quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

MARIA É MÃE DE DEUS?


Este tema tem causado polêmica no meio pentecostal, há pontos de vista diferentes em afirmar ou não, se Maria na verdade é mãe de Deus. A falta de compreensão de um ponto coeso da doutrina de Cristo (cristologia) postulado pelos Padres (Teólogos) de Calcedônia e outros, revela a ignorância bíblico-teológico e histórico de muitos irmãos.

O Credo da Calcedônia (Ásia menor, 451) descreve a encarnação da Segunda Pessoa da Trindade negando que um homem haja se tornado Deus ou que Deus haja se tornado homem. Não houve confusão ou absorção entre a natureza divina de Cristo e a sua natureza humana. As duas permanecem unidas, inseparáveis e distintas. Similarmente, a encarnação não é meramente o habitar divino de um humano nem uma conexão entre DUAS PESSOAS. Ao invés disso, o Credo assevera que há uma união real entre as naturezas divina e humana existentes em UMA VIDA PESSOAL: a vida de Jesus de Nazaré. Portanto, Maria é a Mãe de Deus porque só há uma ÚNICA PESSOA com DUAS NATUREZAS.

Quando afirmamos com os Pais da Igreja, como Cirilo de Alexandria e os pais presentes no Concílio de Calcedônia que Maria é a mãe de Deus, não estamos dizendo que ela é mãe da divindade de Jesus, mas que por Jesus ser Deus, Maria é a Mãe de Deus (Jesus, Deus–Homem).

Negar que Maria é a mãe de Deus é negar a Unipersonalidade do Verbo encarnado. É negar a Pessoa Teantrópica do Redentor. É afirmar que em Jesus tinha não apenas duas naturezas, mas DUAS PESSOAS. Portanto, quando o Concílio de Calcedônia subscreveu Maria como Mãe de Deus é que ela é a mãe de Jesus que é Deus. Cirilo afirma: “Ó tolos [...] o que ela deu à luz, exceto que é verdade que ela deu à luz o Emanuel segundo a carne? [...] Pois o abençoado profeta Isaías não está dizendo: “Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um Filho, e o chamará pelo nome de Emanuel, que sendo interpretado é Deus conosco”? O texto de Cirilo em Calcedônia é plausível e defende não a mariolatria, ou Maria como Mãe da Divindade de Jesus ou ideias semelhantes, mas a cristologia postulada nos Concílios anteriores: a Única Pessoa com Duas naturezas. Dizer que não é Mãe de Deus (Jesus) é afirmar que ela é Mãe de uma Pessoa Humana, Jesus, que também é uma Pessoa Divina, o Cristo.

Afirmar, como alguns irmãos afirmaram por aqui, que Jesus teve pai e mãe humanos é pura heresia. A humanidade do redentor veio unicamente de Maria, e não de José, por obra do Espírito Santo (Mateus e Lucas falam sobre isso).

Quando alguns afirmam que Maria é a Mãe de Cristo (e não de Deus), na cristologia dos padres, subtende-se que Maria é mãe de uma pessoa humana. Em contrapartida, o ensino bíblico e da teologia ortodoxa dos Padres da Igreja (não confunda isso com o mero catolicismo romano – não tem nada ver –, pois as postulação de Calcedônia é a Fé Definida da Igreja de Cristo Jesus em todos os lugares: isso é catolicidade teológica) descreve e pontua que Maria é Mãe de Jesus, porque só temos UMA ÚNICA PESSOA com duas naturezas. Claro, a Divindade é do Verbo encarnado, e a Humanidade obra do Espírito Santo por meio de Maria. Portanto, isso não é MARIOLATRIA, mas, SIM, CRISTOLOGIA CALCEDÔNICA.

Negar que Jesus é Mãe de Deus é cair no erro da dupla personalidade de Nestório e de outros hereges repreendidos pelo postulado do Concílio de Calcedônia. Compreendendo o contexto do Concílio e as postulações de Cirilo de Alexandria e dos demais Padres, o santo padres afirmaram no Credo Calcedônio:

(...) Todos nós, perfeitamente unânimes, ensinamos que se deve confessar um só e mesmo Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, perfeito quanto à divindade, perfeito quanto à humanidade, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, constando de alma racional e de corpo; consubstancial [hommoysios] ao Pai, segundo a divindade, e consubstancial a nós, segundo a humanidade; “em todas as coisas semelhante a nós, excetuando o pecado”, gerado segundo a divindade antes dos séculos pelo Pai e, segundo a humanidade, por nós e para nossa salvação, gerado da Virgem Maria, mãe de Deus [Theotókos];

Um só e mesmo Cristo, Filho, Senhor, Unigênito, que se deve confessar, em duas naturezas, inconfundíveis e imutáveis, conseparáveis e indivisíveis;[1] a distinção da naturezas de modo algum é anulada pela união, mas, pelo contrário, as propriedades de cada natureza permanecem intactas, concorrendo para formar uma só pessoa e subsistência [hypóstasis]; não dividido ou separado em duas pessoas. Mas um só e mesmo Filho Unigênito, Deus Verbo, Jesus Cristo Senhor; conforme os profetas outrora a seu respeito testemunharam, e o mesmo Jesus Cristo nos ensinou e o credo dos padres nos transmitiu.

