quarta-feira, 12 de março de 2025

SIMONIA NA IGREJA.


Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João, os quais, tendo descido, oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo. (porque sobre nenhum deles tinha ainda descido, mas somente eram atizados em nome do Senhor Jesus.) Então lhe impuseram as mãos, e receberam o Espírito Santo.

E Simão, vendo que pela imposição das mãos dos apóstolos era dado o Espírito Santo, lhes ofereceu dinheiro, dizendo: Dai-me também a mim esse poder, para que aquele sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo.

Mas disse-lhe Pedro: O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste que o dom de Deus se alcança por dinheiro. Tu não tens parte nem sorte nesta palavra, porque o teu coração não é reto diante de Deus. Arrepende-te, pois, dessa tua iniquidade e ora a Deus, para que, porventura, te seja perdoado o pensamento do teu coração; pois vejo que estás em fel de amargura e em laço de iniquidade.

Respondendo, porém, Simão disse: Orai vós por mim ao Senhor, para que nada do que dissestes venha sobre mim (Atos 8.14-24).

Simão, o mágico, recém convertido ao evangelho pela pregação do evangelista Filipe, ficou pasmado diante do poder de Deus manifesto na vida dos apóstolos. Ele era ilusionista, enganava o povo com artes mágicas e era considerado por muitos como um grande personagem. Diz o texto do livro de Atos, que Simão era admirado pelo povo e todos atendiam, desde o mais pequeno até ao maior, dizendo: "Este é a grande virtude de Deus" (At.8.9-11). O termo "Simonia" surgiu a partir de Simão, o mágico.

Simonia é o ato de vender favores divinos, bênçãos, cargos eclesiásticos, prosperidade material, bens espirituais, coisas sagradas, etc. em troca de dinheiro. A etimologia da palavra provém de Simão Mago, personagem referido no livro de Atos dos Apóstolos 8. 18-24, que procurou comprar de Pedro o poder de transmitir pela imposição de mãos o Espírito Santo ou de efetuar milagres.

O direito canónico da igreja romana também estipulava como simonia atos que não envolvem a compra de cargos, mas a transação de autoridade espiritual, como dinheiro para confissões ou a venda de absolvições.

A prática da simonia no final da Idade Média provocou sérios problemas à postura moral da Igreja. E foi uma das razões que levou Martinho Lutero a escrever as suas 95 teses e a rebelar-se contra a autoridade de Roma.

Após o edito de Constantino de 313 d.C. a Igreja Cristã foi capaz de dispor de bens terrenos em uma extensão cada vez maior, então houve casos de eclesiásticos que se esforçaram para obter cargos e poder através do dinheiro. Simonia, portanto, já foi condenada com o segundo cânone da quinta sessão do conselho de Calcedônia em 451. Embora uma ofensa ao direito canônico, a simonia se espalhou pela Igreja Católica nos séculos IX e X.

Na Divina Comédia, Dante coloca os simoníacos entre os condenados no terceiro tumulto do oitavo círculo do submundo. Eles estão condenados a ficar de cabeça para baixo dentro de buracos na rocha, com uma chama avermelhada queimando em seus pés. Quando um novo condenado chega, ele toma seu lugar fazendo com que os outros afundem. Este castigo segue-se a esta retaliação: como em vida, vendendo cargos eclesiásticos, eles "pisotearam" o Espírito Santo, agora Ele (em forma de chama) queima seus pés. 

O papa Bonifácio VIII é mencionado por Dante como um simoníaco predestinado a passar a eternidade nesta confusão.

A pratica da simonia no contexto atual se apresenta de forma sútil ou até mesmo explícita em muitas igrejas. Este tipo de sacrilégio vem crescendo como um comercio "sagrado", onde o povo é praticamente obrigado a pagar para receber o favor divino. A simonia é uma forma de banalizar a graça de Deus, levando o povo a acreditar que os dons de Deus e as bênçãos de modo geral só é possível mediante uma boa contribuição financeira, caso contrário, não será possível receber as dádivas de Deus.

