei (Lc.12.5).

Eis que a porei numa cama, bem como em grande tribulação os que com ela adulteram, caso não se arrependam das obras que ela incita. E ferirei de morte a seus filhos, e todas as igrejas saberão que eu sou aquele que sonda as mentes e os corações. E darei a cada um de vós segundo as vossas obras (Ap.2.22,23).

Então, será, de fato, revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca e o destruirá pela manifestação de sua vinda (II Ts.2.8).

Há só um Legislador e um Juiz, que pode salvar e destruir (Tg.4.12).

Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado (I Co.3.17).

Mas quero lembrar-vos, como a quem já uma vez soube isto, que, havendo o Senhor salvo um povo, tirando-o da terra do Egito, destruiu, depois, os que não creram (Judas, 5).

Deus mata Ananias e Safira (Atos 5.1-11).

Deus mata o rei Herodes (Atos 12.21-23). 

O maior engano de muitos crentes é acreditar que o Deus que feria e matava no Antigo Testamento,  mudou e não mata mais na época atual. Todavia, entendemos pela Palavra de Deus, que Deus é amor, mas também é justiça e quando Ele decide ferir ou matar Ele assim o faz. O escritor aos hebreus diz: Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo (Hb.10.31). Que sejamos alvo da bondade e misericórdia do Senhor e nunca da sua ira. Amém! 

quarta-feira, 25 de setembro de 2024

MAIS QUE VENCEDORES.

 

Em Cristo, não somos apenas vencedores, somos mais que vencedores. Os vencedores, os campeões e vitoriosos deste mundo secular terminam aqui com toda sua glória, mas os vencedores e campeões de Deus, serão vitoriosos aqui e no povir para sempre. 

Na alegria, nas tristezas, na dor, na tribulação, na angústia, nas perseguições, na fome, na nudez, no perigo, nas calúnias, nas prisões, nas aflições, nas oposições, no desprezo, na humilhação, nas tentações, nas provações, nas provocações, nas zombarias, nos escárnios, nas blasfêmias... 

Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou (Rm.8.37).

EM CRISTO TEMOS:

* Perdão.

* Purificação.

* Propiciação.

* Proteção.

* Salvação.

* Justificação.

* Santificação.

* Regeneração.

* Reconciliação.

* Redenção.

* Remissão.

* Renovação.

* Ressurreição.

* Glorificação.

* Galardão.

* Mansidão.

* Filiação.

* Unção 

* Glória.

* Graça.

* Dons.

* Poder.

* Fé.

* Humildade.

* Recompensa.

* Herança.

* Aliança.

* Esperança.

* Vida eterna.

* Vitória.

Mas graças a Deus, que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo (I Co.15.58).

segunda-feira, 23 de setembro de 2024

O SHEMA.

 

                      Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR (Dt.6.4).

Esta citação no texto da Torá é comumente chamado "o Shema" (hb. Shama, "ouvir"). Este texto no tempo de Jesus, era citado diariamente pelos judeus devotos, e também regularmente nos cultos da sinagoga. O Shema é a declaração clássica do cunho monoteísta de Deus. Ao "Shema" segue-se um duplo preceito para Israel: (1) Amar a Deus de todo coração, alma e forças (v.5). (2) Ensinar diligentemente aos seus filhos sobre a sua fé (v.7).

A princípio, a instrução para atar as leis de Deus nas mãos e na testa era uma metáfora para o modo em que essas prescrições deviam estar presentes em todos os aspectos da vida (6.8), Posteriormente, porém, essa ordem foi entendida de forma literal, e os judeus passaram a usar filactérios (Mt.23.5), que eram caixinhas de couro que continham pequenos rolos com uma cópia de Deuteronômio 6.4-9; 11.13-21; e Êxodo 13.1-10. Essas caixinhas eram atadas à testa e ao braço esquerdo quando se recitava o Shema, e todos os judeus usavam-nas durante as orações matinais, exceto em sábados e dias de festas, pois estas ocasiões eram, em si mesmas, símbolos da lei. As palavras de 6.9 também serviam de base para a prática comum entre os judeus de afixar caixinhas que continham um pequeno rolo com estas três passagens num dos batentes das portas da casa. 