Desse modo, está certo que não perguntamos a uma mulher do quê ela é mãe, mas de quem. E este quem, no caso de Maria, é uma Pessoa divina. Ao perguntarmos a ela: “Maria, de quem sois mãe?”, ela poderá dizer: “Meu filho é a segunda Pessoa da Santíssima Trindade.” Ora, em Jesus não existem duas pessoas, mas uma só, que é divina - esse é o ponto de Cirilo de Alexandria e dos Teólogos de Calcedônia. Na Trindade há três Pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Foi a Pessoa do Filho que se encarnou. Maria, então, é necessariamente mãe de um homem, mas esse homem, que é seu filho, é uma Pessoa da Santíssima Trindade — “Unus ex Trinitate”, “um da Trindade”. Ele é Deus, Emanuel, Filho da Irmã Maria, que por sua vez é Mãe de Deus, Filho.

Quando, no ano de 431, no Concílio de Éfeso, a Igreja proclamou o dogma da maternidade divina de Maria, afirmando que precisamos chamá-la de Mãe de Deus, é porque havia os hereges nestorianos que queriam chamá-la de “Mãe de Cristo” (em grego, χριστοτόκος [Christotókos], “aquela que gerou Cristo”). Mas a Igreja imediatamente rejeitou essa ideia, esclarecendo que ela não é χριστοτόκος, mas θεοτόκος (theotókos), ela é Mãe de Deus, é aquela que gerou a Deus — manifestamente, em sua natureza humana, mas a Pessoa é divina.

Precisamos enfatizar isto: Jesus é uma Pessoa divina, e não um homem qualquer. Ele é Deus, e Maria é mãe daquele que é Deus.

Há evidências de que aquela criança não poderia ser o filho de um homem, mas de Deus: “O anjo respondeu: — O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo a envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus.” (cf. Lucas 1.35).

Os pais da Igreja da Calcedônia fizeram um ótimo trabalho. Em questões cristológicas somos, talvez, como apenas anões em ombros de gigantes. Podemos ser capazes de enxergar ainda mais se sentarmos ali. Mas se descermos, me questiono se veremos algo além da lama do nestorianismo ou do eutiquianismo.

BIBLIOGRAFIA

Cyril of Alexandria. (1900). The Letter of Cyril to John of Antioch. In P. Schaff & H. Wace (Orgs.), H. R. Percival (Trad.), The Seven Ecumenical Councils (Vol. 14, p. 251). New York: Charles Scribner’s Sons.

Henry Bettenson, Documentos da Igreja Cristã (SP: ASTE/Simpósio, 1998), p. 101.

CRÉDITO DESTE POST: Ivan Teixeira.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

JESUS VIVEU A EXPERIÊNCIA HUMANA.


Era Homem de dores, experimentado nos trabalhos... (Is.53.3).

Deus, fazendo-se homem, viveu de maneira simples entre os homens. Passou as fases da vida humana, infância, adolescência e juventude, como qualquer outra criança e jovem. Nesta época vivia em Nazaré, cidade pequena e rural. Jesus viveu numa humildade surpreendente, pois nenhum morador da cidade nem da vizinhança, percebeu que Ele tinha algo de especial, que Ele era Deus.

AS TRÊS FASES DA VIDA DE JESUS.

1) A FASE DA INFÂNCIA.

Do nascimento ate aos 12 anos, dias de aprendizado, fase da preparação, onde ele estudava a torá, ele tinha o Pentateuco decorado e estava se preparando para ser o Rabi da Galileia.

E o menino crescia e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele.

Ora, todos os anos, iam seus pais a Jerusalém, à Festa da Páscoa.

E, tendo ele já doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume do dia da festa (Lc.2.40-42).

O evangelho de Lucas é o único que nos informa sobre a infância de Jesus de forma suscinta. Aos doze anos Jesus é levado por seus pais a Jerusalém à Festa da Páscoa. Seus pais se descuidando de Jesus, o perdem e em seguida ele é encontrado no meio dos doutores, ouvindo-os, interrogando-os e ensinando-os (Lc.2.39-46).