Há ministérios que a escolha para assumir um cargo eclesiástico, só é possível mediante o vil metal (dinheiro). A chamada já não é mais tanto pela vocação, nem pelo bom testemunho, pela boa reputação e carater. Infelizmente, a simonia ainda é praticada de forma sútil na política ministerial pelo cargo eclesiástico e outros. Todavia a palavra do apóstolo Pedro continua alertando o povo e os líderes religiosos em geral: "O teu dinheiro seja contigo para perdição, pois cuidaste que o dom de Deus se alcança por dinheiro". Que possamos viver o genuíno Evangelho de Cristo e rejeitar todas as praticas de "Simonia" que existe no meio do povo de Deus. Amém!

sexta-feira, 7 de março de 2025

UM EXÉRCITO DE SOLDADOS FERIDOS.


Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo.
Ninguém que milita se embaraça com negócio desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra. E, se alguém também milita, não é coroado se não militar legitimamente (II Tm.2.3-5).

A igreja é representada por vários símbolos na Bíblia, e um deste, ela é comparada a um Exército. A igreja é como se fosse uma corporação militar adestrada, pronta para a guerra. Os crente, de modo geral são soldados que estão sob o comando do grande General Jesus Cristo. O grande lema do Exército é: "Não deixe o soldado ferido morrer". O verdadeiro soldado do Exército de Cristo, não deixa o soldado ferido para trás, mas socorre na medida do possível. Infelizmente, estamos vivendo dias difíceis, enfrentamos muitas vezes, mais guerras internas do que externas; ou seja, os nossos maiores inimigos estão dentro da nossa própria casa, no meio do povo de Deus. 

Não são poucos os pastores, evangelistas, presbíteros, diáconos e obreiros em geral, atuantes de todos os lugares e de diversas denominações que em pleno campo de trabalho ministerial foram atacados, perseguidos, feridos e abandonados por seus líderes ou companheiros iguais. Estes foram tratados como se não tivessem origem, chamada, nome, valores, famílias, formação e história. 

É assustador o número deles... E crescem em proporção a cada dia, como se isto fosse perfeitamente natural e aceitável entre aqueles que sempre apregoaram, apregoam e devem continuar apregoando o AMOR de DEUS como sendo nossa maior herança e característica. 

O que é mais intrigante e inaceitável, é o fato de que os ferimentos que sofreram não tenham sido provocados pelo mundo sem DEUS ou por aqueles que não professam a mesma fé, alheios à igreja de Cristo. Estamos falando de soldados feridos em pleno campo de batalha pelos seus iguais, irmãos em Cristo, defensores da mesma causa e que falam em nome do mesmo Deus. O salmo profético de Davi já falava sobre estes: Pois não era um inimigo que me afrontava; então, eu o teria suportado; nem era o que me aborrecia que se engrandecia contra mim, porque dele me teria escondido, mas eras tu, homem meu igual, meu guia e meu íntimo amigo. Praticávamos juntos suavemente, e íamos com a multidão à Casa de Deus (Sl.55.12-14).

Grande parte deles dedicou o maior tempo de suas vidas ao serviço ministerial, sacrificou suas famílias, renunciou sua vida particular, deixou para trás profissão, local de origem, entes queridos e até alguns ou vários empreendimentos terrenos para investir no Reino de DEUS. 
A maioria deles acreditou na chamada divina, iniciou arduamente o trabalho ministerial, confiou em seus líderes, preparou-se teologicamente, investiu em conhecimento, desprendeu tempo de sua vida e lançou-se sem reservas nos ideais de suas denominações e organizações, fazendo disto o propósito e ocupação também de suas famílias. Depois de terem caminhado bastante e trabalhado para o Reino de Deus, foram decepcionados e tiveram seus sonhos frustrados.