O SENHOR, NOSSO DEUS, É O ÚNICO SENHOR. Este versículo nos ensina o monoteísmo. Esta doutrina afirma que Deus é o único Deus verdadeiro, e não uma teogonia ou grupo de diferentes deuses. Afirma também que Deus é Onipotente entre todos os seres e espíritos do mundo (Ex.15.11). Este Deus deve ser exclusivo na nossa adoração, a quem devemos temer, amar e obedecer. Este aspecto de "unicidade" é a base da proibição da adoração a outros deuses (Ex.20.2). 

Esta afirmativa monoteísta que declara Deus como único, não contradiz a doutrina da trindade que afirma ser uma única Divindade manifesta em três pessoas distintas: Pai, Filho, Espírito Santo (Mt.3.16,17; 28.19). Segundo fonte de pesquisa a palavra hebraica empregada em Deuteronômio 6.4  para ÚNICO, é "echad" que significa uma unidade composta e, portanto, não exclui o conceito cristão de uma Trindade de Pessoas dentro daquela unicidade. A palavra hebraica que expressa unidade absoluta é "yachid". 

Comentários extraídos e articulados da Bíblia de Estudos Pentecostal e Comentário Bíblico Africano.

Concluindo: O verdadeiro cristão só se dobra para adorar e prestar culto ao único Deus vivo e verdadeiro. Jesus Cristo é o Senhor, o resto é Baal! Amém! 

domingo, 22 de setembro de 2024

O IRMÃO DO FILHO PRÓDIGO.



E o seu filho mais velho estava no campo; e, quando veio e chegou perto de casa, ouviu a música e as danças. E, chamando um dos servos, perguntou-lhe que era aquilo. E ele disse: Veio teu irmão; e teu pai matou o bezerro cevado, porque o recebeu são e salvo. Mas ele se indignou e não queria entrar. E, saindo o pai, instava com ele (Lc.15.25-28).

No retorno do filho pródigo, há alegria da parte do pai e descontentamento da parte do irmão mais velho. As benesses que o pai proporciona ao filho arrependido foi de fato imponderada, pois ele deveria "ponderar" levando em conta o pecado do filho contra ele, e exigir alguma compensação. A festa que o pai proporciona ao filho arrependido, foi motivo de ofensa para o filho mais velho e muito provavelmente para a comunidade local.  

TRÊS ATITUDES DO IRMÃO MAIS VELHO:

1- SE INDIGNOU.

Ao ouvir dos servos que seu irmão mais novo havia voltado e sido reintegrado a família por seu pai, o irmão mais velho fica furioso. Ele se recusa a entrar na festa e participar do banquete. Ele fica do lado de fora, demonstrando que não apoiava os atos do seu pai. Essa atitude obriga o pai a sair para falar com seu filho mais velho. (v.25-28). 

2- QUESTIONOU O SEU PAI..

Por que o irmão mais velho está tomado de tamanha fúria? Ele se mostra bastante preocupado com os custos de todo aquele banquete e diz: "Eu te sirvo a tantos anos, sem nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste sequer um cabrito para que eu pudesse festejar com os meus amigos. Mas vindo este teu filho, que desperdiçou a tua fazenda com as meretrizes, mataste-lhe o bezerro cevado". (v.29,30).

3- REPROVOU AS BENECES QUE O PAI DEU AO SEU IRMÃO. 