E todos os que o ouviam admiravam a sua inteligência e respostas (Lc.2.47).

E crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, e em graça para com Deus e os homens (Lc.2.52).

Como verdadeiro homem, Jesus experimentou o crescimento físico e mental. Crescia em sabedoria, conforme a graça de Deus. Era perfeito quando à natureza humana, prosseguindo para a maturidade, segundo a vontade de Deus.

2) A FASE DO ANÔNIMATO.

Dos 12 aos 30, período infantojuvenil de Jesus, até atingir a idade adulta, não há informação na Bíblia. Jesus sai de cena e passa a viver no anônimato. Estes são os anos obscuros onde não há informações sobre sua vida contidiana. Mas, é válido pensar que Ele aprendeu a profissão de carpinteiro do seu "pai" José, e passa a assumir a carpintaria como profissional, a partir da morte de José. 

Em Nazaré, Jesus vive como um simples cidadão, um trabalhador que desenvolve o seu ofício como carpinteiro para sustento da família, visto que José seu "pai", havia falecido.

Entre Lucas 2.52 e 3.23, passaram-se cerca de 18 anos da vida de Jesus, sem haver menção deles. Como foi a sua vida durante esses anos? Mateus, 13.55 e Marcos, 6.3 nos deixa ver que Jesus cresceu em uma família numerosa, que seu pai era carpinteiro e que Ele aprendera aquele ofício. É provável que José tenha morrido bem antes de Jesus começar seu ministério público, e que Jesus tenha assumido a profissão de carpinteiro para sustentar sua mãe e seus irmãos e irmãs mais novos. 

Na época de Jesus, o ofício de carpinteiro incluia os consertos domésticos, a fabricação de móveis e a construção de acessórios agrícolas, tais como arados e jugos. Fica subentendido que durante anos Jesus trabalhou como carpinteiro, mas Ele tinha plena consciência da sua futura Missão determinada pelo seu Pai.

3) A FASE DA POPULARIDADE. 

E o mesmo Jesus começava a ser de quse trinta anos, sendo (como se cuidava) filho de José, e José de Eli... (Lc.3.23).

Com quase 30 anos, Jesus reaparece pronto para cumprir a sua missão. Jesus sai de Nazaré e vai até o rio Jordão, a fim de se encontrar com João, o Batista, e ser batizado por ele. Antes de iniciar seu ministério público, Jesus jejuou 40 dias e 40 noites, então foi conduzido pelo Espírito ao deserto para ser tentado pelo Diabo (Mt.4.1,2; Lc.4.1,2). Após vencer o Diabo, Jesus volta para a Galiléia, quando soube que João tinha sido preso.

Na Galiléia, Jesus vai para Nazaré e depois muda-se para Cafarnaum, o que causou estranheza nos vizinhos, pois, esperavam que Ele voltasse para a sua oficina, mas isso não aconteceu.

Ele ia e voltava da Judéia todos os anos pois, todo bom judeu participava das Festas Religiosas. Já em Cafarnaum, onde morava, ele sempre participava dos cultos nas Sinagogas.

O povo estranhou sua saída repentina de Nazaré. A família, o povo da aldeia conversavam sobre sua mudança. Ele estava com quase 30 anos e ninguém entendia o que Jesus pretendia, exceto sua mãe. Para Jesus sua saída de Nazaré não tinha volta, pois não podia ficar somente com a família e seu povo da aldeia de Nazaré, sua missão era bem maior.

Jesus começa a pregar na região da Galileia, onde também Ele começa a chamar os seus primeiros discípulos. 
Diz o evangelista Mateus: Andando Jesus junto ao mar da Galileia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores. E disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens. Então, eles, deixando logo as redes, seguiram-no.

E, adiantando-se dali, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão, num barco com Zebedeu, seu pai, consertando as redes; e chamaou-os. Eles, deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-no.

E, percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo. 
E a sua fama correu por toda a Síria, e traziam-lhe todos os que padeciam acometidos de várias enfermidades e tormentos, os endemoninhados, os lunáticos e os paralíticos, e ele os curava. 
E seguia-o uma grande multidão da Galileia, de Decápolis, de Jerusalém, da Judéia e dalém do Jordão (Mt.4.18-25).

Jesus torna-se popular e a sua fama o torna conhecido na sua nação e países arredores.