Alguém pode até argumentar: "Mas isto é natural no exercício do ministério, isso pode acontecer com qualquer um. O ministério cristão é assim mesmo... não devemos estranhar isto!" 
Não! Não é natural, não pode acontecer com tanta frequência e não podemos aceitar passivamente este fenômeno, sem que repensemos o que é chamada divina, ministério cristão e modelo de igreja de acordo com a Bíblia Sagrada. 
Estamos falando de obreiros que sofrem injustiças terríveis, são desprezados em detrimento de interesses secundários, substituídos para darem lugar a alguém que é amigo de alguém, menosprezados em suas chamados para que seus lugares sejam ocupados por gente despreparada, mantida por influências ou articulações políticas. Sã obreiros que são descartados como se fossem meros objetos de consumo comercial. 

Obreiros que depois de dedicarem anos de suas vidas trabalhando com ministérios e igrejas, são descartados sem qualquer temor a DEUS ou direção que dele venha, até porque DEUS não faz isto com seus filhos. 
São tratados como se não tivessem esposas, filhos, responsabilidades, sonhos, objetivos, foco, vocação, talento ou chamada. 
São traídos e removidos arbitrariamente de um lado para o outro sem qualquer diálogo, como se fossem móveis de uma casa velha e como se não tivessem opinião própria.
Muitos são descartados, abandonados à beira do caminho para morrerem. Os que são mais fortes ou preparados espiritualmente, ainda insistem na luta buscando em DEUS socorro, saída e novas oportunidades. 

Os que estão muito cansados, desgastados pelo tempo e até desmotivados pelas injustiças sofridas, vão esmorecendo aos poucos, moribundos, decepcionados, frustrados e muitos até revoltados com as circunstâncias. 
Desses, nascem grupos diferentes: alguns desviam-se, fracassam, enfraquecem na fé e não querem mais continuar na batalha. 
Há outros que apenas desistem do ofício sagrado, bastando-lhes serem crentes que vão à igreja vez ou outra.
Mas há outro grupo: o daqueles que convictos de suas chamadas e sem espaço ou oportunidade, lançam-se em novos projetos e abrem ministérios, igrejas ou denominações, já que não querem abrir mão da vocação recebida do Senhor JESUS CRISTO! E, sabe o que é pior? São chamados de rebeldes, desviados, encrenqueiros, antiéticos, e divisores.

Verdade é que há suas exceções, existem aqueles que são de fato rebeldes ao ministério, a convenção e aos seus líderes. 

Mas o Consolador, o Espírito Santo, tem consolo e bálsamo para curar as feridas do seu povo.

Porventura, não há bálsamo em Gileade? Ou não há lá médico? Por que, pois, não teve lugar a cura da filha do meu povo? (Jr.8.22).

Um ao outro ajudou e ao seu companheiro disse: Esforça-te! (Isaías, 41.6).

O Senhor da seara disse: Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros (Jo.13.34,35).

Esta Postagem tem como autor o Pr. Jesiel Freitas, foi escrita em 10/02/2015.

Adaptada com articulações e alguns acréscimos, por Geraldo Barbosa, autor e articulador do Blog Pregando a Verdade.

quarta-feira, 5 de março de 2025

PODER E PERSEGUIÇÃO (Atos 1.8; Atos 8.1).


Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra (At.1.8).

E também Saulo consentiu na morte de Estevão. E fez-se, naquele dia, uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judéia e de Samaria, exceto os apóstolos (At.8.1).

RECEBEREIS A VIRTUDE DO ESPÍRITO.

Atos 1.8 é o versículo chave do livro de Atos. Atos começa com uma promessa de poder e um período de oração no cenáculo (1.8,12-14).

O termo original no grego para "virtude" é "dunamis", que significa poder, poder em ação. 

A palavra "Dunamis", que tem origem no grego, dela se derivam três palavras:

1) Dínamo.

Gerador que transforma a energia mecânica do automóvel em energia elétrica, alimentando seu equipamento elétrico.

2) Dinâmico.

Relativo ao movimento e às forças, que é ativo, que se modifica continuamente, que está sempre em movimento.

3) Dinamite.

A palavra dinamite vem do grego dunamis, que significa "poder" ou "força". Dunamis também é a raiz das palavras "dinâmica" e "dínamo". 

Origem da palavra dinamite.