Para o irmão mais velho, era inconcebível o reconhecimento, o perdão e a festa que o seu pai proporcionou para o seu irmão mais novo. Ele dispara a falar: "Eu me matei de tanto trabalhar para conquistar tudo o que tenho, mas meu irmão não fez nada para merecer, na verdade ele merecia ser expulso, mas o senhor o cobre de riquezas! Que justiça é essa? Eu jamais desobedeci ao senhor! Tenho meus direitos! O senhor deveria me consultar, porque sou o filho primogênito! O senhor não tinha o direito de tomar decisões isoladas... A fúria do irmão mais velho o leva a ofender o seu pai ainda mais. 

Finalmente, chegamos a conclusão que, nesta parábola Jesus nos desafia a pensar na grandeza da graça de Deus. A história revela o egoísmo destruidor do irmão mais novo, mas também condena com todas as letras a vida moralista do irmão mais velho. Jesus está dizendo que, tanto os pecadores quanto os religiosos estão espiritualmente perdidos, que todos os pensamentos da raça humana sobre como se relacionar com Deus estão errados, e que só o amor incondicional do Pai é capaz de nos perdoar e nos favorecer com a sua abundante graça. Amém! 

sábado, 21 de setembro de 2024

A VOLTA DO FILHO PRÓDIGO.


 Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra o céu e perante ti. Já não sou digno de ser chamado teu filho... (Lc.15.18,19).

O termo "pródigo" tem sua origem no Latim prodigus, “desperdiçador”, de prodigere, “botar fora, desperdiçar”, formada por pro-, “à frente”, mais agere, “levar a, fazer acontecer”.

Nesta parábola, o pai tinha dois filhos, e o mais novo pediu a parte de sua herança e foi em busca de aventuras. Fica subentendido que este jovem estava saturado com a rotina da fazenda, ele só trabalhava e prestava contas ao seu pai; até que, ele decide pedir antecipadamente a parte de sua herança. Mas a sua intenção não era empreender para multiplicar os seus bens, e sim desperdiçar com os prazeres mundanos, o resultado foi desilusão e tristeza. Após desperdiçar todo o seu dinheiro, havendo gastado tudo, ele começou a padecer necessidades. O pródigo chegou no fundo do poço (ao extremo da situação), a ponto de aceitar apascentar porcos e desejar encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam. Estando em uma terra distante, ele se sentiu solitário e refletindo sobre a sua vida de outrora, disse: Muitos trabalhadores de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! 

QUATRO PROBLEMAS ENFRENTADOS PELO FILHO PRÓDIGO:

1- Estava em uma terra estranha e distante.
2- Desperdiçou toda a sua herança.
3- Começou a padecer necessidades.
4- Ficou na solidão (ninguém lhe dava nada).

QUATRO DECISÕES DO FILHO PRÓDIGO:

1- Ele decidiu levantar-se.
    Levantar-me-ei.

2- Ele decidiu ir ao encontro do seu pai.
    Irei ter com o meu pai.

3- Ele decidiu confessar o seu pecado.
    Pai, pequei contra o céu perante ti.

4- Ele decidiu se humilhar.
    Já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus trabalhadores.

QUATRO ATITUDES DO PAI DO FILHO PRÓDIGO:

1- Ele já o esperava para lhe perdoar.
E, levantando-se foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai...

2- Ele teve íntima compaixão pelo seu filho.
E se moveu de íntima compaixão... 

3- Recebeu o filho com um forte abraço e o beijou.
E, correndo, lançou-se ao pescoço, e o beijou. 

4- Ele mandou vestir o filho com a melhor roupa, mandou colocar um anel em seu dedo como símbolo da herança e colocar sandálias nos pés. Mandou matar um bezerro cevado e fez uma grande festa. (vs.22-24). 

Finalmente, o pródigo foi feliz porque decidiu voltar. Infelizmente há muitos pródigos nos dias atuais que insistem em viver uma vida dissoluta, na devassidão dos prazeres e mesmo estando em total decadência, não decidem voltar para o Pai que está de braços abertos a lhe esperar e lhe perdoar.