Finalmente, Jesus viveu a experiência humana na íntegra. Nos dias da sua carne, Ele teve as mesmas necessidades humanas como qualquer outro ser humano. Por Ele ter passado pelos sofrimentos, pelas provações e tentações, Ele sabe as nossas fraquezas e limitações e está pronto para nos socorrer. Sobre isso, o escritor aos hebreus diz: Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado (Hb.4.15). Amém! 

sábado, 15 de fevereiro de 2025

UM HOMEM CHAMADO JESUS.


Ele respondeu: Um homem chamado Jesus, misturou terra com saliva, ungiu meus olhos e disse-me: Vai, lava-te no tanque de Siloé. Então eu fui, lavei-me, e recebi a visão (Jo.9.11).

A cura do cego de nascença, causou um grande alvoroço entre o povo, deixando os líderes religiosos perturbados e confusos quanto ao milagre operado por Jesus. Os líderes religiosos queriam saber como aconteceu o milagre e quem foi o autor do milagre. Perguntaram ao que antes era cego: Como se te abriram os olhos? Ele respondeu: Um homem chamado Jesus, misturou terra com saliva, ungiu meus olhos e disse-me: Vai, lava-te no tanque de Siloé. Então eu fui, lavei-me, e recebi a visão (Jo.9.10,11).

O evangelho de João registra oito milagres operados por Jesus, seguindo a ordem dos milagres, temos: 

(1) Jesus transforma água em vinho (2.1-11). 

(2) Jesus cura o filho de um oficial do rei (4.43-54). 

(3) Jesus cura um paralítico em Betesda (5.1-15). 

(4) Jesus multiplica pães e peixes alimentando cinco mil pessoas (6.1-15). 

(5) Jesus anda sobre o mar (6.16-21). 

(6) Jesus cura um cego de nascença (9.1-41). 

(7) Jesus ressuscita Lázaro, morto há quatro dias (11.1-46). 

(8) Jesus ordena os discípulos lançar a rede à direita do barco, resultado: 153 grandes peixes (21.1-11). 

"Um Homem Chamado Jesus". Esta expressão revela a natureza humana de Jesus e a sua ação em realizar a cura do cego de nascença revela a sua natureza Divina. Sobre a humanidade de Jesus podemos encontrar várias expressões nos evangelhos e nas Escrituras em geral.

O profeta Isaías na sua profecia sobre o Messias apresenta cinco aspectos da humanidade de Jesus: (1) Homem desprovido de beleza física. (2) Homem rejeitado pelos homens. (3) Homem de dores. (4) Homem experimentado nos trabalhos (trabalhador). (5) Homem desprezado (Is.53.2,3).

Vinde e vede um homem... (Jo.4.29).

Um Homem que nunca pecou (Hb.4.15; I Pe.2.22).

Um Homem que que só fez o bem (At.10.38).

Um Homem que veio para servir e dar a sua vida em resgate de muitos (Mc.10.45).

"Um Homem Chamado Jesus".

Um Homem Especial.

Um Homem Extraordinário.

Um Homem Singular.

Um Homem Incomparável.

Um Homem Insubstituível.

Um homem simples e acessível a todos, um homem que veio transbordando de amor e perdão em benefício da humanidade perdida e carente do amor de Deus.

UM HOMEM CHAMADO JESUS.

Nos Evangelhos Jesus é descrito pelo título de “Filho do Homem’’, que deixa clara a sua plena humanidade. A Expressão "Filho do Homem" em Hebraico é "Bem Adam" que significa simplesmente “alguém que tem a natureza humana’’. Em minha análise e contagem exaustiva nos evangelhos, encontrei a expressão "Filho do Homem" 81 vezes; sendo em Mateus 30, em Marcos 14, em Lucas 25, em João 12.

Ao tomar sobre si a natureza humana, Jesus escolheu deixar de lado o exercício independente dos Seus poderes divinos. Em nenhum momento Jesus deixou de ser Deus, mas Ele operou como um homem ungido pelo Espírito Santo. Podemos entender isso um pouco mais constatando que Jesus, antes de Sua encarnação, existia co-igualmente e co-eternamente com Deus o Pai, e com Deus o Espírito Santo. Ele compartilhava com Eles todos os privilégios da Deidade, tais como onisciência (saber todas as coisas), onipotência (ser todo-poderoso), e onipresença (estar em todos os lugares ao mesmo tempo). Mas quando Jesus se tornou o homem de Nazaré, o Galileu, Ele era Emanuel, que significa “Deus conosco”. Ele era Deus manifesto em carne. Mesmo sendo homem, Ele nunca deixou de ser Deus, nem perdeu Sua divindade, mas Ele deixou de lado certos privilégios da Deidade e restringiu-se a Si mesmo em certas limitações humanas.

Um homem chamado Jesus, que sendo Deus se fez homem para nos salvar e nos reconciliar com Deus.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

A TENTAÇÃO DE JOSÉ.