A palavra dinamite foi inventada pelo sueco Alfred Nobel em 1867 para nomear seu método de tornar mais seguras as explosões em minas. A dinamite é uma substância explosiva com base de nitroglicerina.  

NINGUÉM QUER SER PERSEGUIDO, MAS TODOS QUEREM O PODER.

O poder que foi prometido se cumpriu no dia de pentecoste, os discípulos estavam cheios do poder do Espírito, porém, eles ficaram parados, ficaram acomodados e não avançaram para cumprir a ordem dada por Jesus: Ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra. Passado um tempo, Deus permitiu uma grande perseguição promovida por Saulo, que consentido na morte de Estevão, suspirava ameaças e partiu para perseguir os cristãos em Jerusalém.

Percebemos à luz da Bíblia, que, geralmente o poder de Deus se manifesta em meio as lutas, as provações e as perseguições. Em toda a narrativa de Lucas no livro de Atos, vemos a igreja sendo provada e perseguida, e por causa dos sofrimentos e das perseguições, há muitas manifestações do poder do Espírito Santo na vida dos crentes. Há um texto que diz: E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. E muitos sinais e prodígios eram feitos entre o povo pelas mãos dos apóstolos (At.4.33; 5.12). 

Na perseguição a igreja cresceu; quando os crentes foram dispersos o poder de Deus se manifestou através deles, muitas pessoas foram salvas pela pregação do evangelho e muitos foram curados e batizados com Espírito Santo. Diz o texto sagrado: E Saulo assolava a igreja, entrando pelas casas; e, arrastando homens e mulheres, os encerrava na prisão. Mas os que andavam dispersos iam por toda a parte anunciando a palavra. E, descendo Filipe à cidade de Samaria, lhes pregava a Cristo. E as multidões unanimemente prestavam atenção ao que Filipe dizia, porque ouviam e viam os sinais que ele fazia, pois que os espíritos imundos saíam de muitos que os tinham, clamando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos eram curados. E havia grande alegria naquela cidade (At.8.3-80. Na perseguição, o diácono Filipe tornou-se um grande evangelista e pregou a Palavra com o tema focado em Cristo, ganhando muitas almas, curando e libertando a muitos para glória de Deus.

O texto de Atos 11, diz: E os que foram dispersos pela perseguição que sucedeu por causa de Estevão caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém a palavra senão somente aos judeus. E havia entre eles alguns varões de Chipre e de Cirene, os quais, entrando em Antioquia, falaram aos gregos, anunciando o Senhor Jesus. E a mão do Senhor era com eles; e grande número creu e se converteu ao Senhor (At.11.19-21). Foi na perseguição que o poder de Espírito Santo se manifestou no vida dos crentes e eles pregaram com ousadia a Palavra de Deus, e muitos se converteram a Cristo.

A igreja quando era simples, quando tinha a simplicidade de Cristo e andava no temor de Deus, sendo perseguida e desprezada, havia muita graça de Deus derramada sobre os crentes, o Espírito Santo manifestava o seu poder na vida dos crentes e muitas coisas extraordinárias aconteciam entre o povo. Hoje, na atualidade, geralmente os crentes são ricos, tem prata e tem ouro, mas não tem o poder de Deus, não tem a unção do Espírito na vida. É muito barulho, são muitas emoções, é muito movimento humano, é muita manipulação da carne, e nada do Espírito e nem manifestação genuína do poder de Deus. Pastores vazios de Deus, contratam pregadores e cantores pagando uma fortuna, para estes fazerem movimentos e sensacionalismo entre o povo. Quando por misericórdia, há salvação de almas e alguns batismos no Espírito Santo. Todavia, o Espírito de Deus é o mesmo, Ele quer operar grandemente, mas o ego humano e o pecado encoberto está impedidndo a operação do Espírito Santo. Infelizmente, isto é fato.

sábado, 1 de março de 2025

ESTUDANDO A PALAVRA.

Não se aparte da tua boca o livro desta Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito; porque, então, farás prosperar o teu caminho e, então, prudentemente te conduzirás (Js.1.8).

Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a Palavra da verdade (II Tm.2.15).

Estudar a Palavra deve ser prioridade na vida de todo cristão. Devemos estudar a Palavra com humildade, submissão e total devoção ao seu Autor. Estudar a Palavra, não é privilégio dos grandes teólogos e eruditos da Bíblia, mas é dever de todos aqueles que ama a Palavra de Deus. Vivemos na época dos entretenimentos onde muitos estão ocupados com tantas coisas, e isto tem deixado muitas pessoas sem tempo para ler e estudar a Palavra de Deus. O Livro do SENHOR, deve ser o nosso livro de cabeceira, o Livro da nossa intimidade. Quem ama a Palavra, deve estudar a Palavra com total submissão e devoção a Deus.

SETE COMPROMISSOS DEVEMOS TER COM A PALAVRA:

1) LER A PALAVRA.

Buscai no Livro do Senhor e lede... (Is.34.16).

Persiste em ler, exortar e ensinar, até que eu vá (I Tm.4.13).

2) MEDITAR NA PALAVRA.

Não se aparte da tua boca o livro desta Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme tudo quanto nele está escrito (Js.1.8).

Antes, tem o seu prazer na Lei do SENHOR, e na sua Lei medita de dia e de noite (Sl.1.2).

Oh! Quanto amo a tua Lei! É a minha meditação em todo o dia! (Sl.119.97).

Os meus olhos anteciparam-me às vigílias da noite, para meditar na tua Palavra (Sl.119.148).

3) GUARDAR A PALAVRA.

Escondi a tua Palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti (Sl.119.11).

Antes de ser afligido, andava errado; mas agora guardo a tua Palavra (Sl.119.67).

4) AMAR A PALAVRA.

A tua Palavra é muito pura; por isso, o teu servo a ama (Sl.119.140).

Muita paz têm os que amam a tua Lei, e para eles não há tropeço (Sl.119.165).

Oh! Quanto amo a tua Lei! É a minha meditação em todo o dia! (Sl.119.97).

5) ALIMENTAR-SE DA PALAVRA.

Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua Palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome me chamo, ó SENHOR, Deus dos Exércitos (Jr.15.16).

Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus (Mt.4.4).

Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que, por ele, vades crescendo (I Pe.2.2).

6) OBEDECER A PALAVRA.

Porque Esdras tinha preparado o seu coração para buscar a Lei do SENHOR, e para a cumprir... (Ed.7.10).

E sede cumpridores da Palavra e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos.

Porque, se alguém é ouvinte da Palavra e não cumpridor, é semelhante ao varão que contempla ao espelho o seu rosto natural; porque se contempla a si mesmo, e foi-se, e logo se esqueceu de como era.

Aquele, porém, que atenta bem para a lei perfeita da liberdade e nisso persevera, não sendo ouvinte esquecido, mas fazedor da obra, este tal será bem-aventurado no seu feito (Tg.1.22-25).

7) FALAR A PALAVRA.

E estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração; e as intimarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te (Dt.6.6,7).

O profeta que teve um sonho, que conte o sonho; e aquele que em quem está a minha Palavra, que fale a minha Palavra, com verdade. Que tem a palha com o trigo? Diz o SENHOR (Jr.23.28).

Conjuro-te, pois, diante de Deus e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu Reino, que pregues a Palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda longanimidade e doutrina (II Tm.4.1,2).

E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor e confirmando a Palavra com os sinais que se seguiram. Amém! 

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

O CARNAVAL DO GALO.


Um Galo gigante medindo 32 metros de altura, feito de material reciclável, é a maior atração do carnaval de Pernambuco. Este atrativo chamado de "galo da madrugada" que arrasta multidões, é amado e idolatrado por muitos. O galo da madrugada foi criado em 1978. Em 1994, foi registrado 1 milhão de foliões no Galo da Madrugada. Em 2023, foram 2,5 milhões. 

O Galo da Madrugada foi reconhecido pelo Guinness Book como o maior bloco de carnaval do mundo.