... E José era formoso de aparência e formoso à vista.

E aconteceu, depois destas coisas, que a mulher de seu senhor pôs os olhos em José e disse: Deita-te comigo.

Porém ele recusou e disse à mulher do seu senhor: Eis que o meu senhor não sabe do que há em casa comigo e entregou em minha mão tudo o que tem.

Ninguém há maior do que eu nesta casa, e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porquanto és sua mulher; como, pois, faria eu este tamanho mal e pecaria contra Deus?

E aconteceu que, falando ela cada dia a José, e não lhe dando ele ouvidos para deitar-se com ela e estar com ela, sucedeu, num certo dia, que veio à casa para fazer o seu serviço; e nenhum dos da casa estava ali.

E ela lhe pegou pela sua veste, dizendo: Deita-te comigo. E ele deixou a sua veste na mão dela, e fugiu, e saiu para fora.

E aconteceu que, vendo ela que deixara a sua veste em sua mão e fugira para fora, chamou os homens de sua casa e falou-lhes, dizendo: Vede, trouxe-nos o varão hebreu para escarnecer de nós; entrou até mim para deitar-se comigo, e eu gritei com grande voz.

E aconteceu que, ouvindo ele que eu levantava a minha voz e gritava, deixou a sua veste comigo, e fugiu, e saiu para fora.

E ela pôs a sua veste perto de si, até que o seu senhor veio à sua casa. Então, falou-lhe conforme as mesmas palavras... 

E Potifar, o senhor de José o tomou e o entregou na casa do cárcere, no lugar onde os presos do rei estavam presos; assim, esteve ali na casa do cárcere.

O SENHOR, porém, estava com José... (Gênesis, 39.6-21).

José, mais conhecido como José do Egito, é o mais perfeito tipo de Cristo na Bíblia. A sua vida foi muito atribulada, Ele foi vítima de inveja, de tentação, de calúnia e de injustiça; sendo levado à prisão injustamente. Mas Deus estava com José, e a sua fidelidade a Deus, o levou a ser exaltado como governador da terra do Egito. 

José era um jovem bonito, tinha entre 18 a 20 anos quando foi tentado pela mulher de Potifar, estava com a testoterona a todo-vapor e o libido a flor da pele, mas ele não cedeu porque temeu a Deus e respeitou o seu senhor.

José estava distante da casa dos seus pais, não tinha pastor para lhe orientar, não havia igreja para frequentar e fortelecer a sua fé, não tinha a Torá para ele ler e alimentar a sua alma, mas mesmo não tendo tudo isso a seu favor, ele não pecou, porque ele tinha consigo o temor de Deus. Diferente de muitos crentes, que tem todo suporte espiritual, mas mesmo assim cede a tentação e peca, porque não tem o temor de Deus.

Bem-aventurado o varão que sofre a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam.

Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta.

Mas cada um é tentado, quando atraído e seduzido pela sua própria concupiscência.

Depois, havendo a concupiscência concebido, dá luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte (Tg.1.12-15).

OS SEIS ESTÁGIOS DA TENTAÇÃO.

1) ATRAÇÃO.

O pecado não é algo desprezível, o pecado é atrativo porque ele enche a vista daquele que olha e o vê como um belo e saboroso prato de comida. O pecado se apresenta como um cardápio variado para satisfazer todos os gostos do miserável pecador. Satanás, o agente da tentação, age como garçom numa festa de comes e bebes, ele apenas oferece, não obriga ninguém a pecar, mas cai na tentação quem atende os desejos da carne e se entrega ao pecado.

2) SEDUÇÃO.

A sedução é o ato de seduzir ou ser seduzido, a sedução é como uma isca que é lançada de forma sorateira para atrair a sua presa. O processo da sedução pode ser longo ou de imediato, dependendo de cada situação. No caso da mulher de Potifar, ela insistia falando a cada dia com José e ele a resistia, até que ela partiu para lhe atacar. Não alimentar a sedução e fugir dela, é o melhor caminho para não cair na tentação.

3) DESEJO.

O desejo é normal, é salutar quando direcionado para o bem, para o que não é imoral. Porém, no que diz respeito ao erro, ao pecado, devemos buscar o equilíbrio e ter domínio próprio sobre nossos desejos e ações que poderá nos levar a ruína. 