Nomeado no Guinness Book of World Records como o maior desfile de carnaval do mundo, considerando o número de participantes. Em 2023, esse número foi de mais de 2.500.000 pessoas. Seu tamanho só é igualado pelo Cordão da Bola Preta, no Rio de Janeiro.

Há um reflão da música do galo que diz: ♫ Galo eu te amo.
Quem ama e reverencia o galo, inclina-se para o galo se diverte em volta dele.
Mas, quem ama e adora unicamente a Deus Jeová, inclina-se e alegra-se na presença dEle.

Diante do galo as pessoas têm as mais diversas ações e reações, tais como: Idolatria, anarquia, irreverência, imoralidade sexual, embriaguez, libertinagem, discórdia, conflitos, traição, mentira...

Há dois estilos de vida praticados pelas pessoas, estes dois grupos de pessoas são citados pelo apóstolo Paulo, quando escrevendo aos crentes de Roma, diz: Quem vive segundo a carne tem a mente voltada para o que a carne deseja; mas quem vive de acordo com o Espírito, tem a mente voltada para o que o Espírito deseja. 
A mentalidade da carne é morte, mas a mentalidade do Espírito é vida e paz; a mentalidade da carne é inimiga de Deus porque não se submete à Lei de Deus, nem pode fazê-lo.
Quem é dominado pela carne não pode agradar a Deus.
Entretanto, vocês não estão sob o domínio da carne, mas do Espírito, se de fato o Espírito de Deus habita em vocês. E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, não pertence a Cristo (Rm.8.5-9).

Os que são espirituais alegram-se na festa do Espírito; mas os que são carnais deleitam-se na festa da carne.

Finalmente, que possamos aceitar e praticar a orientação de Paulo, que diz: Não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito (Ef.5.18). Amém! 

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Jesus Vem! Os Sinais Testificam!


Os sinais testificam e indicam que a volta de Jesus está próxima, mas a maior parte das pessoas estão destraidas e despreparadas para o encontro com o Senhor. Enquanto o mundo está mergulhado nos carnavais desta vida, a igreja do Senhor está buscando viver em santidade e na espectativa da iminente volta de Jesus.

A música "Meu Jesus Vem" da Harpa Cristã (451) é um hino que expressa a esperança da igreja na segunda vinda de Jesus Cristo. Este é um evento central na teologia cristã conhecido como Parusia. A letra deste hino reflete a expectativa de que a volta de Cristo está próxima, baseando-se em sinais e testemunhos que, segundo a Bíblia, indicam a iminência desse grande acontecimento.

Os primeiros versos diz: "Os testemunhos indicam que breve Cristo virá; Já os sinais testificam que Ele vem, não tardará." Isto nos remetem as passagens bíblicas como está escritas em Mateus 24, onde Jesus fala sobre os sinais do fim dos tempos e da sua vinda.

O segundo verso, diz: Oh! Dia de grande glória, Para os remidos será! Dia será de vitória; Jesus em breve virá. 
Os versos da música transmitem uma mensagem de esperança e alegria para os fiéis, que aguardam a redenção e a vitória sobre as tribulações do mundo. 

O côro do hino faz referência aos anjos: "Os anjos nas harpas tangem, dando louvores a Deus!" Isto evoca a imagem celestial e a adoração eterna que os crentes esperam participar após a segunda vinda de Cristo.

A canção também aborda a transformação que ocorrerá com os crentes, conforme mencionado: "Meu corpo já transformado, um céu aberto achará! Com anjos mil a Seu lado, Jesus em breve virá!" Isso faz alusão à crença na ressurreição dos mortos e na glorificação dos santos, conforme descrito em I Coríntios 15. 

A última estrofe do hino nos fala de ausência de tristezas e dores, nos fala de festa, descanso e alegria.

♫Tristezas desaparecem e dores não haverá; estrelas já resplandecem; a Festa começará! ♫ Descanso ali prometido, minha alma então gozará.

A música termina com um apelo evangelístico, convidando aqueles que estão perdidos a ouvirem a mensagem de salvação: "Ouve a mensagem, perdido; Jesus em breve virá!" 

Este Hino reforça a Fé, a Confiança e a Esperança na Promessa de um futuro glorioso, que cuminará com Volta de Jesus.
Maranata! 

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

MARIA É MÃE DE DEUS?


Este tema tem causado polêmica no meio pentecostal, há pontos de vista diferentes em afirmar ou não, se Maria na verdade é mãe de Deus. A falta de compreensão de um ponto coeso da doutrina de Cristo (cristologia) postulado pelos Padres (Teólogos) de Calcedônia e outros, revela a ignorância bíblico-teológico e histórico de muitos irmãos.

O Credo da Calcedônia (Ásia menor, 451) descreve a encarnação da Segunda Pessoa da Trindade negando que um homem haja se tornado Deus ou que Deus haja se tornado homem. Não houve confusão ou absorção entre a natureza divina de Cristo e a sua natureza humana. As duas permanecem unidas, inseparáveis e distintas. Similarmente, a encarnação não é meramente o habitar divino de um humano nem uma conexão entre DUAS PESSOAS. Ao invés disso, o Credo assevera que há uma união real entre as naturezas divina e humana existentes em UMA VIDA PESSOAL: a vida de Jesus de Nazaré. Portanto, Maria é a Mãe de Deus porque só há uma ÚNICA PESSOA com DUAS NATUREZAS.

Quando afirmamos com os Pais da Igreja, como Cirilo de Alexandria e os pais presentes no Concílio de Calcedônia que Maria é a mãe de Deus, não estamos dizendo que ela é mãe da divindade de Jesus, mas que por Jesus ser Deus, Maria é a Mãe de Deus (Jesus, Deus–Homem).

Negar que Maria é a mãe de Deus é negar a Unipersonalidade do Verbo encarnado. É negar a Pessoa Teantrópica do Redentor. É afirmar que em Jesus tinha não apenas duas naturezas, mas DUAS PESSOAS. Portanto, quando o Concílio de Calcedônia subscreveu Maria como Mãe de Deus é que ela é a mãe de Jesus que é Deus. Cirilo afirma: “Ó tolos [...] o que ela deu à luz, exceto que é verdade que ela deu à luz o Emanuel segundo a carne? [...] Pois o abençoado profeta Isaías não está dizendo: “Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um Filho, e o chamará pelo nome de Emanuel, que sendo interpretado é Deus conosco”? O texto de Cirilo em Calcedônia é plausível e defende não a mariolatria, ou Maria como Mãe da Divindade de Jesus ou ideias semelhantes, mas a cristologia postulada nos Concílios anteriores: a Única Pessoa com Duas naturezas. Dizer que não é Mãe de Deus (Jesus) é afirmar que ela é Mãe de uma Pessoa Humana, Jesus, que também é uma Pessoa Divina, o Cristo.

Afirmar, como alguns irmãos afirmaram por aqui, que Jesus teve pai e mãe humanos é pura heresia. A humanidade do redentor veio unicamente de Maria, e não de José, por obra do Espírito Santo (Mateus e Lucas falam sobre isso).

Quando alguns afirmam que Maria é a Mãe de Cristo (e não de Deus), na cristologia dos padres, subtende-se que Maria é mãe de uma pessoa humana. Em contrapartida, o ensino bíblico e da teologia ortodoxa dos Padres da Igreja (não confunda isso com o mero catolicismo romano – não tem nada ver –, pois as postulação de Calcedônia é a Fé Definida da Igreja de Cristo Jesus em todos os lugares: isso é catolicidade teológica) descreve e pontua que Maria é Mãe de Jesus, porque só temos UMA ÚNICA PESSOA com duas naturezas. Claro, a Divindade é do Verbo encarnado, e a Humanidade obra do Espírito Santo por meio de Maria. Portanto, isso não é MARIOLATRIA, mas, SIM, CRISTOLOGIA CALCEDÔNICA.