O mundo é como uma vitrine cheia de ilusões para atrair e despertar o desejo de ter, de querer e de possuir tudo aquilo satisfaz o nosso ego e satisfação carnal. Fugir do pecado é a melhor fuga para não cair em tentação. Paulo diz a Timóteo: Foge, também, dos desejos da mocidade... (II Tm.2.22). Paulo também orienta os irmãos da igreja em Corinto a fugi da imoralidade sexual (I Co.6.18). Neste particular, temos uma grande diferença entre Sansão e José, enquando Sansão desejou e se deixou levar pela sedução de Dalila, José foi prudente e fugiu da sedução e dos ataques da mulher de Potifar. 

4) CONCEBIDO (projetado, que está no âmbito do pensamento, fruto da imaginação).

A tentação, também vem através dos nossos pensamentos. O pecado pode ser premeditado e em seguida praticado, porque é projetado no pensamento e torna-se fruto da imaginação quando o ato é consumado. A tentação é algo normal ela vem para todos, cada pessoa é tentada naquilo que lhe atrai, no que diz respeito a sua fraqueza. O próprio Jesus foi tentado, a Bíblia diz, que em tudo Ele foi tentado, mas não pecou (Hb.4.15). A tentação bate a nossa porta todos os dias, é só resistir e não abrir a porta para o pecado. Há uma poesia do hino 75 da harpa cristã, que diz: Tentado, não cedas, ceder é pecar; melhor e mais nobre será triunfar. Coragem, ó crente, domina o teu mal; Deus pode livrar-te de queda fatal. ♫

Há um ditado que diz: "O passáro (mal pensamento), pode até pousar sobre a nossa cabeça, mas não podemos deixar que este faça ninho". 

Geralmente os males são frutos dos pensamentos, que procedem do coração do homem. Jesus disse: Porque do coração procedem os maus pensamentos, mortes, adultérios, prostituição, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias (Mt.15.19).

5) DÁ À LUZ O PECADO (gera, faz nascer).

Dá à luz o pecado, é ceder a tentação, é permitir gerar e fazer nascer aquilo que já estava sendo processado, vindo dia após dia sendo alimentado pela pessoa que cede a tentação.

6) CONSUMAÇÃO (pratica do pecado, derrotado ou vencido pela tentação).

Após ceder a tentação e consumar o pecado, e ainda continuar praticando o pecado, este vai gerar a morte, não física, mas espiritual. 

Lembrando que, as tentações abrangem todas as áreas da nossa vida.

Há uma frase que diz: "José governou o Egito, mas o Egito não governou José". 

Espiritualmente, o Egito simboliza o mundo e sua escravidão aos seus prazeres pecaminosos. 

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

As Duas Naturezas De Cristo.


E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória” (I Tm.3.16).

Este texto do apóstolo Paulo expressa uma das maiores verdades do cristianismo, bem como também um dos maiores paradoxos das Sagradas Escrituras: Deus se fez carne! Esse evento é tão sublime, que o próprio apóstolo se refere a ele como “grande mistério’’. Estamos diante de um texto que retrata o milagre da Encarnação: O Verbo, sendo Deus, se fez carne e habitou entre nós (Jo. 1.1,14).

Os evangelhos mostram Jesus como um homem que experimentou as limitações humanas, como fome, sede, cansaço, tristeza, dores, agonia... e também mostram manifestações e ações divina durante o seu ministério de três anos e meio. 

Jesus Cristo tem duas naturezas, a divina e a humana, não confundidas, mas unidas na única Pessoa do Filho de Deus. Jesus ao se fazer homem, para a nossa salvação, não deixou a sua natureza divina, mas abriu mão de algumas prerrogativas, para salvar a humanidade.

As naturezas de Jesus, a humana e a divina, são inseparáveis e coexistem na mesma pessoa.

Jesus é verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus.

As duas naturezas são distintas, mas não se misturam.

Jesus é um, mesmo tendo duas naturezas, pois ambas são dele.

As duas naturezas se completam e não se anulam.

Jesus é 100% homem e 100% Deus, não 50% de cada.

A união das duas naturezas de Jesus é chamada de união hipostática. 

HIPOSTÁTICA. Esta palavra tem origem no grego hypostasis, que significa "substância". 

Na teologia, hipostático significa relativo à união da natureza humana e divina na pessoa de Cristo. Essa união é chamada de união hipostática. 

A NATUREZA HUMANA DE JESUS.

Nos Evangelhos Jesus é descrito pelo título de “Filho do Homem’’, que deixa clara a sua plena humanidade. A Expressão "Filho do Homem" em Hebraico é "Bem Adam" que significa simplesmente “alguém que tem a natureza humana’’. Em minha análise e contagem exaustiva nos evangelhos, encontrei a expressão "Filho do Homem" 81 vezes; sendo em Mateus 30, em Marcos 14, em Lucas 25, em João 12.