Negar que Jesus é Mãe de Deus é cair no erro da dupla personalidade de Nestório e de outros hereges repreendidos pelo postulado do Concílio de Calcedônia. Compreendendo o contexto do Concílio e as postulações de Cirilo de Alexandria e dos demais Padres, o santo padres afirmaram no Credo Calcedônio:

(...) Todos nós, perfeitamente unânimes, ensinamos que se deve confessar um só e mesmo Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, perfeito quanto à divindade, perfeito quanto à humanidade, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, constando de alma racional e de corpo; consubstancial [hommoysios] ao Pai, segundo a divindade, e consubstancial a nós, segundo a humanidade; “em todas as coisas semelhante a nós, excetuando o pecado”, gerado segundo a divindade antes dos séculos pelo Pai e, segundo a humanidade, por nós e para nossa salvação, gerado da Virgem Maria, mãe de Deus [Theotókos];

Um só e mesmo Cristo, Filho, Senhor, Unigênito, que se deve confessar, em duas naturezas, inconfundíveis e imutáveis, conseparáveis e indivisíveis;[1] a distinção da naturezas de modo algum é anulada pela união, mas, pelo contrário, as propriedades de cada natureza permanecem intactas, concorrendo para formar uma só pessoa e subsistência [hypóstasis]; não dividido ou separado em duas pessoas. Mas um só e mesmo Filho Unigênito, Deus Verbo, Jesus Cristo Senhor; conforme os profetas outrora a seu respeito testemunharam, e o mesmo Jesus Cristo nos ensinou e o credo dos padres nos transmitiu.

Desse modo, está certo que não perguntamos a uma mulher do quê ela é mãe, mas de quem. E este quem, no caso de Maria, é uma Pessoa divina. Ao perguntarmos a ela: “Maria, de quem sois mãe?”, ela poderá dizer: “Meu filho é a segunda Pessoa da Santíssima Trindade.” Ora, em Jesus não existem duas pessoas, mas uma só, que é divina - esse é o ponto de Cirilo de Alexandria e dos Teólogos de Calcedônia. Na Trindade há três Pessoas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Foi a Pessoa do Filho que se encarnou. Maria, então, é necessariamente mãe de um homem, mas esse homem, que é seu filho, é uma Pessoa da Santíssima Trindade — “Unus ex Trinitate”, “um da Trindade”. Ele é Deus, Emanuel, Filho da Irmã Maria, que por sua vez é Mãe de Deus, Filho.

Quando, no ano de 431, no Concílio de Éfeso, a Igreja proclamou o dogma da maternidade divina de Maria, afirmando que precisamos chamá-la de Mãe de Deus, é porque havia os hereges nestorianos que queriam chamá-la de “Mãe de Cristo” (em grego, χριστοτόκος [Christotókos], “aquela que gerou Cristo”). Mas a Igreja imediatamente rejeitou essa ideia, esclarecendo que ela não é χριστοτόκος, mas θεοτόκος (theotókos), ela é Mãe de Deus, é aquela que gerou a Deus — manifestamente, em sua natureza humana, mas a Pessoa é divina.

Precisamos enfatizar isto: Jesus é uma Pessoa divina, e não um homem qualquer. Ele é Deus, e Maria é mãe daquele que é Deus.

Há evidências de que aquela criança não poderia ser o filho de um homem, mas de Deus: “O anjo respondeu: — O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo a envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus.” (cf. Lucas 1.35).

Os pais da Igreja da Calcedônia fizeram um ótimo trabalho. Em questões cristológicas somos, talvez, como apenas anões em ombros de gigantes. Podemos ser capazes de enxergar ainda mais se sentarmos ali. Mas se descermos, me questiono se veremos algo além da lama do nestorianismo ou do eutiquianismo.

BIBLIOGRAFIA

Cyril of Alexandria. (1900). The Letter of Cyril to John of Antioch. In P. Schaff & H. Wace (Orgs.), H. R. Percival (Trad.), The Seven Ecumenical Councils (Vol. 14, p. 251). New York: Charles Scribner’s Sons.

Henry Bettenson, Documentos da Igreja Cristã (SP: ASTE/Simpósio, 1998), p. 101.

CRÉDITO DESTE POST: Ivan Teixeira.