Ao tomar sobre si a natureza humana, Jesus escolheu deixar de lado o exercício independente dos Seus poderes divinos. Em nenhum momento Jesus deixou de ser Deus, mas Ele operou como um homem ungido pelo Espírito Santo. Podemos entender isso um pouco mais constatando que Jesus, antes de Sua encarnação, existia co-igualmente e co-eternamente com Deus o Pai, e com Deus o Espírito Santo. Ele compartilhava com Eles todos os privilégios da Deidade, tais como onisciência (saber todas as coisas), onipotência (ser todo-poderoso), e onipresença (estar em todos os lugares ao mesmo tempo). Mas quando Jesus se tornou o homem de Nazaré, o Galileu, Ele era Emanuel, que significa “Deus conosco”. Ele era Deus manifesto em carne. Mesmo sendo homem, Ele nunca deixou de ser Deus, nem perdeu Sua divindade, mas Ele deixou de lado certos privilégios da Deidade e restringiu-se a Si mesmo em certas limitações humanas”.

A NATUREZA DIVINA DE JESUS.

Várias vezes vemos Jesus se referindo a si mesmo como o “EU SOU’’. Essa expressão foi a mesma usada no A.T. quando Deus se apresenta a Moisés pelo nome "EU SOU" (Ex.3.14). Tempos depois, em Jo. 8.58, Jesus usa essa expressão, e os judeus ficaram escandalizados ao ponto de tentar o apedrejar, pois na visão deles nenhum homem poderia blasfemar dizendo que era Deus! Ou seja, os fariseus entenderam o que Jesus queria dizer. Afirmando a Divindade de Cristo, Paulo nos diz em Colossenses 1.19 que “nele reside toda a Plenitude’’ e em 2.9 que “nele habita corporalmente Toda a Plenitude da Divindade’’.

Uma das expressões mais marcantes e que demonstra a Divindade de Jesus é o título “Filho de Deus’’. Essa expressão é usada mais de 50 vezes no Novo Testamento. Em João 10.30-36, Jesus deixa os judeus extremamente irritados, pois Ele diz que é Filho de Deus, e os judeus, como conheciam o contexto da expressão, sabiam que Jesus estava dizendo que também era Deus, pois somente Deus poderia ter a natureza de Deus!

Ao tomar sobre si a natureza humana, Jesus escolheu deixar de lado o exercício independente dos Seus poderes divinos. Em nenhum momento Jesus deixou de ser Deus, mas Ele operou como um homem ungido pelo Espírito Santo. Podemos entender isso um pouco mais constatando que Jesus, antes de Sua encarnação, existia co-igualmente e co-eternamente com Deus o Pai, e com Deus o Espírito Santo. Ele compartilhava com Eles todos os privilégios da Deidade, tais como onisciência (saber todas as coisas), onipotência (ser todo-poderoso), e onipresença (estar em todos os lugares ao mesmo tempo). Ele era Deus manifesto em carne. Ele nunca deixou de ser Deus, nem perdeu Sua divindade, mas Ele deixou de lado certos privilégios da Deidade e restringiu-se a Si mesmo em certas limitações humanas.

Como homem, Ele teve sede.

Como Deus, Ele disse: Se alguém tem sede, que venha a mim e beba (Jo.7.37).

Como homem, Ele teve fome.

Como Deus, Ele disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome; e quem crê em mim nunca terá sede (Jo.6.35).

Como homem, Ele sentiu cansaço.

Como Deus, Ele disse: Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei (Mt.11.28).

Como homem, Ele sentiu dores, chorou, angustiou-se, sofreu, foi humilhado e morreu a morte mais cruel, morte de cruz. Mas como Deus, Ele ressuscitou ao terceiro dia e vive para todo sempre. Amém! 

sábado, 8 de fevereiro de 2025

JESUS - O FILHO É DEUS.


Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, cetro de equidade é o cetro do teu Reino. Amaste a justiça e aborreceste a iniquidade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria, mais do que a teus companheiros (Hb.1.8,9).

O sacro escritor aos hebreus, destaca aqui a deidade de Cristo fazendo referência ao Salmo 45.6,7. Donald Stamps, o comentarista da Bíblia de Estudo Pentecosta, diz: Estes dois versículos têm em Jesus Cristo o seu pleno cumprimento. O autor de Hebreus aplica estes versículos à exaltação, preeminência, autoridade e caráter de Cristo. O domínio de Cristo será "para todo o sempre" (Ap.1.6). O Rei Messiânico é chamado Deus no versículo 6 e é diferenciado de "teu Deus" (isto é, o Pai) no versículo 7. Esta distinção harmoniza-se com o ensino do NT de que tanto Filho quanto o Pai são Deus em plenitude.

Sobre a divindade do Filho, o apóstolo João afirma dizendo: E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade (Jo.1.14). 

O propósito de João ao escrever o Evangelho foi para provar a divindade de Jesus, e apresentar Jesus como "o Filho de Deus". Do prólogo do Evangelho ao epílogo, ou seja, do começo ao fim, do capítulo 1 ao 21 Jesus é apresentado e declarado Filho de Deus. Jesus não é um deus, como é apresentado na tradução novo mundo, a bíblia utilizada pela herética organização das "testemunhas de Jeová". Jesus não é simplesmente mais profeta como ensina o Alcorão. Jesus não é um grande Mediúm como ensina o espiritismo Kardecista. Jesus é o Filho de Deus e é Divino em toda a sua plenitude. Porque nEle habita corporalmente toda a plenitude da divindade (Cl.2.9). Amém! 

JESUS É FILHO DE DEUS E É DIVINO POR CINCO RAZÕES:

1) Jesus é Filho de Deus por Essência.
2) Jesus é Filho de Deus por Geração.
3) Jesus é Filho de Deus por Criação.
4) Jesus é Filho de Deus por Singuralidade.
5) Jesus é Filho de Deus por Igualdade.

Jesus como Filho refere-se à sua origem divina, à mesma essência e natureza do Pai (Jo.16.28; 10.30). 

Jesus Cristo é o único Filho de Deus em essência, isto quer dizer, participa plenamente da natureza divina. Enquanto nós somos filhos de Deus por adoção através de Jesus Cristo (Jo.1.11-13; Rm.8.15; Gl.3.26).

Negar a divindade de Cristo como Filho de Deus, é negar a salvação e anular a fé.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

LARGUE A PEDRA.


E, pela manhã cedo, voltou para o templo, e todo o povo vinha ter com ele, e, assentando-se, os ensinava.

E os escribas e fariseus trouxeramlhe uma mulher apanhada em adultério.

E, pondo-a no meio, disseram-lhe: Mestre, esta mulher foi apanhada, no próprio ato, adulterando, e, na lei, nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?

Isso diziam eles, tentando-o, para que tivessem de que o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, escrevia com o dedo na terra.

E, como insistissem, perguntando-lhes, endireitou-se e disse-lhes: Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.

E, tornando a inclinar-se, escrevia na terra. 

Quando ouviram isso, saíram um a um, a começar pelos mais velhos até aos últimos; ficaram só Jesus e a mulher, que estava no meio.

E, endireitando-se Jesus e não vendo ninguém mais do que a mulher, disse-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? 

E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te e não peques mais (Jo.8.2-11).

Mais uma vez, os escribas e fariseus tentam pegar Jesus em contradição contra a Lei de Moisés, lhe trazendo uma mulher adúltera, para que esta fosse condenada e apedrejada pela multidão. Eles achavam que as únicas opções que Jesus tinha eram dizer: "Deixem-na em paz" ou: "Apedrejem-na". A primeira significaria que ele não levava o pecado da mulher a sério, e a segunda (embora prescrita na lei, Lv.20.10; Dt.22.22) levaria o povo a duvidar de que Jesus não vivia de acordo com sua mensagem de amor e de misericórdia. 

A reação de Jesus foi escrever no chão. Não sabemos o que ele escreveu; talves os pecados dos acusadores da mulher ou textos das Escrituras que falavam de misericórdia e perdão. 

Jesus lhes diz: "Aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra contra ela". Ao dizer isso, Jesus transferiu o foco de si mesmo e da mulher para seus acusadores. Jesus não negou a validade de Lei nem condenou a mulher à morte. Os acusadores deixaram o local um por um, a começar pelos mais velhos.

A atitude de Jesus para com a mulher adúltera revela a sua misericórdia, dando-lhe a oportunidade de arrependimento, quando lhe disse: "Nem eu também te condeno; vai-te e não peques mais". Ele era o único que podia dá a sentença final, mas não a condenou como uma pessoa indigna de perdão. 

Em um mundo de pessoas cheias de maldades, que só apontam os erros dos outros e nunca ver os seus próprios erros, é fácil acusar; difícil para muitos é usar de misericórdia. Em outras palavras, Jesus está dizendo: Larguem as pedras e usem de misericórdia. O próprio Jesus disse: Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia (Mt.5.7). Jesus não veio ao mundo para condenar, mas para salvar (Jo.3.17), e dentre os que precisavam ser salvos estava aquela mulher, a quem Jesus perdoou e lhe deu a oportunidade de iniciar uma nova vida. Amém!